Economia
SuperBahia 2025 destaca compromisso do Estado com o desenvolvimento econômico e combate à fome
A maior feira do varejo de alimentos do Norte e Nordeste reúne 200 empresas e deve movimentar mais de R$ 650 milhões
Com a expectativa de receber mais de 20 mil visitantes e movimentar R$ 650 milhões na sua 14ª edição, a SuperBahia 2025 – a maior feira do varejo de alimentos do Norte e Nordeste, deu início às atividades na noite desta quarta-feira (6), no Centro de Convenções de Salvador. O evento, que prossegue até a próxima sexta-feira (8), é promovido pela Associação Baiana de Supermercados (Abase), com apoio do Sindicado dos Supermercados e Atacados de Autosserviço do Estado da Bahia (Sindsuper) e do Governo do Estado.
Presente na cerimônia de abertura, o governador Jerônimo Rodrigues destacou a importância do evento para a economia do estado, que reúne 200 empresas nacionais e internacionais. “Esta feira é um exemplo concreto de como a Bahia está avançando. O apoio do Governo reforça nosso compromisso com o desenvolvimento regional, o aquecimento do mercado de varejo, das cadeias produtivas, a geração de emprego e renda e atração turística”, afirmou o chefe do Executivo, que na oportunidade comentou sobre o fortalecimento do mercado interno baiano diante dos impactos provocados pela nova taxação imposta pelo governo americano para alguns produtos brasileiros. “Percebemos o quanto é importante termos um mercado nacional forte e atuante, como essa rede de supermercados da Bahia, e esse evento mostra o quanto somos potentes”, disse.
Por meio das secretarias de Desenvolvimento Rural (SDR), através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), e de Turismo (Setur-BA), o Governo do Estado participa da feira com a Vila da Agricultura Familiar, onde 43 empreendimentos da agroindústria familiar expõem seus produtos em um empório exclusivo, promovendo rodadas de negócios com o setor supermercadista.
“São alimentos saudáveis, produzidos pela agricultura familiar baiana, dos quatro cantos do estado que estão chegando aqui para a SuperBahia 2025, para adentrar de uma vez por todas nas prateleiras dos supermercados. Isso é fruto de política pública do Governo do Estado”, salientou o diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro.
Oportunidade ímpar para a União das Cooperativas de Agricultura familiar da Bahia (Unicafes), representada pelo diretor-presidente, Ícaro Rennê. “É de grande importância colocar os nossos produtos aqui dentro, onde estamos apresentando a qualidade e a diversidade da nossa agricultura familiar. Através da Unicafes, as cooperativas de todo o interior da Bahia, juntamente com o nosso centro de distribuição, localizado aqui em Salvador, conseguem atender todos esses mercados, que vão encontrar aqui, o flocão, o mel, as cervejas artesanais de caju, umbu, e diversos produtos como frutas desidratadas, iogurtes”, disse.
O primeiro dia da SuperBahia 2025 foi marcado ainda pela assinatura do termo de cooperação técnica entre a Abase e a CAR para o desenvolvimento de ações de incentivo, promoção e parcerias, para a aquisição de produtos da agricultura familiar pelos supermercadistas.
A Setur-BA também apoiou a realização do evento, através da promoção do destino Bahia para o setor. “A gestão estadual trabalha atraindo eventos como esse, porque eles movimentam os nossos equipamentos turísticos. Na semana passada, esse trabalho foi reconhecido nacionalmente, quando a Bahia ganhou o título de melhor destino de eventos do Brasil”, afirmou o titular da pasta, Maurício Bacelar.
Inovação e oportunidades
A feira vai além da exposição de produtos. Este ano, mais de 20 palestras estão previstas, em torno do tema central “Varejo Inteligente: Conectando Tecnologia e Consumo”, com foco em soluções inovadoras como inteligência artificial, big data e Internet das Coisas (IoT) aplicadas ao comércio varejista.
Outro diferencial é a Caravana #PartiuSuperBahia, que chega a sua terceira edição. A iniciativa vai trazer cerca de 500 supermercadistas de 24 municípios baianos, incluindo Feira de Santana, Vitória da Conquista, Barreiras, Itabuna, Jequié, Teixeira de Freitas e Luís Eduardo Magalhães, ampliando o acesso à capacitação e às oportunidades de negócios.
Para a presidente da Abase, Amanda Vasconcelos, primeira mulher a comandar a entidade em seus 50 anos, “a SuperBahia é o ambiente ideal para conectar empresas, inovar e transformar o setor”. Segundo ela, o apoio do Governo do Estado “é sempre muito importante para continuar fomentando a economia baiana. É um setor que emprega muitas pessoas, que representa 9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, então, temos uma responsabilidade muito grande com o nosso estado”.
Compromisso social
Pelo terceiro ano consecutivo, a SuperBahia abre espaço para o Programa Bahia Sem Fome, com estande para arrecadação de alimentos na entrada do evento. A Abase, parceira da campanha, novamente se compromete a dobrar as doações feitas durante o evento, como já ocorreu em 2023 e 2024, de acordo com o coordenador, Tiago Pereira.
“Nesta edição vamos receber da Abase, uma doação de 10 toneladas de alimentos. É o dobro do que recebemos no ano passado. Uma expectativa alta porque estamos agora numa fase de retroalimentar os esforços para potencializar o processo de arrecadação, tendo em vista o aumento de demanda da população que carece dessa doação, principalmente nos centros urbanos de Salvador e Feira de Santana. A nossa prioridade é garantir o direito humano à alimentação”, declarou Pereira.
Incentivos e política fiscal
Como resultado do diálogo com o setor, o Governo da Bahia reduziu o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre pescados de 20,5% para 12%. Em vigor desde o início deste semestre e com validade até 2026, a medida visa oferecer preços mais competitivos e ampliar a margem de lucro para comerciantes.
Economia
Usina de Beneficiamento de Pescados vai fortalecer pesca artesanal na BTS
O equipamento é fruto da cooperação entre a Fundação Baía Viva, a Associação Amigos da Sardenha (Itália) e a Colônia de Pescadores Z3
Pescadores e marisqueiras da Baía de Todos-os-Santos (BTS) ganharam um novo impulso para fortalecer suas atividades com a inauguração, nesta quinta-feira (16), da Usina de Beneficiamento de Pescados de Bom Jesus dos Passos. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) e a Bahia Pesca participaram da cerimônia de entrega do equipamento que é fruto da cooperação entre a Fundação Baía Viva, a Associação Amigos da Sardenha (Itália) e a Colônia de Pescadores Z3.
Representando o secretário da Agricultura, Pablo Barrozo, o diretor-geral da Seagri, André Cavalcanti, destacou que promover o desenvolvimento sustentável da pesca na Baía de Todos-os-Santos é uma das prioridades do Governo do Estado. “A implantação da usina representa um avanço estratégico para agregar valor à produção local e fortalecer a economia da pesca artesanal. A Bahia tem uma extensa faixa litorânea e o nosso desafio é transformar esse potencial em projetos que irão agregar valor aos produtos da pesca, desenvolvimento sustentável e geração de renda para quem vive da economia do mar”, afirmou.
O equipamento tem 100 m² e conta com bancadas, pias, depurador, freezers, fogão e área de apoio com banheiros e recepção. Além da produção para venda, a usina terá uma loja no complexo de restaurantes da ilha, funcionando também como escola de capacitação.
Parceria internacional
“A usina de beneficiamento é um sonho que se torna realidade. É a prova de que, quando sociedade civil, poder público e iniciativa privada se unem, o resultado transforma vidas, garantindo estrutura, dignidade e oportunidades para quem sempre viveu da pesca”, afirmou Isabela Suarez, presidente da Fundação Baía Viva.
O projeto desenvolvido na ilha de Bom Jesus dos Passos incluiu 200 horas de capacitação teórica ministradas por educadores brasileiros e italianos, reforçando a modernização da pesca artesanal por meio da troca de conhecimento e inovação social.
A cooperação com a Associação Voluntária Italiana Amigos da Sardenha também foi relevante para o projeto. “Essa união entre Brasil e Itália mostra que solidariedade e compromisso com o desenvolvimento sustentável não têm fronteiras”, destacou Isabela.
Estrutura moderna e processo completo
O beneficiamento do pescado segue etapas rigorosas de qualidade e segurança alimentar. Segundo Jonatas Spínola, engenheiro ambiental e coordenador do projeto Baía Viva, o marisco pescado passa por limpeza com água corrente, cozimento, seleção e embalagem, antes de ser armazenado em câmaras frias.
“Outros pescados, de baixo valor comercial, poderão ser transformados em subprodutos como linguiça, hambúrguer, quibe e salgados, ampliando as possibilidades de renda para a comunidade”, pontua.
Comunidade celebra conquista
Para as marisqueiras da ilha, a usina representa muito mais do que uma estrutura física: é reconhecimento e dignidade. “Esse espaço vai fortalecer o trabalho das mulheres, melhorar o beneficiamento do pescado e garantir mais renda para as famílias que tiram o sustento do mar”, comemorou Tatiane Santos, marisqueira da ilha.
Antônio Jorge Teixeira, presidente da Colônia de Pescadores Z3, salientou o papel da Federação dos Pescadores da Bahia na iniciativa. “Essa conquista é de todos nós que lutamos por melhores condições para quem vive da pesca. Quando a gente se junta, a gente vence. A união da comunidade foi decisiva para que o projeto se tornasse realidade”, afirmou.
Apoio governamental
Antes da inauguração, a Seagri participou de encontros com a Associação Amigos da Sardenha, a Fundação Baía Viva e a Associação Comercial da Bahia, reforçando a cooperação para o desenvolvimento da pesca. O Estado considera que a experiência italiana vai impulsionar projetos existentes e inspirar novas iniciativas na Baía de Todos-os-Santos.
Economia
Constru Nordeste mostra a força da construção civil na Bahia
Estado se consolida como segunda maior potência do Nordeste no segmento
Mais de 200 expositores da construção civil estão reunidos até sexta-feira (17), no Centro de Convenções de Salvador, para a 3ª edição da Constru Nordeste, maior evento do setor na região. A solenidade de abertura, realizada nesta quarta-feira (15), contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, que destacou o papel estratégico da Bahia na geração de empregos, inovação e sustentabilidade na construção civil.
“A Bahia vive um novo ciclo de desenvolvimento, com grandes investimentos públicos — tendo em vista a parceria com o Novo PAC, e privados em infraestrutura, habitação e equipamentos sociais. Nosso compromisso é garantir que esse crescimento chegue a todas as regiões, com obras que melhorem a vida das pessoas, gerem emprego e renda e movimentem a economia”, afirmou o governador, que na ocasião, visitou os stands da feira.
O Governo do Estado marca presença na feira com o patrocínio oficial da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), que está presente através de um estande próprio com equipe técnica de analistas de crédito e gerentes de desenvolvimento. O objetivo é oferecer linhas de financiamento voltadas a investimentos e capital de giro para empresas do setor. A Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás) também participa do evento, com palestras e exposição de oportunidades de negócios voltadas à expansão do uso do gás natural na construção e na indústria. Potência da Bahia no setor.
Setor na Bahia
A Bahia se consolida como segunda maior potência do Nordeste em construção civil. Nos últimos dois anos, o Governo do Estado executou 171 intervenções, totalizando R$ 2,8 bilhões em investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, em obras de macrodrenagem, contenção de encostas, urbanização integrada, construção de hospitais, maternidades, escolas, centros culturais e moradias.
Para o presidente do Sinduscon-BA, Alexandre Landim, a presença do governo e o volume de investimentos confirmam a força do setor na Bahia, principalmente na geração de empregos. “A Bahia é hoje referência em obras públicas e privadas, com 162 mil trabalhadores na construção civil, o maior número do norte-nordeste, com um ambiente favorável a negócios, inovação e qualificação profissional. A Constru Nordeste reforça essa vocação e projeta o estado como protagonista no desenvolvimento regional”, destacou.
Programação
Promovida pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Rede Bahia, a Constru Nordeste deve reunir cerca de 35 mil visitantes ao longo dos três dias de evento. A programação inclui palestras, workshops, painéis temáticos e rodadas de negócios nacional e internacional, abordando temas como tecnologia, inovação, sustentabilidade, infraestrutura e responsabilidade social — que, este ano, ganha reforço com tradução em Libras e ações solidárias.
Uma grande oportunidade de fazer negócios para o expositor e diretor comercial da empresa Esquadrias e Alumínios Fornasa – Esaf, Alison Nesi. “É o nosso primeiro ano aqui na Constru Nordeste. Estamos focados em aumentar a atuação no nosso segmento econômico, que são obras de interesse social, como o Minha Casa, Minha Vida”.
A visitação à feira é gratuita e acontece de 13h às 21h. Mais informações podem ser consultadas no site: https://construnordeste.com.br/.
Economia
Safra baiana de grãos tem estimativa de recorde em 2025
De acordo com o IBGE, a área plantada dos grãos, para 2025, está estimada em 3,65 milhões de hectares (ha), com crescimento de 2,8% em relação à safra de 2024
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo ao mês de setembro de 2025, com dados sistematizados e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estima, para a safra de grãos 2025, uma produção de cereais, oleaginosas e leguminosas de 12,8 milhões de toneladas, o que representa um avanço de 12,3% na comparação com a safra de 2024.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por sua vez, na primeira estimativa do ciclo 2025/2026, destaca o bom desempenho na produção dos grãos desse novo ciclo.
De acordo com o IBGE, a área plantada dos grãos, para 2025, está estimada em 3,65 milhões de hectares (ha), com crescimento de 2,8% em relação à safra de 2024. Com isso, o rendimento médio (3,51 toneladas/ha) da lavoura de grãos no estado da Bahia será 9,3% acima da safra anterior.
O volume de soja colhido está estimado em 8,61 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 14,3% sobre o verificado em 2024. A área plantada com a oleaginosa no estado é de aproximadamente 2,14 milhões de ha. O rendimento médio de 4,0 toneladas/ha tem relevância nesse desempenho positivo, com aumento de 8,3% em relação à safra anterior.
As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, devem alcançar 2,69 milhões de toneladas, o que representa aumento de 16,3% na comparação anual. Com relação à área plantada, houve queda de 2,4% em relação à estimativa da safra anterior de 605 mil ha. A primeira safra do cereal está projetada em 1,93 milhão de toneladas, 24,6% acima do que foi observado em 2024. Já para a segunda safra é esperado um recuo de 0,5% em relação à colheita anterior, com expectativa de 763 mil toneladas.
Outro importante produto da safra baiana, o algodão (caroço e pluma), tem produção estimada em 1,79 milhão de toneladas, o que representa aumento de 1,4% em relação ao ano de 2024. A estimativa evidencia que a Bahia se mantém como o maior produtor da Região Nordeste e o segundo maior do Brasil, responsável por 18,3% da safra nacional, atrás apenas do Mato Grosso (73% da safra nacional). A área plantada com a fibra aumentou 5,3%, alcançando 400 mil ha em relação à safra de 2024.
Para a lavoura do feijão, a estimativa é de uma safra menor em 20,2%, na comparação com a safra 2024, totalizando 177 mil toneladas. O levantamento tem estimativa de 360 mil ha plantados, 5,3% menor que a safra anterior. A primeira safra da leguminosa (86 mil toneladas) foi 37,0% inferior à de 2024, e a estimativa da segunda safra (91 mil toneladas) prevê uma variação positiva de 6,7% na mesma base de comparação.
Em relação ao café, está prevista a colheita de 262 mil toneladas em 2025, 5,1% acima do observado no ano anterior. A safra do tipo arábica foi de 89 mil toneladas, com variação anual de -14,6%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora foi de 173 mil toneladas, 19,3% acima da colheita do ano anterior.
Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estima a produção de 6,24 milhões de toneladas, um crescimento de 12,6% em relação à safra de 2024. A estimativa da produção do cacau, por sua vez, ficou em 119 mil toneladas, apontando um avanço de 7,0% na comparação com a produção do ano anterior.
Na fruticultura, destacam-se as estimativas das lavouras de banana (906 mil toneladas), laranja (632 mil toneladas) e uva (102 mil toneladas), que registraram, respectivamente, variações de 4,8%, 0,3% e 84,4% em relação à safra anterior.
O levantamento ainda indica uma produção de 907 mil toneladas de mandioca, 14,7% a mais que a de 2024. A produção de batata-inglesa, estimada em 340 mil toneladas, indica acréscimo de 1,7%; e a do tomate, estimada em 183 mil toneladas, aponta queda de 48,4% na comparação com a do ano anterior.

