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Cultura

Primeira Inteligência Artificial Afroreferenciada é lançada em Salvador 

A Casa Vale do Dendê, localizada no Centro Histórico, foi escolhida para sediar o evento

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Na última sexta-feira (29), Salvador recebeu o lançamento nacional da Wini.IA, a primeira inteligência artificial afroreferenciada do
Foto: Bruno Concha / Secom PMS 

Na última sexta-feira (29), Salvador recebeu o lançamento nacional da Wini.IA, a primeira inteligência artificial afroreferenciada do Brasil, durante o Festival Afrofuturismo. A Casa Vale do Dendê, localizada no Centro Histórico, foi escolhida para sediar o evento, que integra a programação do Novembro Salvador Capital Afro da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) da Prefeitura de Salvador, promovendo diversidade, tecnologia e inovação. 

“A Prefeitura tem sido um parceiro fundamental para nós, já é o terceiro ano de apoio ao Festival Afrofuturismo, já foram três edições presenciais que a gente fez e a gente está integrando esse calendário grande, do Salvador Capital Afro, que é um calendário importante da cidade. Neste ano, a gente aumentou o número de casas, ano passado foram dez casas, esse ano são quinze, ano passado foram oito mil pessoas, esse ano temos a expectativa de superar esse número porque teremos, além da programação de palestras, talks, e também shows”, destacou Paulo Rogério Nunes, criador da Casa Vale do Dendê. 

O lançamento acontece após a estreia internacional no WebSummit, em Lisboa, consolidando a plataforma desenvolvida pela startup Biografia Preta como uma referência global em edtechs. A Wini.IA utiliza blockchain, curadoria de conteúdo e IA regionalizada para oferecer uma experiência educativa imersiva, permitindo aos usuários interagir com personalidades históricas afro-brasileiras, como Maria Filipa, Luiz Gama e Machado de Assis. 

A Wini.IA é composta por três pilares principais: Inteligência Artificial Afroreferenciada, que fornece respostas baseadas em saberes afro-brasileiros e promove a interação com perfis regionalizados (nordestino, paulista, carioca e gaúcho); Biblioteca de Biografias, com informações validadas por pesquisadores negros para garantir a autenticidade histórica e Metaverso Afroreferenciado, um espaço virtual inovador que complementa a plataforma. 

O projeto tem como objetivo apoiar a implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que tornam obrigatória a inclusão de temas afro-brasileiros e indígenas nos currículos escolares. A iniciativa é gratuita e pode ser acessada pelo site www.biografiapreta.com.br. 

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A equipe da Biografia Preta é composta por três sócios: Leo Oliveira, fundador e líder do time de desenvolvimento, e as baianas Mel Campos e Tata Ribeiro, que atuam como designer estratégica e gerente de projetos, respectivamente. O time conta ainda com Ana Dindara, pesquisadora especializada em racismo algorítmico e discurso de ódio, reforçando o compromisso da startup com a inclusão e o combate às desigualdades no ambiente digital. 

Para Oliveira, estar em Salvador é um marco para a história, como pessoas negras e também para o biógrafo. “Nós entendemos que Salvador foi parte da construção, foi o início da construção da história negra no Brasil, a história afrodiaspórica. Então trazer, reviver essas histórias, fazer com que as pessoas tenham a possibilidade de interagir com nossas plataformas e através da nossa plataforma, ter outras perspectivas do que a perspectiva do colonizador, isso é uma grande felicidade. E também é importante para a Biografia Preta como negócio, porque nós entendemos que Salvador com certeza vai ser um grande espaço que nós conseguiremos levar a plataforma para as escolas, instituições educacionais e outros lugares”. 

Segundo o fundador, a ideia é sair de Salvador para o resto do país, já que a história afrodiaspórica está no mundo. “Ela não está apenas em Salvador, não está apenas no Brasil, em São Paulo, mas em todos os lugares onde houve a migração afrodiaspórica, existe a história negra, então nós queremos recuperar essa história, para que as pessoas tenham esse contato e tenham essa proximidade”. 

“Salvador tem um tempo todo criando tecnologias e nada mais justo e correto e honesto com a cidade do que a gente trazer o projeto para ser lançado aqui. Toda essa movimentação que surge desde os primeiros eventos do festival Afrofuturismo e todas essas conexões de tecnologia para a população preta que tem sido construída são fundamentais para que a gente olhe para Salvador com outros olhos. Salvador é um grande centro tecnológico e a gente tem fomentado isso há alguns anos, e esse projeto é um lugar que a gente tem chegado com esse processo”, disse Tata. 

Desde sua fundação, em dezembro de 2022, a Biografia Preta já conquistou mais de 31 mil seguidores nas redes sociais e acumulou 3 milhões de visualizações em materiais audiovisuais. Com alinhamento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, a plataforma promove educação de qualidade (ODS 4), inovação (ODS 9) e cidades sustentáveis (ODS 11), posicionando-se como uma ferramenta essencial para inclusão digital e transformação social. 

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Cultura

Pelourinho tem samba e forró neste fim de semana

O Forró no Parque homenageia o legado do forrozeiro Zelito Miranda na Praça das Artes, a partir das 11h

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A programação de shows nos Largos do Pelourinho está agitada. Neste sábado (19), o cantor Neto Balla sobe ao palco do
Jeanne Lima (foto) e Léo Estakazero animam o "Forró no Parque". Foto: Reprodução Instagram

A programação de shows nos Largos do Pelourinho está agitada. Neste sábado (19), o cantor Neto Balla sobe ao palco do Largo Quincas Berro D’água, às 20h. No mesmo dia, o músico Ricardo Assis apresenta, às 19h, o show “Rick Tô no Mundo”. A programação do fim de semana termina em grande estilo, com mais uma edição do Forró no Parque, às 11h, na Praça das Artes. A festa, que homenageia o legado do forrozeiro Zelito Miranda, contará com as apresentações de Jeanne Lima, Léo Estakazero e convidados.

Confira:

PROGRAMAÇÃO MUSICAL DO PELOURINHO
19/04 – SÁBADO
  • LARGO PEDRO ARCHANJO
    Atração: Ricardo Assis em “Rick Tô no Mundo”
    O cantor promete agitar o público com um repertório dançante, que reúne clássicos da MPB e da Axé Music. A apresentação tem participação de DJ Prettin e Orlando Bolão.
    20h
    Gratuito
  • LARGO QUINCAS BERRO D’ÁGUA
    Atração: Neto Balla em “Forrogode”
    O cantor reúne clássicos do forró e do pagode em um show dançante
    20h
    Gratuito
20/04 – DOMINGO
  • LARGO PEDRO ARCHANJO
    Atrações: Grupo Bambeia, Nonato Sanskey e Roda de Samba Mucum’g em “Aquecendo o Samba Junino”
    Os grupos se reúnem para mais uma homenagem ao Dia do Samba Junino, celebrado no dia 17 de abril.
    15h
    Gratuito
  • PRAÇA DAS ARTES
    Atrações: Jeanne Lima e Léo Estakazero em “Forró no Parque”
    O show “Forró no Parque – Tributo a Zelito Miranda” promete animar o público com shows de Léo Estakazero e Jeanne Lima, além das participações especiais de Marquinhos Café e Jô Miranda.
    11h
    Gratuito
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Cultura

MAC_BAHIA inaugura exposição “Ecos Indígenas”

As obras são um convite para se aprofundar na cultura dos povos originários e reverberam memórias ancestrais

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Na semana do Dia Nacional dos Povos Originários, o Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA) apresenta a mostra
Foto: Ascom/IPAC

Na semana do Dia Nacional dos Povos Originários, o Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA) apresenta a mostra “Ecos Indígenas”, que reúne obras dos artistas Elis Tuxá, Jorrani Pataxó, Kelner Atikum Pankará, MAMIRAWÁ, Raiz Lima, Renata Tupinambá, Thiago Tupinambá e Célia Tupinambá. As obras são um convite para se aprofundar na cultura dos povos originários e reverberam memórias ancestrais e modos de vida profundamente conectados à terra, à espiritualidade e aos saberes dos indígenas.

A exposição também denuncia as ausências históricas e os apagamentos institucionais ainda presentes no campo da arte e da cultura. Ao reunir diferentes vozes, territórios e linguagens, gera reflexão e uma experiência de escuta, respeito e reconhecimento da diversidade dos povos indígenas do Brasil. A mostra fica em cartaz no MAC_BAHIA e integra a programação especial dedicada ao mês dos Povos Originários.

Com uma curadoria coletiva do Museu de Arte Contemporânea da Bahia, junto a Equipe de Coordenação de Fomento ao Artesanato e do Ilê Axé Ojú Onirê, “Ecos Indígenas” é uma realização da SETRE (Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte), por meio da CFA (Coordenação de Fomento ao Artesanato), em parceria com a Associação Beneficente Ilê Axé Ojú Onirê e o MAC_BAHIA.

O MAC_BAHIA é um Museu gerenciado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), unidade vinculada a Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA). Localizado na Rua da Graça, no bairro da Graça, em Salvador, o equipamento possui entrada gratuita e funciona de terça a domingo, das 10h às 20h.

SERVIÇO:

  • O que: Exposição Ecos Indígenas
  • Quando: Até 30/04
  • Onde: MAC_BAHIA
  • Quanto: Gratuito
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Cultura

Procissão do Fogaréu atrai multidão de fiéis em Serrinha

A comunidade católica no nordeste baiano, mantém uma tradição que completa 95 anos

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Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia desde 2019, a Procissão do Fogaréu movimentou nesta quinta-feira (17),
Foto: Joá Souza/GOVBA

Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia desde 2019, a Procissão do Fogaréu movimentou nesta quinta-feira (17), a comunidade católica de Serrinha e região, no nordeste baiano, mantendo uma tradição que completa 95 anos em 2025. O governador Jerônimo Rodrigues participou da tradicional Missa da Ceia do Senhor, na Catedral Senhora Sant’Ana e acompanhou a procissão, marcando a Semana Santa no estado.

A celebração litúrgica relembra a última ceia de Jesus com os seus discípulos. Nela, o padre lava os pés de 12 pessoas, em memória do ato de humildade de Jesus. Já a procissão, conduzida pelo bispo Dom Hélio Pereira, encena a busca e a prisão de Jesus Cristo pelos guardas romanos, com saída da Catedral Senhora Sant´Ana para a Colina Santa.

“É um longo percurso, e vai uma multidão, levando velas, aquelas tochas. É um sinal de que o povo caminha tendo à frente uma luz, e essa luz física lembra Cristo, a luz que não se apaga, a luz que é para sempre”, explicou o bispo diocesano, Dom Hélio Pereira.

Como parte dos rituais do dia, no início e no final da procissão são encenados dois atos da Paixão de Cristo pela Companhia de Teatro da Catedral. O efeito bucólico acontece com a utilização de pequenas tochas carregadas pelos devotos, incluindo autoridades e fiéis, em um percurso de cerca de 5km.

Patrimônio cultural

O reconhecimento da Procissão do Fogaréu como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia, por parte do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado (Ipac), foi publicado no Diário Oficial, em 31 de agosto de 2019, para resguardar a continuidade do evento, considerado um dos atrativos do turismo religioso baiano.

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