Saúde
Bahia registra queda nas taxas de HIV/Aids
Em 2023, Bahia contabilizou 2.665 novos casos de HIV ─ 5,7% do total no país

A Bahia registrou uma redução considerável nas taxas de detecção de HIV e Aids, posicionando-se abaixo da média nacional, segundo o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2024, divulgado pelo Ministério da Saúde. Em 2023, o estado contabilizou 2.665 novos casos de HIV, o que representa 5,7% do total brasileiro. A taxa de detecção foi de 17,8 casos por 100 mil habitantes — inferior à média nacional de 21,8. Já em relação aos casos de Aids, foram 14,2 por 100 mil habitantes, enquanto a média do país chegou a 17,8.
A redução também se reflete na mortalidade, segundo dados oficiais. Em 2023, o coeficiente de mortalidade por Aids na Bahia foi de 3,3 por 100 mil habitantes, enquanto a média nacional foi de 3,9. Apesar disso, os dados revelam disparidades importantes. A epidemia no país também apresenta um recorte racial preocupante: 63,2% dos casos de HIV foram registrados entre pessoas negras. Especificamente em 2023, foram notificados 46.495 casos de infecção pelo HIV no Brasil, representando um aumento de 4,5% em relação ao ano anterior.
Outro ponto que merece atenção é o perfil nacional das infecções por gênero. Entre 2007 e junho de 2024, nos indivíduos 13 anos ou mais de idade, a principal categoria de exposição no sexo masculino foi a de homens que fazem sexo com homens, que representou 52,8% dos casos. No sexo feminino, a principal categoria de exposição foi a prática heterossexual, que correspondeu a 86,4% dos casos.
A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) tem se destacado como uma das principais estratégias de prevenção adotadas pelo Ministério da Saúde. Disponível gratuitamente no SUS desde 2017, a PrEP combina os medicamentos tenofovir e emtricitabina, com eficácia superior a 90% na prevenção da infecção pelo HIV quando utilizada corretamente. Até o final de 2023, mais de 100 mil brasileiros já haviam iniciado o uso da profilaxia, consolidando o país como uma referência na América Latina.
A PrEP é especialmente recomendada para populações-chave com maior vulnerabilidade, como homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas trans, trabalhadores do sexo e casais sorodiferentes. Na Bahia, sua ampliação tem contribuído para a queda das taxas de infecção e reforça o papel da prevenção combinada, que inclui estratégias biomédicas, comportamentais e estruturais.
Os avanços, os desafios e as ações voltadas ao enfrentamento do HIV/Aids entre populações de maior vulnerabilidade social e epidemiológica serão discutidos em Salvador por especialistas renomados no 7º Encontro Nacional de Projetos Apoiados pelo Fundo Positivo, entre os dias 25 e 29 de maio. O evento reunirá 41 organizações da sociedade civil e ocorrerá no Centro de Treinamento de Líderes (CTL).
Saúde
Hospital do Subúrbio se consolida como referência nacional e internacional em saúde pública
Celebrando 15 anos, unidade já foi premiada como um dos cinco melhores hospitais públicos do país

Neste mês de setembro, o Hospital do Subúrbio (HS), em Salvador, comemora 15 anos de funcionamento com motivos de sobra para celebrar. Localizado no bairro de Periperi, a unidade é hoje um símbolo de excelência, inovação e cuidado humanizado na rede pública de saúde — não só na Bahia, mas em todo o Brasil.
Primeira unidade hospitalar pública do país a operar por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), o Hospital do Subúrbio é considerado um modelo bem-sucedido de gestão hospitalar. Ao longo desses anos, a unidade acumulou importantes reconhecimentos nacionais e internacionais pela qualidade dos serviços prestados. Entre as premiações, destacam-se: 5º melhor hospital público do Brasil (2022) – segundo o ranking da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS); Prêmio de Melhoria na Entrega de Serviços Públicos (2015) – concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU); Melhor Projeto de Saúde da América Latina (2013) – pela revista World Finance; Troféu Amigo do Transplante – recebido diversas vezes por incentivar a doação de órgãos e tecidos.
Para a diretora-geral do HS, médica Lícia Cavalcanti, o reconhecimento é fruto de um trabalho coletivo e de um compromisso permanente com a qualidade. “Fomos no ano de 2022, 23, o quinto melhor hospital público do país, o que nos muito orgulha, porque foi um trabalho multidisciplinar, onde todos aqui tem uma atenção centrada no paciente. Isso é muito importante porque não é um trabalho individual, é um trabalho de equipe, um trabalho que mostra o quanto somos capazes através do sistema único de saúde, que o governo do Estado proporcionou esse modelo, um modelo de gestão alternativo que deu certo e é um caso de sucesso”, afirma.
“Tô internado, tô gostando do tratamento desse hospital, maravilhoso, fantástico, igual a esse, nem o particular. Tá completando 15 anos e vai viver muito mais, o povo daqui precisa desse Hospital do Subúrbio, porque o hospital é maravilhoso. O governo está de parabéns”, a satisfação vem do funcionário público, Wilson Ferreira de 81 anos, morador de Plataforma – que deu entrada no Hospital do Subúrbio com sintomas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e hoje encontra-se internado na ala neurológica.
Além da estrutura moderna e do investimento em tecnologia, o diferencial do hospital está no cuidado centrado no paciente. São mais de 1.800 profissionais atuando na unidade, entre médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogos. Entre eles está a técnica de enfermagem Hildeci Gomes, que atua no hospital desde a inauguração e fala com emoção sobre sua missão: “Eu saio da minha casa sabendo que venho cuidar do amor de alguém. Então eu venho com amor. Se um dia eu não tiver mais vontade de chegar aqui, que Deus me coloque em outro lugar. Para mim, o Hospital do Subúrbio é uma segunda família”, comenta.
Com 313 leitos, sendo 70 de UTI, e mais de 1 milhão de atendimentos realizados desde 2010, o Hospital do Subúrbio segue como exemplo de que é possível oferecer saúde pública de qualidade, com eficiência, acolhimento e dignidade.
Saúde
Roberto Santos faz apelo por doações de sangue
O hospital está com os estoques em nível crítico, especialmente dos tipos O positivo e O negativo

O Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) está com os estoques de sangue em nível crítico e faz apelo à população, especialmente para doações dos tipos O positivo e O negativo.
A unidade de coleta da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba), localizada no subsolo do HGRS, está de portas abertas para receber doadores voluntários de segunda à sexta-feira, das 8 às 17 horas.
Para doar, a pessoa deve estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam apresentar autorização dos responsáveis); pesar acima 50 kg, além de apresentar documento de identificação com foto.
Vale destacar que cada doação pode salvar até quatro vidas. Em momentos de baixa nos estoques, pacientes internados, oncológicos, vítimas de acidentes, pessoas com doenças hematológicas, que precisam de cirurgias de urgência, são diretamente afetados.
“O gesto solidário da doação de sangue pode fazer toda a diferença para quem está lutando pela vida. Convidamos toda a população a se mobilizar e doar”, pontua a diretora geral do Hospital Roberto Santos, Lucrécia Savernini.
Saúde
Lacen-Ba lidera número de testes no Brasil, afirma Ministério da Saúde
“Cerca de 20% dos exames de laboratórios públicos são produzidos na Bahia”, destaca a coordenadora-geral de Laboratório de Saúde Pública

Destaque no Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, o Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen-Ba) completou 110 anos neste domingo (7). A instituição que integra a rede da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) lidera o ranking nacional em produção de exames de importância para a saúde pública, foi o que revelou a coordenadora-geral de Laboratório de Saúde Pública do Ministério da Saúde, Karen Machado, durante a mesa de abertura do evento que marca a passagem da data. “Cerca de 20% dos exames de laboratórios públicos são produzidos na Bahia”, destaca.
A programação científica em comemoração dos 110 anos do Lacen-Ba foi realizada nesta segunda-feira (08), no auditório Lúcia Alencar, na sede da Sesab, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. O encontro contou com palestras de especialistas como a diretora-geral do Lacen-Ba, Arabela Leal, o infectologista Antônio Bandeira, a coordenadora-geral de Laboratório de Saúde Pública do Ministério da Saúde, Karen Machado, a gerente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Graziela Costa de Araújo, e a Biomédica e Apoio Estratégico à Gestão do Lacen, Elaine Cristina Faria.
Durante o evento, a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, anunciou que a rede de laboratórios públicos do estado vai ser reforçada com cinco unidades regionais. “Nos últimos anos, o Governo da Bahia investiu mais de R$ 20 milhões em modernização tecnológica, fortalecendo equipamentos, infraestrutura e capacitação. Esse esforço nos garantiu um Lacen preparado, hoje reconhecido como a terceira maior unidade de vigilância laboratorial do país, classificado na categoria máxima de qualidade pelo Ministério da Saúde, e responsável por coordenar uma rede que já chega a 28 laboratórios descentralizados em todo o Estado”, afirmou.
A diretora-geral do Lacen-Ba, Arabela Leal, destacou que durante toda a sua trajetória a unidade deu grande contribuição para todo o sistema público de saúde não só da Bahia, mas do país inteiro. “Conseguimos identificar o primeiro caso de Candida auris (C. Auris) no país. Óbitos relacionados à Febre Oropouche também foram identificados pelo Lacen-BA”, relembrou. Ela ainda pontuou todo o trabalho feito pela instituição durante a pandemia da Covid-19. “Saímos da pandemia, um momento desafiador, bem mais organizados e conseguimos evoluir”.
Fundado em 1915 como Instituto Bacteriológico, Anti-rábico e Vacinogênico da Bahia, o laboratório nasceu da colaboração entre Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e Gonçalo Muniz, na Bahia, em meio à epidemia de febre amarela que assolava o país no início do século 20. Ao longo de sua história, ganhou novas atribuições, mudou de nome e, em 1973, foi incorporado à estrutura da Sesab, passando a integrar a Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública.
O Lacen-Ba teve protagonismo recente na pandemia de Covid-19, quando liderou a identificação de variantes do Sars-CoV-2 por meio da vigilância genômica, consolidando-se como peça central da saúde pública baiana e nacional. Entre 2019 e 2025, o governo estadual investiu mais de R$ 20 milhões em modernização tecnológica, ampliando a capacidade de resposta da instituição.
A instituição tem papel importante para todos, não apenas na realização de exames, mas também por ser responsável por ações voltadas para a verificação da qualidade de produtos de interesse para vigilância da saúde, a exemplo de alimentos, medicamentos, cosméticos e saneantes, imunobiológicos, hemoderivados, toxicologia humana, dentre outros.
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