Cultura
Casa do Benin celebra seus 35 anos com mostra fotográfica
A exposição Lapso Temporal é um chamamento imagético que reacende as relações Benin-Bahia/Brasil

Em celebração aos 35 anos da Casa do Benin e para fortalecer ainda mais o trabalho desenvolvido pelo espaço cultural, está disponível no local, até o dia 16 de dezembro, a exposição Lapso Temporal: Casa do Benin 35 anos. A mostra de fotografias e documentos do Acervo Arlete Soares têm atraído muitos visitantes, inclusive de grupos escolares – dentre eles 200 alunos da Escola Sesi Bahia, que apreciaram as imagens, registradas no Benin durante viagens oficiais de intelectuais, personalidades e autoridades brasileiras na década de 1980 e registradas também no Brasil durante a recepção de uma comitiva beninense à Bahia.
“Essa é uma exposição que estamos gestando há um tempo, desde a pandemia, quando eu conheci o acervo Arlete Soares. Passamos a pensar de que forma trazer todo esse material para o público, um material riquíssimo de fotografias que ela tem. É uma exposição que faz parte, completamente, da criação da Casa do Benin. Arlete Soares foi uma das principais articuladoras para a construção desse espaço e foi diretora da Fundação Gregório de Mattos (FGM) no período de inauguração da Casa do Benin”, contou Igor Tiago Gonçalves, produtor cultural e gestor do espaço.
A exposição Lapso Temporal: Casa do Benin 35 anos é um chamamento imagético que reacende as relações Benin-Bahia/Brasil. As fotos são documentos únicos dos processos de troca e compartilhamento de experiências vivenciadas nos dois lados do Atlântico Sul por brasileiros e beninenses na década de 1980, período em que foi inaugurada a Casa do Benin.
Conexão
A artista e estudante de Ciências Sociais Katarine Maria, de 23 anos, ficou encantada com a exposição. “É muito interessante porque ela traz esse lugar da conexão e troca intercultural que existem entre a Bahia e o Benin. Além disso, eu achei legal porque traz a fluidez, o movimento e a própria imagem desse lugar para a gente. Achei incrível”, disse.
Estudante de Direito, Naila Lima, 23 anos, considerou a exposição como uma fonte de conhecimento sobre a ligação entre as duas localidades. “Era algo desconhecido para mim até conhecer o museu. Me chamou atenção também a importância dele para a cultura do nosso estado e do nosso país e a maneira em que as imagens foram expostas, impressas em tecidos flutuantes”, disse.
Natural de Gentio do Ouro, município do Centro-Norte baiano, a estudante de arqueologia Sara Nóbrega, de 21 anos, também elogiou a mostra. “Acho muito legal, pois as fotos são muito representativas, tem a ver com a etnicidade. Eu não sabia que eles tinham tantos rituais culturais assim no Benin. E são fotografias preservam as atividades culturais de uma época e local”, opinou.
Realização
A exposição Lapso Temporal é um projeto concebido pela FGM e pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), em parceria com a antropóloga Goli Guerreiro, a artista Lia Krucken e uma equipe curatorial formada por cinco artistas baianos de diversas linguagens: Álex Ígbò, Diego Araúja, Laís Machado, Rogério Felix e a própria Lia Krucken. Esse núcleo trabalhou ao lado da fotógrafa Arlete Soares para a montagem da exposição. A expografia é de JeisiEkê de Lundu, mulher trans, artista visual, escritora e performer, e o projeto gráfico é da editora soteropolitana Duna.
Localizado na Rua Padre Agostinho Gomes, no Pelourinho, a Casa do Benin é administrada pela Prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos (FGM). O local segue aberto para visitação de terça a sexta-feira, das 10h às 17h, e sábado, das 9h às 16h. Visitas em grupo com mediação podem ser agendadas através do e-mail casadobenin@salvador.ba.gov.br.
Cultura
Pelourinho tem samba e forró neste fim de semana
O Forró no Parque homenageia o legado do forrozeiro Zelito Miranda na Praça das Artes, a partir das 11h

A programação de shows nos Largos do Pelourinho está agitada. Neste sábado (19), o cantor Neto Balla sobe ao palco do Largo Quincas Berro D’água, às 20h. No mesmo dia, o músico Ricardo Assis apresenta, às 19h, o show “Rick Tô no Mundo”. A programação do fim de semana termina em grande estilo, com mais uma edição do Forró no Parque, às 11h, na Praça das Artes. A festa, que homenageia o legado do forrozeiro Zelito Miranda, contará com as apresentações de Jeanne Lima, Léo Estakazero e convidados.
Confira:
PROGRAMAÇÃO MUSICAL DO PELOURINHO
19/04 – SÁBADO
- LARGO PEDRO ARCHANJO
Atração: Ricardo Assis em “Rick Tô no Mundo”
O cantor promete agitar o público com um repertório dançante, que reúne clássicos da MPB e da Axé Music. A apresentação tem participação de DJ Prettin e Orlando Bolão.
20h
Gratuito - LARGO QUINCAS BERRO D’ÁGUA
Atração: Neto Balla em “Forrogode”
O cantor reúne clássicos do forró e do pagode em um show dançante
20h
Gratuito
20/04 – DOMINGO
- LARGO PEDRO ARCHANJO
Atrações: Grupo Bambeia, Nonato Sanskey e Roda de Samba Mucum’g em “Aquecendo o Samba Junino”
Os grupos se reúnem para mais uma homenagem ao Dia do Samba Junino, celebrado no dia 17 de abril.
15h
Gratuito - PRAÇA DAS ARTES
Atrações: Jeanne Lima e Léo Estakazero em “Forró no Parque”
O show “Forró no Parque – Tributo a Zelito Miranda” promete animar o público com shows de Léo Estakazero e Jeanne Lima, além das participações especiais de Marquinhos Café e Jô Miranda.
11h
Gratuito
Cultura
MAC_BAHIA inaugura exposição “Ecos Indígenas”
As obras são um convite para se aprofundar na cultura dos povos originários e reverberam memórias ancestrais

Na semana do Dia Nacional dos Povos Originários, o Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA) apresenta a mostra “Ecos Indígenas”, que reúne obras dos artistas Elis Tuxá, Jorrani Pataxó, Kelner Atikum Pankará, MAMIRAWÁ, Raiz Lima, Renata Tupinambá, Thiago Tupinambá e Célia Tupinambá. As obras são um convite para se aprofundar na cultura dos povos originários e reverberam memórias ancestrais e modos de vida profundamente conectados à terra, à espiritualidade e aos saberes dos indígenas.
A exposição também denuncia as ausências históricas e os apagamentos institucionais ainda presentes no campo da arte e da cultura. Ao reunir diferentes vozes, territórios e linguagens, gera reflexão e uma experiência de escuta, respeito e reconhecimento da diversidade dos povos indígenas do Brasil. A mostra fica em cartaz no MAC_BAHIA e integra a programação especial dedicada ao mês dos Povos Originários.
Com uma curadoria coletiva do Museu de Arte Contemporânea da Bahia, junto a Equipe de Coordenação de Fomento ao Artesanato e do Ilê Axé Ojú Onirê, “Ecos Indígenas” é uma realização da SETRE (Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte), por meio da CFA (Coordenação de Fomento ao Artesanato), em parceria com a Associação Beneficente Ilê Axé Ojú Onirê e o MAC_BAHIA.
O MAC_BAHIA é um Museu gerenciado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), unidade vinculada a Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA). Localizado na Rua da Graça, no bairro da Graça, em Salvador, o equipamento possui entrada gratuita e funciona de terça a domingo, das 10h às 20h.
SERVIÇO:
- O que: Exposição Ecos Indígenas
- Quando: Até 30/04
- Onde: MAC_BAHIA
- Quanto: Gratuito
Cultura
Procissão do Fogaréu atrai multidão de fiéis em Serrinha
A comunidade católica no nordeste baiano, mantém uma tradição que completa 95 anos

Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia desde 2019, a Procissão do Fogaréu movimentou nesta quinta-feira (17), a comunidade católica de Serrinha e região, no nordeste baiano, mantendo uma tradição que completa 95 anos em 2025. O governador Jerônimo Rodrigues participou da tradicional Missa da Ceia do Senhor, na Catedral Senhora Sant’Ana e acompanhou a procissão, marcando a Semana Santa no estado.
A celebração litúrgica relembra a última ceia de Jesus com os seus discípulos. Nela, o padre lava os pés de 12 pessoas, em memória do ato de humildade de Jesus. Já a procissão, conduzida pelo bispo Dom Hélio Pereira, encena a busca e a prisão de Jesus Cristo pelos guardas romanos, com saída da Catedral Senhora Sant´Ana para a Colina Santa.
“É um longo percurso, e vai uma multidão, levando velas, aquelas tochas. É um sinal de que o povo caminha tendo à frente uma luz, e essa luz física lembra Cristo, a luz que não se apaga, a luz que é para sempre”, explicou o bispo diocesano, Dom Hélio Pereira.
Como parte dos rituais do dia, no início e no final da procissão são encenados dois atos da Paixão de Cristo pela Companhia de Teatro da Catedral. O efeito bucólico acontece com a utilização de pequenas tochas carregadas pelos devotos, incluindo autoridades e fiéis, em um percurso de cerca de 5km.
Patrimônio cultural
O reconhecimento da Procissão do Fogaréu como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia, por parte do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado (Ipac), foi publicado no Diário Oficial, em 31 de agosto de 2019, para resguardar a continuidade do evento, considerado um dos atrativos do turismo religioso baiano.
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