Social
Governo da Bahia amplia atendimento ao público LGBTQIAPN+
População conta com unidades especializadas para promover acolhimento

Acolhimento, orientação psicológica, assistencial, pedagógica e jurídica, denúncias de violência, preconceito ou discriminação são alguns dos serviços realizados por instituições especializadas do Governo do Estado para pessoas LGBTQIAPN+, que teve o atendimento ampliado na Bahia.
O Centro de Promoção e Defesa dos Diretos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CPDD), localizado no Pelourinho, funciona no ‘Casarão da Diversidade’ e possui uma equipe multiprofissional. O equipamento, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), está de portas abertas para o público e concentra em um único espaço diversos serviços de atendimento, acompanhamento e promoção da igualdade para o segmento, visando a garantia dos direitos humanos.
De acordo com a pedagoga do CPDD, Dai Costa, o centro também atua na promoção de cursos preparatórios para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) e cursos preparatórios para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para pessoas trans, visando à inclusão de pessoas LGBTQIPNA+ nas universidades e cursos profissionalizantes; apoia e fomenta empreendimentos de pessoas LGBTQIAPN+.
“Estamos vivendo um momento novo aqui com o setor pedagógico, que tem o desafio de pensar em políticas educacionais para a população LGBTQIAPN+, onde trabalhamos a violação de direitos educacionais, o direito à escola, o nome respeitado. Entendemos que conhecimento é devolver a dignidade e que a educação devolve e resgata essa dignidade”, afirmou a pedagoga.
Kelly Passos, 40, profissional do sexo, encontrou no CPDD a oportunidade de voltar a estudar e fazer a retificação de prenome e gênero de forma gratuita. Ela também recebeu orientação social e psicológica. “Já tentei me matricular em uma escola, mas não consegui, por conta da discriminação que sofri. Através do centro, vou conseguir estudar. O acolhimento aqui é perfeito. Fiquei muito feliz com a forma como fui recebida no espaço. Que todas as mulheres trans venham para cá. Elas não vão se decepcionar. Aqui temos apoio total”, contou.
Quem também teve a vida transformada pelo CPDD foi José Raimundo de Jesus, que se encontrava em situação de rua, quando em 2024, procurou a assistência social do órgão. “Considero o casarão como o pilar de uma nova construção da humanidade. Foi aqui que, quando cheguei em uma situação bastante vulnerável, fui recebido pelo setor social e tive apoio humanizado. Sou muito feliz em poder estar sendo assistido por essa família, que precisa se tornar referência para o Estado. Hoje, graças a Deus, já me encontro com auxílio aluguel e tenho um lugar para colocar a cabeça e dormir em paz”, disse emocionado.
Situações de ameaças e discriminação também são recebidas pelo grupo intersetorial. O professor e pedagogo Silas Bartolomeu, 39, precisou parar as atividades em uma escola onde ensinava ao sofrer perseguição por homofobia. “Nenhum profissional merece ser desrespeitado. Com o acompanhamento psicológico que tenho aqui, estou aos poucos repensando em uma forma gradativa de voltar à sala de aula. Sou grato a todos os profissionais que me receberam. Foi um espaço onde encontrei acolhimento e dignidade”, relatou.
Para a coordenara do CPDD, Keila Simpson, as demandas recebidas não são apenas do público LGBTQIAPN+, mas de familiares e amigos. “Estamos de portas abertas para acolher todas as pessoas e a partir daí, ouvir o que elas precisam, tomar um café ou água com elas, e encaminhá-las para o atendimento específico. O nosso relacionamento é de amizade”, afirmou.
Atendimento ampliado
Outra instituição que também desempenha um papel fundamental no enfrentamento a crimes de ódio, preconceito e violência contra grupos vulneráveis, incluindo a população LGBTQIAPN+ é a Coordenadoria Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Discriminação (Coercid), com operações em todo o estado.
Ligada à Polícia Civil e também localizada no Centro Histórico, a Coercid trabalha em três vertentes: a promoção da igualdade, proteção dos direitos humanos e o combate à discriminação, através de um atendimento qualificado e humanizado para pessoas LGBTQIAPN+. Tem como função principal o apoio na apuração de delitos motivados por ódio, preconceito ou intolerância, como agressões físicas, violência psicológica, ameaças, homicídios e outros crimes que tenham como base a orientação sexual, identidade de gênero ou expressão de gênero da vítima.
Além da repressão, a Coercid atua no âmbito preventivo, promovendo campanhas educativas para conscientizar a população sobre os direitos das pessoas LGBTQIAPN+ e apoio psicossocial, reconhecendo os impactos emocionais e sociais da violência.
Já a recém-inaugurada Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa (Decrin), também da Polícia Civil, funciona no Engenho Velho de Brotas 24h por dia, todos os dias da semana, e está direcionada a receber denúncias, com serviço de investigação, assistência social e psicologia.
Ainda oferece serviço de investigação, assistência social e psicologia, cartório, sala de reconhecimento e apoio integrado dos Núcleos Especializado de Atendimento à Mulher (Neam), de Combate aos Crimes Cibernéticos (Cyber), de Diversidade e da Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso (Deati), que também atendem na estrutura de segurança.
A Coercid e a Decrin são duas estruturas diferentes dentro do mesmo Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis – DPMCV.
As duas unidades são coordenadas pelo delegado da Polícia Civil, Ricardo Amorim. “Desde 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que os crimes de LGBTfobia também sejam criminalizados a partir do crime de racismo, da lei 7716. Então, todos esses crimes também estão abrangidos pelas investigações da delegacia. Aqui realizamos um trabalho de acolhimento dessas vítimas, porque elas geralmente chegam aqui muito abaladas. Então, antes de realizar a parte judiciária, de investigação criminal, focamos no atendimento com um psicólogo”, explicou.
Onde buscar atendimento especializado:
- CPDD – Casarão da Diversidade – Rua do Tijolo, nº 8, Pelourinho.
- De segunda à sexta-feira, de 9h às 17h, por demanda espontânea.
- Telefone: 71 3321-4576/ 71 99606-5505 (WhatsApp).
- Coercid – Rua Padre Vieira, Centro Histórico, Salvador- BA
- De segunda à sexta-feira, das 8h às 18 h.
- Telefone: (71) 3450-7511
- Decrin – Rua Padre Luiz Figueira, S/N – Engenho Velho de Brotas (onde funcionava a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam)
- Todos os dias da semana, 24h por dia.
- Disk 100
Social
Pescadoras da Gamboa comercializam mariscos com apoio do Elas à Frente da Pesca
As mulheres, que já atuam na pesca com linha, mergulho e coleta de mariscos, agora estão ampliando seus horizontes

Mulheres da comunidade da Gamboa, em Salvador, participaram de uma feira especial na manhã desta terça-feira (15), promovida no estacionamento da Secretaria das Mulheres do Estado (SPM), no Caminho das Árvores. Elas comercializaram peixes, polvo, camarão e lagosta. A iniciativa é uma das ações do projeto Elas à Frente da Pesca, desenvolvido pela SPM em parceria com a Bahia Pesca.
O projeto Elas à Frente da Pesca tem fortalecido a atuação de pescadoras artesanais da Gamboa, promovendo autonomia econômica, visibilidade e oportunidades de capacitação. As mulheres, que já atuam na pesca com linha, mergulho e coleta de mariscos, agora estão ampliando seus horizontes também como empreendedoras.
A secretária das Mulheres do Estado, Neusa Cadore, falou sobre o impacto transformador do projeto na vida das mulheres. “O Elas à Frente da Pesca busca garantir geração de renda, fortalecer o papel da mulher nas cadeias produtivas do mar e promover o reconhecimento social da força feminina na pesca artesanal”, afirmou.
Denise Veloso foi uma das participantes da feira e integra o projeto. Ela é mergulhadora conhecida na comunidade por sua habilidade na pesca de polvo, lagosta e peixes ornamentais. “Estou gostando muito. É uma experiência nova. A gente da comunidade fica feliz com essa oportunidade. Muita gente nem imagina que tem uma mulher que vive do mergulho. Quando veem, acham interessante, diferente. Outras mulheres também pescam de linha, vendem os peixes na comunidade, nos restaurantes. Às vezes procuramos compradores fora também”, contou Denise.
A comunidade da Gamboa tem forte tradição na pesca artesanal, envolvendo famílias inteiras em atividades que vão da captura ao comércio de pescados. Além de vender para moradores locais e turistas, as pescadoras também fornecem para restaurantes da região. Este é o caso de Verônica Garcia, pescadora há 20 anos e chefe de família com dois filhos adolescentes. Para ela, a experiência do projeto tem sido transformadora. “Para mim está sendo muito importante porque está me dando conhecimento, me fazendo ampliar a visão. Agora posso pescar e também empreender com meu próprio pescado, ganhando um lucro a mais”.
A agente mobilizadora do projeto, Isabel Guedes, acompanha de perto o grupo de mulheres e reforça a importância da ação. “Já realizamos rodas de conversa, feira de saúde com psicóloga, nutricionista, exames oftalmológicos, tudo isso na comunidade da Gamboa. É um trabalho coletivo, feito com carinho e focado no fortalecimento dessas mulheres”.
Sobre o projeto
O Elas à Frente da Pesca é uma iniciativa do Governo do Estado, executado pela SPM e a Bahia Pesca. Com investimento de R$ 600 mil, o projeto beneficia 135 mulheres pescadoras e marisqueiras dos municípios de Salvador, Camamu e Sobradinho, por meio de oficinas, apoio técnico e capacitações voltadas ao empreendedorismo, aos direitos das mulheres e à inclusão socioprodutiva. O projeto oferece, ainda, oficinas de marketing, empreendedorismo, biojoias e temas transversais como dignidade menstrual, saúde e prevenção à violência doméstica.”
Social
Ex-presidente do Sinjorba, Kardé Mourão, morreu neste sábado (29)
A jornalista faleceu aos 65 anos, após batalha contra o câncer

A jornalista Kardelícia Mourão Lopes, 65 anos, morreu neste sábado (29). Segundo o Sindicato do Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba), ela lutava contra um câncer e nos últimos dias “apresentou um quadro severo de reações ao tratamento, após as cirurgias para retirar parte do intestino, bexiga e útero no final do ano passado, informou o Sinjorba. Kardé foi presidente da entidade de 2004 a 2010. Integrou diversas diretorias do Sinjorba e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) como uma militante dedicada à defesa da categoria.
Em publicação nas redes sociais, neste domingo (30), o secretário interino de Comunicação do Estado da Bahia, Luciano Suedde, lamentou a morte da jornalista.
“Kardé, como era carinhosamente chamada, foi uma grande e querida amiga. Ela deixa um legado de coragem, ética e compromisso com a democracia e a liberdade de imprensa. À sua família, amigos e colegas de profissão, expresso minha solidariedade e respeito. Sua ausência será sentida, mas sua trajetória seguirá como inspiração para as novas gerações de comunicadores”, destacou Suedde.
O secretário lembrou da atuação de Kardé à frente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), que presidiu por dois mandatos, e na diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). “Sua atuação sempre foi marcada pela defesa intransigente da valorização profissional e pela luta permanente por condições dignas de trabalho e respeito à legislação trabalhista”.
Ainda na publicação, Luciano elogiou a jornalista na conduta diária no exercício da profissão. “Profissional de referência no jornalismo baiano, reconhecida por sua integridade, dedicação à verdade e empenho constante em qualificar a prática jornalística. Por onde passou, imprimiu uma comunicação comprometida com as lutas sociais e os direitos dos trabalhadores”.
Social
Apae e Shopping Piedade realizam ação de inclusão e valorização das pessoas com síndrome de Down
A conversa interativa com o público acontece às 15h no palco do piso L4

21 de março é o Dia Internacional da Síndrome de Down, uma data de conscientização para promover a inclusão e valorização das pessoas com síndrome de Down. Em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), o Shopping Piedade vai realizar o bate-papo “juntos pela inclusão”, conduzido pelos atores Débora Gil e Victor Hugo, entrevistando a Dra. Helena Pimentel e a professora Ana Beatriz.
A conversa interativa com o público acontece às 15h no palco do piso L4. Na sequência, às 16h, haverá uma apresentação de dança com os alunos da APAE.
-
Culturahá 3 dias
Funceb e BTCA oferecem diversos cursos no Mês da Dança
-
Saúdehá 3 dias
Vacinação contra gripe é realizada no Piedade neste sábado (26)
-
Políticahá 3 dias
Governo do Estado e Prefeitura tratam da Micareta de Feira
-
Infraestruturahá 3 dias
Obras da nova Rodoviária de Salvador chegam a 84% de execução