Turismo
Desfile do 2 de Julho ganha força como atração turística da Bahia
A data vem ganhando força como um dos grandes atrativos turísticos de Salvador

Manifestação histórica e cultural, o tradicional desfile do 2 de Julho, data em que é celebrada a consolidação da Independência do Brasil na Bahia, vem ganhando força como um dos grandes atrativos turísticos de Salvador. Pela manhã, o cortejo com saída da Lapinha, para o percurso até o Pelourinho, foi acompanhado por milhares de baianos e turistas, na festa da libertação dos brasileiros do domínio português, em 1823. Pelo caminho, casas ornamentadas com bandeiras da Bahia e do Brasil e saudações das sacadas aos carros do Caboclo e da Cabocla, símbolos da luta do povo baiano.
No bloco do Governo do Estado, o titular da Secretaria de Turismo (Setur-BA), Maurício Bacelar, ressaltou a importância da festa para o incremento das atividades turísticas na capital baiana. “A cada ano, mais brasileiros redescobrem o significado do 2 de Julho para a conquista definitiva da libertação do colonialismo. Com isso, cresce o interesse em visitar a Bahia, nesta época do ano, que coincide com o encerramento dos festejos juninos. A nossa secretaria tem promovido a festa cívica em feiras de turismo nacionais e internacionais, para atrair um número cada vez maior de visitantes”.
A professora chinesa Boya Li, que veio ensinar mandarim no Instituto Confúcio da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ficou encantada com a manifestação popular. “Esse festival de rua tem muita energia, nessa representação da libertação do povo brasileiro”.
Para a pedagoga paulista Mariana Bastos, “no resto do país, a Independência do Brasil é vista como um acordo entre o imperador e Portugal, mas, na Bahia, não. Aqui teve luta de verdade. A festa é linda. Nunca tinha visto nada parecido. O que mais me impressiona é a mobilização popular”.
“Confesso que não conhecia o desfile. Vi uma matéria hoje de manhã no jornal e resolvi participar do evento, que é marcante não só para a Bahia, mas para o Brasil como um todo. O clima está animado e há bastante segurança”, relatou a psicóloga cearense Raquel Lima.
“Gosto dessa diversidade, da cultura rica, da história que a gente vai descobrindo aos poucos. Chama a atenção a mistura das raízes indígenas, dos povos escravizados, que lutaram pela independência do Brasil contra o domínio português. É muito interessante ver tanta gente reunida, celebrando “, destacou o ativista social Basten Poscia, da Suíça.
Turismo
Cultura sertaneja e religiosidade movimentam o turismo no interior da Bahia
A 5ª Feira Literária Internacional de Canudos movimentou a cidade da zona turística Caminhos do Sertão

Com o tema “Literatura e tradições populares: outros sertões, outros olhares”, a 5ª Feira Literária Internacional de Canudos movimentou a cidade da zona turística Caminhos do Sertão, até o último sábado (26), em quatro dias de atividades, reunindo cerca de 12 mil pessoas. O homenageado deste ano foi o fotojornalista Evandro Teixeira, autor do livro “Canudos, 100 Anos”, que faleceu em 2024. Na programação, debates, exposições, lançamento de livros, exibição de filmes e música, promovendo a união de linguagens que dialogam com o universo literário.
A Flican também contou com o espaço Casa do Governo, onde diversas secretarias estaduais apresentaram algumas de suas ações. Coube à Secretaria de Turismo (Setur-BA) divulgar os atrativos das 13 zonas turísticas baianas, com ênfase na cultura sertaneja.
“Conseguimos promover o destino Bahia junto a um público muito amplo, que reuniu desde moradores locais e dos municípios vizinhos a pesquisadores e estudantes de outros estados, focando mais nas riquezas dos Caminhos do Sertão”, relatou a assessora-técnica da Setur-BA, Ilnah Oliveira.
Turismo religioso e cavalgada
No último fim de semana, a Setur-BA apoiou os festejos em homenagem à Nossa Senhora Sant’Ana, que reuniram milhares de pessoas, nos municípios de Marcionílio Souza (Chapada Diamantina), Érico Cardoso (Caminhos do Sudoeste) e Angical (Caminhos do Oeste). A iniciativa integrou as ações da pasta para o incremento do turismo religioso católico, no interior do estado.
A secretaria ainda patrocinou a Cavalgada Encontro dos Amigos, em Iramaia (Chapada Diamantina), a Cavalgada de Mansidão (Vale do São Francisco) e a Festa dos Vaqueiros de Chorrochó (Lagos e Cânions do São Francisco). Os eventos mobilizaram centenas de adeptos de atividades rurais que circularam pelos municípios, movimentando equipamentos turísticos.
Turismo
Avistamento de jubartes movimenta turismo na Bahia
Para marcar o início do período, a Setur-BA realizou, um passeio de familiarização com agências e imprensa na Baía de Todos-os-Santos

Com a chegada das baleias-jubarte à costa baiana entre julho e outubro, a temporada de avistamento de 2025 já impulsiona o turismo de natureza no estado. Para marcar o início do período, a Secretaria de Turismo (Setur-BA) realizou, nesta quinta-feira (24), um passeio de familiarização com agências e imprensa na Baía de Todos-os-Santos. A iniciativa integra um conjunto de ações voltadas à estruturação do segmento e à promoção da Bahia como destino sustentável.
A Setur-BA promoveu uma capacitação online para agências e condutores de embarcação, abordando aspectos biológicos, legislação ambiental e boas práticas para garantir segurança e bem-estar durante os passeios. O curso preparou os profissionais para que os avistamentos ocorram com responsabilidade e respeito aos animais, tratando temas como comportamento das jubartes, protocolos de distância segura, controle de ruídos e formas de minimizar o impacto das embarcações no habitat marinho.
“A capacitação é uma ferramenta fundamental para que o turismo de observação aconteça de forma segura e sustentável, beneficiando tanto os visitantes quanto as comunidades locais. Preparamos os profissionais com informações técnicas e práticas que ajudam a garantir o bem-estar dos animais e a qualidade da experiência para os turistas. Isso fortalece o segmento, valoriza os destinos baianos e posiciona a Bahia como referência em turismo responsável”, afirma o superintendente de promoção e serviços turísticos da Setur-BA, Celso Duarte.
A bióloga Carina Pimentel explica que as baleias começam a chegar à Bahia entre o fim de junho e o início de julho, e permanecem até outubro. “Elas vêm das águas geladas da Antártida para se reproduzir e cuidar dos filhotes nas águas quentes do Atlântico Sul, especialmente nas proximidades do Banco dos Abrolhos. Por isso, é comum vê-las mais próximas da costa durante esse período”, afirma.
O passeio dessa quinta-feira, permitiu que agentes e comunicadores vivenciassem, em alto-mar, o impacto emocional e o potencial turístico do fenômeno. “Foi uma oportunidade de conhecer de perto esse atrativo e entender como oferecê-lo aos nossos clientes com informação e segurança”, conta a agente de viagens Cleise Sousa, que atua com roteiros personalizados em Salvador. Segundo ela, os destinos mais procurados na temporada das jubartes são Caravelas, onde está a base do Projeto Baleia Jubarte, além de Prado, Ilhéus, Itacaré e Salvador, com saídas regulares de barco.
Com expectativa de receber até 30 mil baleias neste ano, o litoral baiano se firma como referência nacional no turismo de observação, unindo preservação ambiental e desenvolvimento econômico para centenas de comunidades costeiras.
Turismo
Jubileu do Senhor do Bonfim aquece turismo religioso em Salvador
Até o dia 10 de agosto, os fiéis poderão contemplar e venerar a imagem original do Senhor do Bonfim mais de perto

A imagem original do Senhor do Bonfim, trazida de Portugal ao Brasil há 280 anos, está exposta na basílica que leva o nome do santo, na Cidade Baixa, em Salvador, até o dia 10 de agosto. Ela foi transferida do altar-mor para um espaço mais próximo ao público, atraindo a atenção de baianos e turistas nacionais e estrangeiros que visitam diariamente a Colina Sagrada.
“Já tinha vindo à Bahia, mas é primeira vez no Bonfim. É uma igreja muito bonita, e estou aproveitando para conhecer a imagem original do santo”, relatou o programador de informática Lucas Klein, 22 anos, dos Estados Unidos.
“Vim no grupo com um guia do turismo religioso, que nos contou a história da construção da igreja, e achei superinteressante. Faz parte do passeio conhecer a religiosidade e a cultura que envolvem a Bahia, além, é claro, das praias e da gastronomia”, completou a aposentada Sandra Regina Olijnyk, 70 anos, de Santa Catarina.
A ideia de descer a imagem para que as pessoas possam contemplá-la e venerá-la mais de perto deu certo. “As missas estão mais cheias, com filas e mais filas, e os fiéis estão felizes com essa experiência”, explicou o reitor da basílica, padre Edson Menezes.
A presença de fiéis deve aumentar a partir de 1º de agosto, quando terão início as comemorações do Jubileu dos 280 anos da chegada da imagem à capital baiana, que têm o apoio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA). Trazida de Setúbal, em Portugal, pelo capitão de mar-e-guerra Teodósio Rodrigues de Faria, que fundou a Irmandade do Nosso Senhor do Bonfim da Bahia, a escultura de Jesus crucificado é esculpida em madeira de pinho de riga. Ela está em exposição, de segunda-feira a domingo, das 7h30 às 18h.
“A devoção ao Senhor do Bonfim está diretamente ligada à identidade da Bahia, no Brasil e no exterior. É uma das maiores manifestações do turismo religioso católico do país, que tem no governo baiano, um parceiro em diversas ações para fortalecer ainda mais o segmento”, pontuou o titular da Setur-BA, Maurício Bacelar.
Programação do Jubileu do Bonfim, em agosto:
- Dia 1º
17h30 – Desembarque da imagem peregrina do santo (réplica), na Praia da Penha (Ribeira), vinda em um navio da Marinha;
18h – Procissão de velas, repetindo o trajeto feito pela imagem em 1754, da Praia da Penha à Colina Sagrada. - Dia 8
18h – Apresentação do Núcleo de Músicas Antigas da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), na Igreja do Bonfim. - Dia 9
9h – Seminário “280 Anos da Chegada da Imagem do Nosso Senhor do Bonfim à Bahia”, na Cúria Arquidiocesana (Garcia). - Dia 10
7h30 – Missa campal, na Colina Sagrada.