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Internacional

Cuba já vacinou mais de 95% do público de 2 a 18 anos

Com alta confiança no serviço de saúde, movimentos antivacinas não arregimenta os cubanos, como em outras partes da América Latina

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doença, e mais de 95% das crianças de dois a 18 anos já foram totalmente vacinadas, de acordo com o Ministério da Saúde Pública de Cuba.

Os cubanos já vacinaram quase todas as crianças contra a Covid. A ilha é o único país que vacina o público de até dois anos contra a doença, e mais de 95% das crianças de dois a 18 anos já foram totalmente vacinadas, de acordo com o Ministério da Saúde Pública de Cuba.

“Embora a Covid atinja menos severamente as crianças, elas são um fator importante na transmissão”, disse Gerardo Guillén, principal desenvolvedor da Abdala, uma das vacinas caseiras da ilha.

A vacinação infantil, uma das maiores taxas de vacinação contra a Covid do mundo e a alta imunidade do rebanho após um enorme pico da Delta no verão passado, disse ele, contribuíram para taxas de infecção significativamente mais baixas em Cuba do que nos EUA e na Europa durante a onda Ômicron.

Com alta confiança no serviço de saúde baseado na comunidade – e com um estado de partido único impedindo que movimentos antivacinas se enraízem como em outras partes da América Latina – os cubanos em geral confiam nas vacinas de seu país. Em Cuba, a inoculação de crianças pequenas é amplamente vista como senso comum.

“As crianças são vacinadas assim que nascem”, disse Ania Ramírez, 33, ao buscar na escola seu filho totalmente vacinado, Fabio, de cinco anos. “Se ele já tem todas as outras vacinas, por que eu não colocaria isso nele?”

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Em todo o mundo, as idades de vacinação contra a Covid estão diminuindo: a Organização Mundial da Saúde recomendou que, se já tiverem sido alcançados altos níveis de cobertura na população adulta, os países devem considerar a inoculação de crianças a partir dos cinco anos com a vacina Pfizer/BioNTech. Chile e Emirados Árabes Unidos estão vacinando crianças de três anos.

Mas alguns países estão contrariando a tendência: a agência de saúde sueca decidiu na semana passada não recomendar vacinas Covid a crianças menores de 11 anos, argumentando que não havia “benefícios claros”.

Especialistas dizem que há benefícios em vacinar crianças pequenas, mas as preocupações permanecem.

Jon K Andrus, ex-diretor regional do programa de imunização da Organização Pan-Americana da Saúde e professor de saúde pública da Universidade George Washington, disse que, embora os cientistas cubanos “façam vacinas de boa qualidade”, ele teme ver crianças vacinadas antes de ter mais informações.

“Nenhum dos resultados foi publicado em periódicos revisados ​​por pares, então é difícil discutir”, disse ele.

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As vacinas de Cuba, disse ele, são baseadas em uma plataforma “que vem sendo usada há décadas contra o tétano. É uma ótima tecnologia, mas você precisa dos dados porque pode haver um efeito colateral inesperado para esta doença”.

Cientistas cubanos dizem que os testes de fase I e II das vacinas Soberana 2 e Soberana Plus em 350 crianças entre três e 18 anos não encontraram efeitos adversos graves. Os dados do estudo, dizem eles, foram enviados para revistas de revisão por pares e estão pendentes de publicação. Autoridades de saúde dizem que, nas próximas semanas, todos os dados dos testes serão enviados à Organização Mundial da Saúde, à medida que solicitam aprovações de exportação.

Peter Hotez, reitor da Escola Nacional de Medicina Tropical do Baylor College of Medicine, no Texas, disse que a vacinação de crianças pequenas “é essencial” dado o número recorde de crianças nos EUA hospitalizadas com Ômicron. Mas ele enfatizou a importância de uma forte comunicação de saúde pública.

“O ecossistema de vacinas é frágil”, disse ele. “Se você errar, especialmente com o filho de alguém, pode ter efeitos colaterais e inviabilizar outros programas de vacinas.”

Ele apontou para as Filipinas, onde um lançamento malfeito de uma nova vacina contra a dengue em 2016 levou a uma percepção pública generalizada de que a vacina era prejudicial. A consequência disso foi uma perda de confiança do público em outras vacinas infantis – resultando em uma epidemia de sarampo que matou centenas.

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Jerome Kim, diretor geral do International Vaccine Institute, uma organização sem fins lucrativos com sede em Seul, disse que “faz sentido” vacinar crianças pequenas, principalmente para proteger os membros da família ao seu redor. “Se a mãe e o pai estão trabalhando, geralmente são a avó e o avô que cuidam da criança depois da escola”, disse ele.

Ele também enfatizou o papel que a vacinação infantil pode desempenhar na redução da pobreza: dados indicam que globalmente, para cada dólar gasto em vacinação, 44 ​​dólares são economizados em custos indiretos.

“Não é apenas o custo direto da hospitalização que você economiza, mas você economiza custos relacionados aos pais terem que ficar em casa”, disse ele.

Internacional

Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

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Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a
Foto: Reprodução Instagram/ 📸 @ricardostuckert

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro. 

“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento. 

A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima. 

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países. 

O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados. 

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“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento. 

Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima. 

Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto. 

“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração. 

Mercado de carbono 

Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área. 

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Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”. 

Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas. 

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Internacional

Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics

A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

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Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.

Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.

Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.

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Internacional

Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai

Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

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Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica
Foto: Secretaria de Comunicação do Uruguai

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças. 

Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015. 

Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil. 

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