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Meio Ambiente

Inema investiga descarte irregular de arraias na Marina do Bonfim

O objetivo da operação foi identificar os responsáveis pela infração ambiental e adotar as medidas cabíveis

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Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) esteve na Marina do Bonfim para apurar o descarte irregular de arraias,
Foto: Diego Sobreira | Ascom Sema/Inema

Na manhã desta quarta-feira (5), uma equipe de fiscalização do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) esteve na Marina do Bonfim para apurar o descarte irregular de arraias, em ação conjunta com a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA). O objetivo da operação foi identificar os responsáveis pela infração ambiental e adotar as medidas cabíveis.

O diretor de Fiscalização do Inema, Eduardo Topázio, destacou que assim que o instituto tomou conhecimento, informou a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), que iniciou a remoção do material, a questão agora é garantir que o responsável seja identificado e responsabilizado. “Ao chegarmos, encontramos as arraias, identificamos que se tratava de um descarte de animais já tratados, preparados para comercialização. Segundo relatos de moradores, trabalhadores e transeuntes da região, o descarte ocorreu na madrugada de segunda para terça-feira e teria sido feito por um caminhão baú. As informações coletadas serão analisadas para subsidiar as investigações e possíveis autuações”.

O diretor também destacou que caso identificado, o responsável será punido. Se for de fato uma pessoa jurídica descartando material poluente em local inadequado, poderá sofrer processo administrativo, ser multado e até ter suas atividades interditadas, conforme avaliação técnica e jurídica.

A Major Érica Patrícia, comandante da COPPA, e sua equipe prestaram apoio tanto em terra quanto no mar, utilizando uma embarcação para ajudar na localização dos materiais e investigação da autoria.

O Inema disponibiliza canais para atendimento de denúncias oriundas da população, através do número 0800-071-1400 ou e-mail denuncia@inema.ba.gov.br. A identidade do denunciante será preservada.

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Meio Ambiente

Comunidade de Itaparica se mobiliza contra coral invasor na BTS

A espécie cresce rapidamente e compete com corais nativos, comprometendo os recifes que protegem a costa contra erosões

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Uma ameaça silenciosa cresce nos recifes da Baía de Todos-os-Santos (BTS): o coral invasor Chromonephthea braziliensis, que pode
Foto: Matheus Landim/GOVBA

Uma ameaça silenciosa cresce nos recifes da Baía de Todos-os-Santos (BTS): o coral invasor Chromonephthea braziliensis, que pode comprometer a biodiversidade marinha local. Para enfrentar esse desafio, a Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), em parceria com instituições de pesquisa, estão conduzindo uma expedição na Ilha de Itaparica para planejar a erradicação da espécie.

A operação, iniciada em dezembro de 2024 e com previsão de término em fevereiro, vem reunindo esforços de especialistas de diversas instituições, pescadores e marisqueiras para proteger o ecossistema local. Durante a segunda expedição, realizada nesta terça-feira (15), a equipe da Sema/Inema dialogou com representantes da comunidade local e autoridades locais como está avançando a operação, os possíveis impactos do coral e as estratégias de combate. As próximas expedições estão programadas para os dias 22 e 29 de janeiro, com o encerramento das atividades previsto para o dia 4 de fevereiro.

“A nossa prioridade é garantir que a erradicação do coral invasor seja segura, eficiente e com o menor impacto ambiental possível. Já realizamos outros mergulhos de monitoramento e estamos avaliando as metodologias mais adequadas para remoção”, afirmou Luana Pimentel, diretora de Política e Planejamento Ambiental da Sema.

Os estudos em andamento indicam que uma combinação de métodos pode ser eficaz: a aplicação de sal azedo diretamente no coral e a remoção manual. “A injeção de sal azedo apresenta alta taxa de mortalidade do coral e reduz os impactos ambientais. Já a remoção manual é eficiente para eliminar colônias inteiras, mas exige extremo cuidado para evitar a dispersão de fragmentos que podem originar novas colônias”, explicou Francisco Barros, pesquisador da Ufba.

“Pequenos pedaços dos corais podem ser levados pela correnteza e dar origem a novas colônias, ampliando a invasão. Por isso, a capacitação das equipes é fundamental para que o processo de remoção seja eficaz e seguro”, explicou Francisco Barros, pesquisador da Ufba integrante da equipe técnica do projeto.

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Apenas na área monitorada, a remoção pode atingir cerca de uma tonelada de corais invasores. Segundo os pesquisadores a espécie cresce rapidamente e compete com corais nativos, comprometendo os recifes que protegem a costa contra erosões. “Quanto antes controlarmos, maior será a chance de evitar danos irreversíveis, acrescentou outro pesquisador da Ufba, Rodrigo Maia.

Impactos na comunidade local

Geraldo Pereira, pescador com mais de 20 anos de experiência, relatou que a presença do coral invasor já afeta pesca local. “Percebi a diminuição de mariscos e outras espécies. Quando pescamos diariamente, conhecemos cada detalhe do ambiente, e algo diferente nos chamou a atenção. Não imaginávamos que esse coral poderia causar tanto impacto”, afirmou.

A expedição conta com o apoio da Capitania dos Portos, da Marinha, e da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), além de parcerias técnicas com instituições como UFBA, USP, UFAL, UFRPE, Senai/Cimatec e a ONG Pró-Mar. “Esse é um processo que exige conhecimento técnico, planejamento estratégico e execução cuidadosa. Não é apenas retirar o coral invasor, precisamos garantir que a remoção seja segura e não provoque outros impactos ao ecossistema”, destacou Carla Guimarães, integrante do Inema na expedição.

O coral invasor, cientificamente conhecido como Chromonephthea braziliensis, representa uma grave ameaça à Baía de Todos-os-Santos. Além de liberar substâncias tóxicas que afetam corais nativos, sua proliferação reduz habitats essenciais para peixes e outras espécies marinhas. A erradicação é crucial para preservar a biodiversidade e os recursos naturais que sustentam as comunidades costeiras.

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Meio Ambiente

Estado firma parceria com universidades para remoção de corais invasores na BTS

O trabalho segue até o dia 4 de fevereiro, quando poderão ser iniciadas as operações para remoção efetiva dos octocorais

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Proteger os recifes de corais da Baía de Todos-os-Santos (BTS) e a biodiversidade marinha tem sido o desafio de uma equipe
Foto: Matheus Landim/GOVBA

Proteger os recifes de corais da Baía de Todos-os-Santos (BTS) e a biodiversidade marinha tem sido o desafio de uma equipe de 10 pesquisadores de três universidades brasileiras, junto a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), a Capitania dos Portos da Marinha e a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa). O grupo de trabalho embarcou rumo a Itaparica, nesta quarta-feira (8), para a segunda etapa de um experimento que pretende eliminar um octocoral invasor, da espécie ‘chromonephthea braziliensis’, da Baía de Todos-os-Santos (BTS).

A experiência dos mergulhadores e pescadores nativos da Ilha de Itaparica, na observação dos corais, foi o que possibilitou a identificação do coral invasor, em 2023, e do experimento no final de dezembro de 2024. Segundo Tiago Porto, superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, uma das principais preocupações da pasta é em relação a extinção de algumas espécies marinhas e do impacto na pesca de subsistência.

“Esse octocoral é uma espécie do oceano Índico, da região de Singapura. Quando ele aparece em um ambiente que está em equilíbrio, pode acabar com espécies marinhas que fornecem alimentos para peixes e animais de pesca da região. Além de ocuparem espaços, competindo com espécies nativas de corais. Isso desequilibra todo o ecossistema”, explicou Porto, acrescentando que a principal evidência, indica que os corais chegaram à Bahia por meio de incrustação em plataformas de petróleo do litoral do Rio de Janeiro.

Pescador subaquático há mais de 30 anos, Xandinho Domício, de 61 anos, observou os primeiros corais ainda no começo da instalação das colônias.

“Quando comecei a notar esses corais, eles eram muito pequenos, branquinhos. Eles se espalham mais em lugares de pedra, com concreto. Então, eles acharam uma brecha, aqui, e agora tá tudo tomado. E espantaram os peixes! Antes encostava robalo grande, tainha. Os peixes estão sumindo!”, lamentou Xandinho.

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Durante a ação de monitoramento dos testes, para eliminação dos octocorais, foram analisadas reações nas amostras das colônias em contato com sal azedo, vinagre, água doce e aquelas removidas manualmente, com espátula.

Uma das pesquisadoras do grupo Tatiane Aguiar, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), apontou para resultados no manejo com sal azedo e na remoção manual. “A gente começou o experimento no dia 22 de dezembro. A gente veio aqui com sete dias, já analisamos alguns resultados, e agora, com 15 dias, podemos adiantar que o tratamento com sal azedo e o tratamento manual, de raspagem, são os mais efetivos até agora. Onde a gente raspou, está liso, como estava quando a gente terminou de fazer, e o sal azedo está, inclusive, limpando as pilastras. São resultados preliminares, não são resultados conclusivos, porque a checagem será de 30 dias”, compartilhou a pesquisadora, após mergulho e averiguação das amostras.

O trabalho segue até o dia 4 de fevereiro, quando poderão ser iniciadas as operações para remoção efetiva dos octocorais. Toda a pesquisa e processo de remoção das colônias estão sendo feitos em parceria também com a organização socioambiental Pró-Mar e o Senai-Cimatec. Pesquisadores das Universidades Federal de Alagoas e de São Paulo.

As licenças ambientais estão sendo emitidas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), pela Sema e o Inema, considerando que os recifes afetados estão localizados em Áreas de Preservação Permanente (APP) e em uma Unidade de Conservação Estadual, a Área de Preservação Ambiental (APA) Baía de Todos-os-Santos.

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Meio Ambiente

Comunidades da APA Tinharé-Boipeba aprendem a enfrentar desastres ambientais

O Inema em parceria com a Prefeitura de Cairu deu início a uma série de oficinas de capacitação para a limpeza de praias

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comunidades de Zimbo/Morro de São Paulo, Garapuá, Moreré e Velha Boipeba, localizadas na Área de Proteção Ambiental (APA) Tinharé-Boipeba.
Foto: Ascom/Inema

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), em parceria com a Prefeitura de Cairu, deu início nesta segunda-feira (9) uma série de oficinas de capacitação para a limpeza de praias que possam ser afetadas por óleo, integradas ao “Programa Praia Sem Óleo” do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As atividades seguirão até sexta-feira (13) e ocorrem nas comunidades de Zimbo/Morro de São Paulo, Garapuá, Moreré e Velha Boipeba, localizadas na Área de Proteção Ambiental (APA) Tinharé-Boipeba.

Através de oficinas práticas e didáticas, pescadores, donas de casa, marisqueiras, jovens e líderes comunitários aprenderão a identificar diferentes tipos de óleo, utilizar equipamentos de segurança adequados e aplicar técnicas eficazes de remoção de resíduos, além de realizar o armazenamento temporário do material coletado.

O objetivo do “Programa Praia Sem Óleo” é qualificar gestores públicos e as comunidades locais para uma resposta eficaz em casos de desastres ambientais. Em 2025, o programa será expandido para todo o litoral baiano, ampliando a capacidade de resposta e promovendo maior preparo frente a futuros incidentes.

“A proteção do meio ambiente depende da colaboração de todos. Ao capacitar as comunidades, fortalecemos o processo de rapidez na resposta aos desastres naturais. Quando esses incidentes ocorrem, no caso de poluição por óleo, a comunidade estará apta, seja identificando o problema, denunciando aos órgãos competentes ou iniciando as primeiras ações de contenção, evitando que o impacto se espalhe até a chegada das equipes ambientais”, explicou Ana Carla Rocha, gestora da APA Tinharé-Boipeba.

O “Programa Praia Sem Óleo” busca criar uma rede de multiplicadores, promovendo uma nova mentalidade diante dos incidentes com óleo e incentivando a criação de uma infraestrutura mínima para emergências. “Esse treinamento é essencial para fortalecer as comunidades e a proteção do nosso litoral para as futuras gerações”, destacou Airton de Grande, analista do Núcleo de Emergência Ambiental do Inema.

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A APA de Tinharé e Boipeba, com 43.300 hectares, está situada no do Baixo Sul do estado, no município de Cairu, entre o Rio dos Patos e o Canal de Taperoá. A região abriga um ecossistema de transição entre rio e mar, caracterizado por manguezais, praias de rara beleza, morros, recifes, canais e ilhotas. A fauna inclui espécies ameaçadas, como o jacaré-de-papo-amarelo e aves como o curió e o falcão. Além disso, a área preserva remanescentes de Mata Atlântica e extensas áreas de restingas e brejos.

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