Cultura
Caixa Cultural terá novo espaço em Salvador
Com a parceria entre Estado e Governo Federal, o equipamento vai funcionar onde ficava o antigo Liceu de Artes e Ofícios, no Centro

A Caixa Cultural da Bahia terá um novo espaço em Salvador, após parceria firmada entre o Estado e o Governo Federal nesta sexta-feira (14), no gabinete oficial do governador, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na capital. O equipamento cultural, que vai funcionar onde ficava o antigo Liceu de Artes e Ofícios, no Centro, será ampliado, com a construção de um novo teatro e outras instalações que vão acolher oficinas, shows, exposições de arte e demais atividades do centro de cultura.
Na ocasião, as autoridades assinaram um Termo de Compromisso celebrado entre Estado da Bahia, a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Cultura para a aquisição, restauração, reforma e adaptação do prédio histórico que abrigará a nova estrutura. “Nós começamos um diálogo em 2023 para a ampliação da nossa Caixa Cultural e, agora, a expectativa nossa é que em, no máximo, dois meses esse equipamento seja entregue à Caixa, para que eles possam fazer a reforma, modernizar e, em breve, termos mais um grande equipamento cultural, como será o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)”, apontou Jerônimo Rodrigues.
O imóvel será cedido pelo Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado (Secult-BA), e restaurado e adaptado pela Caixa Econômica Federal – banco público que gerencia a Caixa Cultural em todo país –, com recursos do Governo Federal. Presidente do banco, Carlos Fernandes ressaltou que a Caixa Cultural de Salvador recebeu, só em 2024, cerca de 40 mil pessoas, o que revela, na percepção da empresa, uma necessidade de ampliação do espaço para melhor acomodação das atividades e das pessoas.
“A gente viu que o espaço hoje dedicado à participação cultural da Caixa aqui [em Salvador] se tornou pequeno. Um equipamento maior vai permitir que a gente expanda, por exemplo, as oficinas, exposições e uma série de outras atividades ligadas à cultura. E, aqui, nós temos toda uma simbologia em torno desse convênio com o Governo do Estado e o Ministério da Cultura”.
Para a ministra da Cultura e também artista baiana Margareth Menezes, “[o equipamento é] um ganho importantíssimo, que vai reverberar muito para o setor cultural baiano. A Caixa [Cultural] está aqui há mais de 20 anos já, mas com a ampliação vai conseguir trazer espetáculos maiores ainda. Essa é uma das missões que o presidente Lula nos dá, nesse momento da retomada das políticas culturais para o Brasil”, reforçou.
Cultura
Procissão do Fogaréu atrai multidão de fiéis em Serrinha
A comunidade católica no nordeste baiano, mantém uma tradição que completa 95 anos

Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia desde 2019, a Procissão do Fogaréu movimentou nesta quinta-feira (17), a comunidade católica de Serrinha e região, no nordeste baiano, mantendo uma tradição que completa 95 anos em 2025. O governador Jerônimo Rodrigues participou da tradicional Missa da Ceia do Senhor, na Catedral Senhora Sant’Ana e acompanhou a procissão, marcando a Semana Santa no estado.
A celebração litúrgica relembra a última ceia de Jesus com os seus discípulos. Nela, o padre lava os pés de 12 pessoas, em memória do ato de humildade de Jesus. Já a procissão, conduzida pelo bispo Dom Hélio Pereira, encena a busca e a prisão de Jesus Cristo pelos guardas romanos, com saída da Catedral Senhora Sant´Ana para a Colina Santa.
“É um longo percurso, e vai uma multidão, levando velas, aquelas tochas. É um sinal de que o povo caminha tendo à frente uma luz, e essa luz física lembra Cristo, a luz que não se apaga, a luz que é para sempre”, explicou o bispo diocesano, Dom Hélio Pereira.
Como parte dos rituais do dia, no início e no final da procissão são encenados dois atos da Paixão de Cristo pela Companhia de Teatro da Catedral. O efeito bucólico acontece com a utilização de pequenas tochas carregadas pelos devotos, incluindo autoridades e fiéis, em um percurso de cerca de 5km.
Patrimônio cultural
O reconhecimento da Procissão do Fogaréu como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia, por parte do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado (Ipac), foi publicado no Diário Oficial, em 31 de agosto de 2019, para resguardar a continuidade do evento, considerado um dos atrativos do turismo religioso baiano.
Agricultura
Agricultura Familiar ganha espaço na Páscoa com produtos artesanais e sustentáveis

Na Bahia, o que começa na sombra das cabrucas se transforma em chocolate de alta qualidade, gerando renda, inclusão e oportunidades para milhares de agricultores familiares. A força do cacau produzido de forma sustentável tem colocado o estado no mapa dos melhores chocolates do Brasil e, por trás desse avanço, está o fortalecimento da agricultura familiar e de todo o sistema produtivo do cacau, impulsionado pelos investimentos do Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).
A produção de chocolates da agricultura familiar foi o tema do episódio do Podcast Agricultura Familiar, da CAR, nesta terça-feira (15), no canal CARBahia, no YouTube. A edição destacou o protagonismo das cooperativas baianas no fortalecimento da cacauicultura e na criação de produtos com alto valor agregado, com sabor, identidade e sustentabilidade. E a Páscoa chega em ritmo acelerado para essas organizações produtivas, com expectativa de aumento nas vendas e novidades que reforçam o compromisso com a inclusão e a inovação no campo.
Este ano, a Natucoa Chocolates, marca da Coopessba (Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia), lançou os ovos de Páscoa veganos, produzidos com chocolate de origem e ingredientes naturais. A produção inclui três sabores: chocolate ao leite de coco com licuri (270g), chocolate branco com cereja (170g) e chocolate branco com pistache (170g), com 500 unidades de cada. A expectativa é de um crescimento de 30% nas vendas em relação à última Páscoa. Os ovos podem ser adquiridos no site www.natucoa.com.br.
Outra referência no segmento é a Bahia Cacau, marca da Coopfesba (Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências), sediada em Ibicaraí. Este ano, a cooperativa está produzindo 1.800 ovos com teores de 50% e 70% de cacau, disponíveis em versões de 180g, 200g e 250g. A produção está sendo impulsionada por encomendas feitas por empresas e atacadistas, com expectativa de crescimento nas vendas de 7% a 10%. Os produtos podem ser encontrados nas lojas físicas da cooperativa em Ibicaraí, Itabuna e Vitória da Conquista, e no Empório da Agricultura Familiar, em Salvador, ou adquiridos on-line pelo site www.mercaf.com.br.
Esses avanços foram possíveis com os investimentos do Governo da Bahia, por meio da CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), que estruturou as agroindústrias da Coopessba e da Coopfesba, com equipamentos modernos e apoio técnico, permitindo o aproveitamento total das amêndoas de cacau produzidas por agricultores familiares. Com isso, essas cooperativas deixaram de vender apenas matéria-prima e passaram a transformar o cacau em chocolates de alto valor agregado.
“A gente vem conseguindo agregar valor ao nosso produto com muito orgulho. O cacau deixou de ser só uma commodity e passou a ser transformado com afeto e técnica. Nossos chocolates veganos, por exemplo, mostram que dá pra inovar e, ao mesmo tempo, respeitar o meio ambiente, a saúde e a tradição das comunidades”, afirmou Carine Assunção, diretora administrativa da Coopessba, em sua participação no podcast.
Josivaldo Dias, gerente comercial da Bahia Cacau, também destacou a importância da estruturação da agroindústria: “O apoio da CAR foi decisivo para ampliarmos nossa produção e garantirmos que os produtores recebessem mais pela sua amêndoa de cacau. Hoje, produzimos chocolates com alto teor de cacau e padrão internacional, mostrando que a agricultura familiar pode ser sinônimo de excelência.”
Com políticas públicas bem direcionadas, a Bahia avança na consolidação de um sistema produtivo do cacau que respeita o bioma, gera oportunidades, valoriza as tradições e produz chocolates que conquistam consumidores cada vez mais atentos à origem e ao modo de produção dos alimentos que consomem.
Cultura
Feira de Caxixis é atração turística na Semana Santa, em Nazaré
Considerada a maior feira de artesanato da América Latina e a mais antiga do Brasil, transforma a cidade em um grande mercado popular ao ar livre

Uma das tradições da Semana Santa, a Feira de Caxixis acontece, de quinta-feira (17) a domingo (20), em Nazaré, na zona turística Baía de Todos-os-Santos, com o tema “Arte e Cultura se Encontram Aqui”. A expectativa da Prefeitura Municipal é receber cerca de 90 mil visitantes. O evento tem o apoio do Governo do Estado, por meio das secretarias de Turismo (Setur-BA), do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), da Cultura (Secult) e de Promoção da Igualdade Social (Sepromi).
Nos quatro dias de festa, considerada a maior feira de artesanato da América Latina e a mais antiga do Brasil, a cidade se transforma em um grande mercado popular ao ar livre. Boxes são espalhados por ruas e praças, onde ficam expostas as famosas miniaturas de cerâmica (caxixis), que têm a argila como matéria-prima.
A programação inclui a encenação da Paixão de Cristo, exposições afro-baiana e de projetos de economia solidária, espaço kids e o Barracão Cultural, com apresentações artísticas e oficinas. No palco principal, atrações como Jorge Vercillo, Jau, Timbalada, Filhos de Jorge, Xanddy Harmonia e Silvanno Salles.
“Estamos com muita expectativa de realizar, neste ano, um evento realmente grandioso, à altura da importância que a Feira de Caxixis possui. Vamos fazer uma homenagem especial aos artesãos, que são as verdadeiras estrelas da festa”, disse a gerente da Secretaria de Cultura e Turismo de Nazaré, Lorena Dantas.
O visitante que for participar do evento pode aproveitar para conhecer outros atrativos da cidade, onde se destacam o monumento do Jesus de Nazaré, de 15 metros de altura, no alto do Morro do Silêncio, o patrimônio arquitetônico colonial, o Cineteatro Rio Branco e a linha férrea da Maria Fumaça.
Olarias
A maior parte das peças expostas na Feira de Caxixis é produzida nas olarias de Maragogipinho, antigo distrito de Nazaré, que hoje pertence ao município de Aratuípe. Ele é considerado o maior polo latino-americano de cerâmica artesanal, em quase 300 anos de história.
O mestre artesão Seu Zé, 67 anos, quer manter viva a tradição. “Trabalho com o barro há 54 anos. Em 2024, tive uma escultura minha escolhida pela Unesco para representar a Bahia. Hoje, o meu maior sonho é realizar cursos para ensinar a arte da cerâmica às novas gerações”, relatou.
Já o mestre Rosalvo Santana, 60 anos, é especialista em arte sacra e recebe encomendas de todo o Brasil. “Desde criança, já tinha dom para desenhar e as imagens das igrejas me chamavam a atenção. Vou levar dez esculturas para a feira em Nazaré”.
O polo ceramista faz Maragogipinho receber visitantes o ano inteiro, que adquirem caxixis e se encantam com a beleza do Rio Jaguaripe, que passa na localidade, além da degustação da gastronomia regional, rica em frutos do mar.
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