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Agronegócio

Cacauicultura 4.0 2025 movimenta Barreiras

Cacau irrigado transforma perfil agrícola da região Oeste e projeta a Bahia como líder nacional do setor

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Oeste baiano, sedia um dos maiores eventos técnico e institucional do setor cacaueiro brasileiro, a Cacauicultura 4.0 2025.
Foto: Amanda Ercília/GOVBA

Barreiras, município no Oeste baiano, sedia um dos maiores eventos técnico e institucional do setor cacaueiro brasileiro, a Cacauicultura 4.0 2025. Com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura (Seagri), a 4ª edição do evento acontece desta quinta-feira (10) até sábado (12), no Parque Natural Engenheiro Geraldo Rocha. A abertura oficial contou com as presenças do governador Jerônimo Rodrigues, de secretários estaduais e prefeitos da região. Na ocasião houve o plantio de mudas de cacaueiro no entorno da lagoa do parque.

“Estou muito feliz de estar aqui nesse quarto encontro, que é cada vez mais potente. Quero reafirmar a minha crença e toda minha dedicação para esses pioneiros, que conseguiram trazer o cacau irrigado para o Oeste, onde tem toda uma realidade favorável de terreno e tecnologia; uma região que já comprovou que tem expertise com grãos, com algodão, com fruticultura”, afirmou o governador, ao revelar a expectativa de que a região recoloque a Bahia em uma condição mais permanente na produção do cacau.

“É motivo de celebração o cacau do Oeste da Bahia servir de vitrine para todo o Brasil e para o mundo. O oeste do café, o oeste da soja, agora também é o oeste do cacau”, disse o prefeito Otoniel Teixeira, ao considerar que o município está preparado para prosseguir com o cultivo do fruto.

Durante três dias, produtores, pesquisadores, representantes do agro e especialistas de todo o país e do exterior discutem tecnologia, mercado e sustentabilidade na produção de cacau, com foco especial no potencial do Oeste baiano.

“Um novo ciclo para a agricultura do Oeste baiano, que se consolida pela força de uma cultura ancestral e pelo olhar firme no cacau. Nos últimos 40 anos, a região construiu uma matriz produtiva comum, baseada em tecnologia, sustentabilidade e alta performance do algodão, milho e frutas. Mas o que antes parecia improvável, tornou-se realidade”, pontuou o presidente da Aiba, Moisés Schmidt.

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Ainda de acordo com Schmidt, até o final de 2026, a área plantada deve superar os 5 mil hectares, com projeção de mais de 20 mil hectares, até 2030. É estimado que essa expansão represente um incremento de mais de 60 mil toneladas na produção estadual, 50% a mais do que o volume atual. O investimento pode chegar a R$ 3,9 bilhões nos próximos 5 anos, apenas em lavouras, com a geração de mais de 4 mil empregos diretos, promovendo renda e qualificação para o homem e a mulher do campo.

Programação

Estão programadas palestras e painéis técnicos, com debates e apresentações sobre os principais avanços da cadeia produtiva. Os temas incluem o futuro da cadeia de suprimentos de cacau com ênfase em rastreabilidade; cenário atual do mercado e projeções futuras; transformando a cacauicultura: inovação e boas práticas para altas produtividades. Os caminhos para aumentar a produtividade e a resiliência na cacauicultura também é um dos temas que serão debatidos no evento, além de sistemas de irrigação para ampliar a produtividade. Está previsto ainda um dia de campo na Fazenda Santa Helena, em Riachão das Neves, onde os participantes vão conhecer de perto as lavouras irrigadas, conferir novas tecnologias e trocar experiências com especialistas.

Cacau a pleno sol: o novo modelo produtivo

Tradicionalmente cultivado sob sombra, o cacaueiro foi adaptado para as condições do Cerrado baiano e passou a ser produzido a pleno sol, consorciado com outras culturas, como a banana. Essa técnica tem se mostrado eficaz e promissora, graças à interação entre as espécies, como o aproveitamento do potássio liberado pelas folhas de bananeira.

O secretário da Agricultura, Pablo Barrozo, destacou que a região possui aspectos propícios para o desenvolvimento da cultura, assim como a soja e o algodão, fortalecendo a economia local. “É uma bênção para a agricultura baiana. Nós temos terra, sol, capacidade de inovação, de tecnologia, irrigação, então aqui você pode ter certeza de que a gente vai prosperar. A Bahia já tem a maior plantação de cacau do Brasil e aqui vai aumentar mais ainda a produtividade”, destacou o titular da Seagri.

O avanço da cacauicultura na região tem transformado o perfil produtivo de municípios como Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e Formosa do Rio Preto, com expansão prevista para os vales dos rios Corrente e São Francisco. Com pouco mais de sete anos de introdução no Oeste, esse modelo produtivo, aliado ao uso de tecnologia, já supera em até dez vezes a média nacional, com produtividade entre 150 e 250 arrobas por hectare.

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O evento, promovido pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), conta com o apoio do Governo Federal, do Centro de Inovação do Cacau (CIC), da Associação Nacional das Indústrias Processadores de Cacau (AIPC) e da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). O governador recebeu o convite para ser patrono do evento, em 2026.

Agronegócio

Bahia é destaque no controle e prevenção de pragas da fruticultura

O estado recebe, ao longo do ano, técnicos de diferentes estados e países para conhecerem o trabalho de monitoramento, prevenção e controle

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longo do ano técnicos de diferentes estados e países para conhecer o trabalho de monitoramento, prevenção e controle de pragas.
Foto: Ascom/Adab

Referência nacional em sanidade vegetal, a Bahia recebe, ao longo do ano, técnicos de diferentes estados e países para conhecerem o trabalho de monitoramento, prevenção e controle de pragas. Na última semana, uma comitiva da Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo esteve na região do Vale do São Francisco para acompanhar de perto as ações de fiscalização desenvolvidas pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) para controle das moscas-das-frutas, além das estratégias utilizadas na identificação do cancro bacteriano da videira. 

A comitiva visitou propriedades produtoras de manga e uva, e packing houses (casas de embalagem) exportadoras nos municípios de Juazeiro e Casa Nova. Além das atividades em campo, também foram realizadas reuniões e visitas técnicas às instituições parceiras Embrapa Semiárido, Moscamed e Valexport. 

A equipe foi recepcionada por profissionais da Adab, que coordenam os Projetos Estaduais de Controle das Moscas-das-Frutas e Cancro Bacteriano da Videira, Weber Aguiar e Mércia Oliveira, respectivamente, e pelo técnico em fiscalização José Carlos Marques. 

Na oportunidade, foram detalhados e discutidos os procedimentos adotados na fiscalização dos pomares que desejam exportar os frutos (manga, no caso), apresentados formulários, legislações e punições imputadas aos produtores que não atenderem as determinações da ação fiscalizatória. Os técnicos da agência paulista também puderam observar o tratamento hidrotérmico, onde os frutos ficam submetidos, etapa primordial na exportação para os Estados Unidos da América (EUA). Um trabalho que requer rígido controle por auditores Fiscais do Ministério da Agricultura (MAPA) e Inspetores do Departamento de Agricultura (USDA) americano. 

Para o fiscal agropecuário da Adab, Weber Aguiar, a troca de experiências integra o esforço conjunto entre os estados para fortalecer a defesa vegetal e aprimorar as ações de controle de pragas. A iniciativa reforça o compromisso do órgão em manter a sanidade e a qualidade da fruticultura baiana, contribuindo para as exportações e a consolidação da Bahia como referência nacional em defesa vegetal. 

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“A experiência foi uma das mais enriquecedoras que já tive. Destaco a receptividade e a oportunidade de conhecer outras realidades de produção e o trabalho excepcional que a ADAB faz para viabilizar a exportação das frutas produzidas no Vale, representaram muito para nós da Defesa de São Paulo. Na visita, observamos o trabalho feito para exportação de manga, tanto a campo quanto nos packing houses, e a produção e exportação de uvas”, avaliou a engenheira agrônoma Camila Baptista do Amaral, também chefe do Departamento de Campinas, maior polo paulista de produção de frutas de caroço. 

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Agronegócio

ADAB intensifica fiscalização em parques de vaquejada

Estão sendo vistoriadas exposições, mostras, feiras, vaquejadas, além de leilões, rodeios e outras aglomerações de animais

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A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), órgão responsável pela vigilância e defesa sanitária animal, intensificou as
Foto: Ascom/Adab

A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), órgão responsável pela vigilância e defesa sanitária animal, intensificou as ações de fiscalização no Território Semiárido Nordeste II para coibir a realização de eventos com aglomeração de animais sem a devida comunicação e autorização prévia do Serviço Oficial. Estão sendo vistoriadas exposições, mostras, feiras, vaquejadas, além de leilões, rodeios e outras aglomerações de animais. 

A operação é com base na legislação federal e estadual, que estabelece as diretrizes e obrigações para a realização de eventos pecuários e o trânsito de animais. A não comunicação e a falta de cadastro prévio configuram infração grave, impedindo a análise de risco e a inspeção sanitária do local, expondo o rebanho baiano a riscos iminentes. 

Segundo o diretor de Defesa Animal da Adab, Carlos Augusto Chaves, a atuação da ADAB é importante para a manutenção do status sanitário da Bahia como Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação. “A manutenção desse status é fundamental para a economia e o agronegócio baiano e depende diretamente do estrito cumprimento das normas sanitárias em todas as atividades que envolvam a concentração e o trânsito de animais”. Ele ainda ressalta que o descumprimento das normas relativas à aglomeração e trânsito de animais representa uma ameaça direta à saúde pública e à economia do Estado. 

Importância 

O Semiárido Nordeste II é uma área de intensa atividade pecuária. Em eventos com aglomerações de animais, a ADAB tem atuado na inspeção dos locais, conferência de documentação dos eventos (cadastro, responsável técnico, plano de biosseguridade) e dos animais (GTA, exames e vacinas exigidas). 

Visando aprimorar o nível de conformidade e garantir a assistência técnica qualificada, o órgão vem promovendo treinamentos para médicos veterinários em todo o Estado. Segundo o fiscal estadual agropecuário, Marcos Prinz, no Território Semiárido Nordeste II foram capacitados 15 profissionais para atuarem na inspeção clínica com verificação da documentação sanitária exigida. Ele ainda orienta que os promotores e organizadores devem procurar o Escritório de Atendimento ao Criador (EAC) mais próximo para obter informações, realizar cadastros e solicitar a autorização necessária antes de planejar qualquer evento com aglomeração de animais. 

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Agronegócio

Bahia fortalece o desenvolvimento regional com verticalização do algodão

O estado deve colher cerca de 1,865 milhão de toneladas de algodão ainda este ano, o que representa um crescimento de 5,4% em relação a 2024

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No Dia do Algodão, comemorado nesta terça-feira (7), a Bahia, segundo maior produtor da fibra no Brasil, reforçou a verticalização
Foto: Ascom/Seagri

No Dia do Algodão, comemorado nesta terça-feira (7), a Bahia, segundo maior produtor da fibra no Brasil, reforçou a verticalização da cotonicultura, com foco em transformar a fibra bruta em produtos industrializados. A estratégia, resultado da articulação entre o setor produtivo e as instâncias governamentais, entre elas a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), busca gerar mais valor à produção local e fortalecer o desenvolvimento regional.

O secretário da Agricultura da Bahia, Pablo Barrozo, destacou que a certificação de qualidade é um doso fatores que transforma o algodão em um ativo industrial. Segundo ele, o Governo do Estado tem papel fundamental nesse processo na cadeia produtiva, por meio do trabalho do Centro Tecnológico Agropecuário da Bahia (Cetab), unidade vinculada à Seagri, que assegura os padrões de qualidade exigidos pelo mercado e favorece a instalação de plantas de beneficiamento no estado.

“A certificação técnica torna-se, assim, um diferencial competitivo. Indústrias que buscam matéria-prima padronizada encontram na Bahia não apenas volume de produção, mas também garantia da qualidade das fibras. Esse ambiente favorável é o que pode transformar o estado em polo têxtil, retendo no território baiano o valor agregado que hoje migra para outras regiões”, afirmou Barrozo.

Manter o beneficiamento no estado pode gerar empregos e renda na região. Assis Pinheiro Filho, diretor de Desenvolvimento Agrícola da Seagri, explica que o algodão é uma realidade, com potencial para se firmar como um dos eixos centrais do desenvolvimento econômico. “Ao manter o beneficiamento no território baiano, abre-se espaço para a instalação de tecelagens e indústrias, ampliando a geração de empregos, fortalecendo a renda e aumentando a competitividade do setor”.

Atualmente, grande parte do algodão colhido ainda é enviada para outros centros para ser beneficiada, o que representa uma perda de oportunidades econômicas locais. “Consolidar essa etapa dentro do território baiano é uma estratégia para posicionar o estado como polo têxtil nacional”, pontua Assis.

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No Oeste baiano, principal polo de cultivo, o uso racional da irrigação tem garantido altos índices de produtividade e impulsionado a expansão das áreas plantadas, consolidando a cotonicultura como uma das forças do agronegócio estadual.

“O algodão é um dos pilares do agronegócio nacional, e nós, produtores, temos desempenhado um papel importante nesse avanço. Esse desempenho é fruto de tecnologia, capacitação e infraestrutura, que tornam nossa produção mais competitiva”, afirma Rafael Zacarias, diretor de produção da Fazenda São Francisco, em Riachão das Neves.

Safra 24/25

A Bahia deve colher cerca de 1,865 milhão de toneladas de algodão ainda este ano, o que representa um crescimento de 5,4% em relação a 2024, segundo a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). Com esse resultado, o estado mantém-se como o segundo maior produtor do país, responsável por 19,6% da safra nacional, atrás apenas de Mato Grosso.

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