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Internacional

Rússia ataca Kiev durante visita de chefe da ONU

A Ucrânia reconheceu pesadas perdas do ataque russo no leste, mas disse que as baixas do invasor foram “colossais”

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Unidas (ONU), António Guterres, enquanto a Ucrânia reconheceu pesadas perdas do ataque da Rússia no leste, mas disse que as baixas
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres (C), em visita à Kiev

Moscou confirmou que realizou um ataque aéreo em Kiev durante uma visita do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, enquanto a Ucrânia reconheceu pesadas perdas do ataque da Rússia no leste, mas disse que as baixas do invasor foram “colossais”.

O Ministério da Defesa em Moscou disse em seu briefing diário na sexta-feira (29) que duas “armas aéreas de alta precisão e longo alcance” destruíram os edifícios de produção do míssil Artyom e da empresa espacial na capital ucraniana na noite de quinta-feira (28).

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse na sexta-feira que um corpo havia sido recuperado dos escombros de um prédio residencial de 25 andares no distrito de Shevchenkivskyi da capital após a greve, que o porta-voz de Guterres descreveu como “chocante”.

O Ministério da Defesa da Grã-Bretanha apoiou na sexta-feira essa avaliação, dizendo que Donbas continua sendo o foco estratégico da Rússia, mas devido à forte resistência ucraniana, “os ganhos territoriais russos foram limitados e alcançados a um custo significativo para as forças russas”.

O gabinete de Zelenskiy disse que a Rússia estava atacando toda a linha de frente em Donetsk, uma das duas províncias de Donbas, com foguetes, artilharia, morteiros e aviões, enquanto o estado-maior da Ucrânia disse que a Rússia estava bombardeando posições ao longo da linha de contato.

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O governador da cidade de Kharkiv, no leste do país, Oleg Sinegubov, disse na sexta-feira que cinco civis foram mortos na quinta-feira no que ele descreveu como bombardeios quase contínuos, com mais de 2.000 edifícios danificados ou destruídos desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

O gabinete de Zelenskiy também disse que uma operação foi planejada na sexta-feira para evacuar civis de Mariupol, a devastada cidade portuária do sudeste que foi palco de alguns dos combates mais sangrentos e da pior catástrofe humanitária da guerra.

“Uma operação para evacuar civis da fábrica de Azovstal está planejada para hoje”, disse em comunicado. A extensa siderúrgica é o local da última resistência das tropas ucranianas na cidade sitiada, mas também abriga centenas de civis. A Rússia disse na semana passada que ganhou o controle total de Mariupol, exceto pela enorme área industrial.

Guterres disse na quinta-feira que a ONU está fazendo “todo o possível” para garantir a evacuação de civis do “apocalipse” em Mariupol e Osnat Lubrani, uma representante da ONU na Ucrânia disse na sexta-feira que estava viajando para a vizinha Zaporizhzhia para se preparar para uma evacuação.

O governo britânico disse na sexta-feira que está enviando especialistas para ajudar a Ucrânia a coletar evidências e processar crimes de guerra, com uma equipe que deve chegar à Polônia no início de maio para investigar o que a secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, chamou de “barbárie… e atrocidades vis” russas, inclusive contra as mulheres”.

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Os corpos de 1.150 civis foram recuperados na região ao redor de Kiev desde a retirada das tropas russas da área no início deste mês, com 50-70% dos cadáveres exibindo ferimentos de balas de armas pequenas, disse a força policial de Kiev.

Promotores ucranianos disseram ter identificado 10 soldados russos suspeitos de cometer crimes de guerra – incluindo assassinato premeditado, tratamento cruel e outras violações – no subúrbio de Bucha, em Kiev, durante a ocupação da cidade em março.

Londres também está mobilizando cerca de 8.000 soldados, bem como 72 tanques e 120 veículos blindados de combate, canhões de artilharia, helicópteros e drones para exercícios na Europa Oriental, disseram autoridades de defesa em comunicado.

“A segurança da Europa nunca foi tão importante”, disse o secretário de Defesa, Ben Wallace, chamando-o de “um dos maiores desdobramentos compartilhados desde a Guerra Fria”.

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Internacional

Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

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Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a
Foto: Reprodução Instagram/ 📸 @ricardostuckert

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro. 

“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento. 

A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima. 

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países. 

O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados. 

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“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento. 

Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima. 

Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto. 

“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração. 

Mercado de carbono 

Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área. 

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Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”. 

Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas. 

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Internacional

Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics

A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

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Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.

Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.

Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.

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Internacional

Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai

Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

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Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica
Foto: Secretaria de Comunicação do Uruguai

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças. 

Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015. 

Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil. 

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