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Internacional

Bento XVI é acusado de inação em casos de abuso sexual

O ex-papa não teria agido contra quatro padres acusados ​​de abuso sexual infantil quando era arcebispo de Munique

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O ex-papa Bento XVI não agiu contra quatro padres acusados ​​de abuso sexual infantil quando era arcebispo de Munique, segundo uma

O ex-papa Bento XVI não agiu contra quatro padres acusados ​​de abuso sexual infantil quando era arcebispo de Munique, segundo uma investigação alemã.

Bento XVI, que deixou o cargo de líder da Igreja Católica Romana global em 2013, negou as acusações, disse um escritório de advocacia contratado para investigar alegações históricas de abuso.

Martin Pusch, do escritório de advocacia Westpfahl Spilker Wastl, disse que Bento XVI – então Joseph Ratzinger – “foi informado sobre os fatos”.

Ele acrescentou: “Acreditamos que ele pode ser acusado de má conduta em quatro casos. Dois desses casos dizem respeito a abusos cometidos durante seu mandato e sancionados pelo Estado. Em ambos os casos, os perpetradores permaneceram ativos no cuidado pastoral”.

Bento XVI, cuja renúncia como papa pegou o mundo de surpresa, rejeitou repetidamente as alegações de que ele conscientemente encobriu abusos. Em uma longa carta publicada em 2013 após sua aposentadoria, ele escreveu: “No que você menciona o abuso moral de menores por padres, só posso, como você sabe, reconhecê-lo com profunda consternação. Mas eu nunca tentei encobrir essas coisas.”

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Em uma coletiva de imprensa em Munique para delinear as descobertas da investigação, Pusch disse: “Durante o tempo [de Ratzinger] no cargo, ocorreram casos de abuso. Nesses casos, esses padres continuaram seu trabalho sem sanções. A igreja não fez nada”.

O advogado acrescentou que o ex-papa “afirma que não sabia de certos fatos, embora acreditemos que não seja assim, segundo o que sabemos”.

Bento XVI, agora com 94 anos, foi papa entre 2005 e 2013. Durante esse período, surgiram evidências de abuso sexual generalizado por padres de crianças e pessoas vulneráveis, resultando em uma crise na Igreja Católica que repercutiu durante todo o mandato do sucessor de Bento XVI, o Papa Francisco.

Em um dos casos examinados por Westpfahl Spilker Wastl, um agora notório padre pedófilo, Peter Hullermann, foi transferido para Munique de Essen, no oeste da Alemanha, onde foi acusado de abusar de um menino de 11 anos. Ele foi transferido para deveres pastorais, apesar de sua história.

Em 1986, ele foi condenado por molestar mais crianças e recebeu uma sentença de prisão suspensa. Ele continuou a trabalhar com crianças por muitos anos e seu caso é considerado um exemplo pertinente da má gestão do abuso pela igreja.

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Pusch disse que Bento XVI mostrou inicialmente uma “atitude defensiva” ao responder a perguntas para o relatório. No entanto, ele mais tarde deu uma declaração detalhada por escrito.

O cardeal Reinhard Marx, atual arcebispo de Munique e Freising, também não agiu em dois casos de suspeita de abuso.

Em um comunicado, o Vaticano disse que aguardaria a publicação do relatório completo do escritório de advocacia antes de comentar mais. “A Santa Sé considera que deve ser dada a devida atenção ao documento, cujo conteúdo é atualmente desconhecido. Nos próximos dias… a Santa Sé poderá fazer um exame cuidadoso e detalhado”, disse.

“Ao reiterar a vergonha e o remorso pelos abusos cometidos por clérigos contra menores, a Santa Sé expressa sua proximidade com todas as vítimas e reafirma os esforços empreendidos para proteger os menores e garantir ambientes seguros para eles”, acrescentou o comunicado.

Francisco tomou medidas para parar o abuso sexual e seu acobertamento dentro da Igreja. Em 2019, ele ordenou uma cúpula de quatro dias com quase 200 líderes da Igreja, além de autoridades e especialistas do Vaticano para discutir maneiras de lidar com a crise. No ano seguinte, ele reafirmou seu “compromisso da Igreja para erradicar esse mal”.

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Um relatório anterior sobre abuso histórico na Alemanha concluiu que mais de 3.600 pessoas em todo o país foram abusadas por membros do clero entre 1946 e 2014. Muitas das vítimas eram muito jovens e serviam como coroinhas.

Internacional

Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

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Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a
Foto: Reprodução Instagram/ 📸 @ricardostuckert

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro. 

“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento. 

A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima. 

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países. 

O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados. 

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“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento. 

Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima. 

Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto. 

“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração. 

Mercado de carbono 

Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área. 

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Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”. 

Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas. 

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Internacional

Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics

A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

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Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.

Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.

Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.

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Internacional

Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai

Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

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Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica
Foto: Secretaria de Comunicação do Uruguai

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças. 

Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015. 

Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil. 

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