Meio Ambiente
Parques Estaduais são opção de lazer e durante a primavera
Os equipamentos são cenários ideais para vivenciar experiências educativas e culturais nessa época do ano
A primavera chegou trazendo novas cores, flores e oportunidades para os baianos redescobrirem os parques estaduais urbanos como espaços de lazer, aprendizado e contato com a natureza. Os parques são cenários ideais para vivenciar experiências educativas e culturais nessa época do ano. Os Parques de Pituaçu, que atualmente passa por uma reforma, o Parque do Abaeté, recentemente entregue pelo governo do estado, após uma reforma e o Parque São Bartolomeu, que ganham destaque como refúgios naturais de Salvador.
Abrigando cerca de 1.134 hectares, a Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Cobre/São Bartolomeu guarda um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica da capital baiana, além de ser importante reserva de água potável para o sistema de abastecimento local. Rios, cascatas, manguezais, pântanos e a represa do Cobre compõem paisagens que se transformam com o florescimento da estação, reforçando o valor ecológico e cultural da região. Nesse cenário, a primavera não só renova a vida natural, mas também reaviva a importância de preservar esse patrimônio ambiental, histórico e espiritual da Bahia.
O Parque São Bartolomeu, localizado dentro da APA, é administrado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), enquanto o Inema é o responsável pela gestão ambiental da área de proteção ambiental. Para Jeanne Florence, diretora de Sustentabilidade e Conservação do Inema, a estação reforça ainda mais a importância de valorizar e proteger esses espaços. “O Parque São Bartolomeu é um verdadeiro patrimônio natural, cultural e espiritual da nossa cidade. Com a chegada da primavera, esse cenário se renova e revela toda a sua beleza, mas também nos lembra da responsabilidade de preservar esse remanescente de Mata Atlântica, que além de abrigar uma rica biodiversidade, guarda parte da história e da memória ambiental de Salvador”, destacou.
Além do Parque São Bartolomeu, outros espaços se consolidam como opções de lazer, contemplação e convívio com a natureza. O Parque Metropolitano do Abaeté, em Itapuã, passou recentemente por uma requalificação que somou R$ 5,5 milhões em investimentos realizados pela Conder em parceria com o Inema. O local ganhou melhorias como a reforma da Casa da Música e do Centro de Atividades, modernização do posto policial, implantação de sistemas sustentáveis como captação de águas pluviais e placas solares, além da recuperação do parque infantil.
O Inema administra ainda outros parques estaduais que guardam riquezas naturais e históricas, como o Parque Estadual da Serra do Conduru, em Ilhéus, e os Parques Estaduais de Sete Passagens em Miguel Calmon e o Parque Estadual Morro do Chapéu, em Morro do Chapéu localizados na região do Piemonte da Chapada Diamantina. As áreas naturais constituem uma oportunidade para o contato com a natureza.
Um convite à população baiana
Dentro dessa perspectiva de educação ambiental, nesta segunda-feira (22), cerca de 50 estudantes do Colégio Estadual Raymundo de Almeida Gouveia, do bairro Castelo Branco, participaram de uma visita guiada no Parque São Bartolomeu. O grupo percorreu trilhas, conheceu a biodiversidade local e refletiu sobre a importância da preservação das Unidades de Conservação (UCs).
A ação nasceu de experiências pedagógicas realizadas na APA Lagoas de Guarajuba, situada em Camaçari e também gerida pelo Inema, que despertaram o interesse dos professores em ampliar o contato dos alunos com outros espaços protegidos. Para Luiz Cláudio Correia, gestor da APA e técnico em Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Inema, iniciativas como essa são fundamentais para despertar nos jovens a consciência ambiental e o pertencimento às UCs.
“O principal motivo de trazer esses alunos é justamente apresentar as Unidades de Conservação, que muitos ainda não conhecem. Existe uma carência, tanto nas escolas públicas quanto particulares, em compreender o que é uma UC e qual o seu objetivo. Acredito que ver para preservar é muito mais impactante do que apenas saber para preservar. Trazer esses jovens ao Parque São Bartolomeu, tão próximo da comunidade deles, foi fundamental para despertar essa consciência e valorizar o que temos aqui”, destacou o especialista lotado na Coordenação de Gestão de Unidades de Conservação (CGEUC), vinculada à Diretoria de Sustentabilidade e Conservação (DISUC).
Durante a visita, os estudantes ainda participaram de atividades artísticas, transformando suas percepções sobre o meio ambiente em quadros, esculturas, fotografias e performances. Todo o material produzido será reunido em um catálogo digital e em um portfólio coletivo, com registros das experiências vividas no parque.
Para Adriana Lúcia Batista de Castro, bióloga, especialista em Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Inema e coordenadora do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica da Bahia (CERBMA-BA), a chegada da primavera é um momento único para contemplar a biodiversidade e renovar a conexão com a natureza.
“A primavera chega como um suspiro suave depois dos dias frios do inverno, trazendo cor, perfume e vida renovada. É a estação do florescimento, quando a natureza desperta em todo o seu esplendor. Flores desabrocham, árvores se vestem de verde e os dias se tornam mais longos e agradáveis. Nossas Unidades de Conservação se tornam mais belas, recebem o doce polinizar das abelhas e revelam como renovar da diversidade biológica. É tempo de florescer, colorir, perfumar e renovar, abrindo portas para o religar com a natureza”, reforça Adriana.
Meio Ambiente
Moradores denunciam bloqueio ilegal de acesso à praia em Camaçari
O acesso utilizado pelos moradores do Condomínio Aldeias de Jacuípe foi bloqueado de forma abrupta e sem aviso prévio
Uma cerca de zinco instalada de forma abrupta e sem aviso prévio bloqueou, nesta sexta-feira (10), o acesso tradicional à praia utilizado há décadas pelos moradores do Condomínio Aldeias de Jacuípe, gerando revolta e mobilização da comunidade local.
Segundo relatos dos moradores, a estrutura foi colocada por um homem que se apresenta como proprietário da área e afirma que não permitirá mais a passagem pelo caminho histórico que liga o condomínio à faixa litorânea. A atitude, considerada arbitrária e potencialmente ilegal, acendeu o alerta entre os residentes, que imediatamente acionaram a administração do condomínio.
A gestão condominial, em conjunto com os moradores, já protocolou denúncias formais junto à Prefeitura de Camaçari e aos órgãos ambientais competentes, exigindo a apuração rigorosa do caso. A principal reivindicação é que o suposto proprietário apresente documentos que comprovem a posse legítima do terreno, além das licenças ambientais e o alvará de construção exigidos por lei.
A comunidade cobra transparência das autoridades e o cumprimento da legislação que garante o acesso público às praias — um direito constitucional frequentemente ameaçado por ações privadas que ignoram o interesse coletivo.
Enquanto aguardam uma resposta oficial, os moradores permanecem mobilizados e denunciam o que consideram uma tentativa de privatização indevida de um espaço público. O caso levanta questões sobre a fiscalização do uso do solo na região e sobre o papel do poder público na proteção dos direitos da população.
Meio Ambiente
Projeto apoiado pela Embasa recupera nascentes no oeste baiano
Ações acontecem na microbacia do córrego do Borrachudo, em Cotegipe
Em mais uma iniciativa de incentivo à sustentabilidade e à preservação ambiental, a Embasa uniu esforços ao projeto Nascentes do Oeste para recuperar 20 nascentes na cabeceira do córrego do Borrachudo, no município de Cotegipe.
Para reduzir o assoreamento do córrego, a Embasa implantou nove caixas de infiltração em locais identificados como fontes de sedimentos. Essas estruturas, chamadas de barraginhas, foram projetadas para controlar a intensidade e o volume das enxurradas, prevenindo a erosão do solo e a formação de voçorocas, que são grandes buracos no solo causados pela erosão.
De acordo com o gerente regional da Embasa, Marcos Rogério Moreira, as barraginhas são essenciais para a captação da água da chuva, permitindo sua infiltração no solo e contribuindo para a revitalização do lençol freático. “Essa ação resultará em um aumento no fluxo de água das nascentes, além de promover a conservação do solo e da água, proporcionando uma série de benefícios socioambientais”, afirmou.
Além das caixas de retenção, a Embasa colaborou com o cercamento de três quilômetros de área de proteção permanente para proteger a vegetação e restringir a presença de gado na área, para pastoreio.
A ação integrou as atividades da Semana do Cerrado, que aconteceu entre 8 e 11 de setembro, e foi realizada em parceria com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, e os moradores da comunidade.
Meio Ambiente
Baixa umidade na Bahia aumenta risco de queimadas e exige atenção redobrada
O Inema informou que, nos próximos dias, essa condição persistirá em cidades do Oeste, Vale do São Francisco, Sudoeste, Chapada Diamantina e Norte do estado
O serviço de meteorologia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) informou que nos próximos dias a baixa umidade que atinge a Bahia, persistirá em cidades do Oeste, Vale do São Francisco, Sudoeste, Chapada Diamantina e Norte do estado.
Essa condição é causada pela influência de um sistema de alta pressão, que torna o tempo mais estável, deixa o céu com poucas nuvens e favorece a elevação da amplitude térmica, além da redução de vapor d’água na atmosfera.
“Esse sistema favorece a elevada da amplitude térmica (diferença entre as temperaturas máximas e mínimas), que tornam madrugadas e início do dia mais frio e tardes quentes, além da redução do vapor d’água na atmosfera e baixa umidade relativa do ar na maioria das regiões do estado”, explicou a meteorologista Cláudia Valéria.
De acordo com Cláudia, a condição deve se manter. “A baixa umidade nessas regiões do estado, deve permanecer predominando ao longo dos próximos 14 dias”, destacou.
A condição pode agravar condições respiratórias como asma e bronquite, além de causar desconfortos gerais, como irritação nos olhos e ressecamento das vias respiratórias. Por isso, é recomendável adotar medidas preventivas, como manter-se hidratado, utilizar umidificadores e evitar atividades físicas intensas durante as horas mais quentes do dia.
Risco ambiental
Além dos riscos à saúde, quando se consideram os elementos ambientais isoladamente, a baixa umidade é um dos mais importantes fatores na propagação das queimadas nas épocas secas. Por isso, o Inema reforça a orientação de não utilizar fogo para limpeza de terrenos e áreas agrícolas neste período, já que a combinação de calor, secura e vegetação seca facilitam o alastramento das chamas.
Além disso, o Governo do Estado publicou a Portaria nº 33.788 de 16 de setembro, que suspende a emissão das Declarações de Queima Controlada (DQC), e os efeitos das emitidas antes da publicação da mesma. A medida busca conter o uso do fogo e reduzir os riscos de incêndios florestais.



