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Agricultura

Rio Real recebe unidade de beneficiamento da citricultura do Governo do Estado

Responsável por cerca de 40% da safra estadual, o município localizado no Litoral Norte tem impulsionado a produção da agricultura familiar

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Considerado o maior produtor de laranja da Bahia, responsável por cerca de 40% da safra estadual, o município de Rio Real, no Litoral Norte,
Foto: Amanda Ercília/GOVBA

Considerado o maior produtor de laranja da Bahia, responsável por cerca de 40% da safra estadual, o município de Rio Real, no Litoral Norte, tem alavancado a produção agrícola familiar através de um forte investimento do Governo do Estado. Neste sábado (27), durante a Festa da Laranja, o governador Jerônimo Rodrigues inaugurou a Unidade de Beneficiamento de Citrus e Derivados de Frutas e entregou 400 barracas de feira livre e um trator, somando mais de R$ 5 milhões em investimentos.

“A Bahia ganhou recentemente, do Governo Federal, uma sede da Agência de Exportação (ApexBrasil) para fortalecer o apoio às empresas baianas na exportação e atração de investimentos. Essa unidade da agroindústria instalada em Rio Real vai nos dá uma força muito grande para enfrentarmos o mercado internacional e exportar esse fruto diferenciado, orgânico, produzido aqui, com toda a responsabilidade ambiental, humana, social, e com valor agregado, envolvendo um conjunto de pequenas propriedades da agricultura familiar”, projetou o governador.

A nova unidade, instalada no Loteamento Santa Rita de Cássia pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado (SDR) vai atender inicialmente, 84 produtores da Cooperativa Agropecuária do Litoral Norte da Bahia (Coopealnor), beneficiando agricultores de Rio Real, Inhambupe, Esplanada, Conde, Itapicuru e Aporá. O espaço conta com máquinas de produção, logística e beneficiamento, além de cozinha comunitária para produção de alimentos destinados à rede pública de ensino.

Com a estrutura, a produção anual de laranja orgânica pode saltar de 12 mil para 20 mil toneladas. A diferença de mercado é expressiva: enquanto a tonelada da fruta convencional é vendida a R$ 600, a orgânica chega a R$ 2 mil. “É um mercado promissor e a Coopealnor já tem potencial. Esse equipamento que o Estado construiu vai mudar a vida dessas famílias. É a produção de alimentos saudáveis na mesa dos baianos e dos brasileiros, já que boa parte dessa produção vai para São Paulo”, destacou Jeandro Ribeiro, diretor-presidente da CAR.

Outra entrega importante mencionada por Ribeiro, foram as 400 bancas para a Feira Livre do município, oportunizando ao feirante um espaço melhor e mais adequado para a comercialização dos produtos, além de um trator. Há previsão de que Rio Real ainda receba do Estado, outra unidade de beneficiamento da laranja e a reforma da Etapa 1 da feira.

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O presidente da Coopealnor, Nelson Borges da Cruz, comemorou a conquista. “Há tempos lutamos por esse projeto. Hoje realizamos um sonho que representa mais emprego, renda e qualidade de vida para agricultores que produzem entre 500 quilos e 2 mil quilos de laranja”.

“O avanço da nossa citricultura é resultado da tradição, da tecnologia e de políticas públicas que fortalecem a agricultura. Rio Real é um exemplo de como o setor pode transformar a realidade econômica de uma região”, afirmou o secretário da Agricultura do Estado, Pablo Barrozo.

Esgotamento Sanitário

“Autorizei para Rio Real, uma licitação grandiosa de quase R$ 200 milhões, através da Embasa, para o esgotamento sanitário, que vai garantir uma cobertura de 90% do esgotamento aqui da sede, mais saúde e qualidade de vida”, anunciou Jerônimo Rodrigues.

A obra, que conta com recursos integrados ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), do Governo Federal, contempla a implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário. Mais de 30 mil habitantes de Rio Real serão alcançados pela intervenção, que tem investimento previsto em R$183,7 milhões e será executada pela Embasa.

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Investimentos para a saúde e infraestrutura

Fruto de emendas parlamentares, a saúde de Rio Real também foi contemplada com dois veículos administrativos, uma ambulância, dois micro-ônibus para fazer o transporte de pacientes para a Policlínica Regional de Alagoinhas, duas processadoras de Raio-X para o Hospital e Maternidade Maria Amélia Menezes Santos, aparelho de Ultrasom e Eletrocardiógrafo, dois Kits para a Unidade Básica de Saúde (UBS) e odontológicos, além de Kits Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Móvel.

A Festa da Laranja ainda contou com a Vacinamóvel da Secretaria da Saúde (Sesab), com a presença do Zé Gotinha. Estiveram disponíveis para crianças, adolescentes, adultos e idosos, mais de 1,5 mil doses das vacinas Penta, Rotavírus, VIP, Pneumo 10, Meningo C, Meningo ACWY e a Influenza.

Ainda para a saúde do município, o governador autorizou a celebração de convênio com a Prefeitura para a reforma e ampliação do Hospital e Maternidade Maria Amélia Menezes Santos, na sede, com um investimento de R$ 9 milhões; e o credenciamento para a realização de serviços oftalmológicos, como cirurgias de cataratas.

Para a infraestrutura, Jerônimo autorizou a celebração de convênio para a pavimentação asfáltica da rua Marquês de Abrantes (Mucambo), do entorno da feira livre, e de vias do município, além da requalificação da Praça Alto da Presa.

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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Costa Macêdo, natural de Rio Real, esteve presente à agenda, ao lado de secretários do Município e de Estado e outras autoridades.

Agricultura

Feira Baiana destaca protagonismo indígena e quilombola na economia solidária

Evento reforça políticas públicas, amplia diversidade territorial e dá visibilidade a histórias de transformação social

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A 16ª edição da Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária reafirmou o compromisso do Governo da Bahia com a
Fotos: Adriel Francisco

A 16ª edição da Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária reafirmou o compromisso do Governo da Bahia com a valorização das comunidades indígenas e quilombolas. Com mais estandes e maior diversidade territorial, o evento também destacou histórias de transformação social, especialmente protagonizadas por mulheres artesãs.

Tenda Quilombola

Claudineia Conceição dos Santos, da Comunidade Quilombola Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, celebra mais um ano de boas vendas. Integrante da Associação Raízes do Quilombo, formada por 34 artesãs e um artesão, ela explica: “Participamos desde o início, quando a feira era no Parque de Exposições. Hoje, nossos produtos usam piaçava, palha da costa, coco, osso, miçanga e chifre”.

O artesanato ganhou força em 2000, quando Mãe Bernadete articulou um curso de capacitação. “Ela trouxe esse conhecimento para garantir independência às mulheres. Hoje exportamos para França e Bogotá”, conta Claudineia. Entre os produtos estão mandalas, biojoias, bolsas e cerâmicas, com preços entre R$5 e R$450.

Nesta edição, foram 12 estandes quilombolas e 24 representantes de comunidades de sete municípios, abrangendo cinco Territórios de Identidade.

Tenda Indígena

Ana Melo, do povo Kaimbé, de Euclides da Cunha, participa pela primeira vez. “Trazer meu artesanato para ser reconhecido é muito bom. Quero participar sempre”, afirma. Suas peças incluem colares, pulseiras e cestas feitas com materiais do território, como palha da licurizeira e sementes de Lágrima de Nossa Senhora.

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Este ano, representantes indígenas vieram de 10 municípios, alcançando oito Territórios de Identidade, incluindo Semiárido Nordeste II, Recôncavo e Chapada Diamantina.

Valorização cultural e econômica

Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, a participação crescente dessas comunidades demonstra o avanço das políticas públicas. “Essas comunidades têm papel fundamental na economia da Bahia, e nossa missão é garantir oportunidades, apoio e visibilidade”, afirmou.

Realização

A feira é promovida pelo Governo do Estado, por meio da SDR e CAR, em parceria com o MDA e UNICAFES Bahia, com apoio da Apex Brasil, Bahia Turismo, Bahia Sem Fome, FLEM e Conder.

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Agricultura

Feira Baiana de Agricultura Familiar movimenta Salvador com 700 expositores e sabores regionais

Evento reúne empreendimentos de 27 territórios da Bahia, promove troca de experiências e fortalece a economia rural

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Comunidade da Sapucaia, de Santo Antônio de Jesus, a participar todos os anos da Feira Baiana de Agricultura Familiar, no Parque
Foto: Feijão Almeida/GOVBA

A troca de experiências entre pequenos produtores rurais da Bahia é o que mobiliza a Associação de Agricultores da Comunidade da Sapucaia, de Santo Antônio de Jesus, a participar todos os anos da Feira Baiana de Agricultura Familiar, no Parque Costa Azul, em Salvador. Na 16ª edição, Maiana Peixoto, 40 anos, agricultora associada, compartilhou sua vivência:

“Participamos da Feira há 12 anos, e, para gente, é uma vitrine! Depois do evento, a gente acaba produzindo mais, beneficiando mais, criando novos produtos. Saímos daqui com o coração cheio de esperança”, relatou.

A feira segue até domingo (14), com 700 expositores ligados a mais de 650 empreendimentos. Espaços dedicados ao artesanato baiano concentram estandes de flores, moda em crochê, produtos artesanais e peças indígenas e quilombolas. Segundo Jeandro Ribeiro, diretor da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (Car), o evento é fruto de investimentos estaduais em agroindustrialização, assistência técnica e ampliação do acesso a mercados.

“A 16ª edição traz um conceito muito forte do que vem sendo feito na Bahia ao longo dos anos. São políticas públicas que resultam nesse espaço fantástico, com quase seis mil produtos baianos. A partir da economia familiar, a política pública possibilita mais geração de renda para a população rural”, destacou. Ele frisou que, além do investimento estadual, esta edição conta com apoio do Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Sabores e novidades

Dois espaços gastronômicos dão o tom regional à feira, que reúne empreendimentos dos 27 territórios de identidade da Bahia. Moquecas, feijoada, pratos com carne de fumeiro e outras iguarias compõem o menu tradicional. O público também encontra hambúrgueres artesanais de bode, pastéis de jaca e cervejas artesanais com frutas tropicais.

Na gestão comercial da cerveja DaCaatinga, Natan Costa comemora os resultados:

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“Participamos há três anos e esse é um evento que dá uma visibilidade muito grande. Depois que acaba, o pessoal começa a entrar em contato, procurando nossas cervejas em lata e garrafa. Agora já pensamos em lançar a longneck. A cerveja de cajá é muito refrescante”, disse.

Caminho da Roça e música ao vivo

Uma das novidades desta edição é o Caminho da Roça, com seis áreas temáticas dedicadas a sistemas produtivos da Bahia: mel, café, mandioca, cacau, queijo e caprinos e ovinos. O espaço aproxima o público da rotina no campo, mostrando processos de beneficiamento e comercialização.

A expectativa é de cerca de 80 mil visitantes ao longo dos cinco dias. No palco, artistas como Jau, Adelmário Coelho, Márcia Short e Pedro Pondé se apresentam até domingo. A programação completa está disponível em https://ba.gov.br/car.

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Agricultura

Estado lança cinco editais de apoio aos pequenos produtores da Bahia

Anúncio ocorreu durante Encontro Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar, no Parque Costa Azul, em Salvador

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16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, discutiu produção, mercado e políticas públicas para pequenos produtores 
Foto: Feijão Almeida/GOVBA

Cooperativas da agricultura familiar de todo o país participaram, nesta quinta-feira (11), do Encontro Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar, realizado no Parque Costa Azul, em Salvador. O evento, que integra a programação da 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, discutiu produção, mercado e políticas públicas para pequenos produtores brasileiros. 

Durante a solenidade, o Governo da Bahia anunciou cinco editais do projeto Bahia que Produz e Alimenta, voltados para produtores de mandioca, fitoterápicos, pequenos pecuaristas de ovinos, caprinos e ovos caipiras. Também foi lançado um edital para fomentar o turismo rural e de base comunitária, com apoio à ampliação de roteiros turísticos no meio rural. 

“O negócio cooperativo tem cadeias que ainda têm pouca visibilidade. Então, nós saímos desse lugar para garantir leis, segurança jurídica e orçamento. Esse encontro vai intercambiar práticas de produção e gestão para exportação, para além das fronteiras nacionais, para que o mundo veja a capacidade da Bahia”, destacou o governador Jerônimo Rodrigues. 

Os editais, executados pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), somam R$ 83 milhões: 

  • Raízes da Bahia – R$ 30 milhões para produção, beneficiamento e comercialização de derivados da mandioca; 
  • Cabritos e Cordeiros da Bahia – R$ 15 milhões para a cadeia de caprinos e ovinos; 
  • Galinha Caipira da Bahia – R$ 24 milhões para classificação, certificação e venda de ovos caipiras; 
  • Edital para fitoterápicos – R$ 7 milhões para estruturação de unidades de produção; 
  • Edital para turismo rural – R$ 7 milhões para iniciativas de base comunitária. 
Abertura para exportação 

O Governo da Bahia e o Governo Federal também aderiram aos programas Cooperar para Exportar e Coopera Mais Brasil, da ApexBrasil. “A agricultura familiar é responsável por um cardápio enorme de alimentos e a Bahia tem uma agricultura familiar sofisticada, inclusive com agroindústria estruturada. Agora, abrindo o comércio exterior, esses produtos com pegada agroecológica e social sairão na frente”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. 

Segundo o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, o evento reuniu 31 compradores internacionais, que participarão de rodadas de negócios com associações e cooperativas. “Vamos qualificar essas cooperativas para que possam ser certificadas para exportar e outras 250 vamos levar para o mundo em 2026. Temos compradores de 22 países que vão firmar contratos”, explicou. 

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Para Jean Silva, presidente de uma cooperativa de mandioca no Sudoeste da Bahia, as iniciativas representam novas oportunidades: “É de suma importância, porque traz perspectivas para nós e possibilita novos mercados para a agricultura familiar do estado”, afirmou. 

Ao todo, 150 representantes de cooperativas participaram do encontro — 50 da Bahia e 100 de outros estados brasileiros. 

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