Cultura
TCA apresenta “Um Concerto para o Guarda-Roupa” para plateia de figurinos
O TCA realizou uma produção especial para marcar a retomada do uso de seus palcos, fechados por conta da pandemia
O Teatro Castro Alves realizou uma produção especial para marcar a retomada do uso de seus palcos, fechados desde o mês de março, por conta da pandemia. Com uma performance especial na Sala Principal do TCA, o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) e a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) apresentaram, na Sala Principal do TCA, “Um Concerto para o Guarda-Roupa” para uma plateia formada por figurinos do Guarda-Roupa do Centro Técnico do TCA, ocupando as 1.554 poltronas de sua plateia.
Em tempos de pandemia, onde o isolamento social se faz necessário, embora uma vasta programação esteja se fazendo no espaço virtual, esta grandiosa arquitetura, patrimônio moderno do Brasil, está vazia de sua alma, que é a presença do público. Agora, as cortinas voltam a se abrir nesta apresentação registrada em vídeo.
“Esta produção é nossa força condensada para simbolizar a saudade que estamos sentindo de ver o Complexo do TCA vivo e repleto de gente, fazendo acontecer a rotina do maior equipamento cultural da Bahia. Entre o profundo pesar pelas circunstâncias que estamos atravessando e a expectativa do retorno à normalidade, continuamos unidos, trabalhando e crentes na capacidade transformadora da arte”, afirmou Moacyr Gramacho, diretor do TCA.
Memória
Mais que um arquivo de roupas, o Guarda-Roupa do Centro Técnico do TCA, com seu acervo de cerca de 5 mil peças, guarda a memória na forma de figurinos das artes cênicas da Bahia. Estão lá as vestimentas de infinitos personagens que ganharam vida nestes palcos ao longo de mais de 50 anos.
Para marcar poeticamente o desejo de rever seu público, o TCA montou parte destas peças na plateia da Sala Principal, compondo corpos figurativos que relembram toda esta trajetória e a alegria de ver as poltronas ocupadas: uma ausência que remete à presença.
São João 2025
Festejos no Pelourinho ressalta tradição com cultura e segurança
A festa preserva a essência das festas juninas em um ambiente familiar, onde moradores e turistas curtem com tranquilidade

O Pelourinho, coração do Centro Histórico de Salvador, se transforma em palco do São João mais tradicional da cidade, com uma programação que une forró pé-de-serra, decoração típica e a magia das ruas coloridas. Com patrocínio do Governo do Estado, o evento preserva a essência das festas juninas em um ambiente familiar, onde moradores e turistas podem curtir com segurança e conforto.
As ruas de paralelepípedo, enfeitadas com bandeirolas, criam um cenário que remete às raízes, enquanto os shows de forró e as barracas de comidas típicas completam a atmosfera da festa.
A escolha pelo Pelourinho como destino do São João não é por acaso. Turistas como Nathann Zini, engenheiro de software de Timóteo, cidade de Minas Gerais, que já esteve no Pelourinho antes, mas se surpreendeu com toda a preparação que envolve a festa no centro histórico. “Eu estou achando incrível! Está tudo muito lindo e estou ansioso pelos shows”, afirmou.
Moradores de Salvador também curtem o São João no Pelourinho todos os anos, como a atendente Eliene Costa. “Esse ano está ainda melhor do que o ano passado, tem mais coisa pra gente ver, tem mais locais com forró, está muito bom”.
Segurança reforçada
O feriado prolongado e as festas juninas em Salvador contam com um esquema especial de segurança da Polícia Militar da Bahia (PMBA). O Batalhão de Policiamento Turístico (BPtur) atua com patrulhas ostensivas, câmeras de monitoramento e equipes em pontos estratégicos, como Terreiro de Jesus e Elevador Lacerda.
A operação combina abordagens preventivas e postos fixos para garantir a segurança de turistas e moradores durante os festejos. Com efetivo ampliado, a PMBA assegura atendimento rápido e qualificado em todo o Centro Histórico, permitindo que o público curta o São João com tranquilidade.
São João 2025
Ecofolia promove sustentabilidade e transforma realidade de catadores
Iniciativa garante inclusão, dignidade e renda para mais de 3,5 mil catadores em 14 municípios baianos

Durante os festejos juninos na Bahia, a coleta seletiva ganha destaque por meio do projeto Ecofolia Solidária, uma ação do Governo do Estado coordenada pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). A iniciativa estrutura pontos de apoio à coleta de resíduos recicláveis em 14 municípios, beneficiando 3.566 catadores e catadoras com melhores condições de trabalho e geração de renda.
As Centrais de Apoio ao Catador são organizadas pelas redes e cooperativas e funcionam como espaços de comercialização direta dos materiais coletados, sem a presença de atravessadores. Com isso, os trabalhadores recebem preços justos, ganham equipamentos de proteção individual (EPIs), como fardamento completo, luvas, calçados, protetor auricular, capa de chuva e mochilas.
De acordo com Júlio Santana, coordenador de Inovação e Fomento para Economia Solidária da Setre, o projeto envolve um investimento de R$ 2 milhões em apoio a associações e cooperativas. “A Ecofolia Solidária apoia 14 cooperativas em Salvador, com quatro centrais instaladas no Pelourinho, Parque de Exposições e em Paripe. Cerca de 650 catadores e catadoras, entre cooperados e autônomos, são beneficiados só na capital. Eles têm acesso a EPIs, fardamento e comercializam o material com preços justos, garantindo renda para si e suas famílias”, explicou.
Para os catadores, o impacto vai além da renda. Genivaldo Ribeiro, da Coperguari, ressalta a dignidade e visibilidade proporcionadas pelo projeto: “O Governo do Estado tem sido um diferencial desde 2022. Em Paripe, os catadores podem trabalhar no próprio bairro, e isso é economia circular: o dinheiro que eles ganham aqui é gasto aqui. A gente presta um serviço público de qualidade, mas só conseguimos isso com apoio. Esse projeto tem um viés ambiental, social e econômico”, afirmou.
Antônia da Silva Lima, 61 anos, catadora autônoma e vendedora ambulante, reforça como o uso dos EPIs trouxe mais segurança à sua rotina: “Agora com o uniforme, o calçado e as luvas, a gente não se machuca. Isso foi muito importante. As pessoas passam e olham com mais respeito. Foi um projeto que pensou na gente e eu gostei muito”.
Além de promover a valorização do trabalho dos catadores, o projeto contribui com a preservação ambiental e reforça o compromisso com a inclusão social e produtiva dessa categoria historicamente invisibilizada. Os catadores cadastrados também são acolhidos com suporte para documentação civil e atendimento às suas famílias, quando necessário.
São João 2025
Solange Almeida agita Paripe e celebra festejos juninos na comunidade
Nem a chuva afastou o público, que cantou do início ao fim e mostrou que, quando o forró é bom, ninguém arreda o pé.

Com um repertório de respeito, Solange Almeida fez um dos shows mais marcantes do São João de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, na noite deste sábado (21). Nem a chuva afastou o público, que cantou do início ao fim e mostrou que, quando o forró é bom, ninguém arreda o pé.
No palco, a cantora relembrou sucessos que marcaram sua trajetória junto ao Aviões do Forró e também na carreira solo, como “Deita na BR”, “Novo Namorado”, “Estando Com Ela e Pensando em Ti” e “Me Faça o Favor”. Durante o show, Solange levou ao palco um convidado mais que especial: o filho, Rafael Almeida. A artista tem chamado o jovem cantor de “O herdeiro” e fez questão de apresentá-lo aos fãs de Paripe.
Solange também destacou a importância de levar o São João para dentro das comunidades, como o Governo do Estado da Bahia tem feito em Paripe. “A descentralização do São João é muito importante. Nem todo mundo tem condição de pegar um transporte pra ir [até o Parque de Exposições], e com essa possibilidade de estender o São João, de abrir esse leque de opções, é incrível. Todo mundo pode curtir na porta de casa, tomar seu licor maravilhoso de jenipapo, que pra mim é o melhor, e aproveitar muito”, revelou a artista.
Moradoras da região do Subúrbio, as irmãs Raquel Lima, 45, professora, e Regina Lima, 42, analista de processos de qualidade, curtiram o São João de Paripe pela primeira vez e ficaram encantadas com a estrutura e a energia da festa. “Minha expectativa era viajar, mas quando vi a movimentação, as atrações, decidi ficar e passar o São João na comunidade onde moro. Estou apaixonada”, contou Raquel. Regina chegou pouco antes do show de Solange e não escondeu a empolgação para curtir sua atração favorita do dia: “A estrutura está perfeita, bem-organizada. Não perco mais! Tô na expectativa para ver Solange, porque eu gosto muito das músicas antigas e até das novas”.
E por falar em fãs, DJ Pretin, 32, que acompanha a artista por onde ela for. “Primeira vez que tô aqui em Paripe. Vim por causa de Solange. Ainda vou ver ela no Parque também. Se eu pudesse, eu viajava mais, porque eu adoro Solange. E eu tô amando, inclusive, a festa de Paripe. Não conhecia, moro no centro, mas tô encantado”, garantiu.
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