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Meio Ambiente

“Cabelinhos” no pneu é sinal de qualidade? 

Dunlop desvenda os motivos que levam à remoção dos “cabelinhos”. Essa prática protege tanto o desempenho quanto o meio ambiente

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Eles despertam curiosidade e até geram uma falsa sensação de segurança entre consumidores. Os famosos "cabelinhos" presentes
Foto: Pixabay

Eles despertam curiosidade e até geram uma falsa sensação de segurança entre consumidores. Os famosos “cabelinhos” presentes nos pneus novos são frequentemente associados à ideia de pneu novo, como um “sinal de garantia” de que o pneu nunca tocou o chão. Porém, essa percepção está equivocada. Na verdade, esses “cabelinhos” são apenas resíduos naturais do processo produtivo e podem gerar impactos negativos quando não removidos adequadamente. 

A ciência por trás dos “cabelinhos” 

Durante a vulcanização – etapa crucial em que o pneu “verde” ganha forma definitiva sob alta temperatura (cerca de 150°C) e pressão -, o ar preso entre o material e o molde metálico precisa escapar. Para isso, o molde possui pequenos furos de ventilação, tecnicamente chamados de “spews” ou respiros. 

Quando o pneu “verde” é pressionado contra o molde quente, uma pequena quantidade da borracha entra nesses microfuros, formando os famosos cabelinhos ao redor da peça. É um processo natural e necessário para a produção convencional de pneus. 

Os três problemas dos cabelinhos não removidos 

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A Dunlop adota a remoção sistemática desses filamentos desde 2013, baseada em evidências técnicas e ambientais que demonstram os benefícios da prática: 

1) Controle de qualidade superior: A Dunlop submete 100% de sua produção a testes rigorosos de força radial, força lateral, conicidade e balanceamento dinâmico e estático. Os cabelinhos, com tamanhos e posições irregulares, podem interferir nos sensores de precisão, comprometendo a confiabilidade dos dados. 

2) Redução de ruído: Ao entrarem em contato com o asfalto, especialmente em superfícies lisas, os filamentos geram ruídos e pequenas vibrações que podem incomodar os ocupantes do veículo. 

3) Impacto ambiental silencioso: Quando não removidos, os cabelinhos se desprendem gradualmente durante o uso normal dos pneus. Essas micropartículas de borracha são arrastadas pela chuva para sistemas de esgoto e, eventualmente, chegam a rios e lagos. 

“Para um único pneu, a quantidade liberada pode parecer insignificante”, explica Alex Rodrigues, Gerente de Processos da Dunlop. “Mas quando consideramos os milhões de pneus em circulação no Brasil, essas micropartículas representam uma fonte significativa de micropoluição que pode afetar a vida aquática.” 

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Ameaça aos ecossistemas aquáticos 

As micropartículas de borracha podem ser confundidas com alimento por peixes e outros organismos aquáticos, causando problemas digestivos e comprometendo a cadeia alimentar. Esse tipo de micropoluição tem ganhado atenção crescente da comunidade científica mundial como um dos fatores que contribuem para a degradação de ecossistemas aquáticos. 

Economia circular em ação 

A responsabilidade da Dunlop não se limita à remoção dos cabelinhos. Todos os filamentos retirados durante o processo produtivo recebem destinação adequada através do coprocessamento, sendo transformados em matéria-prima para outras aplicações industriais: 

  • Pisos industriais e residenciais: Conferindo maior durabilidade e propriedades antiderrapantes. 
  • Gramados sintéticos: Proporcionando melhor absorção de impacto. 
  • Aditivos para asfalto: Melhorando a resistência e durabilidade do pavimento. 
  • Artefatos de borracha: Diversos produtos que aproveitam as propriedades do material. 

“Transformamos o que poderia ser um resíduo ambiental em recursos valiosos para outras indústrias”, destaca Alex. “É um exemplo prático de como a economia circular pode ser aplicada no setor automotivo.” 

Qualidade que vai além da borracha 

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A remoção dos cabelinhos exemplifica a filosofia de qualidade total da Dunlop, que considera cada detalhe do processo produtivo. Enquanto muitos consumidores nem notam essa diferença, a prática resulta em pneus mais silenciosos desde o primeiro uso e com impacto ambiental reduzido. 

“Cada detalhe na fabricação dos nossos pneus é pensado para entregar não apenas segurança e conforto, mas também responsabilidade ambiental”, conclui Alex Rodrigues. “Acreditamos que produzir um bom pneu vai muito além da borracha: envolve inovação, sustentabilidade e compromisso com o futuro.” 

O verdadeiro sinal de qualidade 

Portanto, ao contrário do que muitos acreditam, a presença de cabelinhos não é indicador de qualidade. O verdadeiro sinal de um pneu bem fabricado está na atenção aos detalhes que garantem desempenho superior, conforto acústico e responsabilidade ambiental – características que, muitas vezes, são invisíveis ao consumidor final, mas fazem toda a diferença na experiência de uso e no impacto ao meio ambiente.

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Meio Ambiente

Caravana do Defeso do Camarão percorre Recôncavo Baiano

Na Bahia, são pescadas as espécies de camarão-branco, camarão-rosa e camarão-sete-barbas

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Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) dão início a Caravana do Defeso do camarão, que acontecerá entre os dias 3 e 5 de
Foto: Ascom/Inema

A partir do dia 15 de setembro terá início o período do defeso do camarão na Bahia. Nesse contexto, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) dão início a Caravana do Defeso do camarão, que acontecerá entre os dias 3 e 5 de setembro, percorrendo municípios do Recôncavo Baiano. 

Durante a ação as equipes levam informações sobre os períodos dos defesos, distribuindo materiais educativos e realizando a entrega qualificada dos calendários às comunidades, fortalecendo o diálogo com comunidades locais, como explicou o assessor técnico, Henrique Hortélio. 

“Visitaremos colônias de pesca, restaurantes e secretarias municipais ligadas à temática do defeso das espécies marinhas. Com o objetivo de trocar conhecimentos, aproximar as instituições das comunidades e reforçar a importância da preservação dos estoques pesqueiros”, frisou. 

Os camarões vivem associados aos fundos de areia e lama em águas rasas e, por isso, sua pesca é feita principalmente com redes de arrasto. Na Bahia, são pescadas as espécies de camarão-branco (Litopenaeus schmitti), camarão-rosa (Farfantepenaeus subtilis e Farfantepenaeus brasiliensis) e camarão-sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri). Essas são justamente as três espécies objeto do defeso, que segue até o dia 31 de outubro. 

Programação

Na quarta-feira (3) a Caravana do Defeso inicia sua jornada no município de Madre de Deus, além de uma visita à cidade de São Francisco do Conde. Na quinta-feira (4), no período da tarde as equipes chegam a Santo Amaro. Já na sexta-feira (5) as ações se concentrarão em Saubara. 

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Meio Ambiente

Parque Zoobotânico da Bahia realiza capacitação para tratadores de animais

O treinamento contou com aulas teóricas pela manhã e atividades práticas no período da tarde

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O Parque Zoobotânico da Bahia, em Salvador, promoveu nesta segunda-feira (1O) a segunda turma da capacitação voltada para a
Foto: Ludmille Bispo/ASCOM

O Parque Zoobotânico da Bahia, em Salvador, promoveu nesta segunda-feira (1) a segunda turma da capacitação voltada para a formação e requalificação dos tratadores de animais. O treinamento, realizado nas próprias instalações do Zoo, no bairro de Ondina, contou com aulas teóricas pela manhã e atividades práticas no período da tarde.

Atualmente, o Parque conta com 30 tratadores, que foram divididos em duas turmas para participar da capacitação, devido a rotina de trabalho. Na semana passada, uma parte da equipe, composta por 15 profissionais, participou do curso. Nesta segunda, os outros 15 tratadores, concluíram o ciclo de formação.

A bióloga e gestora técnica do Parque, Ana Celly Lima, destacou a relevância da capacitação e a importância dos tratadores no funcionamento diário do Zoo. “Eles são atores fundamentais nas atividades de enriquecimento ambiental e alimentar, na observação do comportamento dos animais e na identificação de qualquer alteração que fuja do padrão da espécie, comunicando imediatamente à equipe técnica. Essa dedicação é essencial para garantir o bem-estar dos animais e o sucesso das nossas atividades”, afirmou a gestora.

A médica veterinária e coordenadora técnica do Zoo, Cristiane Freitas, responsável por ministrar o curso, enfatizou as abordagens que foram desde conteúdos básicos sobre as atividades dos tratadores até temas específicos, como biologia das espécies, boas práticas de limpeza e biossegurança, zoonoses, vacinas, legislação sobre maus-tratos e funcionamento de zoológicos.

“Esses profissionais, os tratadores, desempenham um papel estratégico, pois eles estão em contato direto, diário, com os animais e são responsáveis por garantir alimentação adequada, higiene, bem-estar e monitoramento constante da sua saúde. O curso de capacitação possibilita a incorporação de práticas modernas de manejo, biossegurança e enriquecimento ambiental, assegurando não apenas melhores condições de vida para os animais, mas também maior segurança para a equipe”, disse a coordenadora

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Entre as atribuições cotidianas dos tratadores estão a alimentação, a higienização dos recintos, a observação dos animais e o monitoramento do bem-estar de espécies de diferentes portes, como onças, hipopótamos, jacarés e macacos.

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Meio Ambiente

Medusas exóticas foram removidas da Baía de Todos-os-Santos 

Ação em Itaparica resultou na retirada de 1.674 quilos do animal marinho

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invasora que ameaça a biodiversidade da Baía de Todos-os-Santos (BTS) e restringe o uso tradicional deste estuário pela comunidade e
Foto: Ascom/Sema

A Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema), em parceria com o Inema, pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), prefeitura, Maré de Março e outras organizações e voluntários locais, realizou neste sábado (23) uma nova atividade de pesquisa e manejo da medusa Cassiopeia andrômeda em Itaparica. A ação resultou na retirada de 1.674 quilos do animal marinho, considerado uma espécie exótica invasora que ameaça a biodiversidade da Baía de Todos-os-Santos (BTS) e restringe o uso tradicional deste estuário pela comunidade e turistas. 

Conforme o diretor de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Tiago Porto, o trabalho alia ciência, gestão pública e participação comunitária. 

“Estamos monitorando como a biodiversidade da região se recompõe após as remoções. Essa é uma experiência inédita no estado, que pode servir de referência para outras localidades que enfrentam problemas semelhantes com espécies exóticas invasoras”, afirmou. 

A ocorrência da medusa foi inicialmente relatada por moradores e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Itaparica, que alertaram para os impactos da bioinvasão, como a perda de espécies nativas e a impossibilidade de banho na região. 

Em 8 de junho, no Dia Mundial dos Oceanos, a Sema promoveu uma visita técnica com especialistas da UFBA, da Unesp e da comunidade, quando foi confirmada a presença de pólipos, estruturas microscópicas capazes de liberar novas medusas, o que indicou que a espécie estava em reprodução ativa. 

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Diante do risco de manutenção da invasão, em julho iniciou uma pesquisa científica coordenada pela UFBA para analisar a dinâmica populacional da Cassiopeia andrômeda e testar estratégias de contenção. A metodologia prevê mensurações periódicas e campanhas de remoção, seguidas de monitoramento, durante três meses. Organizações locais monitoram a região e colaboram com a pesquisa, uma metodologia conhecida como ciência cidadã, onde a população auxilia os pesquisadores na produção de conhecimento. 

Bioinvasão na BTS 

Pesquisadores da UFBA já registraram mais de 60 espécies exóticas invasoras nos mares da Bahia, muitas delas na Baía de Todos-os-Santos. A Cassiopeia andrômeda, conhecida como “medusa invertida”, apresenta explosões populacionais rápidas, que em locais de águas calma, como fundos cegos em estuários e manguezais, podem se perpetuar quando da presença de pólipos no ambiente. 

A experiência em Itaparica está sendo compartilhada com outras regiões. Representantes da Prefeitura de Maraú, onde a espécie também foi registrada, acompanharam a ação deste sábado para aprender a metodologia de manejo e aplicá-la em seu território. 

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