Internacional
Medidas de restrições à Covid-19 diminuem em toda a Europa
Países começam a diminuir as medidas apesar das altas taxas de infecções ainda existentes

As casas noturnas da França reabriram pela primeira vez em três meses na quarta-feira (16) e a Holanda volta ao “quase normal” a partir da próxima sexta-feira (18), enquanto os países europeus continuam a suspender suas restrições ao coronavírus, apesar dos números relativamente altos de infecções.
Os grupos também podem tocar para o público em pé em locais de concertos franceses, os clientes em bares e cafés poderão comer e beber enquanto estão no balcão e os cinéfilos e passageiros do trem podem lanchar durante o filme ou a viagem.
“Os céus parecem finalmente estar clareando”, disse o porta-voz oficial do governo francês, Gabriel Attal, acrescentando que as restrições “podem ser levantadas de acordo com o cronograma”, mas pedindo às pessoas que continuem a ter cautela e moderação.
A França deve abandonar sua regra que exige máscaras faciais em espaços públicos fechados que exigem um passe de vacina, como restaurantes, cinemas e academias, em 28 de fevereiro, embora a obrigação permaneça nos transportes públicos e nas lojas.
O ministro da Saúde, Olivier Véran, disse na quarta-feira que todas as regras restantes de máscaras podem ser suspensas e as regras de aprovação de vacinas “significativamente facilitadas” até meados de março, “desde que os números de infecção continuem a cair e a pressão sobre nossos hospitais permita”.
Discotecas e bares na Holanda também podem abrir até a 1h desta sexta-feira, disse o ministro da Saúde, Ernst Kuipers, antes que todos os limites de horário de funcionamento sejam levantados em 25 de fevereiro. “Os jovens devem ser capazes de soltar suas asas”, disse Kuipers.
Bares, restaurantes e clubes retornarão ao horário de funcionamento pré-pandemia e à capacidade total pela primeira vez em quase dois anos a partir dessa data. As máscaras não serão mais exigidas na maioria dos lugares, mas continuarão obrigatórias nos transportes públicos e nos aeroportos, e a quarentena para pessoas com Covid-19 será reduzida para cinco dias.
“O país vai abrir novamente”, disse Kuipers. Mas ele alertou que, embora a Holanda pareça “no pico” e a pressão sobre os hospitais seja administrável, a pandemia “não acabou”: “Podemos ser otimistas, mas também temos que ser realistas”.
Os vizinhos alpinos, Áustria e Suíça, também anunciaram na quarta-feira que retirariam a maioria das restrições, incluindo o uso de certificados Covid e conselhos para trabalhar em casa.
A partir de quinta-feira na Suíça, os únicos requisitos restantes em vigor serão a obrigação de se auto-isolar por cinco dias após um teste positivo e o uso de máscaras nos transportes públicos e nas instituições de saúde – que devem permanecer até o final de março.
A Áustria planeja diminuir suas restrições a partir de 5 de março, mantendo o uso de máscaras em lojas essenciais, transportes públicos e hospitais e outros locais com grupos vulneráveis. “As perspectivas nos mostram que juntos podemos com cautela e prudência, mas com determinação, recuperar a liberdade que o vírus tomou”, disse o chanceler, Karl Nehammer.
As decisões seguem movimentos semelhantes da Inglaterra, Suécia, Dinamarca e – a partir de sábado – Noruega, que suspenderam recentemente quase todas as restrições ao coronavírus depois que as internações hospitalares em suas últimas ondas, alimentadas em grande parte pela variante Ômicron mais leve, não aumentaram em paralelo como frequentemente registram taxas de infecção.
Hans Kluge, diretor da região europeia de 53 países da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse este mês que a imunidade derivada e natural da vacina, a chegada da primavera e a variante Ômicron menos grave abriram a perspectiva de “um longo período de tranquilidade” na pandemia, com um “nível muito mais alto de defesa” contra qualquer novo ressurgimento das taxas de infecção.
Na Alemanha, onde o surto de Ômicron começou várias semanas depois do que em muitos países europeus, o chanceler, Olaf Scholz, consultou os 16 líderes estaduais na quarta-feira para mapear uma saída das restrições ao coronavírus, já que números oficiais mostraram que novas infecções começaram a cair.
“Passamos o pico da onda Ômicron, exatamente no dia que previ há um mês”, disse o ministro da Saúde, Karl Lauterbach, na terça-feira, possibilitando um “modesto afrouxamento” das restrições.
Muitos estados alemães já adotaram regras que impedem que pessoas sem comprovação de vacinação ou recuperação visitem lojas não essenciais, e Scholz e os governadores estaduais estão analisando propostas para reduzir gradualmente a maioria das restrições até 20 de março em espaços públicos internos.
A Alemanha também está hesitando sobre os planos de introduzir uma obrigatoriedade geral de vacinação nesta primavera, com um número crescente de políticos questionando se a iniciativa terá maioria no parlamento.
As autoridades de saúde da Dinamarca disseram na sexta-feira passada que estavam considerando “encerrar” o programa de vacinação do país na primavera e não viam motivo para administrar uma dose de reforço a crianças ou uma quarta dose a mais residentes em risco de Covid-19 grave.
A autoridade de saúde dinamarquesa disse que a terceira onda de infecção do país está diminuindo “devido à grande imunidade da população”, o que significa que “podemos lidar com o aumento da infecção sem contrair doenças graves”.
Internacional
Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30
O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro.
“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento.
A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima.
O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países.
O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados.
“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento.
Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima.
Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto.
“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração.
Mercado de carbono
Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área.
Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”.
Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas.
Internacional
Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics
A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.
Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.
Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.
Internacional
Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças.
Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015.
Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil.
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