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Internacional

Ex-funcionária do Facebook depõe no Congresso dos EUA

Frances Haugen apareceu em Washington após se apresentar como a fonte de revelações no Wall Street Journal

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“lucros astronômicos antes das pessoas”, prejudica crianças e está desestabilizando democracias, afirmou Frances Haugen, ex-funcionária que

O Facebook coloca “lucros astronômicos antes das pessoas”, prejudica crianças e está desestabilizando democracias, afirmou Frances Haugen, ex-funcionária que denunciou as práticas da rede social em depoimento, nesta terça-feira (5), ao Congresso dos Estados Unidos.

Haugen disse que o Facebook sabe que direciona os usuários jovens para conteúdo prejudicial e que seu aplicativo do Instagram é “como cigarros” para menores de 18 anos. Em um depoimento abrangente, disse que a empresa não tinha pessoal suficiente para manter a plataforma segura e estava “literalmente espalhando” a violência étnica nos países em desenvolvimento.

A ex-funcionária apareceu em Washington após se apresentar como a fonte de uma série de revelações no Wall Street Journal com base em documentos internos do Facebook. Eles revelaram que a empresa sabia que o Instagram estava prejudicando a saúde mental dos adolescentes e que as mudanças no recurso News Feed do Facebook – um elemento central da interação dos usuários com o serviço – tornaram a plataforma mais polarizadora e divisionista.

Sua evidência aos senadores incluiu a alegação de que o Facebook sabia que os usuários do Instagram estavam sendo levados a conteúdo relacionado à anorexia. Ela disse que um algoritmo “levou as crianças de tópicos muito inócuos, como receitas saudáveis até o conteúdo que promove a anorexia em um período muito curto de tempo”.

Em seu depoimento de abertura, Haugen, 37, disse: “Estou aqui hoje porque acredito que os produtos do Facebook prejudicam as crianças, alimentam a divisão e enfraquecem nossa democracia. A liderança da empresa sabe como tornar o Facebook e o Instagram mais seguros, mas não fará as mudanças necessárias porque colocou seus lucros astronômicos antes das pessoas”. Ela acrescentou que o Facebook estava “comprando seus lucros com a nossa segurança”.

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Referindo-se à interrupção de quase seis horas desta segunda-feira (4) em que as plataformas do Facebook, incluindo Instagram e WhatsApp, foram desativadas para bilhões de usuários, acrescentou: “Por mais de cinco horas o Facebook não foi usado para aprofundar divisões, desestabilizar democracias e tornar meninas e mulheres jovens se sentir mal com seus corpos”.

Advertindo que o Facebook faz escolhas que “vão contra o bem comum”, a ex-funcionária disse que a empresa deve ser tratada como a indústria do tabaco, que foi objeto de ação governamental assim que foi descoberta que escondia os danos causados ​​por seus produtos, ou como montadoras que foram forçados a adotar cintos de segurança ou empresas de opióides que foram processadas por agências governamentais.

Instando os legisladores a forçarem mais transparência no Facebook, ela disse que deveria haver mais escrutínio de seus algoritmos, que moldam o conteúdo entregue aos usuários. “O cerne da questão é que ninguém pode entender as escolhas destrutivas do Facebook melhor do que o Facebook, porque apenas o Facebook consegue olhar os bastidores”, disse ela. Com maior transparência, ela acrescentou, “podemos construir regras e padrões sensatos para lidar com os danos ao consumidor, conteúdo ilegal, proteção de dados, práticas anticompetitivas, sistemas algorítmicos e muito mais”.

A audiência se concentrou no impacto das plataformas do Facebook nas crianças, com Haugen comparando o apelo do Instagram ao tabaco. “É como os cigarros… os adolescentes não têm uma boa auto-regulação.” Haugen acrescentou que as mulheres andarão por aí com ossos quebradiços em 60 anos por causa do conteúdo relacionado à anorexia que encontraram nas plataformas do Facebook. O ex-gerente de produto do Facebook deixou a empresa em maio após copiar dezenas de milhares de documentos internos.

Um porta-voz do Facebook, Andy Stone, disse em um tweet durante a audiência: “Apenas apontando o fato de que a ex-funcionária Frances Haugen não trabalhou com segurança infantil ou Instagram ou pesquisou essas questões e não tem conhecimento direto do assunto por meio de seu trabalho no Facebook”.

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Haugen disse que Zuckerberg construiu uma empresa “muito orientada para métricas”, porque quanto mais tempo as pessoas gastam nas plataformas do Facebook, mais atraente se torna o negócio para os anunciantes. Questionada sobre a responsabilidade final de Zuckerberg pelas decisões tomadas no Facebook, ela disse: “A responsabilidade acaba com ele”.

Haugen também alertou que o Facebook estava “literalmente espalhando violência étnica” em lugares como a Etiópia porque não estava policiando seu serviço adequadamente fora dos Estados Unidos.

Internacional

Brics cobra US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento

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Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a
Foto: Reprodução Instagram/ 📸 @ricardostuckert

Os países do Brics publicaram nesta segunda-feira (7) uma declaração conjunta em que cobram os países mais ricos a ampliarem a participação nas metas de financiamento climático. A iniciativa de captação de recursos, chamada Mapa do Caminho de Baku a Belém US$ 1,3 trilhão, destaca a importância de se chegar a esse valor até a COP30, em novembro. 

“Expressamos séria preocupação com as lacunas de ambição e implementação nos esforços de mitigação dos países desenvolvidos no período anterior a 2020. Instamos esses países a suprir com urgência tais lacunas, a revisar e fortalecer as metas para 2030 em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a alcançar emissões líquidas zero de GEE [gases do efeito estufa] significativamente antes de 2050, preferencialmente até 2030, e emissões líquidas negativas imediatamente após”, diz um dos trechos do documento. 

A defesa do multilateralismo foi uma das principais bandeiras do grupo, reunido na Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o Brics reforça o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Acordo de Paris como principal canal de cooperação internacional para enfrentar a mudança do clima. 

O entendimento é de que a mobilização de recursos é responsabilidade de países desenvolvidos para com países em desenvolvimento. O grupo reconhece que há interesses comuns globais, mas capacidades e responsabilidades diferenciadas entre os países. 

O texto aponta a existência de capital global suficiente para lidar com os desafios climáticos, mas que estão alocados de maneira desigual. Além disso, enfatiza que o financiamento dos países mais ricos deve se basear na transferência direta e não em contrapartidas que piorem a situação econômica dos beneficiados. 

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“Enfatizamos que o financiamento para adaptação deve ser primariamente concessional, baseado em doações e acessível às comunidades locais, não devendo aumentar substancialmente o endividamento das economias em desenvolvimento”, ressalta o documento. 

Os recursos públicos providos por países desenvolvidos teriam como destino as entidades operacionais do Mecanismo Financeiro da UNFCCC, incluindo o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação, o Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), o Fundo para Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para Mudança do Clima. 

Além do envolvimento de capital público, são defendidos investimentos privados no financiamento climático, de forma a proporcionar também o uso de financiamento misto. 

“Destacamos que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta para lançamento na COP30, tem potencial de ser um instrumento promissor de finanças mistas, capaz de gerar fluxos de financiamento previsíveis e de longo prazo para a conservação de florestas em pé”, diz a declaração. 

Mercado de carbono 

Outros destaques da declaração foram a defesa dos dispositivos sobre mercado de carbono, vistos como forma de catalisar o engajamento do setor privado. O Brics se compromete a trocar experiências e atuar em cooperação para promover iniciativas na área. 

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Em outro trecho do documento, é mencionado o apoio ao planejamento nacional que fundamenta as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), vistas como “principal veículo para comunicar os esforços de nossos países no enfrentamento à mudança do clima”. 

Há ainda espaço para condenação e rejeição às medidas protecionistas unilaterais, tidas como punitivas e discriminatórias, que usam como pretexto as preocupações ambientais. São citados como exemplo, mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), requisitos de diligência prévia com efeitos negativos sobre os esforços globais para deter e reverter o desmatamento, impostos e outras medidas. 

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Internacional

Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics

A 17ª reunião de cúpula do grupo acontece neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

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Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os chefes de governo e representantes dos países que integram o Brics começaram a chegar, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), para a 17ª reunião de cúpula do grupo. Depois do anfitrião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro líder a chegar foi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi.

Até as 10h10, já haviam chegado também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly; o príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

O Brics tem, como membros permanentes, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Além disso, há dez nações parceiras: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

Neste domingo e na segunda-feira (7), os líderes conversarão e farão discursos em sessões especiais. A primeira sessão, pela manhã, tratará de paz, segurança e reforma da governança global.

Estão previstas uma declaração conjunta dos líderes da cúpula e outras três declarações temáticas: sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas.

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Internacional

Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai

Ele enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu

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Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica
Foto: Secretaria de Comunicação do Uruguai

Morreu nesta terça-feira (13), no Uruguai, o ex-guerrilheiro, ex-presidente e ícone da esquerda latino-americana José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, aos 89 anos. Mujica enfrentava um câncer de esôfago e estava recolhido em seu sítio, nos arredores de Montevidéu, onde cultivava flores e hortaliças. 

Conhecido como “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo de vida simples, por dirigir um fusca dos anos 1970, doar parte do salário para projetos sociais e pelas reflexões políticas com forte teor filosófico, Mujica presidiu o Uruguai de 2010 a 2015. 

Defensor da integração dos países latino-americanos e caribenhos, Pepe se tornou referência da esquerda do continente durante uma época em que representantes da esquerda e centro-esquerda assumiram diversos governos da região, como Venezuela, Argentina, Equador, Bolívia e Brasil. 

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