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Carnaval 2024

Estado destina R$15 milhões para blocos afro no Carnaval

O anúncio do investimento recorde foi feito pelo governador em reunião com representantes de entidades carnavalescas

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Secretaria de Cultura do Estado (Secult) no Carnaval de Bahia. O anúncio foi feito durante encontro de representantes dos blocos afro,
Fotos: Fernando Vivas/GOVBA

O Ilê Aiyê completa 50 anos de Carnaval, marcando também a presença dos blocos afro nos circuitos, e será parte dos grupos contemplados pelo investimento recorde do programa Ouro Negro, aportado anualmente através da Secretaria de Cultura do Estado (Secult) no Carnaval de Bahia. O anúncio foi feito durante encontro de representantes dos blocos afro, afoxés e entidades de matriz africana com o governador Jerônimo Rodrigues, os secretários da Cultura, Bruno Monteiro, da Igualdade Racial, Ângela Guimarães, e de outras pastas estaduais, nesta terça-feira (9), no Centro Administrativo, em Salvador.  

Serão quase R$ 15 milhões para o Carnaval dos blocos afro em 2024, que vão ampliar o número de entidades beneficiadas. No ano passado, o investimento foi de cerca de R$ 8 milhões. A reunião desta terça (9) também foi uma escuta aos representantes de cada grupo e às suas necessidades, para a garantia da participação nos circuitos e para visibilizar os temas pensados por cada bloco todo ano. O governador Jerônimo relembrou a pedagogia em torno das composições das canções dos blocos afro e antecipou que o Estado deve investir nos blocos e entidades em outros períodos além do carnaval.  

“O conteúdo das letras das músicas é muito intenso e os blocos sempre trabalham levando mensagens. Portanto, esse ano, preparamos uma homenagem ao meio século de vida dos blocos afro. Não só na Bahia, no Brasil e, por que não dizer, no mundo? A proposta foi avaliada, discutida e criticada pelos blocos afro. Chamamos eles para que pudessem apreciar essas possibilidades. Homenagem a gente não pede permissão. A gente quer fazer algo que não termine no Carnaval, mas uma política pública para os próximos dois, três anos”, detalhou. 

Anunciado pelo governador como coordenador do Carnaval da Bahia novamente este ano, o vice-governador Geraldo Júnior destacou a importância desse encontro. “Hoje, é um momento de escutar os blocos afro, que são tão importantes para o Carnaval da Bahia por resgatarem e manterem a nossa cultura viva. Esse encontro do Governo do Estado com representantes desses blocos potencializa a condução dos entendimentos para a realização de uma festa democrática e participativa”. 

Sobre coordenar as ações de governo no Carnaval pelo segundo ano consecutivo, Geraldo Júnior agradeceu a confiança de Jerônimo. “Reitero meu compromisso para desempenhar essa coordenação trazendo todo o aprendizado adquirido em 2023. A escuta tem sido uma marca da nossa gestão, e seguiremos com essa conduta na realização do Carnaval da Bahia, essa que é a maior festa de rua do planeta”, declarou o vice-governador. 

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Protagonismo baiano 

Ângela Guimarães, secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais, acrescentou que a Bahia foi escola para o desenvolvimento de blocos em todo o país. “Se a gente tem experiência de blocos afro no Brasil, deve-se exatamente ao protagonismo da Bahia. Então, é isso que esse momento de diálogo e de escuta revela. Há uma cultura negra, pulsante, ancestral, atual, futurista, que marca o diferencial da cultura baiana e que precisa ser cantada aos quatro ventos”, reforçou. 

O titular da Cultura Bruno Monteiro explica que a ampliação do Carnaval Ouro Negro é uma forma de reconhecer o valor dos blocos afro para a Bahia e homenagear as entidades. “Os blocos afro, os afoxés têm uma importância muito grande no reconhecimento do Carnaval da Bahia, para chegarmos onde chegamos. Este ano, completamos 50 anos dos blocos afro nessa festa e vamos homenageá-los com a ampliação do Carnaval Ouro Negro, com a ampliação de valor, ressaltando o protagonismo deles e dessa energia ancestral que é o Carnaval da Bahia”, reforçou. 

Representando o Bloco da Capoeira, o cantor e compositor Tonho Matéria celebrou o canal de diálogo aberto pelo Estado para melhorar as políticas públicas para os blocos afro da Bahia. “Sinto-me muito feliz em poder estar compartilhando este momento, e, enquanto dirigente de bloco afro, estou me sentindo importante dentro do cenário do Carnaval. É um avanço, e acredito que, a partir de agora, vamos ampliar essa discussão e as políticas públicas dentro das comunidades”, compartilhou.  

A homenagem aos 50 anos da presença dos blocos afro no Carnaval se estende ao tema da festa este ano: “Nossa energia é ancestral”. O secretário da Cultura destaca ainda que o objetivo do encontro também é dar suporte aos grupos e entidades de forma continuada, dando espaço aos blocos e afoxés em outros festejos populares, como lavagens e carnavais do interior. “Há uma reivindicação de um apoio permanente, que não se restrinja ao Carnaval. Assumimos esse compromisso desde o ano passado, e estamos estudando, a partir dos recursos da lei Aldir Blanc, dar um apoio continuado às entidades de matriz africana, porque entendemos que elas não fazem só Carnaval, elas fazem cultura. E cultura é o ano todo”, avaliou.  

Transmissão para todo Brasil 

O cantor Tonho Matéria ainda falou da necessidade de ver os blocos afro na televisão e frisou que a TVE sempre cumpriu esse papel no carnaval de Salvador. “A TVE deu essa visibilidade, de fato, para os blocos de matriz africana. Tinha um tempo que a gente não aparecia na televisão. E aí eu quero, nesse momento, me colocar aqui enquanto artista negro. Era muito difícil eu ver minha imagem na televisão no Carnaval”, lembrou.  

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Esse ano, a TV pública do Estado, além da transmissão através da TVE e da TV Brasil, que privilegia os blocos afro, vai exibir reportagens especiais em homenagem aos 50 anos das entidades no circuito da capital baiana. 

Carnaval 2024

Setur inicia promoção do São João da Bahia

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escolha da Bahia no Carnaval e fazendo o convite para que eles retornem no São João, a Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA)
Foto: Eduardo Bastos/SeturBA

Em agradecimento aos turistas pela escolha da Bahia no Carnaval e fazendo o convite para que eles retornem no São João, a Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA) realizou, na Quarta-feira de Cinzas (14), no aeroporto e na rodoviária de Salvador, a ação promocional “Até Breve”. A iniciativa seguiu, nesta quinta-feira (15), com banda de forró e dançarinos, que interagem com passageiros nacionais e do exterior, durante o embarque, em clima de festa junina.

“Queremos mostrar que, além do Carnaval, a Bahia possui outra grande festa popular, rica em cultura e tradição. O nosso São João é o maior do Brasil, que acontece em mais de 400 municípios baianos”, explicou a coordenadora do Serviço de Atendimento ao Turista (SAT), Tatiana Harfush.

“É a quinta vez que venho à Bahia. Adorei o Carnaval e deu vontade de conhecer o São João baiano. Soube que é uma festa romântica, com dança sensual”, relatou a aposentada francesa Nicole Clement, de 65 anos.

“O Carnaval foi bom demais. Eu nunca passei o São João na Bahia, mas depois dessa apresentação animada, que me surpreendeu, estou disposto a aceitar o convite para voltar, em junho”, pontuou empresário André Pegorer, 40 anos, de Curitiba.

“A Bahia tem o melhor Carnaval do mundo. A energia é indescritível. Vi muito policiamento e nenhuma briga. Não conheço os festejos juninos daqui, mas esse show de forró no embarque é um convite sedutor”, afirmou a professora universitária Lílian de Freitas, 47 anos, de São Paulo.

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Carnaval 2024

Baianos e turistas aproveitam Arrastão da Quarta de Cinzas

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Arrastão da Quarta-feira de Cinzas. Idealizado por Carlinhos Brown, que fechou o desfile, o evento contou com os trios de
Foto: Joka O. Gueiros / Secom PMS 

Mesmo com o sol forte em Salvador, cidadãos e turistas aproveitaram a Quarta-Feira de Cinzas para se despedir do Carnaval 2024 no tradicional Arrastão da Quarta-feira de Cinzas. Idealizado por Carlinhos Brown, que fechou o desfile, o evento contou com os trios de Bell Marques, Léo Santana e Danniel Vieira. 

Ao som de “Diga que Valeu”, o cantor Bell Marques deu o pontapé ao desfile, seguido de Léo Santana, que relembrou “Mamoeiro”, sucesso da banda Parangolé, de onde foi vocalista. 

Homenagem 

Mais uma vez homenageando os agentes de limpeza, o sertanejo Danniel Vieira foi a terceira atração. “Deu tudo certo neste Carnaval. Sobrou um restinho de voz e a gente conseguiu estar aqui mais uma vez mostrando a pluralidade da folia e homenageando os agentes, que arrumam a nossa bagunça e merecem muito”, declarou. Entre os convidados, Kart Love e Guga Meyra, da banda Duas Medidas, além de Rafique, da banda Mambolada. 

Ancestralidade 

“Onda do mar me levou e eu resisti”. Desta forma, Brown iniciou seu desfile após chegar em cortejo com os Zárabes ao Farol da Barra para iniciar sua passagem no Arrastão, por volta das 11h. 

“Sou ancestralidade, sou Ilê Aiyê e era necessário fazer o grito afro, porque existiu Mãe Hilda. O Ilê me acolheu e ao coletivo axé music para que ele existisse. O Ilê também acolhe a cidade”, disse o artista, após o padê, abrindo os caminhos e lembrando que, neste ano, o homenageado do arrastão é Neguinho do Samba, falecido em 2009. 

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Carnaval 2024

Unidos da Viradouro é a grande campeã do Rio

Foi o terceiro título da escola. O último havia sido em 2020

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A escola de samba Unidos da Viradouro é a campeã do Carnaval do Rio de Janeiro de 2024. No ano em que a Marquês de Sapucaí
Fotos: Reprodução/Instagram

A escola de samba Unidos da Viradouro é a campeã do Carnaval do Rio de Janeiro de 2024. No ano em que a Marquês de Sapucaí comemora o 40ª aniversário, a Viradouro teve o melhor desempenho entre as 12 escolas de samba carioca do Grupo Especial: 270 pontos. Foi o terceiro título da escola. O último havia sido em 2020.

Esse ano, havia uma tensão quanto ao resultado final, antes mesmo da divulgação das notas. No início da apuração, Jorge Perlingeiro, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), organizadora do Grupo Especial, disse que estava em análise recurso apresentado pela Grande Rio, Imperatriz, Mocidade e Beija-Flor contra a Viradouro. Elas pediram para a escola ser punida com a perda de 0,5 ponto por uma irregularidade na comissão de frente. A alegação é que o limite de 15 integrantes visíveis durante a apresentação foi ultrapassado. Mas como a Viradouro ficou 0,7 ponto à frente da segunda colocada, nem o recurso, caso seja aprovado, poderá tirar o título da escola.

Com um samba que homenageia o culto ao vodum serpente, que nasceu na Costa ocidental da África, a Unidos da Viradouro foi a última escola a entrar na Sapucaí na segunda-feira (12), o segundo dia de desfiles. As outras cinco melhores colocadas foram, nessa ordem: Imperatriz Leopoldinense, Grande Rio, Salgueiro, Portela e Vila Isabel. Elas se juntam à Viradouro para o Desfile das Campeãs, que acontece no Sambódromo, no próximo sábado (17). Com 264,9 pontos, a Porto da Pedra foi rebaixada e vai disputar a Série Ouro em 2025.

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