Meio Ambiente
Planejamento Espacial Marinho do Nordeste será lançado nesta segunda (30)
A programação será realizada ao longo do dia no auditório da Cerb, em Salvador, a partir das 9h
Com uma das maiores extensões litorâneas do Brasil, Salvador recebe nesta segunda-feira (30), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), o lançamento das atividades do Planejamento Espacial Marinho (PEM) do Nordeste. O evento é promovido pelo consórcio vencedor do PEM-Nordeste e é apoiado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema).
O PEM integra um esforço nacional coordenado pela Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) para organizar, de forma sustentável, o uso do espaço marítimo brasileiro. A atividade é direcionada a pesquisadores, gestores das unidades de conservação costeiras, representantes de setores estratégicos e poder público.
A programação será realizada ao longo do dia no auditório da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb). A abertura, às 9h, contará com representantes da Sema, Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), órgãos estaduais, federais e instituições parceiras do projeto. À tarde, os participantes seguem com uma oficina técnica voltada à identificação de dados e informações essenciais para subsidiar o planejamento no estado.
Na Bahia, o desenvolvimento do PEM-NE está sendo coordenado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (FUNPEC), com o envolvimento de instituições de ensino superior, incluindo a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). O objetivo é alinhar o processo técnico às realidades locais, aproximando universidades, gestores públicos e setores produtivos.
O Brasil se comprometeu a implementar o Planejamento Espacial Marinho até 2030, com a construção de planos específicos para todas as regiões costeiras. A oficina na Bahia é parte desse processo de construção colaborativa, que está sendo realizado em etapas em cada um dos estados do Nordeste.
O Planejamento Espacial Marinho (PEM) é um processo público que visa ordenar os diferentes usos do mar, conciliando interesses ecológicos, econômicos e sociais. A proposta é mapear áreas prioritárias para conservação, identificar zonas com potencial para exploração sustentável e promover o uso racional do espaço marítimo.
Meio Ambiente
Moradores denunciam bloqueio ilegal de acesso à praia em Camaçari
O acesso utilizado pelos moradores do Condomínio Aldeias de Jacuípe foi bloqueado de forma abrupta e sem aviso prévio
Uma cerca de zinco instalada de forma abrupta e sem aviso prévio bloqueou, nesta sexta-feira (10), o acesso tradicional à praia utilizado há décadas pelos moradores do Condomínio Aldeias de Jacuípe, gerando revolta e mobilização da comunidade local.
Segundo relatos dos moradores, a estrutura foi colocada por um homem que se apresenta como proprietário da área e afirma que não permitirá mais a passagem pelo caminho histórico que liga o condomínio à faixa litorânea. A atitude, considerada arbitrária e potencialmente ilegal, acendeu o alerta entre os residentes, que imediatamente acionaram a administração do condomínio.
A gestão condominial, em conjunto com os moradores, já protocolou denúncias formais junto à Prefeitura de Camaçari e aos órgãos ambientais competentes, exigindo a apuração rigorosa do caso. A principal reivindicação é que o suposto proprietário apresente documentos que comprovem a posse legítima do terreno, além das licenças ambientais e o alvará de construção exigidos por lei.
A comunidade cobra transparência das autoridades e o cumprimento da legislação que garante o acesso público às praias — um direito constitucional frequentemente ameaçado por ações privadas que ignoram o interesse coletivo.
Enquanto aguardam uma resposta oficial, os moradores permanecem mobilizados e denunciam o que consideram uma tentativa de privatização indevida de um espaço público. O caso levanta questões sobre a fiscalização do uso do solo na região e sobre o papel do poder público na proteção dos direitos da população.
Meio Ambiente
Projeto apoiado pela Embasa recupera nascentes no oeste baiano
Ações acontecem na microbacia do córrego do Borrachudo, em Cotegipe
Em mais uma iniciativa de incentivo à sustentabilidade e à preservação ambiental, a Embasa uniu esforços ao projeto Nascentes do Oeste para recuperar 20 nascentes na cabeceira do córrego do Borrachudo, no município de Cotegipe.
Para reduzir o assoreamento do córrego, a Embasa implantou nove caixas de infiltração em locais identificados como fontes de sedimentos. Essas estruturas, chamadas de barraginhas, foram projetadas para controlar a intensidade e o volume das enxurradas, prevenindo a erosão do solo e a formação de voçorocas, que são grandes buracos no solo causados pela erosão.
De acordo com o gerente regional da Embasa, Marcos Rogério Moreira, as barraginhas são essenciais para a captação da água da chuva, permitindo sua infiltração no solo e contribuindo para a revitalização do lençol freático. “Essa ação resultará em um aumento no fluxo de água das nascentes, além de promover a conservação do solo e da água, proporcionando uma série de benefícios socioambientais”, afirmou.
Além das caixas de retenção, a Embasa colaborou com o cercamento de três quilômetros de área de proteção permanente para proteger a vegetação e restringir a presença de gado na área, para pastoreio.
A ação integrou as atividades da Semana do Cerrado, que aconteceu entre 8 e 11 de setembro, e foi realizada em parceria com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, e os moradores da comunidade.
Meio Ambiente
Baixa umidade na Bahia aumenta risco de queimadas e exige atenção redobrada
O Inema informou que, nos próximos dias, essa condição persistirá em cidades do Oeste, Vale do São Francisco, Sudoeste, Chapada Diamantina e Norte do estado
O serviço de meteorologia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) informou que nos próximos dias a baixa umidade que atinge a Bahia, persistirá em cidades do Oeste, Vale do São Francisco, Sudoeste, Chapada Diamantina e Norte do estado.
Essa condição é causada pela influência de um sistema de alta pressão, que torna o tempo mais estável, deixa o céu com poucas nuvens e favorece a elevação da amplitude térmica, além da redução de vapor d’água na atmosfera.
“Esse sistema favorece a elevada da amplitude térmica (diferença entre as temperaturas máximas e mínimas), que tornam madrugadas e início do dia mais frio e tardes quentes, além da redução do vapor d’água na atmosfera e baixa umidade relativa do ar na maioria das regiões do estado”, explicou a meteorologista Cláudia Valéria.
De acordo com Cláudia, a condição deve se manter. “A baixa umidade nessas regiões do estado, deve permanecer predominando ao longo dos próximos 14 dias”, destacou.
A condição pode agravar condições respiratórias como asma e bronquite, além de causar desconfortos gerais, como irritação nos olhos e ressecamento das vias respiratórias. Por isso, é recomendável adotar medidas preventivas, como manter-se hidratado, utilizar umidificadores e evitar atividades físicas intensas durante as horas mais quentes do dia.
Risco ambiental
Além dos riscos à saúde, quando se consideram os elementos ambientais isoladamente, a baixa umidade é um dos mais importantes fatores na propagação das queimadas nas épocas secas. Por isso, o Inema reforça a orientação de não utilizar fogo para limpeza de terrenos e áreas agrícolas neste período, já que a combinação de calor, secura e vegetação seca facilitam o alastramento das chamas.
Além disso, o Governo do Estado publicou a Portaria nº 33.788 de 16 de setembro, que suspende a emissão das Declarações de Queima Controlada (DQC), e os efeitos das emitidas antes da publicação da mesma. A medida busca conter o uso do fogo e reduzir os riscos de incêndios florestais.



