SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS
Anúncios

Ciência

Bahia assina acordo para implantar Centro Tecnológico Aeroespacial

O compromisso foi firmado em Brasília entre o Governo da Bahia, o Ministério da Defesa e o Senai-Cimatec

Publicado

em

Foi assinado, nesta segunda-feira (31), em Brasília, um acordo de cooperação técnica que visa a implantação do Centro Tecnológico Aeroespacial da Bahia,
Foto: Wenderson Araujo/Agência Coperphoto/ Divulgação

Foi assinado, nesta segunda-feira (31), em Brasília, um acordo de cooperação técnica que visa a implantação do Centro Tecnológico Aeroespacial da Bahia, voltado ao ensino, pesquisa e inovação, a fim de promover o desenvolvimento regional da indústria aeroespacial no estado. O acordo, que viabiliza a elaboração de estudos preliminares, foi estabelecido entre o Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), o Ministério da Defesa, por meio da Aeronática, e o Senai-Cimatec. Estiveram presentes na solenidade o governador Jerônimo Rodrigues, os ministros da Defesa, José Múcio, e da Casa Civil, Rui Costa, além de outras autoridades.   

De acordo com Jerônimo, essa é uma oportunidade importante para o fortalecimento da defesa área na Bahia, com as tecnologias já conhecidas, desenvolvidas no Brasil. “É uma expectativa positiva de fortalecermos, no estado da Bahia, e no Nordeste brasileiro, o conhecimento e a inovação, com possibilidade de novas oportunidades de ensino e de pesquisa nessa área tão fundamental, tanto para as forças da economia e desenvolvimento, como para as forças de segurança”, destacou o governador.  

O ministro Múcio afirmou que este é um grande passo para desfazer os abismos sociais entre o povo brasileiro. “Ocupar a base área em Salvador para desenvolvimento dos setores estratégicos da Defesa com tecnologia, pesquisa e inovação é um processo para gerar mais oportunidades e diminuir desigualdades. Esse acordo traz a possibilidade de desenvolvimento de pesquisa e um polo aeronáutico no Nordeste. É com base no apoio do Governo da Bahia e a valiosa ajuda do governador Jerônimo Rodrigues, que posso afiançar que os objetivos serão atingidos”.  

Ainda durante o evento, Rui Costa ressaltou que esse momento se alinha com o desejo do presidente Lula de promover o desenvolvimento regional. “A oportunidade, com esse redesenho dos espaços das forças aéreas, abre espaço na Bahia para desenvolvimento de conhecimento e tecnologia”, reforçou.  

Para o diretor-geral do Senai Cimatec, Leone Andrade, “este é o passo inicial de um projeto importante, que vai contribuir para densificar a indústria e, em especial, a indústria aeroespacial. Este convênio permitirá, após os estudos iniciais, a implantação um núcleo de desenvolvimento tecnológico e empresarial para o setor aeroespacial”.  

ANÚNCIO
Anúncios

O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia e do Conselho Regional do Senai, Carlos Henrique, também vibrou com o acordo. “Estamos falando da formação de um novo negócio e de uma cadeia importante para a Bahia. Entendo que estamos abrindo uma nova fronteira de desenvolvimento econômico e precisamos todos trabalhar juntos para que o estado possa absorver essa oportunidade, que vai gerar mais emprego e renda”, pontuou. 

Ciência

Edital oferece 400 bolsas para coordenadores de Clubes de Ciências

A iniciativa vai selecionar até 400 docentes da rede estadual para coordenar projetos científicos com estudantes da educação básica

Publicado

em

Professores da rede estadual de ensino podem se inscrever para o Edital de Concessão de Bolsas a Coordenadores de
Foto: Joá Souza/GOVBA

Professores da rede estadual de ensino podem se inscrever para o Edital de Concessão de Bolsas a Coordenadores de Clubes de Ciências, no âmbito do programa Bahia Faz Ciência na Escola. O benefício é uma ação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). A iniciativa vai selecionar até 400 docentes para coordenar projetos científicos com estudantes da educação básica. As inscrições seguem abertas até o dia 8 de agosto, no site da fundação: www.fapesb.ba.gov.br.

As bolsas são voltadas a professores responsáveis por criar e desenvolver Clubes de Ciências nas escolas dos 27 territórios de identidade da Bahia. Com duração de até 24 meses, a proposta busca fortalecer o ensino de ciências, incentivar o protagonismo estudantil e aproximar os alunos da cultura científica. “Queremos que os estudantes enxerguem a ciência como parte do seu cotidiano e como uma possibilidade real de futuro, inclusive com impacto direto no território onde vivem”, explica chefe de gabinete da Secti, Marcius Gomes.

A distribuição contempla diferentes modalidades de ensino: 160 bolsas para escolas de tempo integral, 120 para unidades com educação profissional e tecnológica e outras 120 para escolas com ensino fundamental (2º ciclo) e/ou médio em tempo parcial. Ao menos 70% das vagas serão destinadas a professoras. A ação conta com investimento de R$ 8 milhões. A proposta também prevê a implantação da Trilha da Inovação, metodologia adaptada do Parque Tecnológico da Bahia que será levada para dentro das escolas. A trilha envolve etapas como cultura de patente, incubação de ideias e aceleração de projetos, com apoio de parceiros como Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Serviço Social da Indústria (Sesi).

Uma mudança importante neste edital é que os professores que já acompanham seus estudantes em projetos científicos poderão acumular bolsas. Isso significa que eles podem receber a bolsa da Fapesb para coordenar o Clube de Ciência, mesmo se já recebem bolsas de outros programas federais. Essa medida amplia as oportunidades e incentiva ainda mais o envolvimento dos docentes na formação científica dos estudantes.

Experiências que transformam

Na prática, as bolsas viabilizam projetos que despertam a curiosidade e o pensamento científico entre os jovens. No Colégio Central, em Salvador, por exemplo, funciona um desses clubes, onde estudantes se envolvem em diversas atividades. Guilherme Fraga, do 2º ano do ensino médio, desenvolve um projeto sobre saúde mental e os efeitos do uso do celular nas habilidades neurocognitivas. O trabalho, que integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), já foi apresentado em outros estados e países. “É uma extensão da nossa escola, um espaço de convivência, aprendizado em diferentes áreas e acolhimento. Aqui se pratica ciência e se compartilha conhecimento por todo o estado e o país”, resume o estudante.

ANÚNCIO
Anúncios

O espaço também mudou a rotina de Ana Beatriz de Paula, do 2º ano. O projeto dela está relacionado à anemia falciforme, que tem alta incidência na Bahia devido à população ser predominantemente negra. A futura médica considera que o local é um facilitador do conhecimento. “A gente cria muitos projetos e desenvolve muitas áreas de conhecimento, não só científico, como matemática, física, biologia, mas de um modo geral mesmo. É um espaço de oportunidade para os estudantes. A gente entende a ciência não só de um olhar chato, mas sim de uma forma divertida, legal de se estudar e de se fazer”, comentou.

A professora Fernanda Brito, que coordena o Clube de Ciências do Colégio Central, ressalta que a iniciativa oportuniza que os estudantes aprofundem o conhecimento em áreas específicas que eles gostariam de estudar. “Os Clubes de Ciência conseguem reunir alunos que têm interesse em fazer a diferença, trabalhar com temas que têm interesse, aprofundar o estudo que eles têm na sala regular. Eles vêm para o contraturno da escola para poder ampliar o conhecimento naquilo que desejam trabalhar”, disse.

Ela conta que, atualmente, quase 50 discentes, nos dois turnos, participam da ação. Para Fernanda, o edital representa uma conquista importante para o fortalecimento do papel docente nas práticas de pesquisa. “Essa é uma iniciativa pioneira na Bahia. Não tivemos nenhuma política tão abrangente, que pudesse colaborar com o professor. Nós precisamos aderir, porque é um passo importante para que outras políticas públicas ocorram. Não podemos deixar passar essa oportunidade”, convocou.

Continue Lendo

Ciência

Estudantes criam vinagre artesanal feito com o caldo da cana 

Receita ancestral pode proporcionar uma nova forma de renda para a comunidade de Uruçuca 

Publicado

em

Valério Araújo, as estudantes Mayelen Sena e Lavínia Lívia de Santos, do Colégio Estadual do Campo de Serra Grande,
Foto: Ascom/Secti

Os saberes ancestrais estão presentes em diversas comunidades no interior da Bahia, enriquecendo a cultura com tradições e receitas. Entusiasmadas pelo professor Valério Araújo, as estudantes Mayelen Sena e Lavínia Lívia de Santos, do Colégio Estadual do Campo de Serra Grande, no município de Uruçuca, utilizaram desse saber para criar um tipo de vinagre artesanal a partir do caldo da cana. O projeto tem por objetivo desenvolver novos meios de comércio na comunidade, de uma maneira saudável e sustentável, além de trazer novas formas de renda.  

Para a criação do vinagre artesanal foi utilizado o caldo da cana, uma matéria-prima benéfica e fácil de encontrar na região. De acordo com estudos feitos pelo Centro Tecnológico de Pesquisa e Produção de Alimentos (CTPPA), o vinagre de caldo de cana fortalece o sistema imunológico, auxilia na digestão e tem mais aminoácidos essenciais que não são produzidos pelo organismo humano, mas importantes para seu funcionamento, devendo, portanto, ser adquiridos por meio da alimentação.  

O objetivo das jovens é trazer um produto para o mercado com baixo custo de produção. A proposta, por ser feita com uma receita ancestral, influencia as tradições culturais da comunidade, criando assim uma valorização maior de um produto cotidiano para eles. “As receitas ancestrais têm um valor gigante porque fazem parte da nossa história. Aprender com o que os mais velhos faziam é uma forma de manter viva a nossa cultura”, afirma Mayelen.  

O projeto, que conta com o apoio da Secretaria da Educação (SEC), une inovação e empreendedorismo, contribuindo como fonte de renda e autoestima da comunidade. As estudantes já planejam iniciar a comercialização do produto em eventos na região. “Dependendo dos resultados, planejamos expandir as vendas criando uma loja física”, enfatiza Lavínia, destacando que o propósito é apresentar essa alternativa tanto para consumidores quanto para possíveis investidores. 

Bahia Faz Ciência 

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br. 

ANÚNCIO
Anúncios
Continue Lendo

Ciência

Jovens utilizam moringa e mandacaru para tratamento de água barrosa

Estudantes do interior baiano desenvolvem projeto de ciências com base em sementes tradicionais do Nordeste

Publicado

em

desenvolveram uma técnica de purificação da água utilizando sementes de moringa e a casca de mandacaru como coagulantes naturais.
Foto: Arquivo pessoal

Com sementes coletadas na própria comunidade e experimentos feitos em casa, estudantes do Colégio Estadual Dr. Jairo Azzi, no município de Lamarão, desenvolveram uma técnica de purificação da água utilizando sementes de moringa e a casca de mandacaru como coagulantes naturais. Com orientação do professor Djanderson Nascimento, as jovens cientistas Anne Caroline Nogueira e Clara Bispo pesquisaram um método que oferecesse uma solução acessível, eficaz e sustentável para o tratamento de água em regiões com acesso limitado a tecnologias convencionais.  

“Os testes que realizamos indicaram que a combinação das sementes alcança resultados comparáveis aos coagulantes químicos tradicionais, como o sulfato de alumínio, especialmente na remoção de turbidez, com eficiências superiores a 90%” aponta Djanderson. “A moringa é responsável por remover a turbidez da água, enquanto o mandacaru atua como bactericida, inativando microrganismos remanescentes. Essa solução natural se adequa nos critérios de práticas sustentáveis, pois gera não resíduos tóxicos”, complementa.  

De acordo com pesquisa do Instituto Trata Brasil, em 2022, cerca de 7,7 milhões de residências nordestinas não recebiam água diariamente. Esses dados são, segundo a equipe, uma oportunidade para buscar soluções para o problema. “O projeto visa melhorar a qualidade de vida dos povos do Nordeste brasileiro, que, muitas vezes, sofrem pela falta de água, tendo que recorrer a poços e açudes, nos quais a água tende a ser barrosa”, destaca Anne Caroline.  

Além da inovação científica, a proposta também representa um exercício de engajamento comunitário e educação ambiental, tendo sido apresentada na Feira de Ciências, Empreendedorismo Social e Inovação da Bahia (Feciba), com apoio da Secretaria da Educação (Sec). A próxima etapa prevê a ampliação das análises e da divulgação da técnica, visando sua adoção em outras comunidades do semiárido.  

Bahia Faz Ciência 

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br. 

ANÚNCIO
Anúncios
Continue Lendo

Mais Lidas