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Agricultura

Bahia lidera produção nacional de sisal e alinha novas estratégias para o setor

A sisalicultura é uma das poucas atividades economicamente viáveis no semiárido nordestino, permitindo a permanência das famílias no campo

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A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) promoveu, nesta segunda-feira (01),
Foto: Divulgação/Seagri

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) promoveu, nesta segunda-feira (01), a 5ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial do Sisal. O encontro reuniu produtores, sindicatos, prefeituras e diversas instituições parceiras, consolidando-se como um espaço de diálogo e construção coletiva de estratégias voltadas ao desenvolvimento, inovação e valorização da região sisaleira.

Durante a reunião, o secretário estadual da Agricultura, Pablo Barrozo, destacou o papel estratégico da Câmara Setorial na articulação de soluções para os principais desafios do setor. “Esse espaço é essencial para construirmos soluções conjuntas, fortalecermos os produtores e garantirmos o desenvolvimento da cadeia produtiva do sisal. Atuamos em parceria com prefeituras, sindicatos rurais, secretarias e instituições como a Conab e a Faeb, com o objetivo de aprimorar políticas públicas, ampliar a competitividade e abrir novos mercados. Nosso compromisso é consolidar a Bahia como a maior produtora de sisal do Brasil”, afirmou Barrozo.

O presidente da Câmara Setorial e dirigente do Sindicato Rural de Conceição do Coité, professor Rafael Mota, também reforçou a importância da integração entre os diversos segmentos envolvidos. “É uma reunião que trata do passado, presente e futuro da cultura sisaleira na Bahia. A parceria entre as entidades, especialmente com a Seagri, que tem se mostrado aberta ao diálogo e ao desenvolvimento de projetos, é fundamental para que possamos alcançar avanços reais para quem está na ponta, os produtores.”

Já o superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Emanuel Carneiro, destacou a sensibilidade do setor e o papel da Conab no apoio à produção. “A Conab está à disposição para contribuir com informações, programas e políticas públicas. Já atuamos com a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), que ajuda a estabilizar os valores da produção em períodos de baixa, promovendo maior segurança para os produtores.”

Além do fortalecimento institucional, foram debatidas pautas voltadas à valorização dos produtores e ao incentivo à modernização, inovação e aumento da produtividade. A iniciativa reforça o compromisso do Governo do Estado com a cadeia do sisal, atividade histórica que gera emprego, renda e desenvolvimento para milhares de famílias do semiárido baiano.

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A importância do sisal na Bahia

A região sisaleira da Bahia abrange 20 municípios e uma área de 21.256,50 km². A sisalicultura é uma das poucas atividades economicamente viáveis no semiárido nordestino, permitindo a permanência das famílias no campo mesmo em regiões com baixos índices pluviométricos.

Atualmente, a Bahia responde por aproximadamente 94,5% da produção nacional de sisal, seguida pela Paraíba (5,4%) e, em menor escala, pelo Ceará e Rio Grande do Norte (0,1% juntos).

Em 2023, o Brasil exportou sisal para 72 países, sendo os principais destinos a China (56%), Estados Unidos (19,5%), Portugal (6%), México (2%) e Canadá (1,9%). Entre os principais produtos exportados estão fibras têxteis, cordéis para atadeiras ou enfardadeiras, fios, cordas, tapetes e revestimentos para pisos (dados da Conab – 2023).

Câmara Setorial do Sisal: articulação e representatividade

A Câmara Setorial do Sisal é composta por representantes da Seagri, Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Centro Tecnológico Agropecuário da Bahia (Cetab), Conab, sindicatos rurais, indústrias de fibras vegetais, consórcios territoriais e associações comunitárias.

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Entre os membros estão: Sindicato Rural de Conceição do Coité, Sindifibras, Consórcio Público de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sisal (CONSISAL), Consórcio da Bacia do Jacuípe, APAEB, FATRES, APPANP, FAEB e a empresa Sout (Solução em Usinagem e Tecnologia).

Agricultura

Expo Uauá 2025 recebe criadores de ovinos e caprinos de 8 estados

A Capital do Bode, como é conhecida, recebe criadores da Bahia, Paraíba, Goiás, Sergipe e Distrito Federal

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Com apoio da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), a 45ª Expo Uauá
Foto: Mateus Pereira

Dois mil animais de oito estados, R$ 150 mil em premiação e a expectativa de 75 mil pessoas. Com apoio da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), a 45ª Expo Uauá reafirma em Uauá a força econômica de uma atividade que o semiárido baiano transformou em símbolo de resistência e prosperidade.

A Capital do Bode, como é conhecida, recebe criadores da Bahia, Paraíba, Goiás, Sergipe e Distrito Federal em uma competição que oferece a maior premiação do país no setor. Para Pablo Barrozo, secretário da Seagri, que participou da abertura oficial na sexta-feira (29) e acompanha a programação da feira, o evento comprova que a caprinovinocultura deixou de ser apenas atividade de subsistência para se tornar negócio estratégico.

“A criação de ovinos e caprinos na Bahia é uma atividade de grande importância econômica e social, especialmente para as regiões semiáridas. Estar presente na ExpoUauá é valorizar os produtores e apoiar o fortalecimento dessa cadeia que gera renda e oportunidades no interior do estado”, destacou o secretário.

O apoio do Governo do Estado, através da Seagri, e das secretárias de Desenvolvimento Rural (SDR) e de Relações Institucionais (Serin), materializa políticas públicas que Pablo Barrozo define como essenciais para consolidar a caprinovinocultura baiana.

“O evento representa a cultura local e o compromisso dos criadores com a produção de qualidade. É essencial garantir infraestrutura, tecnologia e assistência técnica, além de incentivar práticas sustentáveis, fortalecendo toda a cadeia produtiva e ampliando a participação da Bahia no mercado nacional e internacional”, explicou Barrozo.

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História e visão de futuro

A cerimônia de abertura também foi marcada pela homenagem a Luiz Silva de Barros, um dos fundadores da Associação de Criadores de Ovinos e Caprinos da Bahia (ACOBA). Com mais de cinco décadas dedicadas à atividade, ele representa a ponte entre a tradição e a inovação que marcam a caprinovinocultura regional.

Barros apresentou soluções práticas para os desafios históricos da região, como programas de silagem e fenação para garantir alimentação animal durante o período seco. “Se conseguirmos implementar essas iniciativas, Uauá poderá se tornar um verdadeiro centro de produção pecuária, beneficiando criadores, fortalecendo a economia local e garantindo maior produtividade para a região.”

A Expo Uauá movimenta a economia do semiárido e consolida Uauá como referência nacional na caprinovinocultura. O presidente da Associação Uauaense de Criadores de Caprinos e Ovinos (AUCCO), Carlos Ramalho, destacou que a feira gera impacto direto em diversos setores. Segundo ele, a movimentação financeira dos três dias vai do setor hoteleiro ao comércio especializado em equipamentos e insumos agropecuários.

Para Osni Cardoso, secretário da SDR, o evento exemplifica como tradição e sustentabilidade podem andar juntas. “A associação e a gestão municipal estão de parabéns por garantir a continuidade desta iniciativa, que fortalece a caprinovinocultura e movimenta a economia local. Eventos como este demonstram a força do semiárido e a capacidade dos produtores de transformar qualidade em renda e desenvolvimento para toda a região.”

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Agricultura

CETAB assegura qualidade da farinha de mandioca

O centro é responsável por análises laboratoriais que asseguram padrão e competitividade para os agricultores baianos

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mais estratégica. É nesse ponto que atua o Centro Tecnológico Agropecuário do Estado da Bahia (CETAB), da Secretaria da Agricultura,
Foto: Divulgação Seagri

Com a cotação da farinha de mandioca em alta, atingindo R$ 280,00 a saca de 50 quilos em Salvador, a qualidade do produto se torna ainda mais estratégica. É nesse ponto que atua o Centro Tecnológico Agropecuário do Estado da Bahia (CETAB), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), responsável por análises laboratoriais que asseguram padrão e competitividade para os agricultores baianos.  

O crescimento de 238% no número de análises em apenas um ano evidencia a importância do trabalho realizado. Os testes verificam aspectos físico-químicos, como teor de amido e fibra bruta, além das características físicas da farinha como a sua granulometria. Dessa forma, assegura-se a proteção ao consumidor e a valorização do produto no mercado, fortalecendo a cadeia produtiva da mandioca.  

“Nosso trabalho é assegurar que a farinha atenda às exigências do mercado e, ao mesmo tempo, dar suporte técnico aos agricultores para terem um produto valorizado”, destaca Paulo Mesquita, coordenador do CETAB. As análises não apenas garantem qualidade, mas também mantêm os produtores competitivos.  

Controle de Qualidade  

A avaliação da farinha de mandioca envolve uma série de procedimentos que asseguram a qualidade e a segurança alimentar. O processo começa na classificação física, que inclui a verificação das embalagens na chegada, a identificação de impurezas e a homogeneização das amostras, divididas entre conjuntos de trabalho e de arquivo.  

As amostras passam por peneiras que permitem classificá-las como fina, média ou grossa, definição que influencia a tradição culinária regional. Além da granulometria, o CETAB avalia parâmetros físico-químicos como acidez, fibra, cinzas, amido e umidade, garantindo estabilidade e conformidade do produto.  

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Segundo Mesquita, a classificação é essencial para assegurar padrões de identidade e qualidade. “Com isso, protegemos o consumidor, valorizamos o produto no mercado interno e externo e asseguramos que a farinha esteja dentro dos padrões aceitáveis para consumo humano. A classificação também padroniza, facilita a comercialização e agrega valor ao trabalho do produtor”, explica.  

Atuação ampla e suporte técnico  

O trabalho do CETAB vai além da mandioca e abrange diversas áreas da agropecuária baiana. O centro dispõe de oito laboratórios especializados, onde são realizadas análises de solo, água para irrigação, produtos de origem vegetal e animal. Agricultores podem solicitar diagnósticos de fertilidade do solo e receber recomendações de adubação específicas, aumentando a produtividade e promovendo práticas agrícolas mais sustentáveis. 

Credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para classificação de produtos de origem vegetal, o CETAB também realiza diagnósticos e controle de qualidade em diferentes cadeias produtivas. Assim, atua como suporte técnico-científico direto para agricultores familiares, associações e cooperativas, reduzindo riscos e ampliando a competitividade da produção baiana. 

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Agricultura

Cinco agroindústrias familiares formam novo polo em Ibiassucê 

O objetivo é fortalecer a produção de mandioca e gerar mais renda para agricultores e agricultoras familiares

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O Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), inaugurou recentemente duas novas agroindústrias
Foto: Divulgação 

O Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), inaugurou recentemente duas novas agroindústrias nas comunidades de Jabuticaba e Bom Sucesso, na zona rural de Ibiassucê. O objetivo é fortalecer a produção de mandioca e gerar mais renda para agricultores e agricultoras familiares. 

Com as inaugurações, Ibiassucê passa a contar com cinco agroindústrias familiares, localizadas nas comunidades de Bom Sucesso, Careta, Capoeirão, Grama e Jabuticaba. 

O presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitário da Comunidade Bonsucesso, Gerson Rodrigues, destacou a importância da nova unidade de beneficiamento. “Era o que faltava para a nossa comunidade se desenvolver. Agora, vamos poder produzir farinha e polvilho com os novos equipamentos, como forno, ralador e descascador de mandioca.” 

Na Associação de Desenvolvimento Comunitário da Comunidade do Careta, a produção de biscoitos e pães já está a todo vapor. Para a presidente Leide Laura Amado, as novas unidades vão beneficiar diretamente a produção local. “Nossa agroindústria trabalha com produtos acabados da mandiocultura, enquanto as outras unidades produzirão fécula, que é nossa matéria-prima. Assim, se forma uma cadeia produtiva que vai gerar mais renda e dinamizar a economia do município.” 

Para fortalecer a produção e a comercialização, as cinco unidades foram contempladas pelo projeto da CAR, Bahia que Produz e Alimenta, que já contratou um profissional para cada agroindústria, com o objetivo de apoiar a gestão e otimizar a produção. 

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“A produção cresceu bastante, principalmente depois da contratação do agente de negócios. Melhorou nossas vendas e o envolvimento da equipe na produção”, comentou Leide Laura. 

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