SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS
Anúncios

Internacional

Pequim suspende casamentos, funerais e fecha escolas

Este é um esforço para evitar mergulhar a capital da China em um bloqueio Covid-19 ao estilo de Xangai

Publicado

em

Pequim fechou escolas e suspendeu casamentos e funerais na cidade de 22 milhões de habitantes em um esforço relâmpago para evitar mergulhar

Pequim fechou escolas e suspendeu casamentos e funerais na cidade de 22 milhões de habitantes em um esforço relâmpago para evitar mergulhar a capital da China em um bloqueio Covid-19 ao estilo de Xangai.

Os temores de que Pequim possa entrar em confinamento em breve já fizeram a população realizar um amplo estoque, levando à escassez em alguns supermercados.

A Secretaria de Educação da cidade ordenou que todas as escolas da cidade encerrassem as aulas a partir de sexta-feira (29) e disse que não havia determinado quando elas poderiam retomar.

Pequim se moveu mais rápido do que outros lugares na China para impor restrições, enquanto o número de casos permanece baixo. As autoridades anunciaram apenas 50 novos casos na quinta-feira (28), elevando o total na última onda de infecções para cerca de 150.

O governo está desesperado para evitar medidas abrangentes impostas a Xangai no mês passado, que causaram frustração com a escassez de alimentos e suprimentos básicos. Em toda a China, as autoridades disseram que estão reprimindo a manipulação de preços.

ANÚNCIO
Anúncios

Na quarta-feira (27), o Ministério da Segurança Pública disse que qualquer indivíduo que se aproveitasse dos surtos para obter lucro seria tratado com rigor, com multas de até 3 milhões de yuans (cerca de R$ 2,24 milhões).

Em Xangai, um homem foi punido por “fabricar e divulgar informações sobre aumento de preços e interromper ordens de preços de mercado”. Ele foi acusado de comprar produtos e revendê-los on-line a preços aumentados em até 360%. Outro foi acusado de alugar a licença comercial de outra pessoa e vender produtos e alimentos on-line a preços inflacionados, obtendo um lucro de US$ 230.000 (R$ 1,13 milhão). No mês passado, as autoridades de supervisão do mercado de Xangai disseram que já haviam emitido cerca de 20.000 cartas de advertência sobre manipulação de preços.

“As pessoas estão em uma área sem epidemia e voltaram hoje ao mercado de vegetais. O preço dos ovos subiu, o preço da carne subiu, e as batatas ainda estão lá, mas seu valor dobrou”, disse um morador de Pequim no Weibo (microblog chinês cuja plataforma segue o estilo do Twitter). “Eu não entrei em pânico, mas isso está me levando a entrar em pânico.”

As autoridades ordenaram testes em massa de mais de 20 milhões de pessoas em Pequim nesta semana. Além das escolas da cidade, foram impostas restrições a alguns edifícios residenciais individuais, blocos de escritórios e uma universidade e alguns espaços públicos e locais foram fechados.

Analistas estimam que mais de 340 milhões de pessoas na China estão sob bloqueio total ou parcial em 46 cidades.

ANÚNCIO
Anúncios

O centro industrial de Guangzhou, no sul, cancelou centenas de voos e ordenou testes em massa de cerca de 5,6 milhões de pessoas depois de detectar um caso suspeito. Enquanto isso, Xangai registrou seu menor número diário de casos em mais de três semanas na quinta-feira, com 9.330 diagnósticos assintomáticos. As autoridades disseram que disponibilizariam mais recursos para melhorar as taxas de vacinação entre os idosos, mas não mostraram sinais de suspender o bloqueio.

Os 25 milhões de habitantes da cidade estão confinados há semanas, com escassez de alimentos e interrupções na entrega. Entre as queixas estão acusações sobre a insistência do governo em fornecer às famílias milhões de doses de Lianhua Qingwen – um medicamento tradicional chinês (MTC) usado como tratamento da Covid-19. Os moradores disseram que a entrega das doses não solicitadas parecia ser priorizada em relação à comida.

A MTC é apoiada pelos governos central e local da China e está entre os produtos que Pequim doou a outros países para combater o Covid. No entanto, Lianhua Qingwen tornou-se controversa, com sinais de que as críticas a ela não são toleradas, pois as autoridades procuram conter a dissidência.

Wang Sicong, uma figura bem conhecida e filho de um dos homens mais ricos da China, foi banido do Weibo e sua conta encerrada na quarta-feira depois de aparentemente questionar a eficácia de Lianhua Qingwen. Em um post para cerca de 40 milhões de seguidores, Wang perguntou se o produto havia sido aprovado pela Organização Mundial da Saúde. Em um post excluído, ele também pediu aos reguladores da China que investigassem o fabricante, Shijiazhuang Yiling Pharmaceutical. Após o post de Wang, as ações da empresa caíram 35%, informou a Bloomberg.

Um aviso na conta suspensa de Wang dizia apenas que havia “violado leis e regulamentos relacionados”. A Yiling Pharmaceutical disse que tomará medidas legais contra declarações difamatórias. Na quarta-feira, a conta de Wang foi deletada por completo.

ANÚNCIO
Anúncios

As postagens de Wang estavam entre os exemplos mais destacados do crescente descontentamento na China, à medida que os bloqueios e as duras medidas de zero Covid continuavam, especialmente em Xangai.

A OMS examinou a MTC como tratamento, encontrando “dados promissores” que ajudaram a reduzir a progressão da doença, relatou Quartz. Mas Lianhua Qingwen não é recomendado como tratamento para Covid-19, mesmo em alguns lugares onde a MTC é amplamente utilizada. Cingapura o aprovou apenas como tratamento para resfriado e gripe, mas agora está realizando testes para o Covid-19. Está proibido de ser importado para a Nova Zelândia, Suécia, EUA e Austrália.

Internacional

Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

Publicado

em

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a
Foto: Reprodução Instagram/ 📸 @ricardostuckert

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro. 

“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento. 

A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima. 

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países. 

O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados. 

ANÚNCIO
Anúncios

“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento. 

Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima. 

Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto. 

“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração. 

Mercado de carbono 

Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área. 

ANÚNCIO
Anúncios

Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”. 

Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas. 

Continue Lendo

Internacional

Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics

A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

Publicado

em

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.

Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.

Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.

ANÚNCIO
Anúncios
Continue Lendo

Internacional

Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai

Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

Publicado

em

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica
Foto: Secretaria de Comunicação do Uruguai

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças. 

Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015. 

Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil. 

Continue Lendo

Mais Lidas