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Meio Ambiente

Salvador participa de painel sobre sustentabilidade na COP27

Em formato virtual, a titular da Secis vai apresentar o painel “Educando para a sustentabilidade”

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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) atualizou sobre a retomada da energia eletrica no Brasil. Até às 10h45, já foram recompostos 13
Foto: Valter Pontes/SecomPMS

A Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), participa neste sábado (12) da 27ª Conferência da Organização das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP27), que acontece em Sharm el-Sheikh, no Egito. Em formato virtual, a titular da pasta, Marcelle Moraes, vai apresentar o painel “Educando para a sustentabilidade”.

Dentre os temas a serem abordados está a promoção e gestão do Programa de Agricultura Urbana do Município, que inclui a instalação de hortas urbanas pela cidade – são 74 hortas até o momento. Outras iniciativas são o programa de alimentação saudável nas escolas públicas do município, em conjunto com a Secretaria Municipal da Educação (Smed); o projeto Horta em Casa, com incentivo aos cidadãos para que cultivem hortaliças na própria residência; a valorização das feiras agroecológicas do município e um curso de qualificação remoto oferecido aos agricultores urbanos da cidade, que já alcançou 80 participantes na primeira turma.

“O principal desafio que estamos enfrentando no momento para diminuirmos os números expressivos de insegurança alimentar está na governança. Por isso, Salvador está se mobilizando para reverter essa condição, através da constituição de um Grupo de Trabalho interinstitucional, focado na promoção e na articulação de projetos e programas entre as várias secretarias de governo, bem como, organismos de cooperação internacional, ambiente acadêmico, iniciativa privada e sociedade civil”, declara Marcelle.

A gestora informa que os resultados começam a aparecer através da retomada do Conselho de Segurança do Município, da criação da lei de segurança alimentar, do decreto de doação de alimentos, da ampliação das hortas urbanas para centros de produção e comercialização de alimentos, e da ampliação dos restaurantes para a população de baixa renda, dentre outras ações.

Além disso, a Prefeitura está em processo de finalização de parcerias internacionais para cooperação mútua, que trarão fôlego e infraestrutura para ampliação das atividades e impacto de seus projetos. Entre os principais exemplos está a aproximação com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), para firmar uma parceria em territórios rurais não-agrícolas, e a aproximação com o governo federal para ampliação da agenda da agricultura urbana da cidade.

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“Salvador está atenta às questões de segurança e soberania alimentar do município e estamos abertas a cooperação e a aproximação cada vez mais intensa de cidades e países modelares no assunto. Esperamos que as decisões saiam do papel e se tornem mecanismos claros, objetivos e impactantes quanto ao papel estratégico dos sistemas alimentares”, finaliza a titular da Secis.

Evento

Iniciada no último dia 6, a COP 27 é considerada a maior e a mais importante conferência mundial sobre temas relacionados às mudanças climáticas, e envolve representantes de diversos países do mundo. Durante os 12 dias da conferência, que segue até o dia 18, os países participantes debatem sobre adaptação climática, mitigação dos gases do efeito estufa, impacto climático na questão financeira e colaboração para conter o aquecimento global. Também deverão ser definidos, no encontro, aspectos centrais para a implementação do Acordo de Paris e dar previsibilidade ao financiamento climático.

Meio Ambiente

Inema investiga descarte irregular de arraias na Marina do Bonfim

O objetivo da operação foi identificar os responsáveis pela infração ambiental e adotar as medidas cabíveis

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Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) esteve na Marina do Bonfim para apurar o descarte irregular de arraias,
Foto: Diego Sobreira | Ascom Sema/Inema

Na manhã desta quarta-feira (5), uma equipe de fiscalização do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) esteve na Marina do Bonfim para apurar o descarte irregular de arraias, em ação conjunta com a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA). O objetivo da operação foi identificar os responsáveis pela infração ambiental e adotar as medidas cabíveis.

O diretor de Fiscalização do Inema, Eduardo Topázio, destacou que assim que o instituto tomou conhecimento, informou a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), que iniciou a remoção do material, a questão agora é garantir que o responsável seja identificado e responsabilizado. “Ao chegarmos, encontramos as arraias, identificamos que se tratava de um descarte de animais já tratados, preparados para comercialização. Segundo relatos de moradores, trabalhadores e transeuntes da região, o descarte ocorreu na madrugada de segunda para terça-feira e teria sido feito por um caminhão baú. As informações coletadas serão analisadas para subsidiar as investigações e possíveis autuações”.

O diretor também destacou que caso identificado, o responsável será punido. Se for de fato uma pessoa jurídica descartando material poluente em local inadequado, poderá sofrer processo administrativo, ser multado e até ter suas atividades interditadas, conforme avaliação técnica e jurídica.

A Major Érica Patrícia, comandante da COPPA, e sua equipe prestaram apoio tanto em terra quanto no mar, utilizando uma embarcação para ajudar na localização dos materiais e investigação da autoria.

O Inema disponibiliza canais para atendimento de denúncias oriundas da população, através do número 0800-071-1400 ou e-mail denuncia@inema.ba.gov.br. A identidade do denunciante será preservada.

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Meio Ambiente

Comunidade de Itaparica se mobiliza contra coral invasor na BTS

A espécie cresce rapidamente e compete com corais nativos, comprometendo os recifes que protegem a costa contra erosões

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Uma ameaça silenciosa cresce nos recifes da Baía de Todos-os-Santos (BTS): o coral invasor Chromonephthea braziliensis, que pode
Foto: Matheus Landim/GOVBA

Uma ameaça silenciosa cresce nos recifes da Baía de Todos-os-Santos (BTS): o coral invasor Chromonephthea braziliensis, que pode comprometer a biodiversidade marinha local. Para enfrentar esse desafio, a Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), em parceria com instituições de pesquisa, estão conduzindo uma expedição na Ilha de Itaparica para planejar a erradicação da espécie.

A operação, iniciada em dezembro de 2024 e com previsão de término em fevereiro, vem reunindo esforços de especialistas de diversas instituições, pescadores e marisqueiras para proteger o ecossistema local. Durante a segunda expedição, realizada nesta terça-feira (15), a equipe da Sema/Inema dialogou com representantes da comunidade local e autoridades locais como está avançando a operação, os possíveis impactos do coral e as estratégias de combate. As próximas expedições estão programadas para os dias 22 e 29 de janeiro, com o encerramento das atividades previsto para o dia 4 de fevereiro.

“A nossa prioridade é garantir que a erradicação do coral invasor seja segura, eficiente e com o menor impacto ambiental possível. Já realizamos outros mergulhos de monitoramento e estamos avaliando as metodologias mais adequadas para remoção”, afirmou Luana Pimentel, diretora de Política e Planejamento Ambiental da Sema.

Os estudos em andamento indicam que uma combinação de métodos pode ser eficaz: a aplicação de sal azedo diretamente no coral e a remoção manual. “A injeção de sal azedo apresenta alta taxa de mortalidade do coral e reduz os impactos ambientais. Já a remoção manual é eficiente para eliminar colônias inteiras, mas exige extremo cuidado para evitar a dispersão de fragmentos que podem originar novas colônias”, explicou Francisco Barros, pesquisador da Ufba.

“Pequenos pedaços dos corais podem ser levados pela correnteza e dar origem a novas colônias, ampliando a invasão. Por isso, a capacitação das equipes é fundamental para que o processo de remoção seja eficaz e seguro”, explicou Francisco Barros, pesquisador da Ufba integrante da equipe técnica do projeto.

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Apenas na área monitorada, a remoção pode atingir cerca de uma tonelada de corais invasores. Segundo os pesquisadores a espécie cresce rapidamente e compete com corais nativos, comprometendo os recifes que protegem a costa contra erosões. “Quanto antes controlarmos, maior será a chance de evitar danos irreversíveis, acrescentou outro pesquisador da Ufba, Rodrigo Maia.

Impactos na comunidade local

Geraldo Pereira, pescador com mais de 20 anos de experiência, relatou que a presença do coral invasor já afeta pesca local. “Percebi a diminuição de mariscos e outras espécies. Quando pescamos diariamente, conhecemos cada detalhe do ambiente, e algo diferente nos chamou a atenção. Não imaginávamos que esse coral poderia causar tanto impacto”, afirmou.

A expedição conta com o apoio da Capitania dos Portos, da Marinha, e da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), além de parcerias técnicas com instituições como UFBA, USP, UFAL, UFRPE, Senai/Cimatec e a ONG Pró-Mar. “Esse é um processo que exige conhecimento técnico, planejamento estratégico e execução cuidadosa. Não é apenas retirar o coral invasor, precisamos garantir que a remoção seja segura e não provoque outros impactos ao ecossistema”, destacou Carla Guimarães, integrante do Inema na expedição.

O coral invasor, cientificamente conhecido como Chromonephthea braziliensis, representa uma grave ameaça à Baía de Todos-os-Santos. Além de liberar substâncias tóxicas que afetam corais nativos, sua proliferação reduz habitats essenciais para peixes e outras espécies marinhas. A erradicação é crucial para preservar a biodiversidade e os recursos naturais que sustentam as comunidades costeiras.

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Meio Ambiente

Estado firma parceria com universidades para remoção de corais invasores na BTS

O trabalho segue até o dia 4 de fevereiro, quando poderão ser iniciadas as operações para remoção efetiva dos octocorais

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Proteger os recifes de corais da Baía de Todos-os-Santos (BTS) e a biodiversidade marinha tem sido o desafio de uma equipe
Foto: Matheus Landim/GOVBA

Proteger os recifes de corais da Baía de Todos-os-Santos (BTS) e a biodiversidade marinha tem sido o desafio de uma equipe de 10 pesquisadores de três universidades brasileiras, junto a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), a Capitania dos Portos da Marinha e a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa). O grupo de trabalho embarcou rumo a Itaparica, nesta quarta-feira (8), para a segunda etapa de um experimento que pretende eliminar um octocoral invasor, da espécie ‘chromonephthea braziliensis’, da Baía de Todos-os-Santos (BTS).

A experiência dos mergulhadores e pescadores nativos da Ilha de Itaparica, na observação dos corais, foi o que possibilitou a identificação do coral invasor, em 2023, e do experimento no final de dezembro de 2024. Segundo Tiago Porto, superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, uma das principais preocupações da pasta é em relação a extinção de algumas espécies marinhas e do impacto na pesca de subsistência.

“Esse octocoral é uma espécie do oceano Índico, da região de Singapura. Quando ele aparece em um ambiente que está em equilíbrio, pode acabar com espécies marinhas que fornecem alimentos para peixes e animais de pesca da região. Além de ocuparem espaços, competindo com espécies nativas de corais. Isso desequilibra todo o ecossistema”, explicou Porto, acrescentando que a principal evidência, indica que os corais chegaram à Bahia por meio de incrustação em plataformas de petróleo do litoral do Rio de Janeiro.

Pescador subaquático há mais de 30 anos, Xandinho Domício, de 61 anos, observou os primeiros corais ainda no começo da instalação das colônias.

“Quando comecei a notar esses corais, eles eram muito pequenos, branquinhos. Eles se espalham mais em lugares de pedra, com concreto. Então, eles acharam uma brecha, aqui, e agora tá tudo tomado. E espantaram os peixes! Antes encostava robalo grande, tainha. Os peixes estão sumindo!”, lamentou Xandinho.

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Durante a ação de monitoramento dos testes, para eliminação dos octocorais, foram analisadas reações nas amostras das colônias em contato com sal azedo, vinagre, água doce e aquelas removidas manualmente, com espátula.

Uma das pesquisadoras do grupo Tatiane Aguiar, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), apontou para resultados no manejo com sal azedo e na remoção manual. “A gente começou o experimento no dia 22 de dezembro. A gente veio aqui com sete dias, já analisamos alguns resultados, e agora, com 15 dias, podemos adiantar que o tratamento com sal azedo e o tratamento manual, de raspagem, são os mais efetivos até agora. Onde a gente raspou, está liso, como estava quando a gente terminou de fazer, e o sal azedo está, inclusive, limpando as pilastras. São resultados preliminares, não são resultados conclusivos, porque a checagem será de 30 dias”, compartilhou a pesquisadora, após mergulho e averiguação das amostras.

O trabalho segue até o dia 4 de fevereiro, quando poderão ser iniciadas as operações para remoção efetiva dos octocorais. Toda a pesquisa e processo de remoção das colônias estão sendo feitos em parceria também com a organização socioambiental Pró-Mar e o Senai-Cimatec. Pesquisadores das Universidades Federal de Alagoas e de São Paulo.

As licenças ambientais estão sendo emitidas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), pela Sema e o Inema, considerando que os recifes afetados estão localizados em Áreas de Preservação Permanente (APP) e em uma Unidade de Conservação Estadual, a Área de Preservação Ambiental (APA) Baía de Todos-os-Santos.

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