Economia
Acústica urbana nas grandes cidades é tema de palestra no Sinduscon-BA
Ana Espinel Valdivieso, presidente da Audiotec, uma das maiores empresas de engenharia acústica da Europa, vai participar da Sexta da Construção
A empresária espanhola Ana Espinel Valdivieso, presidente da Audiotec, uma das maiores empresas de engenharia acústica da Europa, está em Salvador e vai participar da Sexta da Construção, no Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado da Bahia (Sinduscon-BA) nesta sexta-feira (3), a partir das 8h, para falar sobre simulação acústica da cidade: ferramenta de planejamento urbano e projeto.
Prédios, viadutos e outras edificações influenciam na propagação dos ruídos e podem fazer com que um local se torne mais ou menos agradável de se viver. Planejar os sons de uma cidade é possível e já está sendo feito em várias metrópoles da Europa e da América Latina. Este é o tema da próxima Sexta da Construção, evento promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA).
A mediação será da arquiteta Débora Barretto, CEO da Audium, empresa baiana que é referência nacional em acústica, com sede em Salvador e em Dubai. “Esse encontro, viabilizado com o apoio da Audium, reforça nosso compromisso em promover a transferência de conhecimento de excelência, conectando inovação global às necessidades locais da construção civil”, ressalta o presidente do Sinduscon-BA, Alexandre Landim.
Para a doutora em engenharia industrial, Angela Andrade, assessora técnica do sindicato, o Sinduscon-BA demonstra protagonismo ao promover a palestra da presidente da maior empresa de acústica da Espanha, em sua primeira vinda ao Brasil. “Ana Espinel Valdivieso é uma referência internacional em acústica e trará ao Brasil e à Bahia soluções inéditas aplicadas tanto ao ambiente urbano quanto às edificações”, afirma.
Para Landim, outra consideração relevante acerca desse tema é que o ruído urbano exerce influência direta sobre o desempenho acústico das fachadas das edificações. “Isso pode impactar significativamente os custos da obra, seja pela necessidade de maior ou menor investimento em soluções construtivas”, conclui.
Segundo Geraldo Menezes, diretor de Obras Públicas do Sinduscon e organizador da Sexta da Construção, a palestrante tem um currículo extraordinário e vai falar sobre o mapeamento do ruído nas grandes cidades, que se constitui em um dos mais importantes indicadores auxiliares na elaboração do projeto de um empreendimento.
“Sabidamente, o controle do nível de ruídos no interior das habitações tem impacto direto na saúde mental e no conforto dos moradores. Identificado previamente na fase de projeto o nível de ruído da localidade, o projetista, independentemente da opção de locação do empreendimento, pode utilizar especificações de materiais para janelas e varandas que ajudem a mitigar o desconforto causado pelo excesso de ruído,” afirmou.
Serviço:
- O que: Sexta da Construção
- Tema: Simulação Acústica da cidade: ferramenta de planejamento urbano e projeto.
- Palestrante: Ana Espinel Valdivieso, presidente da Audiotec, uma das maiores empresas de engenharia acústica da Europa.
- Quando: Dia 03 de outubro, a partir das 8h
- Onde: Sinduscon-BA (rua Minas Gerais, 436, Pituba).
- Inscrição: https://forms.gle/YLuBEx7yuoUirVAN6
Economia
Usina de Beneficiamento de Pescados vai fortalecer pesca artesanal na BTS
O equipamento é fruto da cooperação entre a Fundação Baía Viva, a Associação Amigos da Sardenha (Itália) e a Colônia de Pescadores Z3
Pescadores e marisqueiras da Baía de Todos-os-Santos (BTS) ganharam um novo impulso para fortalecer suas atividades com a inauguração, nesta quinta-feira (16), da Usina de Beneficiamento de Pescados de Bom Jesus dos Passos. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) e a Bahia Pesca participaram da cerimônia de entrega do equipamento que é fruto da cooperação entre a Fundação Baía Viva, a Associação Amigos da Sardenha (Itália) e a Colônia de Pescadores Z3.
Representando o secretário da Agricultura, Pablo Barrozo, o diretor-geral da Seagri, André Cavalcanti, destacou que promover o desenvolvimento sustentável da pesca na Baía de Todos-os-Santos é uma das prioridades do Governo do Estado. “A implantação da usina representa um avanço estratégico para agregar valor à produção local e fortalecer a economia da pesca artesanal. A Bahia tem uma extensa faixa litorânea e o nosso desafio é transformar esse potencial em projetos que irão agregar valor aos produtos da pesca, desenvolvimento sustentável e geração de renda para quem vive da economia do mar”, afirmou.
O equipamento tem 100 m² e conta com bancadas, pias, depurador, freezers, fogão e área de apoio com banheiros e recepção. Além da produção para venda, a usina terá uma loja no complexo de restaurantes da ilha, funcionando também como escola de capacitação.
Parceria internacional
“A usina de beneficiamento é um sonho que se torna realidade. É a prova de que, quando sociedade civil, poder público e iniciativa privada se unem, o resultado transforma vidas, garantindo estrutura, dignidade e oportunidades para quem sempre viveu da pesca”, afirmou Isabela Suarez, presidente da Fundação Baía Viva.
O projeto desenvolvido na ilha de Bom Jesus dos Passos incluiu 200 horas de capacitação teórica ministradas por educadores brasileiros e italianos, reforçando a modernização da pesca artesanal por meio da troca de conhecimento e inovação social.
A cooperação com a Associação Voluntária Italiana Amigos da Sardenha também foi relevante para o projeto. “Essa união entre Brasil e Itália mostra que solidariedade e compromisso com o desenvolvimento sustentável não têm fronteiras”, destacou Isabela.
Estrutura moderna e processo completo
O beneficiamento do pescado segue etapas rigorosas de qualidade e segurança alimentar. Segundo Jonatas Spínola, engenheiro ambiental e coordenador do projeto Baía Viva, o marisco pescado passa por limpeza com água corrente, cozimento, seleção e embalagem, antes de ser armazenado em câmaras frias.
“Outros pescados, de baixo valor comercial, poderão ser transformados em subprodutos como linguiça, hambúrguer, quibe e salgados, ampliando as possibilidades de renda para a comunidade”, pontua.
Comunidade celebra conquista
Para as marisqueiras da ilha, a usina representa muito mais do que uma estrutura física: é reconhecimento e dignidade. “Esse espaço vai fortalecer o trabalho das mulheres, melhorar o beneficiamento do pescado e garantir mais renda para as famílias que tiram o sustento do mar”, comemorou Tatiane Santos, marisqueira da ilha.
Antônio Jorge Teixeira, presidente da Colônia de Pescadores Z3, salientou o papel da Federação dos Pescadores da Bahia na iniciativa. “Essa conquista é de todos nós que lutamos por melhores condições para quem vive da pesca. Quando a gente se junta, a gente vence. A união da comunidade foi decisiva para que o projeto se tornasse realidade”, afirmou.
Apoio governamental
Antes da inauguração, a Seagri participou de encontros com a Associação Amigos da Sardenha, a Fundação Baía Viva e a Associação Comercial da Bahia, reforçando a cooperação para o desenvolvimento da pesca. O Estado considera que a experiência italiana vai impulsionar projetos existentes e inspirar novas iniciativas na Baía de Todos-os-Santos.
Economia
Constru Nordeste mostra a força da construção civil na Bahia
Estado se consolida como segunda maior potência do Nordeste no segmento
Mais de 200 expositores da construção civil estão reunidos até sexta-feira (17), no Centro de Convenções de Salvador, para a 3ª edição da Constru Nordeste, maior evento do setor na região. A solenidade de abertura, realizada nesta quarta-feira (15), contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, que destacou o papel estratégico da Bahia na geração de empregos, inovação e sustentabilidade na construção civil.
“A Bahia vive um novo ciclo de desenvolvimento, com grandes investimentos públicos — tendo em vista a parceria com o Novo PAC, e privados em infraestrutura, habitação e equipamentos sociais. Nosso compromisso é garantir que esse crescimento chegue a todas as regiões, com obras que melhorem a vida das pessoas, gerem emprego e renda e movimentem a economia”, afirmou o governador, que na ocasião, visitou os stands da feira.
O Governo do Estado marca presença na feira com o patrocínio oficial da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), que está presente através de um estande próprio com equipe técnica de analistas de crédito e gerentes de desenvolvimento. O objetivo é oferecer linhas de financiamento voltadas a investimentos e capital de giro para empresas do setor. A Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás) também participa do evento, com palestras e exposição de oportunidades de negócios voltadas à expansão do uso do gás natural na construção e na indústria. Potência da Bahia no setor.
Setor na Bahia
A Bahia se consolida como segunda maior potência do Nordeste em construção civil. Nos últimos dois anos, o Governo do Estado executou 171 intervenções, totalizando R$ 2,8 bilhões em investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, em obras de macrodrenagem, contenção de encostas, urbanização integrada, construção de hospitais, maternidades, escolas, centros culturais e moradias.
Para o presidente do Sinduscon-BA, Alexandre Landim, a presença do governo e o volume de investimentos confirmam a força do setor na Bahia, principalmente na geração de empregos. “A Bahia é hoje referência em obras públicas e privadas, com 162 mil trabalhadores na construção civil, o maior número do norte-nordeste, com um ambiente favorável a negócios, inovação e qualificação profissional. A Constru Nordeste reforça essa vocação e projeta o estado como protagonista no desenvolvimento regional”, destacou.
Programação
Promovida pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Rede Bahia, a Constru Nordeste deve reunir cerca de 35 mil visitantes ao longo dos três dias de evento. A programação inclui palestras, workshops, painéis temáticos e rodadas de negócios nacional e internacional, abordando temas como tecnologia, inovação, sustentabilidade, infraestrutura e responsabilidade social — que, este ano, ganha reforço com tradução em Libras e ações solidárias.
Uma grande oportunidade de fazer negócios para o expositor e diretor comercial da empresa Esquadrias e Alumínios Fornasa – Esaf, Alison Nesi. “É o nosso primeiro ano aqui na Constru Nordeste. Estamos focados em aumentar a atuação no nosso segmento econômico, que são obras de interesse social, como o Minha Casa, Minha Vida”.
A visitação à feira é gratuita e acontece de 13h às 21h. Mais informações podem ser consultadas no site: https://construnordeste.com.br/.
Economia
Safra baiana de grãos tem estimativa de recorde em 2025
De acordo com o IBGE, a área plantada dos grãos, para 2025, está estimada em 3,65 milhões de hectares (ha), com crescimento de 2,8% em relação à safra de 2024
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo ao mês de setembro de 2025, com dados sistematizados e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estima, para a safra de grãos 2025, uma produção de cereais, oleaginosas e leguminosas de 12,8 milhões de toneladas, o que representa um avanço de 12,3% na comparação com a safra de 2024.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por sua vez, na primeira estimativa do ciclo 2025/2026, destaca o bom desempenho na produção dos grãos desse novo ciclo.
De acordo com o IBGE, a área plantada dos grãos, para 2025, está estimada em 3,65 milhões de hectares (ha), com crescimento de 2,8% em relação à safra de 2024. Com isso, o rendimento médio (3,51 toneladas/ha) da lavoura de grãos no estado da Bahia será 9,3% acima da safra anterior.
O volume de soja colhido está estimado em 8,61 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 14,3% sobre o verificado em 2024. A área plantada com a oleaginosa no estado é de aproximadamente 2,14 milhões de ha. O rendimento médio de 4,0 toneladas/ha tem relevância nesse desempenho positivo, com aumento de 8,3% em relação à safra anterior.
As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, devem alcançar 2,69 milhões de toneladas, o que representa aumento de 16,3% na comparação anual. Com relação à área plantada, houve queda de 2,4% em relação à estimativa da safra anterior de 605 mil ha. A primeira safra do cereal está projetada em 1,93 milhão de toneladas, 24,6% acima do que foi observado em 2024. Já para a segunda safra é esperado um recuo de 0,5% em relação à colheita anterior, com expectativa de 763 mil toneladas.
Outro importante produto da safra baiana, o algodão (caroço e pluma), tem produção estimada em 1,79 milhão de toneladas, o que representa aumento de 1,4% em relação ao ano de 2024. A estimativa evidencia que a Bahia se mantém como o maior produtor da Região Nordeste e o segundo maior do Brasil, responsável por 18,3% da safra nacional, atrás apenas do Mato Grosso (73% da safra nacional). A área plantada com a fibra aumentou 5,3%, alcançando 400 mil ha em relação à safra de 2024.
Para a lavoura do feijão, a estimativa é de uma safra menor em 20,2%, na comparação com a safra 2024, totalizando 177 mil toneladas. O levantamento tem estimativa de 360 mil ha plantados, 5,3% menor que a safra anterior. A primeira safra da leguminosa (86 mil toneladas) foi 37,0% inferior à de 2024, e a estimativa da segunda safra (91 mil toneladas) prevê uma variação positiva de 6,7% na mesma base de comparação.
Em relação ao café, está prevista a colheita de 262 mil toneladas em 2025, 5,1% acima do observado no ano anterior. A safra do tipo arábica foi de 89 mil toneladas, com variação anual de -14,6%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora foi de 173 mil toneladas, 19,3% acima da colheita do ano anterior.
Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estima a produção de 6,24 milhões de toneladas, um crescimento de 12,6% em relação à safra de 2024. A estimativa da produção do cacau, por sua vez, ficou em 119 mil toneladas, apontando um avanço de 7,0% na comparação com a produção do ano anterior.
Na fruticultura, destacam-se as estimativas das lavouras de banana (906 mil toneladas), laranja (632 mil toneladas) e uva (102 mil toneladas), que registraram, respectivamente, variações de 4,8%, 0,3% e 84,4% em relação à safra anterior.
O levantamento ainda indica uma produção de 907 mil toneladas de mandioca, 14,7% a mais que a de 2024. A produção de batata-inglesa, estimada em 340 mil toneladas, indica acréscimo de 1,7%; e a do tomate, estimada em 183 mil toneladas, aponta queda de 48,4% na comparação com a do ano anterior.

