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Internacional

Preocupação com Peng Shuai aumenta após divulgação de email

A tenista não foi vista em público desde que denunciou que um poderoso político chinês a havia agredido sexualmente

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O chefe da Associação de Tênis Feminino (WTA) disse que agora está ainda mais preocupado com o bem-estar de Peng Shuai depois que a mídia

O chefe da Associação de Tênis Feminino (WTA) disse que agora está ainda mais preocupado com o bem-estar de Peng Shuai depois que a mídia estatal chinesa publicou uma carta supostamente da atleta chinesa.

Peng não foi vista em público desde que denunciou nas redes sociais que um ex-vice-premiê da China, Zhang Gaoli, a havia agredido sexualmente.

A postagem de 2 de novembro no Weibo da China, semelhante ao Twitter, foi removida em meia hora e os censores bloquearam vários termos relacionados, incluindo “tênis”, mas as alegações ainda viraram. Desde então, tem havido uma preocupação crescente com o bem-estar de Peng, com Naomi Osaka entre as estrelas do tênis e outros pedindo respostas. No início deste mês, a WTA emitiu um comunicado pedindo ao governo chinês que investigue as alegações feitas por Peng. O presidente e executivo-chefe da WTA, Steve Simon, disse mais tarde que recebeu “garantias” da China de que ela estava segura, mas ninguém da WTA conseguiu contatá-la para confirmar.

Na quarta-feira, a agência estatal chinesa de língua inglesa, a China Global Television Network, publicou uma carta no Twitter que alegou ter sido enviada de Peng para Simon.

“Em relação às recentes notícias divulgadas no site oficial da WTA, o conteúdo não foi confirmado ou verificado por mim e foi divulgado sem meu consentimento”, disse a carta.

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“As notícias daquele comunicado, incluindo a alegação de agressão sexual, não são verdadeiras. Não estou desaparecida, nem estou correndo perigo. Acabei de descansar em casa e está tudo bem. Obrigado novamente por se preocupar comigo”.

Também solicitou que a WTA verifique quaisquer declarações futuras com ela e busque seu consentimento antes de publicar. A captura de tela da carta, que incluía um cursor visível no texto e não foi publicada em nenhum lugar da China, gerou ceticismo.

“A declaração divulgada hoje pela mídia estatal chinesa sobre Peng Shuai apenas levanta minhas preocupações quanto à sua segurança e paradeiro”, disse Simon.

“Tenho dificuldade em acreditar que Peng Shuai realmente escreveu o e-mail que recebemos ou acredita no que está sendo atribuído a ela.”

O grupo Defensores dos Direitos Humanos da China (CHRD), disse que a declaração “não deve ser tomada ao pé da letra”.

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“O governo chinês tem uma longa história de detenção arbitrária de pessoas envolvidas em casos polêmicos, controlando sua capacidade de falar livremente e obrigando-as a dar declarações forçadas”, disse William Nee, coordenador de pesquisa e defesa do CHRD.

“Até que Peng Shuai seja libertada, o ônus da prova deve recair sobre o governo chinês para provar que ela não foi detida.”

Simon já havia sugerido que a falta de ação da China no caso poderia prejudicar futuras viagens ao país, dizendo que a organização estava interessada apenas em “fazer o que é certo”.

“Peng Shuai demonstrou uma coragem incrível ao denunciar uma agressão sexual de um ex-alto funcionário do governo chinês. A WTA e o resto do mundo precisam de provas independentes e verificáveis ​​de que ela está segura”, disse ele na quarta-feira.

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Internacional

Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

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Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a
Foto: Reprodução Instagram/ 📸 @ricardostuckert

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro. 

“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento. 

A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima. 

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países. 

O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados. 

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“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento. 

Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima. 

Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto. 

“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração. 

Mercado de carbono 

Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área. 

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Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”. 

Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas. 

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Internacional

Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics

A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

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Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.

Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.

Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.

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Internacional

Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai

Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

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Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica
Foto: Secretaria de Comunicação do Uruguai

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças. 

Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015. 

Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil. 

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