Internacional
Democratas mantêm controle do Senado
A conquista da cadeira número 50 em Nevada consolida um desempenho eleitoral que superou as expectativas
Os democratas mantiveram o controle do Senado depois que a disputa crucial em Nevada foi anunciada em seu favor, consolidando um desempenho eleitoral de meio de mandato para o partido que superou amplamente as expectativas.
A senadora democrata Catherine Cortez Masto agora venceu o desafiante republicano Adam Laxalt, um ex-procurador-geral do estado que foi apoiado pelo ex-presidente Donald Trump, segundo a Associated Press.
Com a vitória de Masto na esteira da reeleição do senador democrata Mark Kelly no Arizona na sexta-feira (11), leva os democratas ao número crucial de 50 cadeiras no Senado, com os republicanos tendo 49. A corrida na Geórgia está marcada para um segundo turno em dezembro, mas mesmo que os republicanos ganhem lá, uma divisão de 50 a 50 significa que o Senado seria efetivamente controlado pelos democratas porque o voto empatado recai sobre a vice-presidente, Kamala Harris.
Para os republicanos, foi outro golpe depois que eles tiveram um desempenho muito abaixo do esperado em muitas corridas. O partido alardeou esperanças de uma “onda vermelha” que poderia varrer os EUA e entregar a câmara alta do Congresso em suas mãos. Em vez disso – com algumas exceções, como a Flórida – a onda foi mais uma marolinha.
A vitória democrata no Senado provavelmente provocará mais reações nos círculos republicanos sobre quem é o culpado pelo desempenho ruim. Até agora, muita atenção se concentrou em Trump depois que ele apoiou candidatos de direita ou celebridades em várias corridas importantes que perderam, como Mehmet Oz, na Pensilvânia.
A vitória também é outro impulso para o presidente Joe Biden, depois que seu partido desafiou os temores imediatos de que seus baixos índices de popularidade e um eleitorado prejudicado pela alta inflação se traduziriam em punição nas urnas. Os democratas também desafiaram o precedente histórico, já que o partido que detém a Casa Branca costuma perder muito nas eleições de meio de mandato.
O desempenho eleitoral deve acalmar as especulações de que Biden pode se esquivar da corrida presidencial de 2024 e deixar o cargo após um único mandato. Agora ele pode apontar peças sólidas de legislação doméstica em seus primeiros anos como presidente, bem como um forte desempenho de meio de mandato, a fim de reforçar o apoio interno em seu partido.
Biden disse estar “incrivelmente satisfeito” com a participação nas eleições dos EUA e que o Partido Republicano agora precisa decidir “quem eles são”. Falando a repórteres no Camboja antes de uma cúpula do Leste Asiático, Biden disse que sua atenção estava na corrida ao Senado da Geórgia.
“Estamos focando agora na Geórgia. Nos sentimos bem onde estamos”, disse Biden. “E eu sei que sou um otimista torto. Eu entendi aquilo.
“Não estou surpreso com a participação. Estou incrivelmente satisfeito. E acho que é um reflexo da qualidade dos nossos candidatos.”
O controle da Câmara dos Deputados ainda não foi decidido. Biden reconheceu que tal vitória seria “um exagero” para os democratas, mas os republicanos ficaram muito aquém das previsões de que chegariam ao poder em Washington.
Enquanto isso, a perda do Senado focará as mentes no domínio contínuo de Trump sobre o Partido Republicano. As fissuras se abriram, com algumas figuras republicanas proeminentes apelando abertamente a Trump para não anunciar uma candidatura em 2024, como se espera que ele faça na próxima semana.
O próprio Trump atacou figuras republicanas populares que podem rivalizar com ele, como o governador da Flórida, Ron DeSantis, que foi um raro sucesso republicano nas eleições de meio de mandato, pois venceu facilmente a reeleição e derrubou vários distritos democratas outrora fortes, especialmente em Miami.
Internacional
Trump toma posse com discurso protecionista e de combate à imigração ilegal
O presidente dos EUA reafirmou a intenção de retomar o Canal do Panamá reiterou que o Golfo do México passará a se chamar Golfo da América
Por cerca de 30 minutos, Donald Trump fez nesta segunda-feira (20) seu primeiro discurso como novo presidente dos Estados Unidos. Ele reafirmou a intenção de retomar o Canal do Panamá e de combater a imigração ilegal no país, em especial a partir da fronteira com o México. O Golfo do México, reiterou Trump, passará a se chamar Golfo da América.
O presidente afirmou que declarará emergência nacional de energia, de forma a retomar, em larga escala, a produção de fontes não sustentáveis, em especial petróleo e gás, para garantir as reservas estratégicas do país, bem como a disponibilização de energia para as indústrias norte-americanas. E prometeu também revogar obrigações de cunho ambientalista em favor de veículos elétricos, de forma a manter o compromisso com as montadoras de veículos com motores à combustão.
Trump voltou a afirmar que, para proteger os trabalhadores americanos, pretende tributar produtos com origem em outros países. Reiterou alguns de seus posicionamentos contrários à chamada ideologia de gênero, dizendo que “há apenas dois gêneros: o masculino e o feminino”, e que porá “fim à política de tentar fazer engenharia social da raça e do gênero, promovendo uma sociedade que será baseada no mérito, sem enxergar a cor”.
Imigração ilegal
“Toda entrada ilegal será imediatamente impedida, e iniciaremos processo de devolução de milhões de imigrantes ilegais a seus países de origem. Restabeleceremos a política do ‘fique no México’ e porei em prática a lei de prender e deportar. Tropas serão enviadas para o sul para dificultar a entrada em nosso país. Além disso, vou designar os cartéis [de drogas] como organizações terroristas internacionais”, discursou o presidente, que, pela segunda vez, assume a Casa Branca.
Trump acrescentou que vai retomar uma legislação de 1708 sobre imigrantes, pela qual seu governo poderá utilizar todas as forças de segurança pública para “eliminar gangues” que praticam crimes em cidades e bairros norte-americanos. “Como comandante chefe, não há responsabilidade maior do que defender nosso país de ameaças e invasões. Farei isso em um nível nunca antes visto em nosso país”, disse ele, ao afirmar que, em breve, alterará o nome do Golfo do México para Golfo da América.
Poderosa e respeitada
O novo presidente disse que fará os Estados Unidos retornarem a seu lugar como a nação mais poderosa e respeitada do mundo. “Teremos a maior força armada que o mundo já viu”, afirmou.
Tump lembrou que o Canal do Panamá foi uma obra americana cedida àquele país, ao custo de 38 mil vidas perdidas durante sua construção. “Depois disso, fomos tratados de forma cruel, após oferecermos esse presente que jamais deveria ser dado. O espírito desse presente foi totalmente violado, com sobretaxas aos navios americanos. Não fomos tratados de forma justa, sobretudo pela China, que opera o canal. Por isso, vamos tomá-lo de volta”, prometeu.
“Minha mensagem hoje é de que é hora, mais uma vez, de agirmos com coragem, vigor e com a vitalidade das maiores nações da história”, complementou.
Energia
Trump anunciou que, ainda nesta segunda-feira, vai declarar emergência nacional da energia, com o objetivo de diminuir preços e ajudar setores industriais do país, além de recompor as reservas estratégicas de petróleo.
“Seremos mais uma vez um país industrial, com maior quantidade de petróleo e gás do que qualquer outro país. Diminuiremos os preços e preencheremos novamente nossas reservas estratégicas. E exportaremos nossa energia. Seremos novamente uma nação rica com o ouro negro que está sob nossos pés”, disse.
“E vamos pôr fim a acordos verdes. Vamos revogar as obrigações sobre veículos elétricos, salvando nossa indústria automotiva e mantendo compromisso com nossas montadoras”, acrescentou.
O presidente prometeu fazer, em breve, uma reforma do sistema de comércio “para proteger os trabalhadores e as famílias americanas. Por isso, em vez de tributar nossos cidadãos, estabeleceremos tarifas para outros países.”
Era de ouro
“A era de ouro dos Estados Unidos começa agora. Daqui em diante, nosso país florescerá e será respeitado. Seremos invejados por todo mundo, e não permitiremos que ninguém tire vantagem da gente. Colocarei a América em primeiro lugar”, afirmou.
Segundo Trump, os EUA enfrentam uma crise de confiança “após um establishment corrupto e radical, onde os pilares foram rompidos, dificultando o enfrentamento de crises simples”, em referência a problemas como o incêndio que assolou Los Angeles. Criticou também o sistema de saúde que não atuou de forma satisfatória em situações de desastre e o sistema de educação “que faz nossos alunos odiarem nosso país”.
“Mas tudo mudará rapidamente a partir de hoje”, afirmou Trump. “Minha vida foi salva para tornar a América grande novamente”, acrescentou, ao lembrar o atentado de que foi vítima durante a campanha eleitoral.
No discurso de posse, Donald Trump também reiterou a defesa da liberdade de expressão, algo que, segundo ele, foi colocado em risco pelo governo anterior.
Internacional
Rebecca Cheptegei, atleta olímpica, morre após ser incendiada pelo parceiro
A maratonista morreu em um hospital queniano após sofrer queimaduras em 80% do corpo
A atleta olímpica ugandense Rebecca Cheptegei morreu em um hospital queniano após sofrer queimaduras em 80% do corpo após um ataque de seu parceiro no domingo.
Cheptegei, de 33 anos, estava recebendo tratamento no Moi Teaching and Referral Hospital, na cidade de Eldoret. Um porta-voz, Owen Menach, confirmou sua morte na quinta-feira.
O comandante da polícia do Condado de Trans-Nzoia, Jeremiah ole Kosiom, disse na segunda-feira que o parceiro de Cheptegei, Dickson Ndiema, comprou um recipiente de gasolina, despejou sobre ela e ateou fogo. “O casal foi ouvido brigando do lado de fora de sua casa. Durante a altercação, o namorado foi visto derramando um líquido na mulher antes de queimá-la”, disse Kosiom ao jornal Standard no Quênia. “O suspeito também foi pego pelo fogo e sofreu queimaduras graves.” Ndiema estava sendo tratada no mesmo hospital que Cheptegei.
Os pais de Rebecca Cheptegei disseram que sua filha comprou terras em Trans-Nzoia para ficar perto dos muitos centros de treinamento atlético do país. Um relatório arquivado pelo chefe de polícia local afirma que o casal foi ouvido brigando pelo terreno onde a casa foi construída antes do incêndio começar.
No mês passado, Cheptegei terminou em 44º lugar na maratona nas Olimpíadas de Paris e ficou em 14º no campeonato mundial do ano passado em Budapeste. Em 2022, ela venceu a corrida de montanha no World Mountain and Trail Running Championships na Tailândia.
Internacional
Biden retira candidatura à reeleição para a presidência dos EUA
O presidente adiantou seu apoio na indicação da sua vice, Kamala Harris, para enfrentar Trump
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (21) que desistirá de concorrer à reeleição. Em uma postagem na rede social X (antigo Twitter), Biden afirmou acreditar que, apesar de sua intenção de tentar um novo mandato, é do interesse do Partido Democrata e do país a retirada da sua candidatura. Em seguida, disse que se concentrará no seu trabalho como presidente até o final de seu mandato, em janeiro de 2025.
“Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E, embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que seja do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre apenas no cumprimento de meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, escreveu Biden em uma carta publicada na rede social.
Ainda na carta postada neste domingo (21), ele informou que se pronunciará à nação no final desta semana, dando mais detalhes sobre sua decisão. No entanto, em outra postagem no X, o presidente adiantou seu apoio na indicação da vice-presidente, Kamala Harris, para enfrentar o republicano Donald Trump.
“Minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E foi a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano”.
O anúncio de Biden segue-se a uma onda de pressão pública e privada de parlamentares democratas e membros do partido para que ele desistisse da corrida após desempenho fraco em um debate televisivo no mês passado contra o rival republicano Donald Trump.
Na carta de hoje, Biden disse que os Estados Unidos tiveram grande progresso nos últimos três anos e meio, citando a expansão do acesso a serviços de saúde, legislação sobre armas e a indicação da primeira mulher negra para a Suprema Corte.
Em típico discurso de fim de mandato, o presidente ainda destacou o fortalecimento da democracia e das relações do seu país com outras nações. “Os Estados Unidos nunca estiveram tão bem-posicionados para liderar como estamos hoje. Sei que nada disso poderia ter sido feito sem o povo americano. Juntos superamos uma pandemia e a pior crise econômica desde a Grande Depressão.
Protegemos e preservamos nossa democracia e revitalizamos e fortalecemos nossas alianças em todo o mundo”.
Donald Trump
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse à CNN neste domingo que acha que será mais fácil derrotar a vice-presidente, Kamala Harris, nas eleições de novembro do que seria derrotar Joe Biden.
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