Saúde
Governo do Estado vai construir o Hospital e Maternidade Regional do Sisal
O equipamento será o primeiro de alta complexidade da região e receberá investimento superior a R$ 180,4 milhões

O governador Jerônimo Rodrigues autorizou nesta terça-feira (18), em Serrinha, a licitação para a construção do Hospital e Maternidade Regional do Sisal, reforçando o compromisso do Governo do Estado com a descentralização e a humanização do atendimento obstétrico na Bahia. O equipamento, que integra o Programa Mãe Bahia, será o primeiro de alta complexidade da região e receberá investimento superior a R$ 180,4 milhões — R$ 60 milhões do Governo Federal, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e R$ 120,4 milhões do governo estadual.
“Nossa intenção é primeiro fortalecer a saúde regional. Depois, com essa rede de maternidades, de hospitais em toda a Bahia, reduzir as distâncias para que as pessoas não andem quilômetros até Salvador, até Feira [de Santana] para serem atendidas”, enfatizou o governador Jerônimo Rodrigues.
A agenda incluiu, ainda, a assinatura de credenciamento junto ao Hospital Municipal de Serrinha para a realização de cirurgias eletivas, no valor anual de mais de R$ 3,5 milhões. A Sesab também foi autorizada a adotar medidas para a cessão de kit parto, kit odontológico e equipamentos para o Hospital Municipal de Serrinha. Uma ambulância também foi entregue e servirá à rede de assistência do município.
Para Angelina Lisboa, administradora e moradora de Serrinha, “é a certeza de que as demandas, não só com a maternidade, mas com exames, a dificuldade de ir para Feira de Santana, para Salvador, a despesa serão sanadas. Será um avanço muito grande. Só agradecer a todos envolvidos nesse projeto”, comemorou.
Com 255 leitos, incluindo 45 de cuidados intensivos e semi-intensivos adulto, materno e neonatal, o Hospital e Maternidade Regional do Sisal oferecerá estrutura moderna com quartos PPP (Pré-parto, Parto e Pós-parto), Casa da Gestante, Bebê e Puérpera, Banco de Leite Humano, Centro de Parto Normal e serviços de acolhimento para vítimas de violência. Além de 60 leitos de internação cirúrgica, 15 de internação pediátrica, urgência e emergência, centro cirúrgico, serviço de bioimagem, endoscopia, nutrição e outros serviços.
Secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana completou que uma das estratégias da política estadual de regionalização é dar amparo ao município, para que ele tenha estrutura para acolher casos com menor gravidade. “Quando a gente traz hospitais para as macrorregiões, a gente diminui a distância e regula o paciente dentro da própria região. Mas uma estratégia muito importante dentro do programa Mãe Bahia, é a ampliação dos recursos para os hospitais locais, para que eles possam ter maior resolutividade. Assim, a gente também reduz o número de pacientes na tela da regulação e diminui a pressão nas portas dos hospitais da alta complexidade. Essa é uma estratégia pensada e estruturada para que a gente possa melhorar, cada vez mais, a eficiência da nossa regulação”.
O Programa Mãe Bahia, com investimentos superiores a R$ 820 milhões, incluirá ainda ambulatórios de alto risco em policlínicas de Jequié, Ilhéus e Vitória da Conquista, ampliando o acesso a cuidados especializados e consolidando a Bahia como referência nacional na assistência materno-infantil.
Saúde
Bahia recebe prêmio nacional por atuação em Cuidados Paliativos
A premiação reconhece o trabalho pioneiro e transformador realizado pela unidade, referência nacional no atendimento público

Na noite desta quinta-feira (22), o Hospital Mont Serrat de Cuidados Paliativos e a médica paliativista Karoline Apolônia foram homenageados com o Prêmio Florence Nightingale, durante o Encontro Nacional de Serviços de Atenção Domiciliar (Encosad), em São Paulo. A premiação, entregue durante a Hospitalar, maior evento do setor saúde na América Latina, reconhece o trabalho pioneiro e transformador realizado pela unidade, referência nacional no atendimento público exclusivo a pacientes em cuidados paliativos.
O Hospital Mont Serrat, localizado na Bahia, é o primeiro hospital público do Brasil inteiramente dedicado ao cuidado até o fim da vida. A experiência inédita, concebida pelo Governo da Bahia, consolidou-se como modelo de excelência e humanização na assistência aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Este é um reconhecimento que nos enche de orgulho e simboliza a ousadia e a sensibilidade do Governo da Bahia, sob a liderança do governador Jerônimo Rodrigues, que acreditou que a dignidade até o último suspiro é um direito de todos”, afirma a secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana.
A titular da pasta estadual da Saúde ainda destaca que o “Mont Serrat é mais que um hospital. É um compromisso com uma saúde mais humana, que acolhe, cuida e respeita o ciclo da vida”.
A médica Karoline Apolônia, uma das principais referências em Cuidados Paliativos do país e responsável técnica pela unidade, celebrou a conquista como símbolo da coragem e do comprometimento coletivo. “Este prêmio é muito mais que um troféu, ele representa cada paciente acolhido, cada familiar amparado e cada profissional que decidiu cuidar onde muitos não ousavam. Esse prêmio reafirma que vale a pena sonhar grande, trabalhar com amor e lutar por um SUS que acolhe até o último suspiro”, declarou.
O Prêmio Florence Nightingale, concedido anualmente no âmbito do Encosad, homenageia profissionais e instituições de saúde que se destacam em áreas estratégicas, como os Cuidados Paliativos, valorizando experiências inovadoras que ampliam o acesso, a qualidade e a dignidade na assistência prestada à população brasileira.
Saúde
Glaucoma atinge dois milhões de brasileiros
A doença representa a principal causa de cegueira irreversível no Brasil e no mundo

Nesta segunda-feira (26), é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, doença que representa a principal causa de cegueira irreversível no Brasil e no mundo. Estima-se que o glaucoma já afeta cerca de dois milhões de brasileiros e 78 milhões de pessoas no mundo.
Na semana que antecedeu a data, o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) entrou na campanha do Maio Verde e realizou o rastreio do glaucoma. A iniciativa disponibilizou vagas para avaliação oftalmológica destinadas a pacientes que fazem tratamento na unidade e seus acompanhantes. Foram oferecidas cerca de 200 vagas extras entre os dias 19 e 23 de maio.
Com o objetivo de alertar a população sobre os riscos da doença e a importância do diagnóstico precoce, a Sociedade Brasileira de Glaucoma (ABG) criou a campanha Maio Verde, período em que profissionais da saúde intensificam ações de conscientização e estabelecimentos de saúde ampliam o acesso a serviços de rastreio e diagnóstico.
Segundo a oftalmologista Aline Uzel, embora o glaucoma não tenha cura, a doença pode ser controlada com tratamento adequado, desde que identificada precocemente. “O diagnóstico precoce e o acompanhamento regular com o oftalmologista são essenciais para evitar a progressão da perda de visão”, destacou a médica, que coordena o ambulatório de oftalmologia do HGRS.
A especialista ainda alertou para os fatores de risco mais comuns da doença: idade acima de 40 anos, histórico familiar, pressão intraocular elevada, descendência africana ou asiática e o uso prolongado de corticoides, seja em forma de colírios, injetáveis ou comprimidos.
Saúde
Mais Médicos tem mais de 45 mil candidatos inscritos
O número foi o maior já alcançado desde a criação do programa, em 2013, sendo 93% dos médicos brasileiros

O Ministério da Saúde divulgou, no último dia 16, o resultado das inscrições validadas do edital vigente do Programa Mais Médicos, que registrou um recorde de 45.792 médicos cadastrados. Esse é o maior número de inscritos desde a criação do programa, em 2013. Do total, 42.383 são brasileiros – o equivalente a 93% dos candidatos. Entre eles, 25.594 possuem registro profissional no Brasil e 16.789 são formados no exterior. Outros 3.309 médicos inscritos são estrangeiros com habilitação para exercer a medicina. Do total geral de inscrições para o programa, 26.864 mil são mulheres – cerca de 58%.
Os interessados, já escolheram seu local de atuação, e conforme as regras do edital, os médicos brasileiros registrados no Conselho Regional de Medicina (CRM) terão prioridade no preenchimento das vagas. As vagas não preenchidas por médicos com registro no país serão preenchidas por brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS). O resultado preliminar da alocação será publicado no próximo dia 27 de maio, no site do programa.
“Um número expressivo como este destaca a importância e a consolidação do Programa Mais Médicos que, além do provimento de profissionais em áreas de maior vulnerabilidade, oferece ao médico uma formação em Medicina de Família e Comunidade qualificando ainda mais sua atuação na atenção primária”, ressalta o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço.
Profissionais vão reforçar assistência à população
No dia 5 de maio, a pasta lançou edital para 3.064 vagas no Programa Mais Médicos. As vagas serão distribuídas entre 1.618 municípios e 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), fortalecendo a atenção primária e garantindo atendimento em regiões remotas e de maior vulnerabilidade social.
O cronograma do edital prevê, no período de 2 a 10 de julho, o início das atividades dos médicos com registro no Brasil e brasileiros ou estrangeiros que já realizaram o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) – primeira atividade formativa do Programa, no qual os intercambistas passam por uma avaliação antes de ingressarem no Mais Médicos.
O Programa garante assistência a mais de 63 milhões de brasileiros em todo o país. Com a meta de alcançar 28 mil profissionais, atualmente conta com cerca de 24,9 mil médicos atuando em 4,2 mil municípios — o que representa 77% do território nacional. Dentre essas localidades, 1,7 mil apresentam altos índices de vulnerabilidade social.