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Saúde

Maternidade do HGRS convoca mães para a doação de leite materno

“Agosto Dourado” é o mês dedicado à realização de campanhas de conscientização sobre a importância da amamentação

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durante a gestação. Mas não só isso. O leite materno é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o alimento
Foto: Feijão Almeida/GOVBA

O primeiro contato entre mãe e filho após o parto é carregado de emoção. A amamentação surge em meio a esse momento, simbolizando a continuidade do vínculo que começou durante a gestação. Mas não só isso. O leite materno é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o alimento fundamental para o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê, recomendado exclusivamente até os seis meses de idade e, após a introdução alimentar, até os dois anos.

Para reforçar a importância da hora de ouro ou “golden hour”, a OMS instituiu o “Agosto Dourado” como o mês dedicado à realização de campanhas de conscientização sobre a importância da amamentação. Em Salvador, o Complexo Neonatal do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) vai celebrar o período com encontros e palestras, no intuito de incentivar a doação e aumentar o estoque do banco de leite humano da unidade.

Atualmente, o volume de leite materno do HGRS tem atendido uma média de 65 recém-nascidos prematuros ou que nasceram com um peso abaixo do normal, por mês. Para a coordenadora de enfermagem do banco de leite da maternidade Nilma Dourado, seria preciso 180 litros de leite mensais para atender a demanda. “Cerca de 70% das mães da unidade são casos de alta complexidade. A maior parte delas vem do interior do Estado, muitas estão doentes ou ainda não estão produzindo leite. Infelizmente só temos conseguido até 80 litros de leite por mês. Fica aqui o nosso apelo para que as mamães possam participar dessa corrente de solidariedade que salva vidas”, pediu a enfermeira.

Mãe dos gêmeos prematuros, Antony e Wendel, a atendente de 21 anos, Adriely dos Santos Ferreira, teve complicações no parto e precisou ser regulada de uma unidade de saúde de Paulo Afonso, no norte baiano, para a maternidade do HGRS. Com apenas 31 semanas e baixo peso, os bebês precisaram da doação recebida pelo banco de leite da unidade. “Tive cefaleia pós-parto e sentia muita dor de cabeça. Só conseguia ficar deitada. Sofri por não conseguir amamentá-los. O banco de leite foi muito importante neste momento de dor, já que esse é o alimento mais importante para a evolução dos meus bebês. Através dessa doação, Antony já deixou a UTI e o peso passou de 1,634kg para 1,720kg. Agora aguardo Wendel ganhar o peso necessário para termos alta. Já estamos aqui há um mês”, relatou a jovem.

Do outro lado, a fisioterapeuta de 41 anos, Kelly Martins, mamãe do pequeno Theo de quatro meses, tem doado leite materno constantemente. Ela iniciou as doações ao banco de leite do HGRS quando o filho ainda tinha dois meses. “Ficava com a mama dolorida de tanta produção. Aí me auxiliaram a procurar o HGRS. Lá, as meninas me deram todo suporte, me orientaram como fazer a ordenha e, por saber da importância do aleitamento materno, comecei a doar. Elas vêm até a minha casa pegar os potes de leite congelados. Sempre fico muito emocionada quando posso ajudar. Só ficamos bem quando sabemos que o nosso filho está saudável. Sou muito grata a Deus por estar salvando a vida de bebezinhos”, relatou Kelly, que já chegou a doar um litro de leite humano para a maternidade.

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Quem pode doar

Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano. Porém, exames de sorologia (HIV, sífilis e hepatite B) são exigidos e precisam ser refeitos a cada seis meses.

Segundo a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, um litro de leite materno doado pode alimentar até 10 recém-nascidos por dia. A depender do peso do prematuro, 1 ml já é o suficiente para nutri-lo cada vez que for alimentado. Logo, não há uma quantidade mínima para doação.

As doadoras de leite humano que já se encontram em suas residências podem doar o leite já nos frascos esterilizados, entregues pela maternidade do HGRS. A coleta pode ser realizada na unidade ou na residência.

Coleta do leite

O leite chega até o banco já congelado. Depois passa por um processo de pasteurização, um tratamento térmico de aquecimento e resfriamento. A amostra passa por um teste microbiológico e se der negativo, o leite está apto para o bebê. “É todo um cuidado higiênico sanitário para que o líquido esteja seguro para o consumo”, pontuou Nilma Dourado.

Agosto Dourado

Durante o Agosto Dourado, o Complexo Neonatal do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) vai realizar rodas de conversa com mães, acompanhantes e com a equipe multiprofissional para incentivar o aleitamento materno e falar sobre a importância da doação de leite humano.

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No dia 23 de agosto, de 9h às 13h, a maternidade vai promover um seminário sobre o aleitamento materno voltado para a mulher negra, mãe com deficiência ou que se encontram no sistema prisional. Os profissionais de saúde interessados no tema poderão participar.

No Brasil, a campanha do Agosto Dourado foi instituída pela Lei Federal n°13.345 de 12 de abril de 2017. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reforça a iniciativa em prol do aumento das taxas de aleitamento materno, conforme indicação da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). A cor dourada foi estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera o leite materno um “alimento de ouro”.

Onde doar

O banco de leite do HGRS funciona de segunda a domingo, das 7h às 19h. Para tirar dúvidas, basta entrar em contato pelo telefone (71) 3117-7532 ou WhatsApp (71) 98225-5493.

O Estado ainda conta com outros oito bancos de leite humano.

  • Salvador – Maternidade Climério de Oliveira – (71) 3283-9264
  • Salvador – Iperba – (71) 3103-9304
  • Salvador – Maternidade de Referência Professor José Maria de Magalhães Netto – (71) 3111-9350
  • Salvador – Posto de Coleta de Leite Humano (PCLH) na Maternidade Tsylla Balbino – (71) 3116-2086
  • Feira de Santana – Hospital Estadual da Criança (75) 3602-0630
  • Feira de Santana – Hospital Municipal Inácia Pinto dos Santos – (75) 3602-7156
  • Itabuna – Hospital Manoel Novaes – (73) 3214-4346
  • Vitória da Conquista – Hospital Municipal Esaú Matos – (77) 3420-6237

Saúde

Banho de ofurô leva conforto e cuidado humanizado para bebês

O ambiente acolhedor na Maternidade Frei Justo Venture, em Seabra, tem feito a diferença no desenvolvimento dos pequenos

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Uma dessas iniciativas é o banho de ofurô, que reproduz as condições de conforto do útero materno. Com água aquecida e um
Foto: Ascom / Fundação Fabamed 

A unidade, vinculada à Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) e gerida pela Fundação Fabamed, investe em práticas alternativas para promover o bem-estar dos pequenos. Uma dessas iniciativas é o banho de ofurô, que reproduz as condições de conforto do útero materno. Com água aquecida e um ambiente controlado, o banho ajuda a acalmar os bebês, aliviando tensões e promovendo relaxamento.

Envolto em água morninha, o pequeno Ravi relaxa profundamente até pegar no sono. Prematuro, o bebê nasceu com apenas 30 semanas, mas o ambiente acolhedor e os cuidados humanizados da Maternidade Frei Justo Venture, em Seabra, têm feito a diferença em seu desenvolvimento.

Apesar de simples, de acordo com a coordenadora assistencial da unidade, Bianca Ariani, o banho de ofurô traz inúmeros benefícios aos recém-nascidos por meio do relaxamento. “Já é comprovado que esse relaxamento melhora, consideravelmente, a circulação periférica do bebê, provendo maior suprimento sanguíneo aos músculos e, consequentemente, reduzindo a produção de cortisol. O banho de ofurô, símbolo dessa abordagem afetuosa, reflete a busca constante por uma assistência que vai além dos protocolos clínicos”, explica.

Com 35 leitos distribuídos entre áreas obstétricas, de gestação de alto risco e unidades de cuidados intensivos neonatais — tanto convencionais quanto do tipo canguru —, a Frei Justo Venture se destaca pelo acolhimento e cuidado integral às mães e bebês. A estrutura oferece também serviços de urgência e emergência, além de exames como ultrassonografias obstétricas e com doppler, eletrocardiogramas e cardiotocografias, sendo referência para pacientes de Seabra e de cidades vizinhas, como Abaíra, Boninal, Iraquara, Lençóis e Mucugê.

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Saúde

Sesab discute avanços no Pacto Bahia pela Saúde

O encontro reuniu representantes de diversas instituições para discutir o fortalecimento e regionalização da assistência médica no estado

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Os avanços do Pacto Bahia pela Saúde foram debatidos nesta segunda-feira (10), durante uma reunião no Centro de Operações
Foto: Mayara Fernandes- Ascom/SJDH

Os avanços do Pacto Bahia pela Saúde foram debatidos nesta segunda-feira (10), durante uma reunião no Centro de Operações e Inteligência (COI), em Salvador. O encontro foi conduzido pela secretária da Saúde (Sesab), Roberta Santana, e reuniu representantes de diversas instituições para discutir estratégias de fortalecimento e regionalização da assistência médica no estado, garantindo um atendimento mais eficiente à população.

“Estamos fortalecendo um modelo de assistência descentralizado, ampliando o acesso à saúde com mais agilidade e qualidade. Na primeira reunião de desdobramento, definimos que o Comitê Técnico apresentará, ainda em março, os projetos e o plano de ação ao governador. Saio satisfeita, pois já temos iniciativas promissoras para melhorar os indicadores de saúde da Bahia.”, afirmou Roberta Santana. A reunião contou também com representantes do Ministério da Saúde, Ministério Público, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa, Procuradoria Geral do Estado e secretarias estaduais.

Infraestrutura

Foram debatidos a ampliação da infraestrutura hospitalar, a otimização da regulação de atendimentos e a distribuição dos investimentos. Um dos destaques foi o repasse de R$ 200 milhões do Governo Federal, previsto pela Portaria GM/MS nº 6.594, para reforçar as ações de Média e Alta Complexidade.

A Bahia está estruturada em nove macrorregiões e 28 regiões de saúde, com uma rede estadual que inclui 52 hospitais, 26 policlínicas regionais, 16 centros de reabilitação e 304 serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). O planejamento prevê a expansão dos serviços especializados.

Desafios

A promotora de Justiça Rocío Garcia, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde do Ministério Público, destacou: “O Ministério Público vê essa iniciativa como fundamental para a melhoria do atendimento à população. Nosso papel será garantir que os compromissos assumidos sejam cumpridos e que a gestão da saúde pública avance com transparência e eficiência.”

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O desembargador Mário Albiani Alves Júnior, coordenador do Comitê Estadual do Fórum Nacional de Saúde do Conselho Nacional de Justiça (TJ-BA), destacou a importância do debate sobre o pacto para garantir melhorias no acesso da população aos serviços de saúde: “Discutir e aprimorar esse modelo é essencial para que o sistema funcione de forma mais eficiente, assegurando que os cidadãos tenham atendimento ágil e justo, sem a necessidade de recorrer à Justiça.”

Compromissos

Entre os compromissos estabelecidos pelo Pacto Bahia pela Saúde, estão ações prioritárias para o primeiro semestre de 2025, que incluem: aumentar a eficiência da regulação da rede de urgência e emergência, ampliar e qualificar a atenção primária à saúde, e reduzir a mortalidade materna, infantil e neonatal. Já para o segundo semestre de 2025, os compromissos incluem ampliar a rede de atenção a pessoas com deficiência e autismo, além de expandir a rede de assistência psicossocial.

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Saúde

Pacto Bahia pela Saúde terá R$2,07 bilhões para fortalecer os municípios

Investimento foi divulgado durante o 1º Encontro de Cooperação Bahia Saúde; pacote de ações está estruturado em programas estratégicos

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assistência. A iniciativa faz parte do Pacto Bahia pela Saúde, um compromisso entre o Executivo estadual, prefeituras, entidades do
Foto: Thuane Maria/GOVBA

O governador Jerônimo Rodrigues anunciou nesta terça-feira (4), durante o 1º Encontro de Cooperação Bahia Saúde, em Salvador, um pacote de investimentos de R$ 2,07 bilhões para fortalecer a saúde pública nos municípios, garantindo a ampliação da infraestrutura e o cofinanciamento da assistência. A iniciativa faz parte do Pacto Bahia pela Saúde, um compromisso entre o Executivo estadual, prefeituras, entidades do setor e o Judiciário para adotar medidas concretas em prol da regionalização e qualificação do atendimento à população.

Segundo o governador Jerônimo Rodrigues, o objetivo é consolidar uma saúde que responda bem e rápido às necessidades da população baiana, especialmente aquela que vive longe dos centros urbanos. “Eu tenho plena consciência, enquanto governador, da minha responsabilidade na oferta de serviços de alta complexidade na saúde. Tenho esse compromisso e, parte disso, pode ser visto nos investimentos que fizemos nos hospitais de alta complexidade, nas policlínicas e nas parcerias com a rede municipal”, destacou o governador.

Os investimentos incluem a construção de novas maternidades, unidades básicas de saúde (UBS), centros de reabilitação e unidades de atenção psicossocial, além da ampliação do Telessaúde e do reforço na assistência farmacêutica.

O pacote de ações está estruturado em cinco programas estratégicos, que atuam na ampliação da rede de atendimento e na oferta de financiamento contínuo para os municípios. Entre os destaques, está o Programa Materna Infantil, que recebe R$ 643,2 milhões para a construção de novas maternidades e centros de parto normal em nove municípios, além do cofinanciamento de R$ 183,6 milhões anuais para fortalecer o parto seguro em 195 municípios.

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) também implantará ambulatórios de pré-natal de alto risco nas policlínicas regionais de Jequié, Ilhéus e Vitória da Conquista, garantindo assistência qualificada para gestantes de risco elevado. “O fortalecimento da rede materno-infantil é uma prioridade para reduzir a mortalidade materna e infantil na Bahia”, explicou a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana.

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Ao aderirem ao Pacto Bahia pela Saúde, as prefeituras assumem o compromisso de fortalecer suas redes de atendimento, garantindo que a atenção primária funcione bem, que a regulação seja eficiente e que os serviços contratualizados sejam executados com qualidade.

“Esse investimento histórico reafirma o compromisso do Governo do Estado com a saúde da população. Mas para que tenhamos uma rede eficiente, cada município também terá seu papel. O Estado está investindo, ampliando e cofinanciando, mas os municípios precisam fortalecer seus serviços, qualificar a atenção primária e garantir que cada cidadão receba o atendimento necessário perto de casa”, afirmou a secretária da Saúde do Estado.

Outro programa de grande impacto é o Mais Atenção Primária, que recebe R$ 934,1 milhões para a construção de 284 novas UBS em 175 municípios, além de financiar 4.387 equipes de Saúde da Família. Com a ampliação do Telessaúde, a Bahia se torna referência no atendimento remoto, permitindo que pacientes tenham acesso a diagnósticos e consultas especializadas sem precisar se deslocar para grandes centros.

“A Atenção Primária é a porta de entrada para o SUS e este programa assegura que a população receba cuidados, desde a prevenção até o tratamento. Com a parceria entre Estado e Municípios, estamos qualificando o atendimento e garantindo mais eficiência na regulação e nos serviços de saúde”, destacou Stela Souza, presidente do Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA).

O investimento do Estado também fortalece a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), com a construção de 27 novos CAPS e quatro Unidades de Acolhimento, além de cofinanciamento, totalizando R$ 130,2 milhões. A medida amplia a assistência para pessoas com transtornos mentais e dependência química, garantindo atendimento mais humanizado e próximo das comunidades.

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Outro avanço significativo é a ampliação da rede de reabilitação para pessoas com deficiência, com R$ 143,8 milhões destinados à construção de 17 Centros Especializados em Reabilitação (CER) e de uma Oficina Ortopédica em 18 municípios. Além do cofinanciamento da atenção às pessoas com deficiência em 12 municípios.

O pacote de ações inclui, ainda, um investimento estadual de R$ 43,2 milhões para o cofinanciamento da assistência farmacêutica, beneficiando 417 municípios. “Sabemos que os desafios da saúde pública exigem planejamento e investimentos contínuos. Com esse pacote de ações, os municípios terão mais estrutura e recursos para garantir atendimento de qualidade à população”, afirmou o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), José Henrique Silva Tigre (Quinho).

Fonte de recursos

Os investimentos contam com recursos do Tesouro Estadual, do Programa de Fortalecimento do SUS (ProSUS) e do Novo PAC, do Governo Federal. O modelo de financiamento adotado pelo Governo do Estado visa não apenas ampliar a infraestrutura, mas também garantir a manutenção dos serviços a longo prazo, com um cofinanciamento anual de R$ 531,5 milhões para apoio aos municípios.

“Estamos garantindo que a saúde pública avance de forma planejada e sustentável. O objetivo é claro: chamar prefeitos, prefeitas, vices e secretários municipais, para trabalharmos juntos no fortalecimento da atenção básica”, enfatizou o governador Jerônimo Rodrigues.

A iniciativa do Pacto Bahia pela Saúde reforça o compromisso do governo estadual com a regionalização da assistência, consolidando a Bahia como referência nacional em saúde pública.

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