Educação
Mais Infância retoma atividades presenciais
A retomada do programa reuniu 500 gestores e educadores neste sábado (28), no Teatro Caetano Veloso, no campus da Uneb

Ampliar a capacitação de educadores que lidam com crianças de 0 a 5 anos, em creches de Salvador e no interior da Bahia, é o objetivo do Projeto Mais Infância, que retomou suas atividades presenciais, durante encontro que reuniu 500 gestores e educadores, realizado na manhã deste sábado (28), no Teatro Caetano Veloso, no campus da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), no Cabula. O projeto coordenado pelas Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA) oferece oficinas e palestras pedagógicas a docentes que atuam na educação infantil, em reuniões mensais.
Superintendente de Políticas da Educação Básica, da Secretaria da Educação (SEC), e coordenador do Mais Infância, Manoel Calazans destacou a importância da realização dos encontros. “Esse é um trabalho de fortalecimento da educação infantil, porque a infância é uma fase estruturante. Por isso, devemos pensar que essas crianças precisam ser felizes agora, cuidando do bem-estar, ajudando a combater qualquer tipo de exploração infantil, para promover uma infância feliz e saudável; e o Mais Infância forma os professores para que as crianças sejam bem acolhidas nas suas creches”, explicou. Ainda de acordo com Calazans, em junho, os encontros terão continuidade. “Assim, a gente normaliza as nossas atividades presenciais, além do acompanhamento de assistentes sociais, psicólogos e pedagogos das VSBA, por meio de visitas às creches”.
Recebidos com música e em um clima de descontração, gestores e professores participaram da programação do evento, dividido em dois blocos. O primeiro deles, conduzido pelas psicólogas Jaqueline Noronha e Nariana Nery, tratou o tema “Cuidados de professores e estudantes no pós-pandemia”, considerando o agravamento de situações comportamentais e psicológicas, vivenciadas por educadores e alunos no período pandêmico. Já o segundo bloco esteve a cargo do coordenador do Ensino Fundamental da Secretaria da Educação (SEC), Carlos Neves, que apresentou e abriu o debate acerca do Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB), que aponta as diretrizes e políticas para a educação infantil, e será disponibilizado para todas as creches e escolas do estado, contempladas pelo Mais Infância.
Referência para o exercício da educação infantil, o DCRB foi apresentado ao público para dar suporte às ações pedagógicas desenvolvidas, promovendo um ensino mais democrático e de qualidade. “A ideia é trazer para esses educadores uma visão do currículo, para que eles possam integrar suas práticas pedagógicas às normativas que o Documento Curricular apresenta. Instrumentalizando gestores e professores para que eles possam, no atendimento às crianças na educação infantil, proporcionar as melhores condições de aprendizagem”, explicou Carlos Neves.
Para a professora Joseane França, da Creche Escola Projeto Sião de Itapuã, as mudanças que as capacitações vêm promovendo são notáveis na sua rotina em sala de aula. “Tem sido bem melhor, bem mais tranquilo para a gente lidar com as situações do dia-a-dia. Aqui, aprendemos muita coisa importante, como cuidar das crianças. Aprendemos também como lidar com os pais. É tudo muito proveitoso”, conta a professora que participa dos encontros do Mais Infância desde seu lançamento, em 2017.
Segundo o gestor da Escola Comunitária São Miguel, Antônio Ferreira, o Projeto preenche uma lacuna na formação de educadores infantis, de creches e escolas comunitárias, que têm pouca atenção de outros órgãos para a qualificação profissional especializada. “Essa retomada depois de mais de 2 anos é uma benção para a gente. É uma satisfação retomar as atividades presenciais, porque a interação com as outras creches é super interessante e só agrega. Eu já agradeço por todo o apoio”.
Mais Infância
Idealizado pela primeira-dama e presidente das VSBA, Aline Peixoto, o Mais Infância é responsável por levar conhecimento aos educadores que têm pouca oportunidade de realizarem cursos específicos voltados para as áreas em que atuam. As unidades de ensino e acolhimento para crianças de 0 a 5 anos atendidas pelo Mais Infância, são creches comunitárias, oriundas de associações de movimento de mulheres e mães, e de lideranças comunitárias, que, por não terem vagas nas creches oficiais, acabam mobilizando a comunidade, construindo e mantendo as creches.
O projeto disponibiliza material didático, pedagógico, além de atuar na reforma e construção de creches. Por meio do projeto, foram construídas, por exemplo, creches nos bairros da Liberdade e Lobato. Já a creche da Associação Comunitária Flor da Primavera, no bairro do Uruguai, passou por reformas em 2020. Outra importante instituição, em Salvador, é contemplada pelas ações do Mais Infância – o Instituto Beneficente Conceição Macedo, que atende crianças que convive com o vírus do HIV.
Educação
SEC marca presença no Fórum Nacional de Educação
O evento, promovido pela Undime, reúne cerca de 2.500 participantes de todo o país

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) participa do 20º Fórum Nacional Ordinário dos Dirigentes Municipais de Educação, que teve início neste domingo (27) e prossegue até quarta-feira (30), no Centro de Convenções de Salvador. O evento, promovido pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), reúne cerca de 2.500 participantes de todo o país, entre gestores, especialistas e representantes de instituições públicas e privadas, para discutir políticas voltadas ao fortalecimento da educação básica nos municípios.
Durante o encontro, a SEC estará presente com um estande de atendimento técnico, com cinco balcões voltados à orientação sobre convênios com os municípios, incluindo execução, prestação de contas e critérios de repasse de recursos para o transporte escolar. Também serão oferecidos esclarecimentos sobre o Sistema de Avaliação Baiano de Educação (SABE) e ações do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, além de programas voltados à alfabetização de jovens e adultos.
O assessor especial da SEC, Manoel Calazans, participou da abertura do evento, representando o governador Jerônimo Rodrigues e a secretária da Educação do Estado, Rowenna Brito. “A Bahia se orgulha de sediar um evento que fortalece o regime de colaboração entre estados e municípios. O Plano Nacional de Educação precisa dessa articulação para avançar. Estamos preparados para dialogar, apresentar projetos e ouvir os gestores. Essa troca é fundamental para melhorar a educação pública no país”, ressaltou.
A participação da secretaria tem como foco intensificar o regime de colaboração, promovendo o alinhamento entre as redes estadual e municipais na oferta de uma educação pública com mais equidade, qualidade e inclusão. A atuação conjunta inclui apoio técnico, investimentos em infraestrutura, oferta de formação continuada e adesão a políticas públicas federais.
Espaço estratégico
O presidente da Undime Nacional, Alessio Costa Lima, destacou o apoio do Governo da Bahia ao evento e a oportunidade de debater os temas estruturantes e relevantes para a elaboração do Plano Nacional de Educação. Já Anderson Passos, presidente da instituição na Bahia, destacou o fórum como símbolo da força da colaboração entre União, estados e municípios. “Este fórum simboliza a força da Bahia, que se destaca como exemplo dessa articulação, e sediar o evento reforça nosso compromisso com a educação. Essa parceria já é realidade no território baiano e inspira o país inteiro”, destacou o presidente da Undime Bahia.
O fórum também será espaço para apresentar estratégias e experiências exitosas desenvolvidas na Bahia, com destaque para programas como o Universidade para Todos, o Índice de Melhoria da Educação (IMED) e as formações promovidas pela Universidade.
Ciência
Edital oferece 400 bolsas para coordenadores de Clubes de Ciências
A iniciativa vai selecionar até 400 docentes da rede estadual para coordenar projetos científicos com estudantes da educação básica

Professores da rede estadual de ensino podem se inscrever para o Edital de Concessão de Bolsas a Coordenadores de Clubes de Ciências, no âmbito do programa Bahia Faz Ciência na Escola. O benefício é uma ação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). A iniciativa vai selecionar até 400 docentes para coordenar projetos científicos com estudantes da educação básica. As inscrições seguem abertas até o dia 8 de agosto, no site da fundação: www.fapesb.ba.gov.br.
As bolsas são voltadas a professores responsáveis por criar e desenvolver Clubes de Ciências nas escolas dos 27 territórios de identidade da Bahia. Com duração de até 24 meses, a proposta busca fortalecer o ensino de ciências, incentivar o protagonismo estudantil e aproximar os alunos da cultura científica. “Queremos que os estudantes enxerguem a ciência como parte do seu cotidiano e como uma possibilidade real de futuro, inclusive com impacto direto no território onde vivem”, explica chefe de gabinete da Secti, Marcius Gomes.
A distribuição contempla diferentes modalidades de ensino: 160 bolsas para escolas de tempo integral, 120 para unidades com educação profissional e tecnológica e outras 120 para escolas com ensino fundamental (2º ciclo) e/ou médio em tempo parcial. Ao menos 70% das vagas serão destinadas a professoras. A ação conta com investimento de R$ 8 milhões. A proposta também prevê a implantação da Trilha da Inovação, metodologia adaptada do Parque Tecnológico da Bahia que será levada para dentro das escolas. A trilha envolve etapas como cultura de patente, incubação de ideias e aceleração de projetos, com apoio de parceiros como Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Serviço Social da Indústria (Sesi).
Uma mudança importante neste edital é que os professores que já acompanham seus estudantes em projetos científicos poderão acumular bolsas. Isso significa que eles podem receber a bolsa da Fapesb para coordenar o Clube de Ciência, mesmo se já recebem bolsas de outros programas federais. Essa medida amplia as oportunidades e incentiva ainda mais o envolvimento dos docentes na formação científica dos estudantes.
Experiências que transformam
Na prática, as bolsas viabilizam projetos que despertam a curiosidade e o pensamento científico entre os jovens. No Colégio Central, em Salvador, por exemplo, funciona um desses clubes, onde estudantes se envolvem em diversas atividades. Guilherme Fraga, do 2º ano do ensino médio, desenvolve um projeto sobre saúde mental e os efeitos do uso do celular nas habilidades neurocognitivas. O trabalho, que integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), já foi apresentado em outros estados e países. “É uma extensão da nossa escola, um espaço de convivência, aprendizado em diferentes áreas e acolhimento. Aqui se pratica ciência e se compartilha conhecimento por todo o estado e o país”, resume o estudante.
O espaço também mudou a rotina de Ana Beatriz de Paula, do 2º ano. O projeto dela está relacionado à anemia falciforme, que tem alta incidência na Bahia devido à população ser predominantemente negra. A futura médica considera que o local é um facilitador do conhecimento. “A gente cria muitos projetos e desenvolve muitas áreas de conhecimento, não só científico, como matemática, física, biologia, mas de um modo geral mesmo. É um espaço de oportunidade para os estudantes. A gente entende a ciência não só de um olhar chato, mas sim de uma forma divertida, legal de se estudar e de se fazer”, comentou.
A professora Fernanda Brito, que coordena o Clube de Ciências do Colégio Central, ressalta que a iniciativa oportuniza que os estudantes aprofundem o conhecimento em áreas específicas que eles gostariam de estudar. “Os Clubes de Ciência conseguem reunir alunos que têm interesse em fazer a diferença, trabalhar com temas que têm interesse, aprofundar o estudo que eles têm na sala regular. Eles vêm para o contraturno da escola para poder ampliar o conhecimento naquilo que desejam trabalhar”, disse.
Ela conta que, atualmente, quase 50 discentes, nos dois turnos, participam da ação. Para Fernanda, o edital representa uma conquista importante para o fortalecimento do papel docente nas práticas de pesquisa. “Essa é uma iniciativa pioneira na Bahia. Não tivemos nenhuma política tão abrangente, que pudesse colaborar com o professor. Nós precisamos aderir, porque é um passo importante para que outras políticas públicas ocorram. Não podemos deixar passar essa oportunidade”, convocou.
Educação
Enem tem mais de 4,8 milhões de candidatos inscritos
Segundo o Ministério da Educação, o número representa um aumento de 11,22% em relação ao ano passado e de 38% em relação a 2022

Um total de 4.811.338 candidatos confirmaram a inscrição para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano. Segundo o Ministério da Educação, o número representa um aumento de 11,22% em relação ao ano passado e de 38% em relação a 2022.
Do total de inscritos, 3.049.710 são isentos e 1.761.628, pagantes. Entre os candidatos confirmados, 1.390.815 tiveram a inscrição pré-preenchida pelo pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), uma novidade na edição deste ano.
O estado de São Paulo foi o que registrou o maior número de inscritos no Enem 2025 (751.648). Em seguida, estão Minas Gerais (464.994) e Bahia (428.019).
O Enem será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro nas 27 unidades da Federação. Nas cidades de Belém, Ananindeua e Marituba (PA), as provas serão nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro, por causa da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém.
Enem
O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Instituições de ensino públicas e privadas também utilizam o Enem para selecionar estudantes, como critério único ou complementar aos processos seletivos. Os resultados individuais do Enem podem ainda ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame.
Fonte: Agência Brasil
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