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Agricultura

Bahia avança na sustentabilidade agropecuária com capacitação do Plano ABC+ 

O treinamento foi promovido em parceria com o MAPA e o Instituto 17, e marca um importante avanço na incorporação de práticas sustentáveis

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do Plano ABC+ Bahia — iniciativa central para a agricultura de baixo carbono no estado. Realizado no auditório da Superintendência
Foto: Divulgação/Instituto 17

Reforçando seu protagonismo no cenário agropecuário nacional, a Bahia deu mais um passo decisivo rumo à sustentabilidade ambiental e à modernização do setor rural. Nesta quarta-feira (28/5), a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) participou de uma capacitação técnica de alto nível sobre o Manejo de Resíduos da Produção Animal (MRPA), em alinhamento com as diretrizes do Plano ABC+ Bahia — iniciativa central para a agricultura de baixo carbono no estado. Realizado no auditório da Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em Salvador, o treinamento foi promovido em parceria com o MAPA e o Instituto 17, e marca um importante avanço na incorporação de práticas sustentáveis, com potencial direto para transformar passivos ambientais em ativos econômicos.

Thiago Guedes, assessor técnico da Seagri e coordenador do grupo gestor estadual do Plano ABC+ Bahia, destacou a relevância do tratamento de resíduos como uma estratégia para promover a sustentabilidade agropecuária e aumentar a competitividade das propriedades rurais.

“Com os maiores rebanhos do Nordeste, temos uma oportunidade única de transformar desafios em soluções inovadoras. O tratamento adequado desses resíduos pode gerar biogás e biofertilizantes, estimulando a economia circular, melhorando a qualidade do solo e da água e contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa”, afirmou Guedes.

Durante o treinamento, foi apresentada a ferramenta ABC+ CALC, uma calculadora desenvolvida pelo MAPA em parceria com outras instituições, que permite o monitoramento das ações voltadas ao MRPA em níveis estadual e federal. A ferramenta transforma dados técnicos em informações estratégicas, apoiando a tomada de decisão nos setores público e privado.

O Plano ABC+ Bahia tem como meta ampliar o volume de resíduos manejados, promovendo a convergência entre ganhos econômicos e benefícios ambientais nas propriedades rurais. Com uma expressiva produção pecuária — incluindo 13 milhões de bovinos, mais de 40 milhões de aves, 9 milhões de caprinos e ovinos, e cerca de 300 mil suínos — a Bahia apresenta um cenário promissor para a adoção de tecnologias sustentáveis de manejo de resíduos.

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Fábio Rodrigues, superintendente do MAPA na Bahia, reforçou a importância da iniciativa:

“O Manejo de Resíduos da Produção Animal é fundamental para garantir a sustentabilidade da agropecuária baiana. A adoção dessas práticas nos alinha às exigências de sustentabilidade e rastreabilidade dos mercados nacional e internacional, fortalecendo a imagem do nosso setor agropecuário.”

A capacitação integrou as ações do projeto “Integrando a Mitigação do Metano nas Estratégias Nacionais de Agricultura” e contou com um público diverso. Estiveram presentes Lúcio Leopoldo, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bahia; Airton Kunz, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves; Kesley Jordana, presidente da Associação Baiana de Avicultura (ABA); além de representantes do Senar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), gestores municipais e técnicos da Seagri.

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Agricultura

Feira Baiana de Agricultura Familiar movimenta Salvador com 700 expositores e sabores regionais

Evento reúne empreendimentos de 27 territórios da Bahia, promove troca de experiências e fortalece a economia rural

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Comunidade da Sapucaia, de Santo Antônio de Jesus, a participar todos os anos da Feira Baiana de Agricultura Familiar, no Parque
Foto: Feijão Almeida/GOVBA

A troca de experiências entre pequenos produtores rurais da Bahia é o que mobiliza a Associação de Agricultores da Comunidade da Sapucaia, de Santo Antônio de Jesus, a participar todos os anos da Feira Baiana de Agricultura Familiar, no Parque Costa Azul, em Salvador. Na 16ª edição, Maiana Peixoto, 40 anos, agricultora associada, compartilhou sua vivência:

“Participamos da Feira há 12 anos, e, para gente, é uma vitrine! Depois do evento, a gente acaba produzindo mais, beneficiando mais, criando novos produtos. Saímos daqui com o coração cheio de esperança”, relatou.

A feira segue até domingo (14), com 700 expositores ligados a mais de 650 empreendimentos. Espaços dedicados ao artesanato baiano concentram estandes de flores, moda em crochê, produtos artesanais e peças indígenas e quilombolas. Segundo Jeandro Ribeiro, diretor da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (Car), o evento é fruto de investimentos estaduais em agroindustrialização, assistência técnica e ampliação do acesso a mercados.

“A 16ª edição traz um conceito muito forte do que vem sendo feito na Bahia ao longo dos anos. São políticas públicas que resultam nesse espaço fantástico, com quase seis mil produtos baianos. A partir da economia familiar, a política pública possibilita mais geração de renda para a população rural”, destacou. Ele frisou que, além do investimento estadual, esta edição conta com apoio do Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Sabores e novidades

Dois espaços gastronômicos dão o tom regional à feira, que reúne empreendimentos dos 27 territórios de identidade da Bahia. Moquecas, feijoada, pratos com carne de fumeiro e outras iguarias compõem o menu tradicional. O público também encontra hambúrgueres artesanais de bode, pastéis de jaca e cervejas artesanais com frutas tropicais.

Na gestão comercial da cerveja DaCaatinga, Natan Costa comemora os resultados:

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“Participamos há três anos e esse é um evento que dá uma visibilidade muito grande. Depois que acaba, o pessoal começa a entrar em contato, procurando nossas cervejas em lata e garrafa. Agora já pensamos em lançar a longneck. A cerveja de cajá é muito refrescante”, disse.

Caminho da Roça e música ao vivo

Uma das novidades desta edição é o Caminho da Roça, com seis áreas temáticas dedicadas a sistemas produtivos da Bahia: mel, café, mandioca, cacau, queijo e caprinos e ovinos. O espaço aproxima o público da rotina no campo, mostrando processos de beneficiamento e comercialização.

A expectativa é de cerca de 80 mil visitantes ao longo dos cinco dias. No palco, artistas como Jau, Adelmário Coelho, Márcia Short e Pedro Pondé se apresentam até domingo. A programação completa está disponível em https://ba.gov.br/car.

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Agricultura

Estado lança cinco editais de apoio aos pequenos produtores da Bahia

Anúncio ocorreu durante Encontro Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar, no Parque Costa Azul, em Salvador

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16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, discutiu produção, mercado e políticas públicas para pequenos produtores 
Foto: Feijão Almeida/GOVBA

Cooperativas da agricultura familiar de todo o país participaram, nesta quinta-feira (11), do Encontro Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar, realizado no Parque Costa Azul, em Salvador. O evento, que integra a programação da 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, discutiu produção, mercado e políticas públicas para pequenos produtores brasileiros. 

Durante a solenidade, o Governo da Bahia anunciou cinco editais do projeto Bahia que Produz e Alimenta, voltados para produtores de mandioca, fitoterápicos, pequenos pecuaristas de ovinos, caprinos e ovos caipiras. Também foi lançado um edital para fomentar o turismo rural e de base comunitária, com apoio à ampliação de roteiros turísticos no meio rural. 

“O negócio cooperativo tem cadeias que ainda têm pouca visibilidade. Então, nós saímos desse lugar para garantir leis, segurança jurídica e orçamento. Esse encontro vai intercambiar práticas de produção e gestão para exportação, para além das fronteiras nacionais, para que o mundo veja a capacidade da Bahia”, destacou o governador Jerônimo Rodrigues. 

Os editais, executados pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), somam R$ 83 milhões: 

  • Raízes da Bahia – R$ 30 milhões para produção, beneficiamento e comercialização de derivados da mandioca; 
  • Cabritos e Cordeiros da Bahia – R$ 15 milhões para a cadeia de caprinos e ovinos; 
  • Galinha Caipira da Bahia – R$ 24 milhões para classificação, certificação e venda de ovos caipiras; 
  • Edital para fitoterápicos – R$ 7 milhões para estruturação de unidades de produção; 
  • Edital para turismo rural – R$ 7 milhões para iniciativas de base comunitária. 
Abertura para exportação 

O Governo da Bahia e o Governo Federal também aderiram aos programas Cooperar para Exportar e Coopera Mais Brasil, da ApexBrasil. “A agricultura familiar é responsável por um cardápio enorme de alimentos e a Bahia tem uma agricultura familiar sofisticada, inclusive com agroindústria estruturada. Agora, abrindo o comércio exterior, esses produtos com pegada agroecológica e social sairão na frente”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. 

Segundo o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, o evento reuniu 31 compradores internacionais, que participarão de rodadas de negócios com associações e cooperativas. “Vamos qualificar essas cooperativas para que possam ser certificadas para exportar e outras 250 vamos levar para o mundo em 2026. Temos compradores de 22 países que vão firmar contratos”, explicou. 

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Para Jean Silva, presidente de uma cooperativa de mandioca no Sudoeste da Bahia, as iniciativas representam novas oportunidades: “É de suma importância, porque traz perspectivas para nós e possibilita novos mercados para a agricultura familiar do estado”, afirmou. 

Ao todo, 150 representantes de cooperativas participaram do encontro — 50 da Bahia e 100 de outros estados brasileiros. 

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Agricultura

Bahia mapeia cooperativas com potencial exportador durante encontro nacional

Diagnóstico será realizado nos dias 11 e 12 de dezembro, em Salvador, para fortalecer políticas públicas e ampliar a inserção da produção baiana no mercado internacional

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A Casa Civil do Governo da Bahia promoverá, nos dias 11 e 12 de dezembro, em Salvador, um mapeamento abrangente das cooperativas

A Casa Civil do Governo da Bahia promoverá, nos dias 11 e 12 de dezembro, em Salvador, um mapeamento abrangente das cooperativas baianas com potencial para acessar o mercado internacional. A iniciativa ocorrerá durante o Encontro Nacional de Cooperativas – Exporta Mais Brasil Cooperativas 2025, que integra a programação da 16ª Feira Baiana de Agricultura Familiar e Economia Solidária.

O diagnóstico será construído por meio da aplicação de questionários diretamente às organizações participantes, permitindo identificar capacidades produtivas, demandas de qualificação, desafios operacionais e entraves logísticos. Essas informações serão fundamentais para orientar políticas públicas e fortalecer instrumentos de apoio ao setor.

A ação faz parte da estratégia do Governo do Estado para impulsionar o cooperativismo, ampliar a competitividade e favorecer a inserção da produção baiana nas cadeias globais de valor. Ao estimular inovação, sustentabilidade e aumento da renda, o governo reafirma seu compromisso com o desenvolvimento integrado de todos os territórios da Bahia.

Exporta Mais Brasil Cooperativas 2025

O encontro reunirá representantes de empreendimentos de diversas regiões do país, compradores internacionais, instituições de apoio e autoridades governamentais. A programação é coordenada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), com apoio do Sebrae, da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), do Governo da Bahia e de demais parceiros nacionais.

Participam do evento cooperativas formalizadas e em atividade, interessadas em iniciar ou ampliar operações de exportação. Os setores prioritários incluem produtos estratégicos para a economia baiana e brasileira, como arroz e pulses, artesanato, cacau e chocolate, cachaça, café, castanhas, doces e compotas, farinha, frutas e açaí, mel e proteína animal.

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