Saúde
Sesab registra 28 ocorrências nos dois dias de folia

O segundo dia de Carnaval chegou ao fim com 21 ocorrências médicas registradas pela Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) nos circuitos da folia. Desde a última quinta-feira (8) até às 6h da manhã deste sábado (10), houve um total de 28 ocorrências, sendo 16 no Circuito Dodô, na Barra; sete no Osmar, no Campo Grande; duas na Praça Castros Alves, duas no Circuito Batatinha, no Pelourinho, e uma no Circuito da Liberdade.
A secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, destaca os investimentos do Governo do Estado no reforço da saúde durante a folia momesca. “Investimos R$ 3,7 milhões, com especial atenção no reforço dos plantões em unidades de saúde da capital e interior. Durante todos os dias de festa, três postos de testagem, sendo dois em Salvador e um em Porto Seguro, possibilitam que os foliões façam em 20 minutos testes de sífilis, hepatites B e C, bem como HIV, além da distribuição de preservativos femininos e masculinos. Vamos brincar o Carnaval com saúde e responsabilidade”, disse.
Mais de 2.200 testes de IST realizados
Neste segundo dia de folia, 2.208 testes rápidos para detecção de HIV, Sífilis, hepatite C e hepatite B foram realizados nos postos de testagem de infecções sexualmente transmissíveis (IST) montados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Do total, seis foram positivos para HIV, 45 para sífilis e um para hepatite c.
Em Salvador, os espaços funcionam no Circuito Dodô, na Av. Centenário (Barra) e na Av. Milton Santos (Ondina). Já em Porto Seguro, a estrutura fica localizada na Passarela do Descobrimento.
Quem testou positivo passou por uma orientação e já saiu do estande com consulta marcada. Já os pacientes que tiveram resultado positivo para sífilis, tinham a possibilidade, caso desejado, de já iniciar o tratamento no próprio estande, com a aplicação da penicilina benzatina (Benzetacil). Nos dois dias de folia, 20 pessoas iniciaram o tratamento para Sífilis e 7 já possuíam cicatriz sorológica de tratamento iniciado.
Para a coordenadora de Doenças e Agravos Transmissíveis da Sesab, Eleuzina Falcão, o diagnóstico precoce é a chave da preservação da saúde e da contenção da transmissão. “Temos um compromisso de ampliar o diagnóstico das infecções sexualmente transmissíveis, assegurar o tratamento e garantir uma qualidade de vida para o paciente. A procura pela testagem está sendo muito grande e isso nos enche de alegria, seguiremos levando saúde até o último dia de festa”, adiantou.
Além de realizarem os testes de IST, as equipes da Sesab em parceria com a Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur) distribuíram 273.200 preservativos no período, tanto em ações nos circuitos, pontos turísticos e nos estandes.
Violência contra a mulher
O Serviço de Atendimento às Mulheres Expostas à Violência Sexual, localizado no Hospital da Mulher, em Salvador, que acolhe mulheres, adolescentes e trans a partir de 12 anos expostas a situações de abusos e violência sexual não registrou ocorrências provenientes do circuito da festa no segundo dia. O serviço multiprofissional está em funcionamento durante 24 horas, em todos os dias do Carnaval.
Hemoba
Nas unidades fixas e móveis do Hemoba, ao todo, 474 pessoas compareceram para doação de sangue no segundo dia da folia, sendo 374 bolsas coletadas. Houve ainda quatro cadastros para doação de Medula Óssea.
Inspeções
A corregedoria da Saúde também está em ação durante o período carnavalesco, tendo inspecionado 3.095 profissionais a fim de de aferir as escalas de plantão em 11 unidades de saúde. São elas: HGE, Hospital Geral Ernesto Simões Filho, Hospital do Subúrbio, Hospital Geral Roberto Santos, Central de Regulação, as Unidades de Emergência de São Caetano, Pirajá e Curuzu, o Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba) e as maternidades Tsylla Balbino e Albert Sabin.
Saúde
Policlínica de Narandiba recebe Hemóvel para doação de sangue
A Hemoba também convida trabalhadores, pacientes e a comunidade a realizarem o cadastro como possíveis doadores de medula óssea

Nos dias 24 e 25 de julho (quinta e sexta-feira), a Policlínica de Narandiba, unidade da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) gerida pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS), será ponto de encontro para um gesto que salva vidas. O Hemóvel da Fundação Hemoba estaciona na unidade para mais uma edição da campanha “FESF na Veia”, convidando trabalhadores, pacientes e a comunidade a doarem sangue e realizarem o cadastro como possíveis doadores de medula óssea.
A ação acontece em um momento delicado: de acordo com a Hemoba, os estoques de sangue estão baixos para seis tipos sanguíneos, devido ao aumento das solicitações hospitalares e à redução no número de doadores.
“Na última edição, realizada em fevereiro, tivemos uma mobilização emocionante. O Hemóvel passou pelas Policlínicas de Narandiba e Escada e conseguimos reunir 208 voluntários, além de cadastrar 17 possíveis doadores de medula óssea, ajudando a salvar inúmeras vidas. Temos certeza de que, desta vez, não será diferente”, afirma Lizandra Amim, diretora-geral da FESF-SUS.
Aline Dórea, coordenadora de coleta da Hemoba, reforça a importância do ato. “Uma única doação pode salvar até quatro vidas. Todos os dias recebemos solicitações de transfusão para pacientes de todas as idades e com diferentes necessidades. Quem pode doar, ajuda diretamente quem precisa. Nos dias 24 e 25, o ônibus da Hemoba estará na Policlínica de Narandiba, e esta é uma excelente oportunidade para moradores e trabalhadores da região fazerem sua contribuição e, quem sabe, se tornarem doadores frequentes”, destaca.
Quem pode doar
Podem doar pessoas entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam de autorização dos responsáveis), que pesem mais de 50 kg, estejam em boas condições de saúde e apresentem documento oficial com foto. No dia da doação, é importante não estar em jejum; evitar bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores; não fumar por pelo menos 2 horas antes da doação; ter dormido, no mínimo, 6 horas na noite anterior.
Serviço
- O quê: Hemóvel na Policlínica de Narandiba
- Quando: 24 e 25 de julho (quinta e sexta-feira)
- Horário: 8h às 17h
Saúde
Lacen/BA reforça rede laboratorial com equipamentos para diagnóstico Covid e tuberculose
A aquisição do sistema GeneXpert foi viabilizada com investimento de R$ 869 mil, por meio de recursos do Novo PAC

Com o objetivo de fortalecer a vigilância em saúde e garantir respostas mais ágeis aos eventos de saúde pública, o Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen/BA) ampliou a capacidade diagnóstica da Rede Estadual de Saúde Pública (RELSP) com a aquisição de cinco equipamentos de teste molecular rápido (TRM).
A aquisição do sistema GeneXpert, na última semana, foi viabilizada com investimento de R$ 869 mil, por meio de recursos do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, que tem como foco a renovação do parque tecnológico dos laboratórios centrais de saúde pública do país.
“Com a instalação destes equipamentos na RELSP, exames como teste molecular rápido para diagnóstico laboratorial da COVID-19 e tuberculose serão descentralizados, oportunizando respostas rápidas da vigilância laboratorial, bem como as intervenções médicas com tempestividade”, avalia a coordenadora dos Laboratórios de Vigilância Epidemiológica do Lacen/BA, Felicidade Mota Pereira.
Na Bahia, os novos equipamentos serão instalados nos laboratórios municipais de referência regional de Brumado, Ibotirama, Guanambi e Paulo Afonso, além da unidade central do Lacen, em Salvador.
“A chegada desses novos equipamentos representa um avanço importante na nossa capacidade de resposta, principalmente em regiões mais distantes da capital. Estamos garantindo que os baianos tenham acesso a diagnósticos precisos e rápidos, independentemente de onde vivam, o que reforça o nosso compromisso com a regionalização da saúde”, destaca a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana.
Saúde
Avós ativos desafiam estereótipos e priorizam longevidade
Novo perfil de idosos inclui cuidados preventivos e busca por qualidade de vida para envelhecer com autonomia

No mês em que se comemora o Dia dos Avós, celebrado em 26 de julho, um movimento silencioso ganha cada vez mais força no Brasil: o dos avós que não se limitam à cadeira de balanço. Eles estão nas academias, nos grupos de dança, em viagens, nas universidades e, também, nos consultórios médicos, em busca de longevidade com qualidade de vida.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país conta hoje com mais de 36 milhões de pessoas com 60 anos ou mais — e a projeção é de que esse número dobre nas próximas três décadas. Paralelamente, cresce o interesse dessa parcela da população por hábitos saudáveis e pela prevenção de doenças.
“O envelhecimento ativo deixou de ser uma tendência para se tornar uma necessidade. Os avós de hoje desejam manter sua autonomia, não apenas para cuidar dos netos, mas para continuar vivendo plenamente”, afirma o geriatra Rafael Marques Calazans, médico da Rede Mater Dei.
Os pilares desse novo envelhecer envolvem alimentação balanceada, estímulo cognitivo, prática regular de exercícios físicos adaptados e cuidado constante com a saúde mental. “Atividades como dança, musculação leve e caminhadas são altamente recomendadas, sempre com acompanhamento médico. Também é essencial manter o cérebro ativo com leituras, jogos e convívio social”, orienta Calazans.
O especialista reforça, porém, que não basta adotar práticas pontuais. “O acompanhamento médico regular, com foco na prevenção, é indispensável. Doenças como diabetes, hipertensão e osteoporose precisam ser monitoradas de perto para que o envelhecimento seja, de fato, saudável”, alerta.
Esse novo perfil de avós também movimenta a economia. Segundo levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), idosos já representam cerca de 20% dos consumidores em setores como turismo, lazer, cultura e bem-estar. Agências de viagens especializadas, academias com treinos específicos e cursos de tecnologia para a terceira idade ganham cada vez mais adeptos, ampliando o conceito de envelhecimento ativo.
Além do impacto econômico, há uma mudança cultural em curso. “Os idosos de hoje não querem apenas viver mais, querem viver com propósito. Muitos retomam projetos antigos, fazem trabalho voluntário ou voltam a estudar. Isso contribui não apenas para a saúde física e mental, mas também para um envelhecimento com sentido e pertencimento social”, conclui o geriatra do Hospital Mater Dei Salvador, Rafael Marques Calazans.