Infraestrutura
Governo da Bahia ouve comunidades sobre a Ponte Salvador-Itaparica
Essa etapa de oitivas é fundamental para incorporar ao projeto as demandas da população de Itaparica e Vera Cruz

O Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), deu início a uma série de consultas livres, prévias e informadas em comunidades da área de influência do Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Itaparica. Essa etapa de oitivas é fundamental para incorporar ao projeto as demandas da população que vive, trabalha ou desenvolve atividades religiosas nos municípios de Itaparica e Vera Cruz.
Durante as reuniões, são abordadas informações sobre o traçado dos sistemas viários, os programas ambientais que serão implementados durante a construção e as ações que objetivam proporcionar desenvolvimento social e econômico à região.
As oitivas integram o conjunto de ações que vem sendo desenvolvido junto às comunidades que estão na área de influência do projeto da construção da ponte, garantindo o diálogo constante entre todas as partes envolvidas no processo. A preparação das consultas iniciou-se em abril deste ano, com as visitas técnicas em campo para identificação e diálogo com as lideranças das comunidades locais; reuniões informativas para apresentação e escutas sociais sobre a realização das oitivas.
Além da Sepromi, que conduz as escutas e diálogos, a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) acompanham os encontros e ficam à disposição para esclarecimentos quando necessário.
Construção coletiva
Após a apresentação, os participantes são convidados a integrar uma oficina colaborativa, divididos em grupos. Juntos, discutem e registram suas expectativas, preocupações e sugestões em relação ao projeto. Essa metodologia ratifica o compromisso de manter o Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Itaparica conectado aos anseios da população local.
“As consultas têm como objetivo permitir que os povos e comunidades tradicionais decidam livremente sobre seus próprios interesses, com base em seus valores culturais, sociais e ambientais, diante de medidas administrativas ou projetos que possam impactar seus modos de vida. Busca-se, assim, estabelecer um canal respeitoso e intercultural de diálogo entre o Estado e essas comunidades, reconhecendo seus saberes, práticas e formas próprias de organização social”, destacou Valdicley Vilas Boas, representante da Sepromi na consulta.
O primeiro encontro aconteceu no dia 16 de junho, no Fórum de Itaparica, reunindo a comunidade cigana da Praia da Cajá, Rua do Fórum e Vila Cigana. No dia 18 de junho, foi a vez da comunidade pesqueira, com a participação de pescadores e marisqueiras das localidades de Ponta de Areia, Amoreiras, Areial, Manguinhos, São João Manguinhos, Porto dos Santos, Ilha Verde, Urbis e Bom Despacho, em evento realizado na sede da Colônia Z-12.
O gerente de Comunicação e Relações Institucionais da Concessionária, Carlos Prates, apresentou o empreendimento à comunidade durante o encontro. “A comunicação transparente é um compromisso da Concessionária com todas as comunidades envolvidas. Estamos aqui para compartilhar informações sobre o projeto, ouvir os anseios dos moradores e construir junto com eles programas e ações que façam sentido para a população local”.
A agenda de encontros segue nas próximas semanas com outras comunidades de pescadores, marisqueiras e povos de matriz africana. O processo de consulta é uma etapa prevista nas condicionantes do licenciamento ambiental do empreendimento e reforça o compromisso do Governo da Bahia e da Concessionária com o diálogo permanente e o desenvolvimento responsável.
Infraestrutura
Conder realiza workshop para aprimoramento do trabalho de contenção de encostas
O primeiro dia de evento tratou dos planos municipais para a prevenção de desastres envolvendo deslizamentos de terra em áreas de risco

Diferentes soluções para a contenção de encostas serão debatidas entre gestores municipais, geotécnicos, professores e estudantes de engenharia durante o III Workshop Contenção de Encostas, iniciado nesta terça-feira (19), no auditório da Secretaria Estadual da Educação (SEC), em Salvador. Promovido pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), o primeiro dia de evento tratou dos planos municipais para a prevenção de desastres envolvendo deslizamentos de terra em áreas de risco.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Jusmari Oliveira, o workshop detalha o trabalho de um dos maiores programas de contenção de encostas do país, pensado pelo governo baiano. “Nosso programa, executado pela Conder, tem chamado a atenção de outros estados por sua eficiência na regularização de comunidades vulneráveis a desastres e, aqui, a gente divide nosso conhecimento e resultado das ações do Governo da Bahia”, detalha a titular da pasta.
As obras de contenção de encostas incluem o trabalho de drenagem, tecnologias de geotecnia e utilização de técnicas verdes para prevenção de desastres. Desde 2023 foram 29 obras de encostas finalizadas na Bahia e outras 18 estão em andamento. Os recursos estaduais chegam à marca de R$ 157 milhões em quase três anos. Através do PAC Seleções, o Governo Federal também aportou mais R$ 200 milhões em encostas na Bahia.
Coordenador-geral do Departamento de Prevenção de Riscos do Ministério das Cidades, Carlos Gonçalves abriu o evento, apresentando o novo PAC Seleções e como os municípios podem requerer recursos federais com base nos planos municipais. “Os planos municipais são muito importantes na seleção de obras do PAC. Esses planos, esses mapeamentos apoiam na escolha das obras. Então, tendo mais projetos, a gente espera ampliar o apoio aos municípios baianos”, disse o coordenador.
Para José Trindade, presidente da Conder, “a parceria entre o Governo da Bahia e o Governo Federal tem feito o estado alcançar grandes números no investimento em encostas. Isso fortalece, cada vez mais, a prevenção de desastres, garantindo dignidade e proteção às famílias baianas”, enfatizou.
Até o dia 21 de agosto, o workshop ainda tratará de inspeções em obras de contenção de encostas, redução da degradação de materiais, técnicas verdes e princípios de bioengenharia. As palestras ainda podem ser assistidas online, através do canal da Conder no YouTube (https://www.youtube.com/@conder-ba/streams).
Infraestrutura
Ponte São João passa por revitalização para passagem do VLT
O serviço é mais uma etapa essencial para o avanço das obras do Veículo Leve sobre Trilhos

A histórica Ponte São João que liga os bairros do Lobato e Plataforma, no Subúrbio de Salvador, está passando por um processo de elevação e restauração da sua estrutura. O serviço é mais uma etapa essencial para o avanço das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e executada pela Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB).
Construída originalmente em 1860 e reconstruída em 1952, a Ponte São João já passou por reformas ao longo das décadas, incluindo uma grande intervenção em 2009. Agora, para a passagem do VLT, o projeto prevê a correção de desgastes e o reforço da fundação, já que, com a proximidade do mar, os pontos de oxidação avançaram substancialmente.
A intervenção, conhecida como “macaqueamento”, está sob responsabilidade do Consórcio Expresso Mobilidade Salvador e, consiste em elevar, temporariamente, a ponte para reforços estruturais, garantindo segurança e durabilidade para o novo sistema de transporte, como explicou o engenheiro de produção, Danilo Carvalho. “A parte de concreto já foi recuperada e agora estamos dando start à etapa da recuperação da ponte metálica, com a substituição dos aparelhos de apoio, dispositivos nos quais a ponte se apoia na estrutura de concreto”.
Processo de elevação
Com 468 metros de extensão e 9,52 metros de largura, a ponte possui uma superestrutura metálica formada por 15 treliças do tipo Warren, cada uma pesando cerca de 110 toneladas.
Para o serviço de elevação estão sendo utilizados quatro macacos hidráulicos de 60 toneladas, bombas hidráulicas, calços metálicos e instrumentos de medição para monitorar milimetricamente os deslocamentos. A elevação é feita de forma gradual, em ciclos de 1 a 2 milímetros, até atingir cerca de 10 a 15 centímetros, possibilitando a troca dos apoios metálicos e a realização de ajustes estruturais.
A expectativa é que essa fase de elevação e reforço da Ponte São João seja concluída em meados de 2026, permitindo a continuidade do cronograma do VLT, que promete modernizar a mobilidade e integrar o Subúrbio Ferroviário ao restante da cidade.
Avanço do VLT
As obras do VLT estão divididas em três trechos. No primeiro, que liga a Ilha de São João à Calçada, já foi concluída a concretagem dos trilhos, além de serviços de terraplanagem, drenagem e testes elétricos. O Trecho 2, entre Paripe e Águas Claras, concentra trabalhos na duplicação da Estrada do Derba e na fundação do viaduto de Águas Claras. Já o Trecho 3, de Águas Claras até Piatã, vai integrar o sistema ao metrô no Bairro da Paz.
O projeto do VLT prevê, ainda, obras complementares, como a duplicação de 7,5 quilômetros da BA-528, a implantação de uma via alimentadora no Parque São Bartolomeu e a requalificação do prédio histórico da antiga Fábrica São Braz, que será transformado em centro de atividades culturais e comerciais.
Infraestrutura
Obras de requalificação são iniciadas na Estrada do Derba (BA-526)
As ações realizadas pela Seinfra, através do programa Bahia em Movimento, terão o investimento de R$ 2,6 milhões

Importante ligação para quem vêm da BR-324 com destino ao Porto de Aratu, a BA-526 já está passando por serviços de melhoramento e recuperação no trecho saindo da Rótula do CIA, no acesso à Mapele, em direção ao entroncamento da BA-528, na Vila Naval da Barragem, no bairro de Paripe, em Salvador. As ações em 5 km de extensão estão sendo realizadas pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), por meio do programa Bahia em Movimento, e têm o investimento de R$ 2,6 milhões. Iniciada na última terça-feira (5), a previsão de conclusão da obra é no mês de novembro.
O trecho da BA-526 onde está sendo executado o serviço de requalificação estava sob a responsabilidade da Concessionária Via Bahia. Com o fim do contrato de concessão no último mês de maio, a rodovia voltou a estar a cargo da Seinfra. Em inspeções no local, a equipe técnica do órgão identificou diversos problemas, como desgaste acentuado do pavimento, presença de buracos, sistema de drenagem obstruído e ausência de manutenção regular, que são fatores que impactam diretamente na trafegabilidade e segurança dos usuários. Para dar condições de trafegabilidade, o trabalho de conservação foi feito no período do final de maio até a primeira quinzena de julho. Agora, começará os trabalhos com o melhoramento e a recuperação da via.
BA-528 (Estrada do Derba)
Na BA-528, na ligação da Base Naval de Aratu com o entroncamento da BA-526, que também estava sob a responsabilidade da Concessionária Via Bahia, a Secretaria de Infraestrutura da Bahia vem realizando a manutenção rotineira desde maio. No início deste mês de agosto, os reparos profundos foram feitos na região do Moinho. Em outro ponto da BA-528, entre os entroncamentos da BR-324 e da BA-526, que já pertencia à malha rodoviária da Seinfra, a conservação rotineira é realizada pela equipe técnica do órgão.
-
Serviçoshá 2 dias
Vagas de emprego na Bahia para esta segunda-feira (18)
-
Políticahá 2 dias
Coronel Filho e Otto Filho reafirmam apoio a Jerônimo e destacam obras no interior
-
Agronegóciohá 2 dias
Riachão das Neves celebra a 4ª edição do Dia do Algodão
-
Serviçoshá 1 dia
Simm oferece 123 vagas para esta segunda-feira (18)