Economia
Constru Nordeste mostra a força da construção civil na Bahia
Estado se consolida como segunda maior potência do Nordeste no segmento
Mais de 200 expositores da construção civil estão reunidos até sexta-feira (17), no Centro de Convenções de Salvador, para a 3ª edição da Constru Nordeste, maior evento do setor na região. A solenidade de abertura, realizada nesta quarta-feira (15), contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, que destacou o papel estratégico da Bahia na geração de empregos, inovação e sustentabilidade na construção civil.
“A Bahia vive um novo ciclo de desenvolvimento, com grandes investimentos públicos — tendo em vista a parceria com o Novo PAC, e privados em infraestrutura, habitação e equipamentos sociais. Nosso compromisso é garantir que esse crescimento chegue a todas as regiões, com obras que melhorem a vida das pessoas, gerem emprego e renda e movimentem a economia”, afirmou o governador, que na ocasião, visitou os stands da feira.
O Governo do Estado marca presença na feira com o patrocínio oficial da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), que está presente através de um estande próprio com equipe técnica de analistas de crédito e gerentes de desenvolvimento. O objetivo é oferecer linhas de financiamento voltadas a investimentos e capital de giro para empresas do setor. A Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás) também participa do evento, com palestras e exposição de oportunidades de negócios voltadas à expansão do uso do gás natural na construção e na indústria. Potência da Bahia no setor.
Setor na Bahia
A Bahia se consolida como segunda maior potência do Nordeste em construção civil. Nos últimos dois anos, o Governo do Estado executou 171 intervenções, totalizando R$ 2,8 bilhões em investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, em obras de macrodrenagem, contenção de encostas, urbanização integrada, construção de hospitais, maternidades, escolas, centros culturais e moradias.
Para o presidente do Sinduscon-BA, Alexandre Landim, a presença do governo e o volume de investimentos confirmam a força do setor na Bahia, principalmente na geração de empregos. “A Bahia é hoje referência em obras públicas e privadas, com 162 mil trabalhadores na construção civil, o maior número do norte-nordeste, com um ambiente favorável a negócios, inovação e qualificação profissional. A Constru Nordeste reforça essa vocação e projeta o estado como protagonista no desenvolvimento regional”, destacou.
Programação
Promovida pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Rede Bahia, a Constru Nordeste deve reunir cerca de 35 mil visitantes ao longo dos três dias de evento. A programação inclui palestras, workshops, painéis temáticos e rodadas de negócios nacional e internacional, abordando temas como tecnologia, inovação, sustentabilidade, infraestrutura e responsabilidade social — que, este ano, ganha reforço com tradução em Libras e ações solidárias.
Uma grande oportunidade de fazer negócios para o expositor e diretor comercial da empresa Esquadrias e Alumínios Fornasa – Esaf, Alison Nesi. “É o nosso primeiro ano aqui na Constru Nordeste. Estamos focados em aumentar a atuação no nosso segmento econômico, que são obras de interesse social, como o Minha Casa, Minha Vida”.
A visitação à feira é gratuita e acontece de 13h às 21h. Mais informações podem ser consultadas no site: https://construnordeste.com.br/.
Economia
Usina de Beneficiamento de Pescados vai fortalecer pesca artesanal na BTS
O equipamento é fruto da cooperação entre a Fundação Baía Viva, a Associação Amigos da Sardenha (Itália) e a Colônia de Pescadores Z3
Pescadores e marisqueiras da Baía de Todos-os-Santos (BTS) ganharam um novo impulso para fortalecer suas atividades com a inauguração, nesta quinta-feira (16), da Usina de Beneficiamento de Pescados de Bom Jesus dos Passos. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) e a Bahia Pesca participaram da cerimônia de entrega do equipamento que é fruto da cooperação entre a Fundação Baía Viva, a Associação Amigos da Sardenha (Itália) e a Colônia de Pescadores Z3.
Representando o secretário da Agricultura, Pablo Barrozo, o diretor-geral da Seagri, André Cavalcanti, destacou que promover o desenvolvimento sustentável da pesca na Baía de Todos-os-Santos é uma das prioridades do Governo do Estado. “A implantação da usina representa um avanço estratégico para agregar valor à produção local e fortalecer a economia da pesca artesanal. A Bahia tem uma extensa faixa litorânea e o nosso desafio é transformar esse potencial em projetos que irão agregar valor aos produtos da pesca, desenvolvimento sustentável e geração de renda para quem vive da economia do mar”, afirmou.
O equipamento tem 100 m² e conta com bancadas, pias, depurador, freezers, fogão e área de apoio com banheiros e recepção. Além da produção para venda, a usina terá uma loja no complexo de restaurantes da ilha, funcionando também como escola de capacitação.
Parceria internacional
“A usina de beneficiamento é um sonho que se torna realidade. É a prova de que, quando sociedade civil, poder público e iniciativa privada se unem, o resultado transforma vidas, garantindo estrutura, dignidade e oportunidades para quem sempre viveu da pesca”, afirmou Isabela Suarez, presidente da Fundação Baía Viva.
O projeto desenvolvido na ilha de Bom Jesus dos Passos incluiu 200 horas de capacitação teórica ministradas por educadores brasileiros e italianos, reforçando a modernização da pesca artesanal por meio da troca de conhecimento e inovação social.
A cooperação com a Associação Voluntária Italiana Amigos da Sardenha também foi relevante para o projeto. “Essa união entre Brasil e Itália mostra que solidariedade e compromisso com o desenvolvimento sustentável não têm fronteiras”, destacou Isabela.
Estrutura moderna e processo completo
O beneficiamento do pescado segue etapas rigorosas de qualidade e segurança alimentar. Segundo Jonatas Spínola, engenheiro ambiental e coordenador do projeto Baía Viva, o marisco pescado passa por limpeza com água corrente, cozimento, seleção e embalagem, antes de ser armazenado em câmaras frias.
“Outros pescados, de baixo valor comercial, poderão ser transformados em subprodutos como linguiça, hambúrguer, quibe e salgados, ampliando as possibilidades de renda para a comunidade”, pontua.
Comunidade celebra conquista
Para as marisqueiras da ilha, a usina representa muito mais do que uma estrutura física: é reconhecimento e dignidade. “Esse espaço vai fortalecer o trabalho das mulheres, melhorar o beneficiamento do pescado e garantir mais renda para as famílias que tiram o sustento do mar”, comemorou Tatiane Santos, marisqueira da ilha.
Antônio Jorge Teixeira, presidente da Colônia de Pescadores Z3, salientou o papel da Federação dos Pescadores da Bahia na iniciativa. “Essa conquista é de todos nós que lutamos por melhores condições para quem vive da pesca. Quando a gente se junta, a gente vence. A união da comunidade foi decisiva para que o projeto se tornasse realidade”, afirmou.
Apoio governamental
Antes da inauguração, a Seagri participou de encontros com a Associação Amigos da Sardenha, a Fundação Baía Viva e a Associação Comercial da Bahia, reforçando a cooperação para o desenvolvimento da pesca. O Estado considera que a experiência italiana vai impulsionar projetos existentes e inspirar novas iniciativas na Baía de Todos-os-Santos.
Economia
Safra baiana de grãos tem estimativa de recorde em 2025
De acordo com o IBGE, a área plantada dos grãos, para 2025, está estimada em 3,65 milhões de hectares (ha), com crescimento de 2,8% em relação à safra de 2024
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo ao mês de setembro de 2025, com dados sistematizados e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estima, para a safra de grãos 2025, uma produção de cereais, oleaginosas e leguminosas de 12,8 milhões de toneladas, o que representa um avanço de 12,3% na comparação com a safra de 2024.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por sua vez, na primeira estimativa do ciclo 2025/2026, destaca o bom desempenho na produção dos grãos desse novo ciclo.
De acordo com o IBGE, a área plantada dos grãos, para 2025, está estimada em 3,65 milhões de hectares (ha), com crescimento de 2,8% em relação à safra de 2024. Com isso, o rendimento médio (3,51 toneladas/ha) da lavoura de grãos no estado da Bahia será 9,3% acima da safra anterior.
O volume de soja colhido está estimado em 8,61 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 14,3% sobre o verificado em 2024. A área plantada com a oleaginosa no estado é de aproximadamente 2,14 milhões de ha. O rendimento médio de 4,0 toneladas/ha tem relevância nesse desempenho positivo, com aumento de 8,3% em relação à safra anterior.
As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, devem alcançar 2,69 milhões de toneladas, o que representa aumento de 16,3% na comparação anual. Com relação à área plantada, houve queda de 2,4% em relação à estimativa da safra anterior de 605 mil ha. A primeira safra do cereal está projetada em 1,93 milhão de toneladas, 24,6% acima do que foi observado em 2024. Já para a segunda safra é esperado um recuo de 0,5% em relação à colheita anterior, com expectativa de 763 mil toneladas.
Outro importante produto da safra baiana, o algodão (caroço e pluma), tem produção estimada em 1,79 milhão de toneladas, o que representa aumento de 1,4% em relação ao ano de 2024. A estimativa evidencia que a Bahia se mantém como o maior produtor da Região Nordeste e o segundo maior do Brasil, responsável por 18,3% da safra nacional, atrás apenas do Mato Grosso (73% da safra nacional). A área plantada com a fibra aumentou 5,3%, alcançando 400 mil ha em relação à safra de 2024.
Para a lavoura do feijão, a estimativa é de uma safra menor em 20,2%, na comparação com a safra 2024, totalizando 177 mil toneladas. O levantamento tem estimativa de 360 mil ha plantados, 5,3% menor que a safra anterior. A primeira safra da leguminosa (86 mil toneladas) foi 37,0% inferior à de 2024, e a estimativa da segunda safra (91 mil toneladas) prevê uma variação positiva de 6,7% na mesma base de comparação.
Em relação ao café, está prevista a colheita de 262 mil toneladas em 2025, 5,1% acima do observado no ano anterior. A safra do tipo arábica foi de 89 mil toneladas, com variação anual de -14,6%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora foi de 173 mil toneladas, 19,3% acima da colheita do ano anterior.
Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estima a produção de 6,24 milhões de toneladas, um crescimento de 12,6% em relação à safra de 2024. A estimativa da produção do cacau, por sua vez, ficou em 119 mil toneladas, apontando um avanço de 7,0% na comparação com a produção do ano anterior.
Na fruticultura, destacam-se as estimativas das lavouras de banana (906 mil toneladas), laranja (632 mil toneladas) e uva (102 mil toneladas), que registraram, respectivamente, variações de 4,8%, 0,3% e 84,4% em relação à safra anterior.
O levantamento ainda indica uma produção de 907 mil toneladas de mandioca, 14,7% a mais que a de 2024. A produção de batata-inglesa, estimada em 340 mil toneladas, indica acréscimo de 1,7%; e a do tomate, estimada em 183 mil toneladas, aponta queda de 48,4% na comparação com a do ano anterior.
Economia
Bahia retoma novo ciclo de investimentos na indústria naval e energética
Lula e Jerônimo anunciam pacote, que soma mais de R$ 2,6 bilhões, com geração de 6,7 mil empregos no estado
A Bahia volta a ocupar posição de destaque no cenário nacional com o anúncio, nesta quinta-feira (9), da retomada de importantes investimentos federais nos setores naval e energético. O pacote, que soma mais de R$ 2,6 bilhões, deve gerar cerca de 6,7 mil empregos no estado. Durante cerimônia realizada em Maragogipe, no Recôncavo Baiano, o governador Jerônimo Rodrigues e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também anunciaram novas obras nas áreas de educação, infraestrutura e mobilidade, dentro do Novo PAC.
O fortalecimento da indústria naval, com a retomada de atividades da Petrobras para a construção de seis novas embarcações no Estaleiro Enseada são um marco para o desenvolvimento do Estado. Assim como a reativação da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (Fafen-BA), em Camaçari, que receberá R$ 38 milhões para sua reabertura e mais R$ 1,2 bilhão para operacionalização nos próximos cinco anos.
O presidente Lula ressaltou que a retomada dos investimentos no estado faz parte de uma estratégia nacional de reconstrução da capacidade produtiva e de fortalecimento do setor público. “Estamos devolvendo à Bahia e ao povo brasileiro a confiança no futuro. A reativação da Fafen-BA e a volta da indústria naval mostram que o Brasil está voltando a produzir, a gerar empregos e a valorizar a mão de obra nacional. É com desenvolvimento e inclusão que vamos construir um país mais justo e soberano”, afirmou o presidente.
O governador Jerônimo Rodrigues destacou a importância da parceria entre o Governo Federal e o Estado da Bahia para o crescimento regional e a geração de empregos. “Esses anúncios representam muito mais do que investimentos, são a retomada da esperança de milhares de famílias baianas. A previsão é de milhares de novos empregos diretos e indiretos, movimentando nossa economia e fortalecendo o setor produtivo”, afirmou Jerônimo.
Ponte Salvador-Itaparica
O governador e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, assinaram um protocolo de intenções que prevê a utilização do Estaleiro São Roque do Paraguaçu como canteiro de obras do novo Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Itaparica. O documento firmado com o Governo do Estado estabelece, entre outros pontos, a cessão de parte da área do Estaleiro para utilização como apoio na construção da Ponte. O canteiro de São Roque do Paraguaçu será destinado à produção de pré-moldados da ponte.
Retomada
Emocionada, a técnica de segurança da Enseada, Rafaela Carqueja, moradora do distrito de São Roque do Paraguaçu, descreveu o momento como a continuidade de um sonho. “Foi o que idealizamos há dez anos. Estamos vibrando novamente com essa notícia que vai impactar diretamente na vida de muitas famílias. Vai impactar em todos os setores, movimentando a economia”, disse.
A presidente da Petrobras enfatizou o compromisso da estatal com a valorização da indústria nacional. “É fundamental que a Petrobras volte a ser um motor do desenvolvimento do Brasil. Estamos retomando a produção nacional de embarcações, o que gera emprego, renda e conhecimento aqui mesmo no país. E, ao mesmo tempo, investimos em cultura”, declarou Magda.
A Bahia também foi contemplada com importantes convênios assinados com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 200 milhões para obras de infraestrutura em Feira de Santana; com a construção de creches em cinco municípios baianos e R$ 616 milhões para o Sistema Metroviário Salvador – Lauro de Freitas. O Governo do Estado ainda cedeu um terreno em Santo Amaro para a nova sede da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), que terá um investimento de R$ 25 milhões do novo PAC.
Investimentos estruturantes
Na ocasião, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho anunciou o investimento de R$ 611,7 milhões para a construção de 80 embarcações destinadas à expansão das atividades no setor naval e aquaviário. Desse total, R$ 550,5 milhões serão recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) — uma iniciativa do Governo do Brasil para incentivar a indústria de construção naval brasileira. O financiamento tem potencial de gerar mais de 2 mil empregos diretos. Até o momento, foram construídas quatro embarcações e outras três estão em fabricação.
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