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Meio Ambiente

Casal promove coleta seletiva e reciclagem do azeite de dendê

Proposta tem o objetivo de estimular a economia circular e diminuir os impactos que o descarte do produto causa na natureza

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Mas você já se perguntou para onde vai o azeite de dendê usado nesta e em outras iguarias da culinária baiana? Esse foi o questionamento
Foto: Alex Oliveira/Setur

O acarajé, que é patrimônio cultural do Brasil, é uma comida típica da Bahia e muito consumida pelos moradores e turistas. Mas você já se perguntou para onde vai o azeite de dendê usado nesta e em outras iguarias da culinária baiana? Esse foi o questionamento feito por Carolina Heleno e Flávio Cardozo. O casal fez uma pesquisa de campo e notou que devido aos problemas de gestão de resíduos da cadeia, 90% dos tabuleiros de acarajé não conseguem fazer o descarte adequado dos resíduos e não reciclam o produto. A partir disso, eles desenvolveram uma proposta voltada para a coleta seletiva, logística reversa e reciclagem de azeite de dendê em Salvador.

De acordo com Carolina Heleno, esse projeto, que faz parte da startup ÓiaFia!, uma saboaria artesanal, apresenta três soluções principais: EcoColeta, EcoPonto e E-Commerce. O primeiro tem o intuito de conectar o público-alvo. “A EcoColeta representa uma solução digital com mecanismos de coleta seletiva e logística reversa inteligente. Por meio de um aplicativo mobile, tabuleiros de acarajé, cooperativas e ecopontos serão mapeados, conectando a população às principais iniciativas de reciclagem”.

Flávio Cardozo e Carolina Heleno

Já os outros dois pontos têm objetivo comercial e rentável. “Os resíduos de dendê serão então direcionados para o EcoPonto, um espaço físico onde serão reciclados por meio da produção de sabão. Posteriormente, os sabões de dendê reciclados serão comercializados por meio de um E-Commerce, que também disponibilizará a venda de créditos de reciclagem, possibilitando a compra por empresas, que poderão comprovar seu engajamento na compensação dos resíduos da cadeia de dendê”, explica Carolina.

A capital baiana possui cerca de 3.500 baianas de acarajé, que consomem mais de 6 milhões de litros de azeite de dendê por ano. Segundo Flávio Cardozo, as consequências para o meio ambiente são visíveis. “Os impactos ambientais desse processo são claros. O azeite despejado no ralo polui milhares de litros de água, causa a morte de várias espécies aquáticas, e causa o mau funcionamento das redes coletoras de esgoto, gerando altos custos ao município e a população”.

Carolina ressalta que além de ser socioambiental, a ideia fomenta a economia circular, conceito que une atividades econômicas e cuidado com a natureza, e gera benefícios aos envolvidos. “Não existe hoje uma instituição baiana que reúne essas soluções em um único modelo. As companhias existentes, que, geralmente, têm como foco apenas grandes redes, não conseguem atender pequenos empreendedores, como as baianas de acarajé. Nossas soluções buscam resolver esses problemas e desenvolver um modelo tecnológico expansível para outros tipos de óleos de fritura e regiões do país”.

O projeto, que foi contemplado pelo Edital Inventiva, da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), que é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), está na fase inicial e busca mais patrocinadores. “Em paralelo ao desenvolvimento dos processos e tecnologias do projeto, a startup tem como próximos passos a busca de patrocínio, apoio e investimentos para montagem da fábrica e adequação da infraestrutura de equipamentos relacionados ao armazenamento, pré-tratamento, reciclagem e produção de sabão de azeite de dendê”, diz Carolina.

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Os cofundadores Co-CEO da ÓiaFia também contaram com o apoio do Programa de Aceleração de Startups realizado pela Vale do Dendê, Google for Startups e a Qintess e o Programa Investe Mais, financiado pela MDC Energia. Além disso, a startup desenvolveu uma parceria com pesquisadores do Instituto de Computação da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.

Meio Ambiente

Bahia institui Fundo de Compensação Ambiental

A medida torna mais eficiente a forma como os recursos destinados à proteção das Unidades de Conservação (UCs) são recebidos e utilizados

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(DOE), o Decreto nº 23.770 de 04 de junho de 2025, que cria oficialmente o Fundo de Compensação Ambiental (FCA).
Foto: Rui Rezende

O Governo da Bahia deu um passo importante para reforçar a preservação ambiental no estado. Foi publicado, nesta quinta-feira (05), no Diário Oficial do Estado (DOE), o Decreto nº 23.770 de 04 de junho de 2025, que cria oficialmente o Fundo de Compensação Ambiental (FCA). A medida visa tornar mais eficiente a forma como os recursos destinados à proteção das Unidades de Conservação (UCs) são recebidos e utilizados, garantindo que o dinheiro realmente se transforme em ações concretas em defesa do meio ambiente. 

A compensação ambiental é uma obrigação prevista por lei para empreendimentos que causam impactos significativos à natureza. Em outras palavras, quando um projeto afeta o meio ambiente de forma relevante (como grandes obras de infraestrutura, por exemplo), os responsáveis devem investir parte dos recursos em ações de preservação. O valor da compensação é calculado com base em estudos técnicos e pode chegar a até 0,5% do custo total do empreendimento. 

Com a nova regulamentação, o governo baiano espera destravar dezenas de projetos socioambientais que estavam parados e assegurar a aplicação adequada dos recursos. O FCA vai permitir que os empreendedores escolham a chamada “execução indireta”, ou seja, em vez de realizarem diretamente as ações compensatórias, poderão depositar o valor no fundo. A partir daí, os recursos serão administrados por uma entidade especializada, contratada por meio de edital público. 

Segundo Pedro Tojo, coordenador de Gestão dos Fundos da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o novo fundo representa um avanço importante: “O FCA é crucial para compensar os impactos negativos de projetos e atividades sobre o meio ambiente, garantindo a sustentabilidade e a preservação da biodiversidade”, disse o coordenador. 

A coordenadora de Ações Estratégicas da secretaria, Maiana Pitombo, destaca que a criação do fundo também melhora a transparência e a eficiência na aplicação dos recursos. “A nova regulamentação do FCA irá viabilizar a modalidade de execução indireta da Compensação Ambiental no âmbito do Estado da Bahia e aprimorar a eficiência, transparência e eficácia na administração destes recursos, compatibilizando a normativa estadual com as inovações trazidas pela legislação federal vigente”, afirma. 

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Uma das novidades trazidas pelo decreto é a definição clara de dois papéis essenciais para o funcionamento do fundo: o Gestor Financeiro, que será um banco público selecionado por edital, e o Gestor Operacional, responsável por aplicar os recursos em projetos ambientais. Com isso, será possível acompanhar o uso do dinheiro, garantir a execução correta dos projetos e prestar contas à sociedade de forma transparente. A expectativa do governo é viabilizar, nos próximos meses, a execução de mais de 30 Termos de Compensação Ambiental já assinados e que somam um valor superior a R$ 80 milhões. São recursos que poderão ser finalmente aplicados na manutenção, proteção e regularização fundiária de diversas unidades de conservação em todo o estado. 

A aplicação desses recursos deve seguir uma ordem de prioridade já estabelecida: primeiro, a regularização fundiária e a demarcação das terras das unidades de conservação; em seguida, a elaboração, revisão ou implantação de seus planos de manejo. Depois, vêm a aquisição de bens e serviços essenciais à gestão, monitoramento e proteção das unidades, incluindo suas áreas de amortecimento. Também estão previstas ações voltadas à criação de novas unidades de conservação e à realização de pesquisas que contribuam para o seu manejo adequado. 

Para chegar até aqui, a Sema contou com o apoio da Procuradoria Geral do Estado (PGE) na criação de um Grupo de Trabalho que elaborou a proposta de atualização do decreto anterior. O objetivo foi garantir segurança jurídica e operacional para todo o processo de gestão do fundo. Além disso, a secretaria também firmou parcerias importantes para fortalecer o sistema de compensação ambiental na Bahia. Um exemplo é o acordo de cooperação técnica com a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que tem contribuído com estudos, ferramentas de apoio à tomada de decisão e estratégias para aplicar os recursos de forma mais eficiente e justa.

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Meio Ambiente

Embasa celebra marca de 800 mil mudas doadas em 13 viveiros educadores

Projeto intensifica atividades educativas como visitas guiadas, plantios e doações de mudas em parceria com prefeituras, escolas, ONGs

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Na Semana do Meio Ambiente, a Embasa celebra o trabalho do projeto Viveiro Educador que atua, desde 2017, na preservação da
Foto: Divulgação/Embasa

Na Semana do Meio Ambiente, a Embasa celebra o trabalho do projeto Viveiro Educador que atua, desde 2017, na preservação da biodiversidade, reflorestamento de áreas degradadas e proteção de nascentes e mananciais. Nos viveiros são produzidas para o plantio dezenas de espécies vegetais como ipê, aroeira, jenipapo e caju – que ajudam a restaurar biomas como a Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica, em diferentes partes da Bahia. 

Diversas ações estão sendo desenvolvidas nesta semana por todo estado através do projeto, como distribuição de mudas, palestras, oficinas, feiras ambientais e visitas de estudantes. Em Mucuri, cerca de 1.200 mudas serão doadas para secretarias de meio ambiente de municípios vizinhos; plantio de árvores na principal avenida da cidade; participação em feiras e recebimento de estudantes no viveiro. Além disso, será inaugurado um mini viveiro dentro da creche Municipal Vovó Marieta, onde as crianças de 2 a 5 anos cuidarão das espécies recebidas. 

“Nós já iniciamos aulas de meio ambiente com as crianças da creche. Elas recebem as mudas e são ensinadas a cuidar das plantas, regando diariamente, para no dia da árvore, em setembro, plantarmos árvores na instituição. A cada 15 dias equipes da Embasa irão até a creche para realizar manutenção do mini viveiro. Além de estarmos plantando uma consciência ambiental no início da vida dessas crianças, as árvores têm papel importante para arborização do local e formação de sombras para os alunos”, explica o gerente do escritório local da Embasa em Mucuri, Rafael Fernandes. 

O Viveiro de Feira de Santana, reinaugurado recentemente, está recebendo nesta semana visita de grupos de estudantes de escolas públicas e privadas, para conhecer o funcionamento do espaço e participar de uma série de atividades educativas e lúdicas, como jogo da memória, roleta do conhecimento e passa ou repassa, trazendo conteúdos voltados para a preservação ambiental. 

Anne Gabriele, aluna do 4º Ano do ensino fundamental, participou da visita ao viveiro da cidade, falou do entusiasmo de ter conhecido várias espécies vegetais como pau-brasil. “Gostei muito de ver as plantinhas e das brincadeiras que fizeram com a gente. O cuidado com o meio ambiente é muito importante para ajuda o planeta terra”, conta a estudante. 

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O projeto possui 13 pontos de cultivo de diversas espécies vegetais frutíferas e ornamentais no interior da Bahia, em cidades como Lençóis, Feira de Santana e Vitória da Conquista. Cada viveiro possui capacidade de produção anual de até 30 mil mudas e juntos já produziram mais de 800 mil desde o início das atividades. 

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Meio Ambiente

ECOguardiões marcam reabertura do Parque Zoobotânico da Bahia

O grupo de estagiários e colaboradores do Programa Primeiro Emprego (Sema/Inema) participaram de uma visita guiada especial

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Parque Zoobotânico da Bahia reabriu as portas ao público com uma visita guiada especial, conduzida pelos integrantes do Projeto ECOguardiões.
Foto: Ascom/Inema

Nesta terça-feira (3), o Parque Zoobotânico da Bahia reabriu as portas ao público com uma visita guiada especial, conduzida pelos integrantes do Projeto ECOguardiões. O grupo, formado por estagiários e colaboradores do Programa Primeiro Emprego (Sema/Inema), conectou-se com os visitantes para compartilhar conhecimentos sobre a importância ambiental do parque, enriquecendo a experiência de todos os participantes.

A gestora do zoológico, Ana Celly Pinho, ressaltou a proposta do espaço, destacando a missão do Parque. “A população vem conhecer um parque com diversas áreas novas, e com animais novos também, mas animais da nossa fauna. Casa vez mais, nós focamos em cuidar dos animais da nossa fauna, o foco é conservação, bem-estar animal. Nós tentamos através da educação ambiental mudar, conscientizar os visitantes, que eles deem importância ao novo panorama do que acontece no meio ambiente, enquanto nossa fauna precisa ser conservada, precisa ser protegida”, frisou.

Programação especial

Durante os dias 3 e 4 de junho, o parque contará com uma programação especial para marcar a reabertura e celebrar o Dia Mundial da Educação Ambiental. Entre elas, nos turnos da manhã, das 9h às 11h30, e durante a tarde, das 13h às 16h30, haverá distribuição de mudas, equipe informativa distribuída pelo parque para orientações e esclarecimento de dúvidas, enriquecimento alimentar dos animais às 9h, 11h, 14h e 16h, além de sessões do Cine Zoo com o documentário sobre o Pantanal, às 9h e 14h.

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