Meio Ambiente
Especialistas debatem impactos da crise climática no setor de saneamento
O evento acontece nesta quinta-feira (5) no auditório da Universidade Corporativa da Embasa (UCE), no Rio Vermelho, das 9h às 12h
Para marcar a passagem do Dia Mundial do Meio Ambiente celebrado no dia 5 de junho, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) está preparando uma série de ações socioambientais que devem mobilizar um público estimado em 25 mil pessoas na capital e interior do estado em atividades como cine debates, palestras, plantio de mudas, oficinas e caminhadas ecológicas. Em Salvador, o ponto alto da programação da Semana do Meio Ambiente 2025, que traz o tema “Inteligência Sustentável”, será uma mesa-redonda com especialistas que discutirão a interdependência entre meio ambiente, sociedade e inovação no contexto do saneamento básico.
O evento acontece nesta quinta-feira (5) no auditório da Universidade Corporativa da Embasa (UCE), no Rio Vermelho, das 9h às 12h, e será transmitido ao vivo no canal oficial da Embasa no YouTube (@embasaoficial).
Os desafios instaurados pelas mudanças climáticas serão abordados por Paulo Zangalli, professor e pesquisador do Departamento de Geografia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), que destacará os impactos de crises hídricas e eventos extremos na prestação dos serviços de saneamento. O diálogo também terá participação de Sueli Conceição, bióloga e doutora em Desenvolvimento e Meio Ambiente, e Luciano Queiroz, professor do Departamento de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica da Ufba, que também vão discutir os temas “diálogos territoriais” e “desafios tecnológicos”, respectivamente.
Segundo o gerente Socioambiental da Embasa, Fabrício Tourinho, a Semana do Meio Ambiente é uma oportunidade para ampliar as ações de mobilização social da empresa, além de estreitar o diálogo com outros setores da sociedade, como as universidades, por exemplo. “Este é um momento oportuno para promover o diálogo com a sociedade, pensar estratégias e buscar soluções tecnológicas sustentáveis”, afirma.
Riscos climáticos e saneamento
Em função de eventos climáticos cada vez mais frequentes e intensos, a Embasa vem reforçando as ações de monitoramento dos mananciais que utiliza para abastecer a população nos 368 municípios atendidos pela companhia em todo o estado.
“Temos presenciado cada vez mais eventos extremos como chuvas abundantes, estiagens prolongadas e enchentes, por exemplo. Torna-se imprescindível o monitoramento contínuo e especializado para garantir a segurança hídrica, a integridade de nossas estruturas e o fornecimento regular dos nossos serviços à população. Por isso, já estamos elaborando um Termo de Referência para contratação de serviços de monitoramento de riscos climáticos, visando fortalecer nossa capacidade de resposta e nos antecipar a este tipo de risco, cada vez mais habitual, infelizmente”, destaca Fabrício.
De acordo com o gerente, este serviço especializado apoia o planejamento de contingência e mitigação de riscos, fortalecendo a tomada de decisões estratégicas e operacionais. “A conservação do meio ambiente e a segurança no abastecimento de água caminham juntas. Esta iniciativa está alinhada às tendências nacionais e internacionais de gestão do setor de saneamento que, cada vez mais, exigem a avaliação de riscos climáticos como condição para o acesso a financiamentos e investimentos, além de contribuir com o cumprimento de metas ambientais e sociais”, sintetiza o gestor. A expectativa de lançamento da licitação para contratação do serviço é ainda no segundo semestre deste ano.
Meio Ambiente
Moradores denunciam bloqueio ilegal de acesso à praia em Camaçari
O acesso utilizado pelos moradores do Condomínio Aldeias de Jacuípe foi bloqueado de forma abrupta e sem aviso prévio
Uma cerca de zinco instalada de forma abrupta e sem aviso prévio bloqueou, nesta sexta-feira (10), o acesso tradicional à praia utilizado há décadas pelos moradores do Condomínio Aldeias de Jacuípe, gerando revolta e mobilização da comunidade local.
Segundo relatos dos moradores, a estrutura foi colocada por um homem que se apresenta como proprietário da área e afirma que não permitirá mais a passagem pelo caminho histórico que liga o condomínio à faixa litorânea. A atitude, considerada arbitrária e potencialmente ilegal, acendeu o alerta entre os residentes, que imediatamente acionaram a administração do condomínio.
A gestão condominial, em conjunto com os moradores, já protocolou denúncias formais junto à Prefeitura de Camaçari e aos órgãos ambientais competentes, exigindo a apuração rigorosa do caso. A principal reivindicação é que o suposto proprietário apresente documentos que comprovem a posse legítima do terreno, além das licenças ambientais e o alvará de construção exigidos por lei.
A comunidade cobra transparência das autoridades e o cumprimento da legislação que garante o acesso público às praias — um direito constitucional frequentemente ameaçado por ações privadas que ignoram o interesse coletivo.
Enquanto aguardam uma resposta oficial, os moradores permanecem mobilizados e denunciam o que consideram uma tentativa de privatização indevida de um espaço público. O caso levanta questões sobre a fiscalização do uso do solo na região e sobre o papel do poder público na proteção dos direitos da população.
Meio Ambiente
Projeto apoiado pela Embasa recupera nascentes no oeste baiano
Ações acontecem na microbacia do córrego do Borrachudo, em Cotegipe
Em mais uma iniciativa de incentivo à sustentabilidade e à preservação ambiental, a Embasa uniu esforços ao projeto Nascentes do Oeste para recuperar 20 nascentes na cabeceira do córrego do Borrachudo, no município de Cotegipe.
Para reduzir o assoreamento do córrego, a Embasa implantou nove caixas de infiltração em locais identificados como fontes de sedimentos. Essas estruturas, chamadas de barraginhas, foram projetadas para controlar a intensidade e o volume das enxurradas, prevenindo a erosão do solo e a formação de voçorocas, que são grandes buracos no solo causados pela erosão.
De acordo com o gerente regional da Embasa, Marcos Rogério Moreira, as barraginhas são essenciais para a captação da água da chuva, permitindo sua infiltração no solo e contribuindo para a revitalização do lençol freático. “Essa ação resultará em um aumento no fluxo de água das nascentes, além de promover a conservação do solo e da água, proporcionando uma série de benefícios socioambientais”, afirmou.
Além das caixas de retenção, a Embasa colaborou com o cercamento de três quilômetros de área de proteção permanente para proteger a vegetação e restringir a presença de gado na área, para pastoreio.
A ação integrou as atividades da Semana do Cerrado, que aconteceu entre 8 e 11 de setembro, e foi realizada em parceria com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, e os moradores da comunidade.
Meio Ambiente
Baixa umidade na Bahia aumenta risco de queimadas e exige atenção redobrada
O Inema informou que, nos próximos dias, essa condição persistirá em cidades do Oeste, Vale do São Francisco, Sudoeste, Chapada Diamantina e Norte do estado
O serviço de meteorologia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) informou que nos próximos dias a baixa umidade que atinge a Bahia, persistirá em cidades do Oeste, Vale do São Francisco, Sudoeste, Chapada Diamantina e Norte do estado.
Essa condição é causada pela influência de um sistema de alta pressão, que torna o tempo mais estável, deixa o céu com poucas nuvens e favorece a elevação da amplitude térmica, além da redução de vapor d’água na atmosfera.
“Esse sistema favorece a elevada da amplitude térmica (diferença entre as temperaturas máximas e mínimas), que tornam madrugadas e início do dia mais frio e tardes quentes, além da redução do vapor d’água na atmosfera e baixa umidade relativa do ar na maioria das regiões do estado”, explicou a meteorologista Cláudia Valéria.
De acordo com Cláudia, a condição deve se manter. “A baixa umidade nessas regiões do estado, deve permanecer predominando ao longo dos próximos 14 dias”, destacou.
A condição pode agravar condições respiratórias como asma e bronquite, além de causar desconfortos gerais, como irritação nos olhos e ressecamento das vias respiratórias. Por isso, é recomendável adotar medidas preventivas, como manter-se hidratado, utilizar umidificadores e evitar atividades físicas intensas durante as horas mais quentes do dia.
Risco ambiental
Além dos riscos à saúde, quando se consideram os elementos ambientais isoladamente, a baixa umidade é um dos mais importantes fatores na propagação das queimadas nas épocas secas. Por isso, o Inema reforça a orientação de não utilizar fogo para limpeza de terrenos e áreas agrícolas neste período, já que a combinação de calor, secura e vegetação seca facilitam o alastramento das chamas.
Além disso, o Governo do Estado publicou a Portaria nº 33.788 de 16 de setembro, que suspende a emissão das Declarações de Queima Controlada (DQC), e os efeitos das emitidas antes da publicação da mesma. A medida busca conter o uso do fogo e reduzir os riscos de incêndios florestais.
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