Nacional
Esposa de jornalista desaparecido faz apelo às autoridades
A brasileira Alessandra Sampaio, que mora com o marido em Salvador, disse que suas famílias estão desesperadas

A esposa do jornalista britânico Dom Phillips, que desapareceu em um canto remoto da Amazônia notório por mineração ilegal e tráfico de drogas pediu às autoridades que intensifiquem seus esforços de busca.
O colaborador de longa data do Guardian, desapareceu na manhã de domingo (5) enquanto viajava de barco pela região de Javari, no estado do Amazonas, onde estava escrevendo um livro sobre conservação.
A brasileira Alessandra Sampaio, que mora com o marido em Salvador, disse em comunicado: “Autoridades brasileiras, nossas famílias estão desesperadas. Por favor, responda à urgência do momento com ações urgentes. “Enquanto faço este apelo, eles estão desaparecidos há mais de 30 horas… [e] na floresta cada segundo conta, cada segundo pode ser a diferença entre a vida e a morte”, acrescentou Sampaio.
“Tudo o que posso fazer é rezar para que Dom e Bruno [Araújo Pereira] estejam bem, em algum lugar, e impossibilitados de continuar sua jornada por causa de algum problema mecânico, e que tudo isso acabe sendo apenas mais uma história nesta vida cheia deles.”
Phillips, 57, estava viajando com Bruno Araújo Pereira, um renomado especialista indígena que passou anos trabalhando para proteger as mais de duas dúzias de tribos que chamam as florestas tropicais de sua casa.
Quando o segundo dia de buscas chegou ao fim sem nenhum sinal dos dois homens, a irmã do jornalista, Sian Phillips, disse em um comunicado em vídeo na noite de segunda-feira: “Sabíamos que era um lugar perigoso, mas Dom realmente acreditava que é possível proteger a natureza e o modo de vida dos povos indígenas.
“Estamos muito preocupados com ele e pedimos às autoridades no Brasil que façam todo o possível para revistar as rotas que ele estava seguindo. Se alguém puder ajudar a aumentar os recursos para a pesquisa, seria ótimo, porque o tempo é crucial.
“Nós amamos nosso irmão e queremos que ele e seu guia brasileiro sejam encontrados… cada minuto conta”, acrescentou.
Forças de segurança e membros da agência indígena Funai teriam passado a maior parte da segunda-feira procurando os homens em um trecho de rio perto da cidade de Atalaia do Norte – o principal ponto de entrada para a região de Javari.
Esperava-se que uma equipe de busca da marinha chegasse mais tarde, em meio a um crescente clamor público.
Nacional
Mulheres de Axé de várias regiões do Brasil têm encontro em Salvador
Reunidas no Instituto Anísio Teixeira (IAT) até este sábado (31), discutem democracia, justiça climática e direitos sociais

Mais de 150 mulheres de axé, lideranças religiosas e guardiãs dos saberes ancestrais estão reunidas no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador, nesta sexta-feira e no sábado (30 e 31), durante o V Encontro Nacional de Mulheres de Axé da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro). Com o tema “O matriarcado na luta pela democracia, pelos direitos sociais e justiça climática”, o encontro reafirma a força das mulheres que mantêm viva as tradições das religiões de matriz africana e a resistência negra em todo o país.
O encontro reúne mulheres de axé, como Ialorixás, Ekedis e Iabassês, de 22 estados e do Distrito Federal e é marcado por debates, saudações e homenagens à ancestralidade. Dentre os temas debatidos estão: “O matriarcado na luta pela democracia: mulheres de axé e as mobilizações sócio-políticas”; “Racismo ambiental e os impactos nas comunidades tradicionais de terreiro”; “Terreiro enquanto cozinha solidária permanente: a garantia da segurança alimentar e do cuidado socioassistencial”, e “Enquanto houver racismo religioso no Brasil, não haverá democracia: a luta permanente pelo direito à saúde e à educação de nosso povo”.
Presente ao evento, a secretária das Mulheres do Estado, Neusa Cadore, destacou o protagonismo feminino nas religiões de matriz africana. “Promover um encontro nacional fortalece o reconhecimento dessas lideranças femininas e suas contribuições à resistência cultural. Essas mulheres enfrentam o racismo religioso e a intolerância. Elas traduzem uma força que passa para as novas gerações e representam o cuidado com a vida, numa sociedade onde as mulheres pretas são as mais invisibilizadas”, enfatizou.
Pedrina do Rosário, quilombola da comunidade de Jatimane, no município de Nilo Peçanha, no Baixo Sul da Bahia, e representante do Koinonia Presença Ecumênica e Serviço, disse que o momento é para celebrar, refletir e fortalecer a luta coletiva. “Estamos aqui para reafirmar que o matriarcado de axé não é passado. É presente pulsante e futuro possível. É com ele que enfrentamos o racismo ambiental e as desigualdades históricas”, emocionou-se. “Somos as que sempre souberam cuidar da terra, preparar o amalá, varrer o terreiro e não aceitar o silêncio como destino. Vamos seguir ao lado das mulheres de axé, de fortalecer a luta por territórios livres de racismo religioso”.
De São Paulo, a Ialorixá Cristina D`Osun destacou o papel do encontro no monitoramento das políticas públicas. “Muitas vezes não vemos as políticas para mulheres sendo cumpridas. Mas aqui podemos acompanhar o que já foi feito e levar novas pautas. Não dá para ficar só no terreiro, precisamos ocupar também os espaços políticos. Para nós, lideranças religiosas de matriz africana é fundamental estar à frente desse legado que nos foi deixado desde a diáspora. Não posso parar esse processo. Levo para São Paulo a certeza de que precisamos construir redes como a Renafro, que há 22 anos nos fortalece”.
De Brasília, Amanda Taquari participou pela primeira vez do encontro e falou sobre as suas expectativas. “Vim a convite da Mãe Baiana, porque nós, mulheres de Ifá, precisamos ocupar todos os espaços. É essencial conhecer as políticas públicas voltadas para o povo de axé e levar isso para o nosso terreiro”, ressaltou.
Para Ekedy Sinha, do Ilê Axé Iyá Nassô Oká, o Terreiro da Casa Branca, o encontro também é um chamado à resistência frente ao racismo religioso que atinge diretamente os territórios sagrados de matriz africana. “Este é o quinto encontro. Estamos juntas desde o início dessa estratégia de sobrevivência do povo de axé. A Rede de Saúde é resistência, de resistir a tudo que estamos passando. Continuamos com muita fé e vamos seguir construindo um futuro de dias melhores”, disse.
Também participaram da abertura do evento, Fábya Reis, secretária estadual de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades); Djenane Santos, representante da Secretaria da Educação do Estado (SEC); Fabiana Damásio, da Fiocruz; Mãe Meninazinha de Oxum; e Mãe Neuza de Xangô, madrinha do Grupo de Trabalho Nacional de Mulheres de Axé da Renafro.
Nacional
Gael e Helena lideram ranking dos nomes mais registrados na Bahia
Apesar da preferência, os queridinhos dos baianos têm perdido a força comparado ao ano passado

É tetracampeão! Gael foi o nome masculino mais registrado na Bahia pelo quarto ano consecutivo. Em 2024, foram 1.951 registros, de acordo com levantamento divulgado nesta quarta-feira (25) pela Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). O nome feminino mais usado segue sendo Helena, com 1.353 registros neste ano. Apesar da preferência, os queridinhos dos baianos têm perdido a força comparado ao ano passado, quando apresentaram maior frequência: 2.207 e 1.448, para Gael e Helena, respectivamente.
Na sequência feminina vem Maitê, com 1.236 registros. Laura ocupa o terceiro lugar entre os mais escolhidos, com 1.026 repetições.
Quando o assunto é nome composto, Maria Cecília e João Miguel são os destaques do estado. Já na capital baiana, Gael cede o lugar de preferido para o líder Theo, com 303 registros, logo atrás vem Ravi, com 296 e Heitor 279 repetições, ocupando o primeiro, segundo e quarto lugares, respectivamente, aumentando a lista dos preferidos.
As meninas seguem a mesma tendência do ano passado, mantendo Helena (245) em primeiro lugar e logo na sequência, Laura (233). A novidade fica para o terceiro lugar conquistado pelo nome Maitê (217), que desbancou o preferido dos últimos dois anos, Liz (215).
Os nomes que se repetem na Bahia e capital, como explica o presidente da Arpen Bahia, Carlos Magno Alves, são reflexo do cenário nacional.
“Cada registro faz parte da identidade cultural do local que a pessoa vive, e esse espaço é influenciado pelos costumes e pelas tendências virtuais”, justifica.
Nacional
INSS divulga calendário de pagamentos para 2025
Para cada categoria, as datas de pagamento serão determinadas pelo número final do cartão. Confira o calendário

Os cerca de 40 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já podem conferir a data de pagamento das aposentadorias, dos auxílios e das pensões em 2025. A autarquia divulgou o calendário de depósitos para todo o próximo ano.
Os depósitos seguirão a sequência de anos anteriores, com um calendário para quem recebe um salário mínimo e outro para quem ganha mais de um salário. Para cada categoria, as datas de pagamento serão determinadas pelo número final do cartão, sem considerar o dígito verificador (que vem depois do traço).
A aposentadoria, a pensão ou o auxílio de janeiro serão depositados de 27 de janeiro a 7 de fevereiro para quem ganha um salário mínimo. Segurados com renda superior a esse valor receberão de 3 a 7 de fevereiro.
Consulta aos valores
Os segurados do INSS podem consultar o valor a receber do benefício por meio do aplicativo Meu INSS ou pelo site meu.inss.gov.br.
Também é possível verificar por telefone, ligando na central 135. O usuário deve ligar de segunda-feira a sábado das 7h às 22h, informando o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e confirmando os dados cadastrais.
Com o reajuste do salário mínimo previsto para 1º de janeiro, o valor reajustado só será pago entre o fim de janeiro e o início de fevereiro.
Confira o calendário de pagamento dos benefícios do INSS em 2025
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