Cultura
Tradicional Lavagem de Itapuã celebra 120 anos de tradição
Festa contou com esquema especial de segurança e aporte financeiro do Programa Carnaval Ouro Negro
A tradicional Lavagem de Itapuã, um dos maiores eventos culturais e religiosos de Salvador, celebrou nesta quinta-feira (20) seus 120 anos de história, atraindo baianos e turistas para o bairro praieiro. A festa, que conta com apoio do Governo do Estado, mistura catolicismo e religiões afro-brasileiras, com homenagens a Nossa Senhora da Conceição e Iemanjá, unindo devotos, moradores e grupos culturais em um ambiente de fé e celebração.
O vice-governador Geraldo Júnior acompanhou o evento ao lado de secretários estaduais e outras autoridades, reforçando a importância da Lavagem de Itapuã para a cultura local e o turismo. Em 2025, a operação de segurança foi ampliada, contando com mais de 600 profissionais – entre policiais militares, civis e bombeiros – e intensificada com câmeras de vigilância, algumas equipadas com reconhecimento facial, além de patrulhas posicionadas estrategicamente ao longo do percurso.
“A Lavagem de Itapuã é um símbolo da nossa diversidade cultural, reunindo católicos e praticantes das religiões afro-brasileiras em uma celebração de fé e tradição. Como governo, temos o compromisso de garantir a segurança de todos que participam dessa festa tão significativa para Salvador. Investir na segurança é essencial para preservar a paz e permitir que baianos e turistas vivam esse momento com tranquilidade e alegria”, afirmou Geraldo Júnior.
A Lavagem de Itapuã é muito mais do que uma celebração religiosa; é também um evento que reforça a identidade cultural da Bahia. Para muitos, é uma oportunidade de renovar a fé e de se conectar com as tradições locais. A turista carioca Paula Kotouch afirmou: “Participar dessa festa é um ato de fé e também uma maneira de reforçar a nossa identidade cultural. É um momento de união e esperança para todos nós”.
Investimentos em Segurança
Para garantir a segurança de todos durante a celebração, o esquema da SSP incluiu a mobilização de 399 policiais militares, 162 policiais civis e 107 bombeiros. A Polícia Militar atuou com patrulhas e postos elevados, enquanto a Polícia Civil contou com equipes na Delegacia Especial de Área (DEA) e na 12ª Delegacia Territorial, com apoio de peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT). A presença do Corpo de Bombeiros foi ampliada com viaturas e postos de observação em pontos estratégicos.
O uso de tecnologia também foi um ponto chave, com a instalação de 36 câmeras de monitoramento, incluindo nove com reconhecimento facial, além de uma Plataforma de Observação Elevada (POE) para identificar possíveis foragidos da Justiça. O Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Secretaria de Segurança Pública (SSP) foi ativado para coordenar todas as ações de segurança, garantindo uma festa tranquila do início ao fim.
A Importância Cultural
A festa conta com o apoio do Carnaval Ouro Negro, programa que fortalece as tradições afro-baianas e incentiva as manifestações culturais populares. O secretário da Cultura, Bruno Monteiro, ressaltou a importância do incentivo para a organização de eventos como a Lavagem. “O Carnaval Ouro Negro reforça o compromisso com as tradições afro-baianas, garantindo apoio e visibilidade às manifestações culturais que fazem parte da identidade da Bahia.”, afirmou.
Agricultura
Feira Baiana da Agricultura Familiar movimenta Salvador e valoriza produção do campo
Maior evento do setor no Brasil reuniu 700 expositores, 10 mil produtos e cerca de 80 mil visitantes em cinco dias
Durante cinco dias, a 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária transformou o Parque Costa Azul, em Salvador, no maior ponto de encontro entre quem produz no campo e quem consome na cidade. Considerada a maior feira de comercialização da agricultura familiar do Brasil, o evento começou na última quarta-feira (10) e encerrou neste domingo (14), com a visita do governador Jerônimo Rodrigues aos estandes e diálogo com expositores.
A expectativa é que cerca de 80 mil pessoas tenham visitado o espaço, reforçando a importância da agricultura familiar para a economia e para a mesa dos baianos. Ao todo, 700 expositores, representando mais de 650 empreendimentos dos 27 Territórios de Identidade da Bahia, ocuparam mais de 150 estandes, com exposição de 10 mil produtos.
Acompanhado da primeira-dama, Tatiana Velloso, e de secretários estaduais, Jerônimo destacou: “É uma agenda fundamental para gerar renda, manter a população produtiva no campo e fortalecer um mercado de alimentos de qualidade”.
Diversidade e cultura
O público encontrou alimentos, bebidas, artesanato, produtos agroecológicos e expressões culturais que conectam saberes tradicionais à capital. Destaque para as tendas Indígena e Quilombola, que evidenciam a força cultural e produtiva das comunidades tradicionais.
“Durante a feira é possível comprar e também fazer negócios. Reflexo de uma política pública que garante dignidade ao homem e à mulher do campo, gera renda e assegura alimentos saudáveis, em sintonia com a sustentabilidade”, afirmou Osni Cardoso, secretário de Desenvolvimento Rural.
Novidades e programação
Entre as novidades, o espaço Caminho da Roça estreou com seis ambientes temáticos dedicados a cadeias produtivas estratégicas: mel, café, mandioca, cacau, queijo e caprinos/ovinos, além do espaço Flores da Bahia. A feira contou ainda com 26 restaurantes e uma programação diversificada, incluindo a 3ª Feira de Produtos Orgânicos e Agroecológicos Certificados, seminários, rodadas de negócios e lançamentos de projetos.
Com investimento de R$ 8 milhões, a Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária é realizada pelo Governo do Estado, por meio da SDR e CAR, em parceria com o MDA e Unicafes Bahia, com apoio da Apex Brasil, Bahia Sem Fome, FLEM e Conder.
Para Adolpho Loyola, secretário de Relações Institucionais, o evento evidencia o avanço da agricultura familiar baiana: “A feira mostra que o setor vai além da produção primária, com investimentos na industrialização e geração de riqueza, ampliando oportunidades e consolidando um modelo integrado”.
Agricultura
Feira Baiana destaca protagonismo indígena e quilombola na economia solidária
Evento reforça políticas públicas, amplia diversidade territorial e dá visibilidade a histórias de transformação social
A 16ª edição da Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária reafirmou o compromisso do Governo da Bahia com a valorização das comunidades indígenas e quilombolas. Com mais estandes e maior diversidade territorial, o evento também destacou histórias de transformação social, especialmente protagonizadas por mulheres artesãs.
Tenda Quilombola
Claudineia Conceição dos Santos, da Comunidade Quilombola Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, celebra mais um ano de boas vendas. Integrante da Associação Raízes do Quilombo, formada por 34 artesãs e um artesão, ela explica: “Participamos desde o início, quando a feira era no Parque de Exposições. Hoje, nossos produtos usam piaçava, palha da costa, coco, osso, miçanga e chifre”.
O artesanato ganhou força em 2000, quando Mãe Bernadete articulou um curso de capacitação. “Ela trouxe esse conhecimento para garantir independência às mulheres. Hoje exportamos para França e Bogotá”, conta Claudineia. Entre os produtos estão mandalas, biojoias, bolsas e cerâmicas, com preços entre R$5 e R$450.
Nesta edição, foram 12 estandes quilombolas e 24 representantes de comunidades de sete municípios, abrangendo cinco Territórios de Identidade.
Tenda Indígena
Ana Melo, do povo Kaimbé, de Euclides da Cunha, participa pela primeira vez. “Trazer meu artesanato para ser reconhecido é muito bom. Quero participar sempre”, afirma. Suas peças incluem colares, pulseiras e cestas feitas com materiais do território, como palha da licurizeira e sementes de Lágrima de Nossa Senhora.
Este ano, representantes indígenas vieram de 10 municípios, alcançando oito Territórios de Identidade, incluindo Semiárido Nordeste II, Recôncavo e Chapada Diamantina.
Valorização cultural e econômica
Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, a participação crescente dessas comunidades demonstra o avanço das políticas públicas. “Essas comunidades têm papel fundamental na economia da Bahia, e nossa missão é garantir oportunidades, apoio e visibilidade”, afirmou.
Realização
A feira é promovida pelo Governo do Estado, por meio da SDR e CAR, em parceria com o MDA e UNICAFES Bahia, com apoio da Apex Brasil, Bahia Turismo, Bahia Sem Fome, FLEM e Conder.
Cultura
Governo da Bahia confirma apoio ao Pôr do Som com Daniela Mercury
Tradicional projeto retorna com força total para marcar o início do ano em Salvador
O Governo da Bahia confirmou, nesta sexta-feira (12), o apoio à realização do Pôr do Som, projeto idealizado por Daniela Mercury e que terá sua 26ª edição. O convite foi feito por meio de uma ligação entre o governador Jerônimo Rodrigues, o secretário de cultura da Bahia, Bruno Monteiro, e a cantora e ativista. O vídeo com a conversa foi compartilhado nas redes sociais.
“Queremos que o projeto do Pôr do Som saia do papel e se torne realidade de novo. É apoio garantido”, disse o governador. O evento será realizado no dia 1º de janeiro de 2026, no Farol da Barra, em Salvador, marcando a abertura oficial do ano com um espetáculo que se tornou tradição na agenda cultural baiana. Comandado por Daniela Mercury, o show conta com diversos convidados e intervenções culturais.
“Fico emocionada. É um show aberto, de graça e que dá acesso à população inteira para celebrar a MPB. Trago convidados que vêm sempre com um amor imenso. Ter o apoio de vocês é uma luz gigantesca. Vamos começar o ano fortalecidos”, disse Daniela.
Durante a ligação, o secretário Bruno Monteiro reforçou a importância do evento acontecer no Farol da Barra. “Iniciar o ano com seu astral, com essa cultura e sua força, está tudo garantido”, celebrou.
Confira o momento do convite do governador para a realização do show.
25ª edição – Em 2025, a realização do Pôr do Som reuniu milhares de pessoas na Barra e celebrou os 40 anos do axé music, os 75 anos do trio elétrico e os 40 anos de carreira de Daniela Mercury, reforçando a força simbólica e afetiva do projeto para a Bahia.
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