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Internacional

Pequim reabre centro de isolamento contra Covid-19

A reabertura evidencia os esforços da capital chinesa para gerenciar o número crescente de casos sem realizar um bloqueio total

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Pequim reabriu um centro de isolamento em massa enquanto as autoridades tentam conter um surto de Covid-19 na cidade. 

Pequim reabriu um centro de isolamento em massa enquanto as autoridades tentam conter um surto de Covid-19 na cidade.

O hospital Xiaotangshan Fangcai, que possui pelo menos 1.200 leitos e instalações de testes, foi inaugurado durante a epidemia de Sars em 2003 e usado novamente no início de 2020 para tratar pacientes com Covid. Sua reabertura sinaliza um aumento nos esforços da capital da China para gerenciar o número crescente de casos sem entrar em um bloqueio em toda a cidade.

Na quarta-feira (4), a China registrou 5.489 casos, incluindo 353 sintomáticos. A maioria (4.982) estava em Xangai, que está sob um bloqueio de semanas, provocando queixas e protestos generalizados por falta de alimentos e fiscalização excessiva. Pequim relatou 46 casos sintomáticos e cinco assintomáticos na quarta-feira, elevando o total da cidade desde o início do surto de Ômicron para cerca de 400.

À medida que o número de casos de Xangai subiu para milhares, as autoridades correram para identificar e isolar todos os casos, independentemente da gravidade. Centenas de milhares foram transferidos para hospitais temporários, prédios de escritórios requisitados e blocos residenciais e centros de convenções reaproveitados. As condições em algumas instalações geraram reclamações, com luzes brilhantes 24 horas por dia, 7 dias por semana, água limitada e condições insalubres.

Em comunicado, a Comissão Municipal de Saúde de Pequim disse que reabriu o hospital Xiaotangshan por precaução, descrevendo a batalha contra a propagação do Ômicron como um jogo de xadrez. Ele disse que uma unidade de isolamento já está operando, com 40 profissionais médicos tratando 12 pessoas com casos assintomáticos ou leves.

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Antes do feriado de cinco dias do 1º de maio, as autoridades impuseram na semana passada alguns bloqueios específicos da comunidade, restrições de movimento e entretenimento fechado e locais públicos, incluindo o Universal Beijing Resort. Os restaurantes foram proibidos de oferecer serviços de refeições e, na quarta-feira, a cidade anunciou que dezenas de estações de metrô e mais de 150 rotas de ônibus seriam fechadas a partir da meia-noite. Ele está realizando testes em massa frequentes de milhões de moradores, com 12 dos 16 distritos de Pequim realizando a segunda de três rodadas nesta semana, tendo feito três exibições em massa na semana passada.

Os casos estão sendo registrados em várias cidades e províncias da China, com centenas de milhões de pessoas sob alguma forma de bloqueio total ou parcial. Na província de Henan, a cidade de Zhengzhou anunciou restrições de movimento de 4 a 10 de maio, incluindo ensino remoto e alguns trabalhando em casa. Henan relatou 12 casos sintomáticos e 38 assintomáticos na quarta-feira.

O governo do Partido Comunista da China se comprometeu com uma política de zero Covid, que analistas dizem estar tão enraizada que não há sinal de saída. Atualmente, as autoridades de saúde disseram que a China não pode reabrir, pois suas taxas de vacinação – especialmente entre idosos – são muito baixas e a distribuição de recursos de saúde do país é desigual. No entanto, a cepa mais transmissível da Ômicron desafiou a cartilha zero-Covid. As autoridades de Pequim parecem esperar que tenham agido com antecedência suficiente para evitar uma crise ao estilo de Xangai.

O bloqueio em Xangai começou a aumentar em algumas áreas, mas a maioria das pessoas continua incapaz de deixar seus conjuntos habitacionais. Os moradores relataram inúmeros casos de ação excessivamente zelosa ou incompetente por parte dos profissionais de saúde. Vídeos virais nas mídias sociais nesta semana mostraram trabalhadores vestindo roupas de proteção chutando a porta de uma casa onde os moradores disseram que ainda aguardavam o resultado do teste. Um vídeo de funcionários do necrotério recolhendo o corpo de um residente de um lar de idosos que havia sido declarado morto, mas descobrindo que ainda estava vivo, também despertou alarme.

Também houve grandes preocupações sobre a maneira como as mortes são relatadas, com o número oficial muito abaixo do que se acreditava. A baixa notificação se deve aos rígidos regulamentos da China sobre atribuir o Covid-19 como causa de morte quando há outros fatores, mas o relato de algumas mortes causou confusão.

A política de zero Covid também está prejudicando o consumo doméstico e a produção fabril, interrompendo as principais cadeias de suprimentos globais e diminuindo as receitas de algumas das maiores marcas internacionais, como Apple, Kering, controladora da Gucci, e Yum China, proprietária da Taco Bell.

A Capital Economics estima que o vírus se espalhou para áreas que geram 40% da produção da China e 80% de suas exportações – todas enfrentando vários graus de restrições.

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Internacional

Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

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Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a
Foto: Reprodução Instagram/ 📸 @ricardostuckert

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro. 

“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento. 

A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima. 

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países. 

O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados. 

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“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento. 

Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima. 

Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto. 

“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração. 

Mercado de carbono 

Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área. 

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Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”. 

Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas. 

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Internacional

Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics

A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

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Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.

Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.

Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.

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Internacional

Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai

Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

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Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica
Foto: Secretaria de Comunicação do Uruguai

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças. 

Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015. 

Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil. 

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