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Política

Lula publica artigo no The New York Times

O presidente rebateu as alegações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as tarifas impostas aos produtos brasileiros

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The New York Times, intitulado "Democracia e Soberania Brasileiras São Inegociáveis", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Foto: 📸 @ricardostuckert

Em um artigo publicado hoje (14) no jornal The New York Times, intitulado “Democracia e Soberania Brasileiras São Inegociáveis”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu as alegações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as tarifas impostas aos produtos brasileiros. Lula afirmou que não há excessos nas tarifas cobradas pelo Brasil e destacou que cerca de 75% das exportações dos Estados Unidos para o Brasil são isentas de impostos.

Lula tratou a questão como política e fez uma defesa enfática da soberania brasileira e do judiciário. Ele criticou as acusações de Trump de perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão por tramar um golpe de estado, e também os esforços de regulamentação das chamadas big techs, grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos.

Confira a íntegra do artigo:

New York Times • 14 de setembro de 2025

A democracia e a soberania brasileiras são inegociáveis

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Luiz Inácio Lula da Silva

Decidi escrever este ensaio para estabelecer um diálogo aberto e franco com o presidente dos Estados Unidos. Ao longo de décadas de negociação, primeiro como líder sindical e depois como presidente, aprendi a ouvir todos os lados e a levar em conta todos os interesses em jogo. Por isso, examinei cuidadosamente os argumentos apresentados pelo governo Trump para impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

A recuperação dos empregos americanos e a reindustrialização são motivações legítimas. Quando, no passado, os Estados Unidos levantaram a bandeira do neoliberalismo, o Brasil alertou para seus efeitos nocivos. Ver a Casa Branca finalmente reconhecer os limites do chamado Consenso de Washington, uma prescrição política de proteção social mínima, liberalização comercial irrestrita e desregulamentação generalizada, dominante desde a década de 1990, justificou a posição brasileira.

Mas recorrer a ações unilaterais contra Estados individuais é prescrever o remédio errado. O multilateralismo oferece soluções mais justas e equilibradas. O aumento tarifário imposto ao Brasil neste verão não é apenas equivocado, mas também ilógico. Os Estados Unidos não têm déficit comercial com o nosso país, nem estão sujeitos a tarifas elevadas. Nos últimos 15 anos, acumularam um superávit de US$ 410 bilhões no comércio bilateral de bens e serviços. Quase 75% das exportações dos EUA para o Brasil entram isentas de impostos. Pelos nossos cálculos, a tarifa média efetiva sobre produtos americanos é de apenas 2,7%. Oito dos 10 principais itens têm tarifa zero, incluindo petróleo, aeronaves, gás natural e carvão.

A falta de justificativa econômica por trás dessas medidas deixa claro que a motivação da Casa Branca é política. O vice-secretário de Estado, Christopher Landau, teria dito isso no início deste mês a um grupo de líderes empresariais brasileiros que trabalhavam para abrir canais de negociação. O governo americano está usando tarifas e a Lei Magnitsky para buscar impunidade para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que orquestrou uma tentativa fracassada de golpe em 8 de janeiro de 2023, em um esforço para subverter a vontade popular expressa nas urnas.

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Tenho orgulho do Supremo Tribunal Federal (STF) por sua decisão histórica na quinta-feira, que salvaguarda nossas instituições e o Estado Democrático de Direito. Não se tratou de uma “caça às bruxas”. A decisão foi resultado de procedimentos conduzidos em conformidade com a Constituição Brasileira de 1988, promulgada após duas décadas de luta contra uma ditadura militar. A decisão foi resultado de meses de investigações que revelaram planos para assassinar a mim, ao vice-presidente e a um ministro do STF. As autoridades também descobriram um projeto de decreto que teria efetivamente anulado os resultados das eleições de 2022.

O governo Trump acusou ainda o sistema judiciário brasileiro de perseguir e censurar empresas de tecnologia americanas. Essas alegações são falsas. Todas as plataformas digitais, nacionais ou estrangeiras, estão sujeitas às mesmas leis no Brasil. É desonesto chamar regulamentação de censura, especialmente quando o que está em jogo é a proteção de nossas famílias contra fraudes, desinformação e discurso de ódio. A internet não pode ser uma terra de ilegalidade, onde pedófilos e abusadores têm liberdade para atacar nossas crianças e adolescentes.

Igualmente infundadas são as alegações do governo sobre práticas desleais do Brasil no comércio digital e nos serviços de pagamento eletrônico, bem como sua suposta falha em aplicar as leis ambientais. Ao contrário de ser injusto com os operadores financeiros dos EUA, o sistema de pagamento digital brasileiro, conhecido como PIX, possibilitou a inclusão financeira de milhões de cidadãos e empresas. Não podemos ser penalizados por criar um mecanismo rápido, gratuito e seguro que facilita as transações e estimula a economia.

Nos últimos dois anos, reduzimos a taxa de desmatamento na Amazônia pela metade. Só em 2024, a polícia brasileira apreendeu centenas de milhões de dólares em ativos usados em crimes ambientais. Mas a Amazônia ainda estará em perigo se outros países não fizerem a sua parte na redução das emissões de gases de efeito estufa. O aumento das temperaturas globais pode transformar a floresta tropical em uma savana, interrompendo os padrões de precipitação em todo o hemisfério, incluindo o Centro-Oeste americano.

Quando os Estados Unidos viram as costas para uma relação de mais de 200 anos, como a que mantêm com o Brasil, todos perdem. Não há diferenças ideológicas que impeçam dois governos de trabalharem juntos em áreas nas quais têm objetivos comuns.

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Presidente Trump, continuamos abertos a negociar qualquer coisa que possa trazer benefícios mútuos. Mas a democracia e a soberania do Brasil não estão em pauta. Em seu primeiro discurso à Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2017, o senhor afirmou que “nações fortes e soberanas permitem que países diversos, com valores, culturas e sonhos diferentes, não apenas coexistam, mas trabalhem lado a lado com base no respeito mútuo”. É assim que vejo a relação entre o Brasil e os Estados Unidos: duas grandes nações capazes de se respeitarem mutuamente e cooperarem para o bem de brasileiros e americanos.
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Luiz Inácio Lula da Silva é o presidente do Brasil.

Política

Governo da Bahia reforça ações de inteligência e integração no combate ao crime organizado 

O governador explicou que o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, está monitorando a situação e avaliando possíveis impactos na Bahia

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O governador Jerônimo Rodrigues afirmou, em entrevista à TV Bahia, que o avanço do crime organizado é um problema de dimensão nacional
Foto: Amanda Ercília/GOVBA

O governador Jerônimo Rodrigues afirmou, em entrevista à TV Bahia, que o avanço do crime organizado é um problema de dimensão nacional, que ultrapassa fronteiras estaduais. O governador lamentou a morte de pessoas inocentes durante as recentes operações no Rio de Janeiro e destacou a necessidade de proteger a população de bem, especialmente trabalhadores e pessoas em situação de vulnerabilidade afetadas pelos conflitos. 

Segundo Jerônimo, o governo baiano acompanha de perto os desdobramentos da Operação Contenção, que combate o Comando Vermelho no Rio de Janeiro e resultou na morte e prisão de baianos ligados à facção. O governador explicou que o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, está monitorando a situação e avaliando possíveis impactos na Bahia, além de manter contato com autoridades fluminenses para troca de informações e apoio institucional. 

O governador ressaltou que, embora o comando da operação seja responsabilidade do Rio de Janeiro, a Bahia mantém vigilância constante para evitar qualquer repercussão local. Ele afirmou que a Secretaria da Segurança Pública está preparada, com ações integradas entre as polícias civil e militar e com o uso de inteligência e tecnologia, para impedir a expansão de organizações criminosas no estado. 

Jerônimo defendeu que o enfrentamento ao crime organizado não deve se basear exclusivamente na força bruta, mas em estratégias de inteligência, cooperação federativa e fortalecimento das forças estaduais. Para ele, é fundamental a união entre o governo federal e os estados na criação de políticas permanentes de segurança pública que inibam a atuação das facções. 

O governador destacou ainda os resultados recentes das operações realizadas na Bahia, como a Operação Primus, que resultou na apreensão de drogas, armas e dinheiro. Segundo ele, as ações vêm sendo conduzidas de forma criteriosa para evitar abusos e garantir a eficácia do combate ao crime. “Para mim, bandido bom é bandido preso, entregue à Justiça e punido conforme a lei”, concluiu Jerônimo. 

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Política

Bahia reforça saúde regional com novos investimentos 

Estado entrega veículos e anuncia expansão das Policlínicas durante fórum em Salvador 

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abriu nesta quarta-feira (29), em Salvador, o 2º Fórum Estadual dos Consórcios Públicos Interfederativos de Saúde, ao lado da
Foto: Feijão Almeida/GOVBA

O governador Jerônimo Rodrigues abriu nesta quarta-feira (29), em Salvador, o 2º Fórum Estadual dos Consórcios Públicos Interfederativos de Saúde, ao lado da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, e outras autoridades. Durante o evento, o Governo do Estado entregou 85 veículos — entre micro-ônibus, ambulâncias, carros administrativos e uma van — com investimento superior a R$ 25,2 milhões, em parceria com deputados federais, para fortalecer o transporte nas Policlínicas Regionais e municípios baianos. 

O encontro reuniu prefeitos e gestores das 28 regiões de saúde da Bahia para apresentar o balanço da política de consórcios interfederativos, modelo que cobre 99,7% dos municípios e já realizou mais de 8,7 milhões de atendimentos. “A Bahia construiu um modelo que funciona porque é coletivo. Aproxima o serviço de quem mais precisa e garante ao cidadão o direito de se tratar perto de casa, com estrutura e dignidade”, afirmou o governador. 

A secretária Roberta Santana destacou que o fórum simboliza a consolidação de uma política pública que transformou o atendimento especializado no interior. “Com a parceria do Governo Federal, por meio do Novo PAC, estamos construindo novas unidades em Camaçari, Remanso, Itapetinga e, em breve, em Ipirá, Seabra, Ibotirama e Feira de Santana. Um investimento de R$ 168 milhões”, disse. 

Atualmente, a Bahia conta com 24 Policlínicas Regionais em funcionamento, além de duas unidades em Salvador, nos bairros de Narandiba e Escada. 

Novos anúncios e reforço na infraestrutura 

Durante a cerimônia, o governador anunciou um pacote de investimentos de aproximadamente R$ 17 milhões, fruto de reunião com consórcios regionais. Entre as medidas estão o reajuste salarial de 4,25% em janeiro de 2026 e de 4,5% em maio, além do credenciamento para contratação de médicos via pessoa jurídica (PJ). 

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Na área de infraestrutura, foi confirmada a segunda etapa da renovação da frota, com a entrega prevista de 25 micro-ônibus no primeiro trimestre de 2026. Também será implantado sistema de energia solar fotovoltaica em 17 Policlínicas Regionais. O auxílio-alimentação para empregados públicos dos consórcios com jornada de 40 horas semanais será ampliado, beneficiando mais de mil servidores. 

Desde 2017, o Governo do Estado já investiu mais de R$ 1,4 bilhão nas policlínicas regionais, incluindo obras, equipamentos e custeio. Somente na atual gestão, foram aplicados R$ 245 milhões, além de R$ 12,4 milhões em ações intensificadas para ampliar atendimentos nos fins de semana. 

Este ano, o programa federal Agora Tem Especialistas destinou R$ 100 milhões à Bahia para reforçar a oferta de serviços e reduzir filas de espera. “O modelo dos consórcios mostra que quando o Estado, União e os municípios trabalham juntos, a saúde chega a todos. É um projeto que já deu certo e que vai continuar crescendo”, afirmou Jerônimo Rodrigues. 

Para Roberta Santana, o desafio agora é garantir a sustentabilidade da rede e ampliar o alcance dos serviços. “O que apresentamos hoje é um retrato do SUS que dá certo. A regionalização é o caminho e a Bahia segue na frente, com investimento, planejamento e compromisso com a vida”, concluiu. 

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Política

Jerônimo anuncia oito concursos públicos com 890 vagas

Medida reforça valorização do serviço público e contempla 16 carreiras estratégicas do Estado

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O governador Jerônimo Rodrigues anunciou, nesta terça-feira (28), a autorização para oito novos concursos públicos que irão abrir
Foto: Joá Souza/GOVBA

O governador Jerônimo Rodrigues anunciou, nesta terça-feira (28), a autorização para oito novos concursos públicos que irão abrir 890 vagas em 16 carreiras da administração estadual. O anúncio foi feito durante cerimônia em celebração ao Dia do Servidor Público, em Salvador.

As seleções contemplam áreas essenciais para o funcionamento da máquina pública, como Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Obras Públicas, Fisco, Regulação, Políticas Públicas e Gestão Governamental, Procuradoria e Produção de Informações Econômicas, Sociais e Geoambientais. As contratações estão previstas para começar em janeiro de 2027.

“Eu prometi que no Dia do Servidor Público nós anunciaríamos um conjunto de concursos. Teremos concursos para áreas estratégicas da administração pública, em setores jurídicos e técnicos, como para o Meio Ambiente, por exemplo. E, na semana que vem, no máximo, farei outro pacote de ações para a segurança pública”, afirmou o governador.

Por que é importante?

Os novos concursos visam recompor carreiras típicas do Estado, como Auditor Fiscal e Procurador, cujas funções não podem ser exercidas por terceirizados ou contratados via Regime Especial de Direito Administrativo (REDA). A iniciativa também atende órgãos que não tiveram renovação de quadros nos últimos anos.

Distribuição das vagas
  • Secretaria da Fazenda (Sefaz-BA): 100 vagas para Auditor Fiscal e 100 para Agente de Tributos.
  • Procuradoria-Geral do Estado (PGE): 135 vagas (20 procuradores, 50 assistentes e 65 analistas).
  • Meio Ambiente e Recursos Hídricos: 110 vagas para técnicos e especialistas (Sema e Inema).
  • Obras Públicas: 120 vagas para especialistas e técnicos.
  • Defesa Agropecuária (Adab): 160 vagas para Fiscal Estadual Agropecuário e 40 para Técnico em Fiscalização.
  • Regulação: 40 vagas para especialistas e técnicos.
  • Políticas Públicas e Gestão Governamental: 50 vagas.
  • Produção de Informações Econômicas, Sociais e Geoambientais: 35 vagas.

📲 Mais informações sobre os concursos e detalhes das vagas: ba.gov.br

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