Economia
Bahia registra menor taxa de desocupação em 12 anos
O estado baiano está entre os sete que apresentaram queda significativa da taxa de desemprego, do 2º para o 3º trimestre do ano

A Bahia registrou taxa de desocupação de 9,7%, no terceiro trimestre de 2024, a menor da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNADC), iniciada em 2012. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado baiano está entre os sete que apresentaram queda significativa da taxa de desemprego, na passagem do segundo para o terceiro trimestre do ano.
Ao longo do ano, a Bahia tem liderado a geração de empregos no Nordeste, em quase todos os meses computados. De acordo com o titular da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães, a redução da taxa de desocupação decorre do aquecimento da economia, fruto de políticas públicas implementadas pelo Governo do Estado, aliadas a ações do Governo Federal.
“A política de valorização do salário mínimo e dos Benefícios de Prestação Continuada (BPC) tem um impacto significativo em um mercado de trabalho como o nosso. Além disso, temos os investimentos públicos, em programas como o PAC, e os investimentos do Governo do Estado. A Bahia é o segundo estado brasileiro em investimentos públicos, ultrapassando os R$ 6 bilhões até outubro. O Governo do Estado tem investido, também, na qualificação profissional, preparando mão de obra para ocupar os postos de trabalho”, pontuou.
A pesquisa mostra que a taxa de desocupação, na Bahia, caiu 1,4% frente ao trimestre anterior, passando de 11,1% para 9,7%. Comparado ao resultado do 3º trimestre de 2023, a redução foi ainda maior, de 3,3%, o que representa uma redução de 262 mil pessoas em desocupação. Entre os ocupados no 3º trimestre de 2024, houve aumento de 5,5% (ou 89 mil) no número de empregados no setor privado, com carteira assinada, na comparação anual.
Entre as 11 atividades econômicas contabilizadas, nove apresentaram aumento no número de pessoas ocupadas, com destaque para o setor de Serviços: aumento de 128 mil pessoas ocupadas, no 3º trimestre de 2024, em relação ao trimestre anterior. No subsetor de Administração Pública, Defesa, Seguridade Social, Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais, houve aumento de 36 mil pessoas, o que representou acréscimo de 3,0% na variação trimestral.
Serviços domésticos registraram elevação de 49 mil pessoas em relação ao trimestre anterior, enquanto ‘Outros Serviços’ apresentou aumento de 10,7% (ou 33 mil) no mesmo período de comparação. As únicas atividades com redução no número de ocupação foram a Construção e o setor de Transporte, Armazenagem e Correio.
Qualificação
Os investimentos do Governo do Estado em cursos de qualificação profissional, em 2024, ultrapassam os R$ 30 milhões. Um exemplo é o Qualifica Industrial, que contou com investimento de R$ 1,9 milhão e certificou 472 trabalhadores, concluintes dos cursos preparatórios para seleção da montadora BYD. Até 2026, o Programa Manuel Querino, parceria com o Governo Federal, deve qualificar mais de 17 mil pessoas em 202 municípios baianos.
Economia
Famílias baianas que consomem até 80 kWh já se beneficam do ICMS zero nas contas de luz
Medida, anunciada pelo Governo do Estado, beneficia cerca de 1,8 milhão de famílias, alcançando mais de 6,18 milhões de baianos

Já está em vigor a isenção de ICMS nas contas de luz para as famílias baianas que consomem até 80 kWh/mês, medida anunciada no início de julho pelo Governo do Estado. De acordo com a Secretaria da Fazenda (Sefaz-BA) o ICMS zero já começou a incidir nas faturas fechadas a partir do último dia 5. A medida ampliou a faixa de isenção do imposto estadual, que antes já não era cobrado sobre as contas de até 50 kwh/mês. Cerca de 1,8 milhão de famílias no estado se enquadram no novo benefício, que alcança mais de 6,18 milhões de baianos. A alteração, ainda segundo a Sefaz-Ba, representa uma renúncia anual de mais de R$ 26 milhões.
O número de unidades de consumo contempladas na Bahia representa 23% do total de famílias com potencial de serem beneficiadas na região Nordeste. A iniciativa baiana segue a mesma linha adotada pelo Governo Federal, que editou em junho a Medida Provisória nº 1.300/2025, simplificando o desconto na Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) e passando a garantir 100% de isenção da conta para famílias inscritas no CadÚnico com renda mensal de até meio salário-mínimo por pessoa e que consomem até 80 kWh/mês. A proposta também contempla pessoas com deficiência ou idosos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de indígenas e quilombolas do CadÚnico.
Caso o consumo ultrapasse o teto de 80 kWh, será necessário pagar a diferença. Por exemplo, se a conta chegar a 100 kWh, paga-se 20 kWh no mês. Antes, os descontos eram aplicados de forma progressiva em faixas diferentes, variando de 10% a 65%, com regras específicas para quilombolas e indígenas.
Em todo o Brasil, 17,39 milhões de famílias têm direito à nova Tarifa Social de Energia Elétrica. São mais de 60 milhões de pessoas beneficiadas pela reestruturação do setor elétrico com foco na promoção da justiça tarifária. São Paulo é a unidade da Federação com o maior número de famílias que terão desconto de 100% para o consumo de até 80 kWh mensais: 8,43 milhões de pessoas. Na sequência estão a Bahia, com 6,18 milhões de pessoas; Rio de Janeiro com 5,88 milhões; e o Ceará, com 5,42 milhões de pessoas.
Economia
Cargill informa aquisição de nova planta industrial na Bahia
A empresa americana, processadora de soja, fica localizada no município de Barreiras

A empresa americana Cargill informou aquisição de nova planta industrial na Bahia ao governo do baiano em comunicado enviado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico. De acordo com a companhia, a fábrica de processamento de soja, localizada no município de Barreiras, reafirma o compromisso com o estado e com o desenvolvimento econômico e social da região.
A unidade de Barreiras tem capacidade de esmagamento, refino e envase de óleo vegetal, podendo abastecer os mercados nacional e internacional por meio da produção de farelo de soja, casca peletizada, óleo degomado e óleo refinado, além de gerar cerca de 250 empregos diretos. A aquisição soma-se aos mais de R$ 8 bilhões investidos pela Cargill no Brasil nos últimos cinco anos e ocorre no ano que a companhia celebra 60 anos de atuação no país.
“Receber essa notícia, no momento em que o presidente americano resolve aumentar sua taxação sobre produtos brasileiros, é muito importante para a economia baiana. A ampliação dos investimentos dessa gigante são fruto do trabalho sério e comprometido do time do governador Jerônimo Rodrigues. No comunicado, a Cargill afirma que a Bahia ocupa posição estratégica em suas operações e que a aquisição reforça sua estratégia de crescimento e confirma a confiança da companhia no potencial agroindustrial do Matopiba”, afirma o secretário da pasta, Angelo Almeida.
A Cargill finalizou o informe reafirmando seu compromisso com as comunidades onde está presente e agradeceu a constante parceria do governo baiano, colocando-se à disposição para realizar iniciativas conjuntas que ampliem os impactos positivos da aquisição na economia regional e no bem-estar das comunidades do Oeste baiano.
Economia
Governo da Bahia e FIEB discutem impactos da taxação de Trump
Foi criado um grupo de trabalho para avaliar o tarifaço dos EUA e buscar novas alternativas comerciais

O Governo do Estado e a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) criaram um grupo de trabalho para discutir os possíveis impactos da taxação imposta pelos Estados Unidos ao Brasil, a partir de agosto, e buscar novas alternativas comerciais que protejam a economia da Bahia.
O objetivo é indicar as estratégias mais adequadas para enfrentar a política comercial americana e construir uma agenda de trabalho positiva para assegurar os investimentos, o emprego e a renda no estado.
A iniciativa foi definida nesta segunda-feira (14), durante reunião realizada entre o governador Jerônimo Rodrigues e o presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, com a presença de secretários estaduais e representantes do setor produtivo.
Dentre os assuntos abordados na reunião, destacam-se:
- A medida do presidente dos Estados Unidos gera instabilidade institucional que prejudicará sobremaneira a economia daquela nação no futuro. A postura dos EUA com mudança de regras comerciais de forma deliberada como instrumento político, buscando intervir na soberania das nações e ferindo as leis de mercado, poderá tornar o mercado daquele país pouco atrativo e confiável;
- As taxações afetarão a economia baiana. Atualmente, esse mercado é responsável por 8,3 % das exportações da Bahia. Nesse sentido, destacam-se os de celulose, derivados de cacau e pneus, todos eles com longas cadeias produtivas, o que reverbera no conjunto da atividade econômica estadual. Outros setores, como o petroquímico e alguns vinculados à mineração e ao agronegócio, também serão atingidos.
- Reconhecemos que a resposta aos EUA é necessária para tentar inibir esse tipo de prática. Entretanto, desejamos que essas taxas sejam revistas com diálogo, diplomacia e maturidade, sem um enfrentamento que possa prejudicar mais ainda a economia brasileira, do Nordeste e da Bahia.
Salvador, 14 de julho de 2025
Governo do Estado da Bahia
Federação das Indústrias do Estado da Bahia – FIEB