Meio Ambiente
Bahia reduz desmatamento no cerrado em 52,4%
Esse resultado reflete a eficácia das operações de fiscalização e combate ao desmatamento ilegal

Entre agosto de 2023 e julho de 2024, a Bahia registrou uma expressiva redução de 52,4% no desmatamento do bioma Cerrado, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Esse resultado reflete a eficácia das operações de fiscalização e combate ao desmatamento ilegal, coordenadas pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), com o apoio estratégico da Polícia Militar Ambiental da Bahia.
Ao longo desses 11 meses, foram realizadas sete grandes operações, além de diversas ações pontuais desencadeadas por denúncias. Essas operações abrangeram 54 municípios, demonstrando o compromisso do estado com a preservação de seu patrimônio natural e destacando a eficiência das estratégias adotadas para conter a degradação ambiental na região.
As fiscalizações intensivas fazem parte do programa Pacto pelo Cerrado, uma política pública voltada para a implementação de ações prioritárias que visam à redução do desmatamento ilegal e à promoção do desenvolvimento sustentável. “O programa, que se estende de 2023 a 2027, alinha diretamente as operações de fiscalização aos seus objetivos de governabilidade e sustentabilidade”, afirmou Eduardo Mendonça Sodré Martins, secretário da Sema.
Destaca-se a Operação Mata do Guará, que teve um impacto significativo na redução do desmatamento ilegal em propriedades rurais. Realizada em 2023 e repetida este ano, a operação abrangeu 18 municípios. Tecnologias de sensoriamento remoto, como drones e imagens de satélite, apoiadas por softwares especializados, foram empregadas para identificar irregularidades, como sinais de queima de vegetação e o corte ilegal de pequizeiros, uma espécie frutífera típica do Cerrado.
Outras operações de relevância incluem a Operação São Longuinho, que em 2023 fiscalizou municípios como Jaborandi e Correntina, e a Operação Carvoaria, focada no combate à produção ilegal de carvão vegetal em Riacho de Santana. A Operação de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), realizada no início deste ano em parceria com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), abrangeu 10 municípios da Bacia do Rio São Francisco, priorizando a proteção dos recursos hídricos e da biodiversidade local.
Durante o planejamento das operações, foram mapeadas as áreas, utilizando imagens de cerca de 180 satélites, reunidas pela plataforma RedeMAIS do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O Inema também contou com a tecnologia da ferramenta Harpia para monitorar os biomas baianos, coletando imagens que permitem o acompanhamento contínuo das áreas de vegetação nativa. Além disso, o órgão utiliza o sistema MapBiomas Alerta, que valida e aprimora os alertas de desmatamento em todos os biomas brasileiros.
Para denunciar crimes ambientais, os cidadãos podem entrar em contato com o Disque Denúncia do Inema, pelo número: 0800-071-1400 ou enviar um e-mail para: denuncia@inema.ba.gov.br.
Meio Ambiente
Sema articula pesquisa para controle da medusa invasora na Ilha de Itaparica
A espécie, considerada exótica invasora, tem se proliferado na região e causado preocupação ambiental

A Secretaria do Meio Ambiente (Sema), em parceria com pesquisadores, articula nesta quinta-feira (24) uma ação com foco no monitoramento e controle da medusa invertida (Cassiopea andromeda) em uma área estuarina da Ilha de Itaparica.
A espécie, considerada exótica invasora, tem se proliferado na região e causado preocupação ambiental. Estudos apontam que sua reprodução ocorre por meio de pólipos microscópicos, o que dificulta o controle natural da população.
A área afetada é limitada e quase totalmente cercada por terra, o que favorece a adoção de medidas de contenção. A estratégia inclui o desenvolvimento de uma pesquisa científica para acompanhar a dinâmica populacional da medusa, com ações de quantificação, medição e remoção progressiva ao longo de 90 dias.
Com a pesquisa, o intuito da Sema é reduzir a proliferação da espécie e buscar sua erradicação local, por meio de uma solução conjunta entre ciência e gestão ambiental.
Serviço
- O quê: Sema inicia pesquisa para controle da medusa invasora na Ilha de Itaparica
- Quando: 24 de julho de 2025
- Onde: Ilha de Itaparica
- Contato: André Reis (71) 99618-2470
Meio Ambiente
“Cabelinhos” no pneu é sinal de qualidade?
Dunlop desvenda os motivos que levam à remoção dos “cabelinhos”. Essa prática protege tanto o desempenho quanto o meio ambiente

Eles despertam curiosidade e até geram uma falsa sensação de segurança entre consumidores. Os famosos “cabelinhos” presentes nos pneus novos são frequentemente associados à ideia de pneu novo, como um “sinal de garantia” de que o pneu nunca tocou o chão. Porém, essa percepção está equivocada. Na verdade, esses “cabelinhos” são apenas resíduos naturais do processo produtivo e podem gerar impactos negativos quando não removidos adequadamente.
A ciência por trás dos “cabelinhos”
Durante a vulcanização – etapa crucial em que o pneu “verde” ganha forma definitiva sob alta temperatura (cerca de 150°C) e pressão -, o ar preso entre o material e o molde metálico precisa escapar. Para isso, o molde possui pequenos furos de ventilação, tecnicamente chamados de “spews” ou respiros.
Quando o pneu “verde” é pressionado contra o molde quente, uma pequena quantidade da borracha entra nesses microfuros, formando os famosos cabelinhos ao redor da peça. É um processo natural e necessário para a produção convencional de pneus.
Os três problemas dos cabelinhos não removidos
A Dunlop adota a remoção sistemática desses filamentos desde 2013, baseada em evidências técnicas e ambientais que demonstram os benefícios da prática:
1) Controle de qualidade superior: A Dunlop submete 100% de sua produção a testes rigorosos de força radial, força lateral, conicidade e balanceamento dinâmico e estático. Os cabelinhos, com tamanhos e posições irregulares, podem interferir nos sensores de precisão, comprometendo a confiabilidade dos dados.
2) Redução de ruído: Ao entrarem em contato com o asfalto, especialmente em superfícies lisas, os filamentos geram ruídos e pequenas vibrações que podem incomodar os ocupantes do veículo.
3) Impacto ambiental silencioso: Quando não removidos, os cabelinhos se desprendem gradualmente durante o uso normal dos pneus. Essas micropartículas de borracha são arrastadas pela chuva para sistemas de esgoto e, eventualmente, chegam a rios e lagos.
“Para um único pneu, a quantidade liberada pode parecer insignificante”, explica Alex Rodrigues, Gerente de Processos da Dunlop. “Mas quando consideramos os milhões de pneus em circulação no Brasil, essas micropartículas representam uma fonte significativa de micropoluição que pode afetar a vida aquática.”
Ameaça aos ecossistemas aquáticos
As micropartículas de borracha podem ser confundidas com alimento por peixes e outros organismos aquáticos, causando problemas digestivos e comprometendo a cadeia alimentar. Esse tipo de micropoluição tem ganhado atenção crescente da comunidade científica mundial como um dos fatores que contribuem para a degradação de ecossistemas aquáticos.
Economia circular em ação
A responsabilidade da Dunlop não se limita à remoção dos cabelinhos. Todos os filamentos retirados durante o processo produtivo recebem destinação adequada através do coprocessamento, sendo transformados em matéria-prima para outras aplicações industriais:
- Pisos industriais e residenciais: Conferindo maior durabilidade e propriedades antiderrapantes.
- Gramados sintéticos: Proporcionando melhor absorção de impacto.
- Aditivos para asfalto: Melhorando a resistência e durabilidade do pavimento.
- Artefatos de borracha: Diversos produtos que aproveitam as propriedades do material.
“Transformamos o que poderia ser um resíduo ambiental em recursos valiosos para outras indústrias”, destaca Alex. “É um exemplo prático de como a economia circular pode ser aplicada no setor automotivo.”
Qualidade que vai além da borracha
A remoção dos cabelinhos exemplifica a filosofia de qualidade total da Dunlop, que considera cada detalhe do processo produtivo. Enquanto muitos consumidores nem notam essa diferença, a prática resulta em pneus mais silenciosos desde o primeiro uso e com impacto ambiental reduzido.
“Cada detalhe na fabricação dos nossos pneus é pensado para entregar não apenas segurança e conforto, mas também responsabilidade ambiental”, conclui Alex Rodrigues. “Acreditamos que produzir um bom pneu vai muito além da borracha: envolve inovação, sustentabilidade e compromisso com o futuro.”
O verdadeiro sinal de qualidade
Portanto, ao contrário do que muitos acreditam, a presença de cabelinhos não é indicador de qualidade. O verdadeiro sinal de um pneu bem fabricado está na atenção aos detalhes que garantem desempenho superior, conforto acústico e responsabilidade ambiental – características que, muitas vezes, são invisíveis ao consumidor final, mas fazem toda a diferença na experiência de uso e no impacto ao meio ambiente.
Meio Ambiente
Zoo recebe 67 mil visitantes no primeiro mês após reabertura
Só no primeiro domingo, o Parque registrou a impressionante marca de 12.260 pessoas

O Parque Zoobotânico da Bahia, referência na conservação da fauna silvestre e na educação ambiental, recebeu mais de 67 mil visitantes no primeiro mês após a reabertura ao público, ocorrida no dia 3 de junho. Só no primeiro domingo, o Zoo registrou a impressionante marca de 12.260 pessoas, superando o movimento durante a Semana das Crianças de 2023.
A bióloga e gestora técnica do Zoo, Ana Celly Lima, comemorou o sucesso da reabertura. “Os números são surpreendentes. Nós tínhamos uma expectativa de receber um número grande de visitantes, pois havia muita curiosidade em conhecer as novas áreas do parque e revisitar espaços revitalizados, como o aviário, que é muito querido pelo público. Mas nossa expectativa foi superada.”
Entre as novidades que têm encantado os visitantes, está o novo espaço de convivência com uma vista privilegiada. O aviário, um dos equipamentos mais esperados, abriga mais de 200 aves de diferentes espécies, em um recinto de imersão. Nele, os visitantes podem observar o comportamento natural das aves, como voos, banhos, limpeza de penas e outras interações.
Outro destaque é o felinário, totalmente revitalizado. A nova estrutura com pergolado e iluminação reduzida foi pensada para proporcionar mais conforto e melhor visibilidade dos animais dentro da gruta.
Entre os novos espaços, o Parque conta com o Sítio Paleontológico, que exibe uma réplica em tamanho real de um Tiranossauro Rex, com quase 10 metros de altura. Segundo Ana Celly, as crianças adoram o local, que também abriga a ossada de uma baleia-jubarte e uma montagem com os esqueletos de uma orca e de um golfinho. O Parque é um dos poucos zoológicos do Brasil a contar com esse tipo de exibição.
Durante o primeiro mês de reabertura, a equipe de educação ambiental também teve uma atuação intensa. De acordo com Samantha Grimaldi, bióloga do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e responsável pelo setor, diversas instituições foram atendidas. “Atendemos escolas estaduais, municipais, particulares, instituições de ensino superior e grupos familiares. Explicamos sobre o papel do parque, os cuidados com o bem-estar dos animais, a conservação das espécies e a rotina do nosso trabalho. O público tem abraçado com entusiasmo essas atividades”.
O Zoo que está localizado no Alto de Ondina s/nº, no bairro de Ondina, funciona de terça a domingo, das 9h às 17h, e pode ser acessado tanto pela portaria inferior quanto pela superior, facilitando o acesso de quem vem de ônibus ou por aplicativo.