Meio Ambiente
Fim de semana na Bahia se equilibra entre sol e nuvens
O Inema também aponta que o tempo firme e o predomínio de sol devem marcar os próximos dias
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O fim de Semana na Bahia deve apresentar a permanência de temperaturas elevadas na maior parte do estado, com possibilidade de chuvas fracas e rápidas em pontos isolados do litoral e do oeste, conforme a previsão divulgada pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) nesta sexta-feira (21). O órgão também aponta que o tempo firme e o predomínio de sol devem marcar os próximos dias.
Para o sábado (22), há expectativa de chuvas fracas e isoladas em áreas do oeste baiano, assim como pancadas rápidas ao longo do litoral. Nas demais regiões, o céu varia entre períodos de sol e nebulosidade, porém sem previsão de chuva.
Em Salvador, o dia começa com chuviscos isolados e volta a chover de forma leve à noite, mas o sol predomina na maior parte do dia. As temperaturas na capital variam entre 23°C (mínima) e 34°C (máxima).
Em cidades como Barreiras (mínima de 20°C e máxima de 33°C) e Cocos (21°C a 33°C), o risco de chuva é maior pela manhã e final do dia. Já em localidades a exemplo de Piatã (17°C a 30°C) e Morro do Chapéu (20°C a 32°C), a tendência é de céu com variação de nebulosidade e temperaturas mais amenas, sem chuvas significativas.
No domingo (23), a previsão não sofre grandes alterações: as chuvas seguem concentradas no litoral e em pontos do oeste, enquanto a maior parte do estado permanece com tempo firme. Em cidades como Feira de Santana (23°C a 32°C) e Jequié (21°C a 32°C), o sol predomina ao longo de todo o dia. Já em áreas mais altas, como Vitória da Conquista (19°C a 30°C), as manhãs seguem frescas, mas o calor aumenta durante a tarde.
Para conferir mais detalhes sobre a previsão do tempo nas demais regiões do estado, acesse o site do Inema.
Balneabilidade
O Inema também divulgou nesta sexta-feira um novo Boletim de Balneabilidade, que avalia a qualidade das águas das praias de Salvador e do litoral baiano. O monitoramento classifica os trechos analisados como próprios ou impróprios para banho, com base na presença da bactéria Escherichia coli (E. coli), um indicador de contaminação fecal. A análise segue os critérios estabelecidos pela Resolução nº 274 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Além dos parâmetros definidos pelo Conama, determinadas praias podem ser consideradas inadequadas para banho em situações específicas, como derramamento de óleo, transbordamento de esgoto ou surtos de doenças de veiculação hídrica. O contato com a água em locais contaminados pode representar riscos à saúde, especialmente após períodos chuvosos, quando ocorre o aumento do fluxo de resíduos e detritos trazidos pelas galerias pluviais.
Abaixo, confira a lista das praias de Salvador classificadas como impróprias para banho neste final de semana.
Praias próprias em Salvador
- Bonfim – Ao lado da quadra de esportes, em frente à rampa de acesso à praia.
- Roma – Rua Prof. Roberto Correia, junto à descida de acesso à praia, fundo do Hospital São Jorge.
- Canta Galo – Atrás das antigas instalações da FIB, Rua Agrário Menezes. Junto à rede coletora de esgotos do Bahia Azul.
- Porto da Barra – Av. Sete de Setembro, em frente à Rua César Zama, junto à escada de acesso a praia.
- Santa Maria – Em frente ao Mar Azul hotel, limítrofe ao Hospital Espanhol, em frente à escada de acesso à praia.
- Farol da Barra – Em frente às escadas de acesso à praia, na Rua Dias d’Ávila.
- Farol da Barra – Próximo ao Barra Vento e escada de acesso à praia, em frente à Av. Oceânica.
- Ondina – Próximo à escada de acesso à praia, em frente à Rua Ademar de Barros, ao posto BR e o Hotel Bahia Sol.
- Ondina – Próximo ao Morro da Sereia, em frente ao Ed. Maria José.
- Rio Vermelho – Em frente à Rua Bartolomeu de Gusmão. próximo à escada de acesso à praia, ao lado da Rua Morro da Paciência.
- Buracão – Em frente às escadarias de acesso à praia.
- Amaralina – No fundo da Escola Cupertino de Lacerda, em frente ao painel do artista plástico Bel Borba.
- Amaralina – Em frente à rua do Balneário, ao Edifício Atlântico e à Praça do Budião.
- Pituba – Em frente à escada de acesso à praia, em frente à Portinox e a Rua Paraíba.
- Pituba – Próximo à rampa de acesso à praia, em frente ao Ed. Atlântico Empresarial e à Rua Paraná. Atrás da praça (antigo clube Português).
- Corsário – Em frente ao posto Salva Vidas.
- Piatã – Em frente ao posto Salva Vidas, próximo ao Clube Costa Verde.
- Placafor – Em frente ao posto Salva Vidas.
- Itapuã – Próximo à escada de acesso à praia, em frente à Rua Sargento Waldir Xavier.
- Itapuã – Em frente à Sereia de Itapuã.
- Farol de Itapuã – Em frente à Rua da Música (Rua K).
- Stella Mares – Em frente ao Hotel Grande Stella Maris.
- Flamengo – Em frente à barraca Doce Vida.
- Flamengo – Em frente à barraca da Pipa, próximo ao Módulo Policial.
Praias impróprias em Salvador
- São Tomé de Paripe – Em frente à casa Vila Maria, ao lado da rampa de acesso à praia.
- Tubarão – Em frente ao conjunto habitacional abandonado, próximo à antiga fábrica de cimento.
- Periperi – Na saída de acesso à praia, após travessia da via férrea.
- Penha – Em frente à barraca do Valença.
- Bogari – Em frente ao Colégio da PM (antigo Colégio João Florêncio Gomes).
- Pedra Furada – Atrás do Hospital Sagrada Família, em frente à ladeira que dá acesso à praia.
- Boa Viagem – Ao lado do forte Monte Serrat, em frente ao muro lateral da Fundação Luís Eduardo Magalhães, junto à rampa de acesso à praia.
- Marina Contorno – Na Av. Contorno, entre a Marina e o Restaurante do Amado.
- Rio Vermelho – Próximo à escada de acesso à praia, em frente à igreja Nossa Senhora de Santana.
- Armação – Em frente ao Hotel Alah Mar e a Rua João Mendes da Costa.
- Boca do Rio – Em frente ao posto Salva Vidas.
- Patamares – Em frente ao posto Salva Vidas Patamares. Próximo ao Coliseu do Forró e Caranguejo de Sergipe.
Para informações sobre outras localidades, acesse o site do Inema ou utilize o aplicativo “Vai Dar Praia”, disponível para Android e iOS, que permite acompanhar em tempo real a qualidade da água das praias no estado.
Meio Ambiente
Peixe-leão é capturado por especialistas na costa da Bahia
O registro foi feito em uma operação de monitoramento do animal, na região de Morro de São Paulo, Baixo Sul do estado
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Pela primeira vez, um peixe-leão (Pterois volitans), espécie bioinvasora, foi encontrado e capturado na costa baiana. O registro foi feito em uma operação de monitoramento do animal, na região de Morro de São Paulo, Baixo Sul do estado, por uma equipe multidisciplinar do Governo do Estado composta por biólogos, oceanógrafos e veterinários da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
O exemplar foi capturado e trazido para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), nesta sexta-feira (14), onde passará por análises e estudos em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Apesar de parecer inofensivo, o peixe-leão apresenta riscos diretos ao equilíbrio dos ecossistemas marinhos, pois não possui predadores naturais no litoral brasileiro, competindo por alimento o que pode diminuir consideravelmente o desenvolvimento de outros peixes e crustáceos, impactando na cadeia da pesca.
“Recebemos a notificação que haveria um exemplar nos corais da ilha. Imediatamente montamos uma força tarefa e encaminhamos uma equipe para inspecionar o local, juntamente com um mergulhador local, que teria avistado o animal no sábado (8). Na quinta-feira (13), confirmamos o registro inédito do peixe-leão na Bahia, capturamos e trouxemos para o Cetas. Daqui para frente daremos os devidos encaminhamentos”, contou o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Mendonça Sodré Martins.
Ainda de acordo com o secretário, a partir dessa constatação o Governo da Bahia notificou os municípios da Costa Baiana, assim como órgãos ambientais, a secretaria da Saúde, a Bahia Pesca e a Marinha do Brasil. “Agora vamos dar início à implantação de um plano de resposta rápida à invasão do peixe-leão, seguindo as diretrizes do Manual de Alerta, Detecção Precoce e Resposta Rápida de Espécies Exóticas Invasoras Marinhas do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e ao plano estratégico do Programa de Gerenciamento Costeiro da Bahia. Já existe uma frente multidisciplinar de atuação na secretaria, que está avançando no controle, por exemplo, do octocoral, um bioinvasor encontrado na Baía de Todos-os-Santos, que agora vai também se debruçar nos estudos para controle da proliferação do peixe-leão”, enfatizou.
O exemplar de peixe-leão capturado em águas baianas mede cerca de 10 centímetros e possui aproximadamente um ano de vida, tem como características o corpo listrado de branco e tons de vermelho, laranja e marrom. O peixe é nativo da região indo-pacífico e foi identificado no Brasil pela primeira vez em 2014, no litoral do Rio de Janeiro. Desde 2022, há registros do peixe entre o litoral de Pernambuco até Alagoas.
De acordo com a oceanógrafa da Sema, Alice Reis, a origem do indivíduo capturado em Morro de São Paulo, ainda, será investigada. “Existe a possibilidade de ter sido trazido pelas correntes marítimas, ainda na forma de larva, vindo do estado de Pernambuco, onde há registros do aparecimento e reprodução em grande escala. Também trabalhamos com a hipótese de que seja fruto de uma reprodução local, o que indicaria a presença de mais animais na nossa costa. Neste momento é essencial que pescadores, mergulhadores e banhistas estejam atentos e comuniquem o aparecimento de outros exemplares do peixe-leão”.
A descoberta
Primeiro a avistar o peixe, o mergulhador profissional e morador de Morro de São Paulo, Diego Marques, falou sobre o momento. “Estava em uma atividade perto da costa, quando visualizei o animal, chamou minha atenção por nunca ter visto essa espécie na região. Registrei e comuniquei imediatamente para as autoridades, foi aí que recebi o contato do Inema que veio fazer essa expedição e captura. Estou orgulhoso por ter contribuído neste trabalho, com minha experiência de mergulho, retirando esse peixe que poderia oferecer riscos para nossa atividade diária”.
O biólogo marinho do Inema, Eduardo Barros, explica como a equipe atuou para localização e captura do animal. “Realizamos vários mergulhos, primeiro para fazer um reconhecimento da área e, a partir daí, iniciar as buscas nas rochas e recifes de corais, locais onde o peixe costuma se abrigar. Utilizamos equipamentos adequados, como redes especiais e luvas reforçadas, evitando o contato direto com os espinhos dorsais, altamente venenosos e que podem causar dor e reações alérgicas intensas”, alertou.
Riscos ao meio ambiente
Espécie exótica de ocorrência no Indo-Pacífico, a população de peixe-leão pode crescer rapidamente. Na fase adulta ele pode alcançar até 47 cm com 18 espinhos venenosos, representando uma grande ameaça para a biodiversidade local e riscos à saúde humana.
“O grande problema é que esse animal exótico é predador de várias espécies de peixes da nossa fauna silvestre, não tendo outros animais que possam controlar sua proliferação no Oceano Atlântico, além de ser venenoso e ter alta taxa de reprodução”, enfatizou o veterinário do Cetas/Inema, Marcos Leônidas.
O veterinário também alerta para que as pessoas não tentem capturá-lo e caso aconteça o contato acidental com o peixe, procurar imediatamente um posto de saúde mais próximo. “Embora os acidentes com o peixe-leão sejam raros, ao perfurar a pele humana o animal injeta uma toxina neuromuscular que pode causar ferimentos de leves a graves, com sintomas como necrose do local, náuseas, febre e até mesmo convulsões”, concluiu.
Alerta à população
A SEMA e o INEMA seguem monitorando a situação e reforçam a importância da colaboração da sociedade na contenção do peixe-leão na costa baiana. Em caso de avistamento não tente capturá-lo, e no caso da pesca acidental do peixe-leão não devolva para o mar. Em ambas as situações, o importante é agir rapidamente e entrar em contato imediato com o Inema pelo Disque Denúncia 0800.071.1400, pelo e-mail denuncia@inema.ba.gov.br ou pelo Resgate no What’sApp 71 99661.3998.
Meio Ambiente
Inema investiga descarte irregular de arraias na Marina do Bonfim
O objetivo da operação foi identificar os responsáveis pela infração ambiental e adotar as medidas cabíveis
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Na manhã desta quarta-feira (5), uma equipe de fiscalização do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) esteve na Marina do Bonfim para apurar o descarte irregular de arraias, em ação conjunta com a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA). O objetivo da operação foi identificar os responsáveis pela infração ambiental e adotar as medidas cabíveis.
O diretor de Fiscalização do Inema, Eduardo Topázio, destacou que assim que o instituto tomou conhecimento, informou a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), que iniciou a remoção do material, a questão agora é garantir que o responsável seja identificado e responsabilizado. “Ao chegarmos, encontramos as arraias, identificamos que se tratava de um descarte de animais já tratados, preparados para comercialização. Segundo relatos de moradores, trabalhadores e transeuntes da região, o descarte ocorreu na madrugada de segunda para terça-feira e teria sido feito por um caminhão baú. As informações coletadas serão analisadas para subsidiar as investigações e possíveis autuações”.
O diretor também destacou que caso identificado, o responsável será punido. Se for de fato uma pessoa jurídica descartando material poluente em local inadequado, poderá sofrer processo administrativo, ser multado e até ter suas atividades interditadas, conforme avaliação técnica e jurídica.
A Major Érica Patrícia, comandante da COPPA, e sua equipe prestaram apoio tanto em terra quanto no mar, utilizando uma embarcação para ajudar na localização dos materiais e investigação da autoria.
O Inema disponibiliza canais para atendimento de denúncias oriundas da população, através do número 0800-071-1400 ou e-mail denuncia@inema.ba.gov.br. A identidade do denunciante será preservada.
Meio Ambiente
Comunidade de Itaparica se mobiliza contra coral invasor na BTS
A espécie cresce rapidamente e compete com corais nativos, comprometendo os recifes que protegem a costa contra erosões
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Uma ameaça silenciosa cresce nos recifes da Baía de Todos-os-Santos (BTS): o coral invasor Chromonephthea braziliensis, que pode comprometer a biodiversidade marinha local. Para enfrentar esse desafio, a Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), em parceria com instituições de pesquisa, estão conduzindo uma expedição na Ilha de Itaparica para planejar a erradicação da espécie.
A operação, iniciada em dezembro de 2024 e com previsão de término em fevereiro, vem reunindo esforços de especialistas de diversas instituições, pescadores e marisqueiras para proteger o ecossistema local. Durante a segunda expedição, realizada nesta terça-feira (15), a equipe da Sema/Inema dialogou com representantes da comunidade local e autoridades locais como está avançando a operação, os possíveis impactos do coral e as estratégias de combate. As próximas expedições estão programadas para os dias 22 e 29 de janeiro, com o encerramento das atividades previsto para o dia 4 de fevereiro.
“A nossa prioridade é garantir que a erradicação do coral invasor seja segura, eficiente e com o menor impacto ambiental possível. Já realizamos outros mergulhos de monitoramento e estamos avaliando as metodologias mais adequadas para remoção”, afirmou Luana Pimentel, diretora de Política e Planejamento Ambiental da Sema.
Os estudos em andamento indicam que uma combinação de métodos pode ser eficaz: a aplicação de sal azedo diretamente no coral e a remoção manual. “A injeção de sal azedo apresenta alta taxa de mortalidade do coral e reduz os impactos ambientais. Já a remoção manual é eficiente para eliminar colônias inteiras, mas exige extremo cuidado para evitar a dispersão de fragmentos que podem originar novas colônias”, explicou Francisco Barros, pesquisador da Ufba.
“Pequenos pedaços dos corais podem ser levados pela correnteza e dar origem a novas colônias, ampliando a invasão. Por isso, a capacitação das equipes é fundamental para que o processo de remoção seja eficaz e seguro”, explicou Francisco Barros, pesquisador da Ufba integrante da equipe técnica do projeto.
Apenas na área monitorada, a remoção pode atingir cerca de uma tonelada de corais invasores. Segundo os pesquisadores a espécie cresce rapidamente e compete com corais nativos, comprometendo os recifes que protegem a costa contra erosões. “Quanto antes controlarmos, maior será a chance de evitar danos irreversíveis, acrescentou outro pesquisador da Ufba, Rodrigo Maia.
Impactos na comunidade local
Geraldo Pereira, pescador com mais de 20 anos de experiência, relatou que a presença do coral invasor já afeta pesca local. “Percebi a diminuição de mariscos e outras espécies. Quando pescamos diariamente, conhecemos cada detalhe do ambiente, e algo diferente nos chamou a atenção. Não imaginávamos que esse coral poderia causar tanto impacto”, afirmou.
A expedição conta com o apoio da Capitania dos Portos, da Marinha, e da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), além de parcerias técnicas com instituições como UFBA, USP, UFAL, UFRPE, Senai/Cimatec e a ONG Pró-Mar. “Esse é um processo que exige conhecimento técnico, planejamento estratégico e execução cuidadosa. Não é apenas retirar o coral invasor, precisamos garantir que a remoção seja segura e não provoque outros impactos ao ecossistema”, destacou Carla Guimarães, integrante do Inema na expedição.
O coral invasor, cientificamente conhecido como Chromonephthea braziliensis, representa uma grave ameaça à Baía de Todos-os-Santos. Além de liberar substâncias tóxicas que afetam corais nativos, sua proliferação reduz habitats essenciais para peixes e outras espécies marinhas. A erradicação é crucial para preservar a biodiversidade e os recursos naturais que sustentam as comunidades costeiras.