Segurança
FPI identifica violações ambientais e trabalhistas em Bom Jesus da Lapa
A força-tarefa vistoriou áreas de agricultura irrigada e pecuária, priorizando locais com riscos ambientais e situações de vulnerabilidade no campo
Uma operação da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) revelou sérias irregularidades ambientais e trabalhistas em propriedades rurais de Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia. A força-tarefa — que mobiliza órgãos estaduais e federais — vistoriou, nesta quarta-feira (28), áreas de agricultura irrigada e pecuária, priorizando locais com riscos ambientais e situações de vulnerabilidade no campo.
As equipes do Inema, Ministério Público do Trabalho (MPT), CREA-BA e Adab constataram um cenário alarmante: trabalhadores em condições precárias, lidando com agrotóxicos sem proteção adequada, enquanto o meio ambiente enfrenta desmatamento irregular e ausência de controle hídrico.
Rotina invisível no campo
Ainda antes do amanhecer, o caminho para o trabalho já começou. Às sete da manhã, homens e mulheres estão a pleno vapor sob um sol quente. O boné surrado é a única proteção contra o calor. Botas são fornecidas pelos empregadores, mas faltam luvas, óculos e roupas apropriadas. Mesmo assim, eles seguem — o sustento das famílias não espera.
Neste contexto, o MPT colheu depoimentos e identificou uma série de infrações: transporte de trabalhadores em caçambas de trator por motoristas não habilitados, ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como perneiras e chapéus, inexistência de registro de ponto no local, alojamentos precários e falta de documentação básica. Um retrato de negligência sistemática.
Meio ambiente sob pressão
No campo ambiental, a situação também é crítica. O Inema identificou propriedades com outorgas de uso da água vencidas, sistemas de irrigação sem controle e ausência de hidrômetros. Em uma delas, uma nascente perene estava desprotegida, e áreas de preservação permanente (APPs) haviam sido ocupadas de forma irregular, com licenças indevidamente emitidas por prefeituras, que não têm competência legal para realizar.
A supressão de vegetação nativa sem autorização permanece recorrente. “Há uma visão equivocada de que o direito à terra permite desmatar”, alerta o fiscal do Inema, Geraldo Onofre. Os impactos encontrados ultrapassam os limites das propriedades e comprometem rios como o São Francisco e o Corrente, afetando a biodiversidade e o equilíbrio do ciclo hidrológico.
Segundo o CREA-BA, a ausência de responsáveis técnicos foi um dos problemas mais frequentes. A equipe encontrou falhas graves: equipamentos contaminados, uso inadequado de defensivos agrícolas, ausência de receituário agronômico e falta de assistência técnica. Muitos produtores também não apresentaram o LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho), documento obrigatório para a segurança no campo.
A Adab confirmou o cenário: uso de produtos vencidos, embalagens abertas misturadas a produtos novos e receituários indicando aplicação em culturas inexistentes nas propriedades. “Essa prática oferece risco direto ao trabalhador, ao meio ambiente e ao consumidor final”, frisou a engenheira agrônoma Sueli Brito Haddad.
Segundo o coordenador de campo da FPI, Valdinei de Souza, todas as propriedades fiscalizadas foram autuadas e notificadas, recebendo orientações técnicas e prazos para regularização. Caso não cumpram as determinações, poderão sofrer penalidades como multas.
Cooperação para transformar
Criada em 2002, a FPI do São Francisco promove ações conjuntas entre instituições públicas e civis em defesa do meio ambiente e da legalidade no campo. Com caráter preventivo e repressivo, a força-tarefa busca transformar realidades — promovendo um campo mais justo para quem trabalha e mais seguro para quem consome.
A 51ª edição reúne 45 instituições, entre elas Inema, MPT, Adab, CREA-BA, Ibama, Polícia Federal, Sesab, universidades e diversos órgãos técnicos. Também participam: Agência Peixe Vivo (APV), AGENDHA, AGERSA, Animallia, ANM, CBHSF, Corpo de Bombeiros Militar (CBM-BA), CERB, CIPPA, CRT-BA, CRMV-BA, CRQ, DIVISA-SESAB, Fundação José Silveira (FJS), FBCA, FUNASA-MS, GERMEN, Instituto HORI, IPHAN, Marinha do Brasil, Ministérios da Saúde (MS) e do Meio Ambiente (MMA), MP-BA, MPF, Polícia Civil, Polícia Militar da Bahia, Seagri, Sefaz, Sepromi, Bahiater/SDR, SIHS, SINTEC-BA, SSP, SUDEC, Uneb, UFBA e UFRB.
Segurança
Carga irregular de carvão é apreendida pela PM em Salvador
Diante da irregularidade, o material foi apreendido e encaminhado para as medidas administrativas e legais cabíveis
Guarnições da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) apreenderam, na manhã de sábado (25), cerca de 450kg de carvão vegetal que estavam sendo comercializados irregularmente na Ceasa, em Salvador.
A ação ocorreu durante fiscalização ambiental no centro, com o objetivo de coibir crimes relacionados à extração, ao transporte e ao comércio de produtos de origem florestal.
Durante a abordagem, foi constatado que o proprietário do material não possuía nota fiscal, nem o documento de origem florestal (DOF) obrigatório para o transporte e comercialização de carvão vegetal, conforme legislação ambiental vigente. A ausência de tais documentos impede a rastreabilidade do produto e pode indicar origem ilegal da madeira utilizada na produção.
Diante da irregularidade, o material foi apreendido e encaminhado para as medidas administrativas e legais cabíveis. O responsável foi conduzido a Central de Flagrantes para o registro da ocorrência.
Segurança
SSP e Detran realizam ‘Operação Desmonte’ em Feira de Santana
A ação educativa visa à legalização das lojas de comércio de peças veiculares com o Detran
Em operação conjunta com o objetivo de fiscalizar, orientar e instruir comerciantes de peças veiculares, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e o Departamento de Trânsito da Bahia (Detran) deflagraram a ‘Operação Desmonte’ na manhã desta quinta-feira (23), em Feira de Santana.
As equipes visitaram os estabelecimentos e enfatizaram a importância da atuação dos comerciantes se credenciarem no Detran para evitarem autuações, sanções e interdições das lojas.
Sem o credenciamento, os locais podem ser responsabilizados por receptação ou comercialização ilegal de peças. A medida também assegura a diminuição de roubos de veículos, pois garante a circulação de apenas peças legais no mercado.
As ações também foram realizadas em Salvador durante a semana, na região da Suburbana. Palestras e seminários serão ofertados pelo Detran para os empresários do ramo.
Segurança
Operação Primus desarticula rede criminosa e revela esquema bilionário
Ação coordenada pela Polícia Civil da Bahia expõe sofisticado esquema de adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro na Bahia
A Polícia Civil da Bahia deflagrou uma das maiores operações já realizadas no estado contra o crime organizado, a lavagem de dinheiro e a adulteração de combustíveis. Batizada de Operação Primus, a ação foi coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), com atuação simultânea em oito municípios baianos — incluindo Feira de Santana, Conceição do Jacuípe, Alagoinhas e Morro do Chapéu — além de ações nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Durante a operação, foram cumpridas 74 medidas judiciais, sendo 62 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão, que resultaram em nove pessoas presas, além da apreensão de armas de fogo, munições, veículos de luxo e equipamentos utilizados por criminosos. A Justiça autorizou o bloqueio e sequestro de mais de R$ 6,5 bilhões em bens, revelando a dimensão financeira do esquema criminoso, que teve como ponto de partida a adulteração de combustíveis.
A investigação, que durou cerca de um ano e meio, revelou uma rede complexa e sofisticada de lavagem de capitais, com ramificações em pelo menos três estados brasileiros. Cerca de 200 postos de combustíveis estão sob investigação por possível envolvimento no esquema.
O principal articulador da organização criminosa foi preso em um hotel no município de Lençóis, na Chapada Diamantina. Outras prisões ocorreram em Conceição de Feira, Feira de Santana, São Paulo e Rio de Janeiro.
Em pronunciamento oficial, o governador Jerônimo Rodrigues destacou os resultados da operação e a capacidade da Polícia Civil da Bahia em enfrentar o crime organizado. “Estamos desmontando as ações financeiras do crime organizado e enfraquecendo as suas estruturas. Mostramos a capacidade que a Polícia da Bahia tem de buscar informações por meio da Inteligência, com profissionais capacitados e equipamentos adquiridos através de investimentos do Governo do Estado. A Bahia não dará espaço ao crime organizado”, afirmou o chefe do Executivo estadual.
A Operação Primus segue em andamento, com novas diligências previstas e busca ativa pelos foragidos. Uma coletiva de imprensa está marcada para esta sexta-feira (17), às 11h30, na Sala Bahia pela Paz, no Centro de Operações e Inteligência (COI), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), com a presença de autoridades envolvidas na força-tarefa.
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