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Meio Ambiente

Estado firma parceria com universidades para remoção de corais invasores na BTS

O trabalho segue até o dia 4 de fevereiro, quando poderão ser iniciadas as operações para remoção efetiva dos octocorais

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Proteger os recifes de corais da Baía de Todos-os-Santos (BTS) e a biodiversidade marinha tem sido o desafio de uma equipe
Foto: Matheus Landim/GOVBA

Proteger os recifes de corais da Baía de Todos-os-Santos (BTS) e a biodiversidade marinha tem sido o desafio de uma equipe de 10 pesquisadores de três universidades brasileiras, junto a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), a Capitania dos Portos da Marinha e a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa). O grupo de trabalho embarcou rumo a Itaparica, nesta quarta-feira (8), para a segunda etapa de um experimento que pretende eliminar um octocoral invasor, da espécie ‘chromonephthea braziliensis’, da Baía de Todos-os-Santos (BTS).

A experiência dos mergulhadores e pescadores nativos da Ilha de Itaparica, na observação dos corais, foi o que possibilitou a identificação do coral invasor, em 2023, e do experimento no final de dezembro de 2024. Segundo Tiago Porto, superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, uma das principais preocupações da pasta é em relação a extinção de algumas espécies marinhas e do impacto na pesca de subsistência.

“Esse octocoral é uma espécie do oceano Índico, da região de Singapura. Quando ele aparece em um ambiente que está em equilíbrio, pode acabar com espécies marinhas que fornecem alimentos para peixes e animais de pesca da região. Além de ocuparem espaços, competindo com espécies nativas de corais. Isso desequilibra todo o ecossistema”, explicou Porto, acrescentando que a principal evidência, indica que os corais chegaram à Bahia por meio de incrustação em plataformas de petróleo do litoral do Rio de Janeiro.

Pescador subaquático há mais de 30 anos, Xandinho Domício, de 61 anos, observou os primeiros corais ainda no começo da instalação das colônias.

“Quando comecei a notar esses corais, eles eram muito pequenos, branquinhos. Eles se espalham mais em lugares de pedra, com concreto. Então, eles acharam uma brecha, aqui, e agora tá tudo tomado. E espantaram os peixes! Antes encostava robalo grande, tainha. Os peixes estão sumindo!”, lamentou Xandinho.

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Durante a ação de monitoramento dos testes, para eliminação dos octocorais, foram analisadas reações nas amostras das colônias em contato com sal azedo, vinagre, água doce e aquelas removidas manualmente, com espátula.

Uma das pesquisadoras do grupo Tatiane Aguiar, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), apontou para resultados no manejo com sal azedo e na remoção manual. “A gente começou o experimento no dia 22 de dezembro. A gente veio aqui com sete dias, já analisamos alguns resultados, e agora, com 15 dias, podemos adiantar que o tratamento com sal azedo e o tratamento manual, de raspagem, são os mais efetivos até agora. Onde a gente raspou, está liso, como estava quando a gente terminou de fazer, e o sal azedo está, inclusive, limpando as pilastras. São resultados preliminares, não são resultados conclusivos, porque a checagem será de 30 dias”, compartilhou a pesquisadora, após mergulho e averiguação das amostras.

O trabalho segue até o dia 4 de fevereiro, quando poderão ser iniciadas as operações para remoção efetiva dos octocorais. Toda a pesquisa e processo de remoção das colônias estão sendo feitos em parceria também com a organização socioambiental Pró-Mar e o Senai-Cimatec. Pesquisadores das Universidades Federal de Alagoas e de São Paulo.

As licenças ambientais estão sendo emitidas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), pela Sema e o Inema, considerando que os recifes afetados estão localizados em Áreas de Preservação Permanente (APP) e em uma Unidade de Conservação Estadual, a Área de Preservação Ambiental (APA) Baía de Todos-os-Santos.

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Meio Ambiente

Caravana do Defeso do Camarão percorre Recôncavo Baiano

Na Bahia, são pescadas as espécies de camarão-branco, camarão-rosa e camarão-sete-barbas

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Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) dão início a Caravana do Defeso do camarão, que acontecerá entre os dias 3 e 5 de
Foto: Ascom/Inema

A partir do dia 15 de setembro terá início o período do defeso do camarão na Bahia. Nesse contexto, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) dão início a Caravana do Defeso do camarão, que acontecerá entre os dias 3 e 5 de setembro, percorrendo municípios do Recôncavo Baiano. 

Durante a ação as equipes levam informações sobre os períodos dos defesos, distribuindo materiais educativos e realizando a entrega qualificada dos calendários às comunidades, fortalecendo o diálogo com comunidades locais, como explicou o assessor técnico, Henrique Hortélio. 

“Visitaremos colônias de pesca, restaurantes e secretarias municipais ligadas à temática do defeso das espécies marinhas. Com o objetivo de trocar conhecimentos, aproximar as instituições das comunidades e reforçar a importância da preservação dos estoques pesqueiros”, frisou. 

Os camarões vivem associados aos fundos de areia e lama em águas rasas e, por isso, sua pesca é feita principalmente com redes de arrasto. Na Bahia, são pescadas as espécies de camarão-branco (Litopenaeus schmitti), camarão-rosa (Farfantepenaeus subtilis e Farfantepenaeus brasiliensis) e camarão-sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri). Essas são justamente as três espécies objeto do defeso, que segue até o dia 31 de outubro. 

Programação

Na quarta-feira (3) a Caravana do Defeso inicia sua jornada no município de Madre de Deus, além de uma visita à cidade de São Francisco do Conde. Na quinta-feira (4), no período da tarde as equipes chegam a Santo Amaro. Já na sexta-feira (5) as ações se concentrarão em Saubara. 

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Meio Ambiente

Parque Zoobotânico da Bahia realiza capacitação para tratadores de animais

O treinamento contou com aulas teóricas pela manhã e atividades práticas no período da tarde

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O Parque Zoobotânico da Bahia, em Salvador, promoveu nesta segunda-feira (1O) a segunda turma da capacitação voltada para a
Foto: Ludmille Bispo/ASCOM

O Parque Zoobotânico da Bahia, em Salvador, promoveu nesta segunda-feira (1) a segunda turma da capacitação voltada para a formação e requalificação dos tratadores de animais. O treinamento, realizado nas próprias instalações do Zoo, no bairro de Ondina, contou com aulas teóricas pela manhã e atividades práticas no período da tarde.

Atualmente, o Parque conta com 30 tratadores, que foram divididos em duas turmas para participar da capacitação, devido a rotina de trabalho. Na semana passada, uma parte da equipe, composta por 15 profissionais, participou do curso. Nesta segunda, os outros 15 tratadores, concluíram o ciclo de formação.

A bióloga e gestora técnica do Parque, Ana Celly Lima, destacou a relevância da capacitação e a importância dos tratadores no funcionamento diário do Zoo. “Eles são atores fundamentais nas atividades de enriquecimento ambiental e alimentar, na observação do comportamento dos animais e na identificação de qualquer alteração que fuja do padrão da espécie, comunicando imediatamente à equipe técnica. Essa dedicação é essencial para garantir o bem-estar dos animais e o sucesso das nossas atividades”, afirmou a gestora.

A médica veterinária e coordenadora técnica do Zoo, Cristiane Freitas, responsável por ministrar o curso, enfatizou as abordagens que foram desde conteúdos básicos sobre as atividades dos tratadores até temas específicos, como biologia das espécies, boas práticas de limpeza e biossegurança, zoonoses, vacinas, legislação sobre maus-tratos e funcionamento de zoológicos.

“Esses profissionais, os tratadores, desempenham um papel estratégico, pois eles estão em contato direto, diário, com os animais e são responsáveis por garantir alimentação adequada, higiene, bem-estar e monitoramento constante da sua saúde. O curso de capacitação possibilita a incorporação de práticas modernas de manejo, biossegurança e enriquecimento ambiental, assegurando não apenas melhores condições de vida para os animais, mas também maior segurança para a equipe”, disse a coordenadora

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Entre as atribuições cotidianas dos tratadores estão a alimentação, a higienização dos recintos, a observação dos animais e o monitoramento do bem-estar de espécies de diferentes portes, como onças, hipopótamos, jacarés e macacos.

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Meio Ambiente

Medusas exóticas foram removidas da Baía de Todos-os-Santos 

Ação em Itaparica resultou na retirada de 1.674 quilos do animal marinho

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invasora que ameaça a biodiversidade da Baía de Todos-os-Santos (BTS) e restringe o uso tradicional deste estuário pela comunidade e
Foto: Ascom/Sema

A Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema), em parceria com o Inema, pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), prefeitura, Maré de Março e outras organizações e voluntários locais, realizou neste sábado (23) uma nova atividade de pesquisa e manejo da medusa Cassiopeia andrômeda em Itaparica. A ação resultou na retirada de 1.674 quilos do animal marinho, considerado uma espécie exótica invasora que ameaça a biodiversidade da Baía de Todos-os-Santos (BTS) e restringe o uso tradicional deste estuário pela comunidade e turistas. 

Conforme o diretor de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Tiago Porto, o trabalho alia ciência, gestão pública e participação comunitária. 

“Estamos monitorando como a biodiversidade da região se recompõe após as remoções. Essa é uma experiência inédita no estado, que pode servir de referência para outras localidades que enfrentam problemas semelhantes com espécies exóticas invasoras”, afirmou. 

A ocorrência da medusa foi inicialmente relatada por moradores e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Itaparica, que alertaram para os impactos da bioinvasão, como a perda de espécies nativas e a impossibilidade de banho na região. 

Em 8 de junho, no Dia Mundial dos Oceanos, a Sema promoveu uma visita técnica com especialistas da UFBA, da Unesp e da comunidade, quando foi confirmada a presença de pólipos, estruturas microscópicas capazes de liberar novas medusas, o que indicou que a espécie estava em reprodução ativa. 

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Diante do risco de manutenção da invasão, em julho iniciou uma pesquisa científica coordenada pela UFBA para analisar a dinâmica populacional da Cassiopeia andrômeda e testar estratégias de contenção. A metodologia prevê mensurações periódicas e campanhas de remoção, seguidas de monitoramento, durante três meses. Organizações locais monitoram a região e colaboram com a pesquisa, uma metodologia conhecida como ciência cidadã, onde a população auxilia os pesquisadores na produção de conhecimento. 

Bioinvasão na BTS 

Pesquisadores da UFBA já registraram mais de 60 espécies exóticas invasoras nos mares da Bahia, muitas delas na Baía de Todos-os-Santos. A Cassiopeia andrômeda, conhecida como “medusa invertida”, apresenta explosões populacionais rápidas, que em locais de águas calma, como fundos cegos em estuários e manguezais, podem se perpetuar quando da presença de pólipos no ambiente. 

A experiência em Itaparica está sendo compartilhada com outras regiões. Representantes da Prefeitura de Maraú, onde a espécie também foi registrada, acompanharam a ação deste sábado para aprender a metodologia de manejo e aplicá-la em seu território. 

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