Papo de Quinta
O quarto virou rua
Incrível como tudo se molda a realidade em que vivemos

Alex Curvello é advogado @alexcurvello
Em tempos antigos, as ruas eram sinônimo de liberdade, as crianças, adolescentes e até jovens adultos tinham anseios em buscar ir pra rua, brincar, se divertir e ser feliz.
Passaram alguns anos e as ruas viraram preocupações constantes, quando os pais tiraram esse poder de certa liberdade e consequentemente limitaram o acesso as ruas, tudo pelo argumento da segurança.
E aí, chegamos aos dias de hoje, quando a maioria das crianças, dos adolescentes e os jovens adultos, quase não desejam mais ir para as ruas, ficando enclausurados em seus quartos e limitados a um mundo sombrio que a grande, enorme e gigantesca maioria dos pais não sabe o que se passa.
Como não sabiam o que se passava à época das ruas, mas a diferença é que existiam conversas em que se explicava e mostrava de certa forma o perigo das ruas, quando no quarto, trancafiado com acesso aos filmes, jogos e internet ilimitada, a maioria dos pais não querem ou não sabem o que seus filhos assistem e “consomem”.
Sem esquecer que não entram no mérito, por receio, vergonha ou até mesmo ignorância de demonstrar os perigos do mundo virtual.
Dentre os malefícios assombrosos que existem, mas são velados, temos o início da pedofilia, do tráfico humano, incentivo ao suicídio, filmes e jogos que alimentam o horror da violência, porta aberta para saber e depois consumir drogas e muito mais.
Abertamente os pais não fazem, bem como não demonstram querer fazer algo para não sair da zona de conforto e muitas vezes fazem um coro gigantesco contra os pais que vão de encontro ao que se demonstra, limitando acessos ao mundo virtual e tentando saber de fato o que se passa dentro do quarto.
Refiro-me a “tentando” porque de fato, quase impossível saber, até porque eles acessam e veem coisas fora de casa, o que se mostra válido é explicar, dar o conhecimento aos filhos dos males que podem ocorrer com o consumo desenfreado do mundo virtual.
Um grande entrave nas vidas dos pais é acreditar que os filhos devem ser seus mini-clones e que os erros e acertos dos filhos se limitam ao seu modo de viver, quando em verdade os filhos apenas replicam os exemplos.
Não adianta dizer a um filho que ele seja calmo, tenha paciência com as coisas, quando na primeira oportunidade você grita e se estressa, ele não vai levar em consideração suas palavras, ele provavelmente vai repetir suas ações.
A paranoia de muitos pais antigamente foi trocada pela parcimônia, deixando os filhos distantes de quem amamos e vivendo um mundo sombrio de uma realidade alternativa.
Tudo para não abdicar de seus hábitos e por temor ao que dirão caso saia na contramão do que a maioria entende ser o correto.
Não adianta apenas tentar aniquilar o que antigamente era ruim, sem a construção sólida de algo bom, seguro e amável.
Papo de Quinta
O amor é algo simples
Uma construção que assim como a de uma casa, denota que você deve seguir fases para que ele se mantenha firme e duradouro

Alex Curvello é advogado @alexcurvello
Começo esse pequeno relato sobre o sentimento mais nobre que pode existir, com o pensamento que de fato o amor é algo simples, porém não segue uma linha reta e muito menos não significa que não tenha esforço para ser construído.
Uma construção que assim como a de uma casa, denota que você deve seguir fases para que ele se mantenha firme e duradouro.
Um esforço diário, com constância, na intenção de saber diferenciar os problemas, entender as soluções e deixar de lado reclamações sem sentido.
Não levar em consideração orientações de quem não tem base.
Saber tirar as belezas de uma vida cotidiana, planejando e executando sonhos distantes, mas possíveis, aproveitando cada dia é algo essencial para viver o amor.
O simples vai muito além do fácil, até porque muitas vezes o óbvio precisa ser dito, mas que muitos não fazem.
O amor é vivido de muitas formas ao longo da vida, como o sentimento puro de uma criança para seus pais, o adolescente que acredita ser o único de toda vida, aquele que Jesus demonstrou pela humanidade, bem como o do casamento que passa por etapas para ser de fato consolidado.
Hoje vivencio esse sentimento que nos torna sempre alguém melhor.
Lembrando sempre aquele início em que tudo se mostra perfeito, onde o amor é de fato, simples e fácil, emocionante, com muitos detalhes e cheios de possibilidades.
No caminho chamado casamento, vem o momento da convivência com os hábitos, as opiniões contrárias, as falhas, mas que seguem administráveis na intenção sempre de vivenciar o sentimento a dois.
Sendo que determinadas falhas, se não bem administradas, ocasionam conflitos, com o brilho no olhar um para o outro diminuindo, as vontades entram em choque, dúvidas surgem e muitos desistem.
Entretanto, quem insiste, lógico em algo que vale a pena, nesse tão nobre sentimento, compreende as diferenças existentes, com a confiança sendo reconstruída e o alicerce fortalecido, para manutenção da relação.
E aí o amor amadurece, as parcerias se fortalecem, os desejos se tornam mais alinhados, com a comunicação, o respeito, sobretudo o respeito e os objetivos em comum ficam mais fortes, na busca de vivenciar o bom do amor.
Enfatizo o respeito, porque de fato, é a base de qualquer relação, sem ele não se torna possível se relacionar de maneira justa com ninguém.
O amor, como sentimento, que já nos foi ensinado, é simples, porém de fato exige força de vontade para ser mantido e fortalecido.
Não temos a condição, até pela condição humana de vivenciar algo perfeito, mas ele pode ser real e duradouro.
Meu bem, Ana Karla, a lealdade ao que sentimos, bem como com a resiliência de sabermos passar por tantas fases, fica a compreensão que esse amor que sinto é por escolher ficar, sempre.
Para minha esposa, com afeto.
Papo de Quinta
É sistemático
Quase tudo que vivenciamos em nossas vidas, tem método, tem regras e diretrizes a serem seguidas

Alex Curvello é advogado @alexcurvello
Quase tudo que vivenciamos em nossas vidas, tem método, tem regras e diretrizes a serem seguidas.
Seja dos dogmas religiosos, na organização da sociedade, passando pela casa, a maneira que se relaciona com seu cônjuge, como lida no trabalho e até nas eleições.
A maneira de se comportar em cada local desse, se define de modo antecipado e aquele que não segue um critério de como se manifestar, por vezes será taxado e apontado como alguém fora dos padrões.
E hoje temos mais “fora dos padrões” do que os que respeitam determinadas diretrizes.
Nesse ponto, os padrões e a obediência de seguir, por exemplo uma hierarquia no trabalho, não há mal algum, pelo contrário, gera respeito e confiança.
Já o modo de como se relaciona com quem ama, fazendo com que a rotina positiva prevaleça, gera um impacto benéfico para seu parceiro ou parceira, isso no senso comum, óbvio que há quem pense de maneira diferente e consiga viver bem com as inconstâncias. O fato é que uma dose de rotina, respeito e perseverança, fará a relação durar, com aquele toque de surpresas ao longo do caminho para enaltecer o amor.
Já a força de vontade, para manter o processo de sua fé em dia, é algo que irá fortalecer seu vínculo com o Divino, tudo sempre alinhado ao trabalho diário de se manter conectado com um conjunto de virtudes para que sempre estejamos com Ele.
Muitos imaginam que uma eleição é feita a partir do período em que se pode indicar quais serão os os candidatos de forma oficial, quando saem os nomes e as numerações para que cada um possa votar.
Nesse ponto, como na relação da casa, a política sempre será a base de diálogo, na casa a hierarquia e o poder consciente de quem pode mais, prevalece para o bem comum, assim poderia ser na política.
As relações e o mundo pós-moderno estão em constante mudança, mas uma eleição não se vence apenas com carisma, padrinho político, gritaria ou atualmente com meme de internet, isso é fantasia.
Campanha se vence com método, bastidores, articulação a portas fechadas, diálogo e um jogo de xadrez, que poucos sabem jogar de fato e quem não entende isso é a torcida usada como massa de manobra.
Um bom político e um bom provedor da casa, sabem caminhar e ponderar para a melhor trajetória a ser seguida, enquanto em casa tem que sobrepesar as vontades da esposa/marido, filhos, animais, familiares, finanças e seus próprios desejos, o político deve saber onde pisa em relação a vontade do eleitor, as leis que o regem, o bem comum, as obrigações partidárias e sua vontade de seguir determinado rumo.
Infelizmente, muitos entenderam a maneira de se mostrar como alguém que consegue fazer o melhor, mas desvia o caminho e acaba por realizar a politicagem, bem distante da ciência política de conseguir fazer o melhor para a maioria.
Isso facilmente constatado quando por exemplo, uma emissora de TV, que depende de autorização governamental para existir oficialmente, fica bem difícil termos algo livre e desimpedido de críticas, mesmo que construtivas, se o império da propaganda governamental burla a independência midiática de noticiar a verdade, se for contra quem a liberou.
E assim, chegamos a um ponto em que o método, está prevalecendo, não no sentido de seguir uma regra para o êxito de uma eleição, mas sim na manipulação daqueles que ainda iludidos, brigam por questões diminutas, enquanto a grandiosidade das virtudes é deixada de lado.
Papo de Quinta
Quem mora fora do Brasil, pode contribuir para o INSS?
Os brasileiros que moram fora do Brasil, podem e devem contribuir a Previdência Social

Alex Curvello – Advogado
O mundo globalizou, hoje quase todos nós, conhecemos algum brasileiro, que mora fora do nosso país ou minimamente conhecemos alguém que conhece alguém.
Essa migração, na maioria das vezes é em busca de melhores condições de vida, o que para muitos, significa ganhar mais do que ganhava vivendo no país de origem.
Fato é que na maioria das vezes, não há um planejamento, de como funcionam as leis para o país que deseja morar, muito menos a informação de como ficam nossos direitos ao nosso país de origem.
Já conversamos em outras oportunidades que o papo de “a previdência vai quebrar” é um método de impor receios na população brasileira, para ficarem presos a contribuição mínima, ou simplesmente nenhuma contribuição, para tentar benefícios assistenciais e viver na dupla renda informal.
Sem esquecer das instituições privadas, que ganham milhões e até com os mais “informados”, que deixam de contribuir para a previdência social, buscando a privada, com valores menores, essas sim, correm o risco de quebrarem, o governo, seja qual for e em qualquer lugar do mundo, não quebra.
Todo esse papo, levando em consideração os mecanismos legais, que temos hoje, nossa previdência é sólida e com valores a longo prazo mais justos do que instituições que vivem mudando seus mecanismos internos.
Voltando ao nosso Papo de Quinta. E quem mora fora do Brasil como ficam as contribuições para o INSS, podem ser feitas, se torna possível a dupla aposentadoria em caso de o país de destino permitir a aposentadoria por lá?
Sim e sim.
Assim, os brasileiros que moram fora do Brasil, podem e devem contribuir para o INSS, usufruindo no período correto, os benefícios que a Autarquia Previdenciária proporciona.
E qual a importância disso tudo?
Muitas vezes a ida para outros países, as pessoas vão ainda jovens, 20, 30, 40 e até 50 anos, mas ao final da jornada de trabalho, lá pelos seus 65 quando a potência não é mais a mesma e percebem que por lá a previdência é complexa e não fizeram o necessário para se aposentar, por vezes retornam sem valores acumulados e ainda perderam tempo para contribui para o INSS.
A discrepância da moeda brasileira em relação a alguns países é bastante alta, como em determinados países da Europa o “salário mínimo” é por volta de 2.000 (dois mil) euros, ou até ganham algo como 2.000 (dois mil) dólares se for nos EUA, isso por mês, esses valores “mínimos” por lá, já ultrapassam o teto da previdência social no Brasil que hoje em 2025 é de R$ 8.157,41.
Então o mínimo em alguns lugares do mundo, pode ser o máximo para você se aposentar no Brasil.
Toda essa conversa, não é para você desistir das benesses do país que esteja em relação a aposentadoria por lá, nem desestimulando com um possível retorno, mas que você possa compreender que pode ter mais do que imagina.
De mais a mais, ainda tem aqueles que arriscam a ilegalidade por longos períodos, ganham muito bem, mas gastam e voltam deportados, ao serem descobertos, perdendo oportunidades lá fora e aqui no Brasil.
Com isso, quem mora no exterior, pode sim contribuir para o INSS.
O referido pagamento para o INSS, como segurado facultativo, importante que seja feito dentro da sua realidade financeira, o que garante direitos previdenciários, podendo ser vantajoso para quando for o período de se aposentar.
E tudo pode ficar ainda melhor para quem mora fora do Brasil, caso possa, fazer um Planejamento Previdenciário, para que tenha a certeza da contribuição correta e conseguir o melhor benefício quando precisar.
Consulte sempre um advogado previdenciarista de sua confiança.

