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By Iza

Bali, Bahia ou dentro de si? 

O que você procura em Bali pode estar em Itacaré. O que espera encontrar em templos sagrados talvez more num pôr do sol em Salvador

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A Bahia, com sua mistura de fé, mar e música, tem algo de místico que se parece com Bali. Ambas têm o poder de curar sem
Fotos: Pixabay e João Ramos/Bahiatursa

Iza França

Há quem viaje para longe para se encontrar, e há quem só precise olhar com calma para o próprio reflexo no espelho.

Nos últimos anos, falar de autoconhecimento virou tendência, mas na essência continua sendo o mesmo convite antigo: silenciar o barulho de fora para escutar o som de dentro. O curioso é que muitos de nós embarcam rumo a lugares exóticos tentando decifrar o que sempre esteve em casa – o que nos move, o que nos falta, o que ainda somos. 

A Bahia, com sua mistura de fé, mar e música, tem algo de místico que se parece com Bali. Ambas têm o poder de curar sem prometer, de acolher sem exigir, de inspirar sem esforço. Em uma, o cheiro do dendê; na outra, o perfume do incenso. E em ambas, um mesmo pedido: desacelere. 

Talvez por isso, tantas pessoas busquem destinos paradisíacos quando o que realmente precisam é reaprender a respirar. Em tempos de urgência e performance, viajar virou também um jeito de adiar pausas. Só que, mais cedo ou mais tarde, o corpo e a alma pedem passagem – e o bilhete é interno. 

O que você procura em Bali pode estar em Itacaré. O que espera encontrar em templos sagrados talvez more num pôr do sol em Salvador. A diferença é que, quando a gente muda o olhar, o destino muda de cor – mesmo que o CEP continue o mesmo. 

Descobri que o recomeço não exige passaporte. Ele acontece quando a gente aceita que não vai mais caber em algumas rotas antigas. E que está tudo bem. Às vezes, o verdadeiro voo é aquele que não tem foto, carimbo nem bagagem – apenas uma alma decidida a voltar para casa, mesmo que essa casa seja dentro de si. 

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Entre o azul da Bahia e o pôr do sol de Bali, existe uma linha que atravessa a alma de quem aprende que paz não é um lugar – é uma escolha diária. 

E, se for pra recomeçar, que seja onde o coração respira em paz.

Seja Bali. Seja Bahia. Sempre Dentro de si. 

IZA FRANÇA é jornalista, relações públicas e gestora de comunicação com mais de 20 anos de experiência em comunicação corporativa, atuou em grandes empresas e liderou agências que atendem marcas de diferentes setores. Hoje, compartilha reflexões sobre reputação, liderança feminina, Carreira e Gestão e o propósito e o papel humano da comunicação no mundo digital. 
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Estratégia não é agenda

A diferença entre gestão e liderança está justamente aí: o gestor administra o tempo, o líder define o rumo

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Empresas confundem estratégia com agenda. Líderes confundem movimento com resultado. E, assim, passamos dias inteiros cumprindo
Foto: Pixabay

Por: Iza França @sou_izafranca

Empresas confundem estratégia com agenda. Líderes confundem movimento com resultado. E, assim, passamos dias inteiros cumprindo tarefas que nos afastam do que realmente importa: pensar o futuro. 

Fazemos reuniões para planejar reuniões. Entregamos relatórios que ninguém lê. Corremos atrás de métricas que não mudam a vida de ninguém. A rotina devora o propósito. 

Mas estratégia é sobre direção, não sobre ocupação. É sobre clareza, não velocidade. Quem passa o dia inteiro “resolvendo” dificilmente tem tempo para construir. 

A diferença entre gestão e liderança está justamente aí: o gestor administra o tempo, o líder define o rumo. 

Talvez seja hora de limpar as agendas e voltar a pensar. De trocar a urgência pela intenção. Porque planejar não é preencher espaço — é abrir caminho. 

Iza França é jornalista, relações públicas e gestora de comunicação com mais de 20 anos de experiência em comunicação corporativa. Atuou em grandes empresas e liderou agências que atendem marcas de diferentes setores. Hoje, compartilha reflexões sobre reputação, liderança feminina, carreira e gestão, além do propósito e do papel humano da comunicação no mundo digital. @sou_izafranca 
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O gestor cansado de motivar

O problema é que esquecemos que motivação não se terceiriza — ela nasce do propósito, não da cobrança

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Há uma epidemia de gestores exaustos, esgotados por tentar motivar equipes que perderam o brilho em meio à pressão e à sobrecarga.
Foto: Pixabay

Por: Iza França @sou_izafranca

Durante anos, o discurso corporativo repetiu que líderes devem inspirar, engajar, acolher, desenvolver, resolver e ainda performar. Mas, em silêncio, muitos deles adoeceram tentando ser tudo isso ao mesmo tempo. 

Há uma epidemia de gestores exaustos, esgotados por tentar motivar equipes que perderam o brilho em meio à pressão e à sobrecarga. O problema é que esquecemos que motivação não se terceiriza — ela nasce do propósito, não da cobrança. 

O líder não é um curador de ânimos nem o animador de uma empresa cansada. Ele é, antes de tudo, um ser humano com suas próprias vulnerabilidades, que também precisa ser ouvido, apoiado e reconhecido. 

Chegou a hora de reumanizar a liderança. De lembrar que quem inspira também precisa respirar. 

Porque não há cultura saudável em empresas que exaurem seus líderes enquanto cobram deles inspiração. 

Iza França é jornalista, relações públicas e gestora de comunicação com mais de 20 anos de experiência em comunicação corporativa. Atuou em grandes empresas e liderou agências que atendem marcas de diferentes setores. Hoje, compartilha reflexões sobre reputação, liderança feminina, carreira e gestão, além do propósito e do papel humano da comunicação no mundo digital. @sou_izafranca 

 

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O preço da produtividade

Entre entregas e metas, a sociedade aprendeu a medir valor pelo volume de tarefas, e não pela qualidade de presença

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Foto: Pixabay

Por: Iza França @sou_izafranca

Vivemos em uma época em que o desempenho virou identidade. Já não dizemos “estou bem”, dizemos “estou produtiva”. O verbo produzir substituiu o verbo existir, e o tempo livre se tornou sinônimo de culpa.

A pressa virou virtude. O descanso, desconfiança. A pausa, preguiça. Entre entregas e metas, a sociedade aprendeu a medir valor pelo volume de tarefas, e não pela qualidade de presença.

O curioso é que, quanto mais produzimos, menos nos sentimos realizados. Trabalhamos sem parar, mas a sensação é de escassez constante. Corremos o tempo todo, mas não sabemos exatamente para onde. O excesso de produtividade nos tornou exaustos, não eficientes.

A produtividade que valia como propósito se transformou em anestesia. Um jeito de não encarar o vazio que sobra quando o fazer não preenche mais o ser.

Talvez o verdadeiro sucesso esteja em reaprender a parar. Em desacelerar sem culpa. Em entender que uma mente sobrecarregada não cria, apenas repete.

Produtividade é importante. Mas humanidade é essencial.

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Iza França é jornalista, relações públicas e gestora de comunicação com mais de 20 anos de experiência em comunicação corporativa. Atuou em grandes empresas e liderou agências que atendem marcas de diferentes setores. Hoje, compartilha reflexões sobre reputação, liderança feminina, carreira e gestão, além do propósito e do papel humano da comunicação no mundo digital. @sou_izafranca
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