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Agricultura

Thiago Guedes é o novo diretor geral da CEPLAC 

O engenheiro agrônomo assume a liderança da principal instituição de pesquisa, desenvolvimento e inovação da cacauicultura brasileira 

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O Governo Federal confirmou a nomeação de Thiago Guedes, ex-Chefe de Gabinete da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação,
Foto: Divulgação

O Governo Federal confirmou a nomeação de Thiago Guedes, ex-Chefe de Gabinete da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia e figura de compromisso na formulação de políticas públicas para a agropecuária sustentável, como novo Diretor Geral da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – CEPLAC, órgão da estrutura do Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA. A nomeação, publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (30), foi recebida com entusiasmo por produtores, lideranças políticas e movimentos da agropecuária da Bahia, Pará e Espírito Santo, os três maiores estados produtores de cacau do país. 

Natural de Itabuna, sul da Bahia, com raízes familiares na cacauicultura e formação em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Thiago Guedes construiu uma sólida carreira com foco em sistemas agroflorestais, agroecologia e sustentabilidade na produção de cacau, tendo atuado em projetos também no Espírito Santo e no Pará.  

Nos últimos anos, acumulou experiências na implantação de políticas estruturantes, como o Plano de Agricultura de Baixo Carbono da Bahia (Plano ABC+ Bahia), atuou na Câmara Setorial Nacional do Cacau e Sistemas Agroflorestais e na Câmara Setorial do Cacau do Estado da Bahia. No âmbito nacional, foi secretário geral da Sociedade Brasileira de Sistemas Agroflorestais, coordenador da Comissão Nacional de Produção Orgânica e contribuiu na construção do Plano Inova Cacau 2030, garantindo um lastro técnico, bom trânsito político e diálogo com o setor, para a agenda da inovação agroambiental do cacau. 

“Thiago representa uma geração de profissionais comprometidos com a valorização do cacau brasileiro, aliando ciência, competitividade do setor, articulação e conservação produtiva. Sua nomeação reforça o papel estratégico da CEPLAC na transição sustentável da agricultura brasileira”, destacou o superintendente da Bahiater da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia, Lanns Almeida, com quem Guedes tem boa parceria. 

Guedes também coordenou programas voltados à certificação socioambiental de cacau, qualidade de amêndoas de cacau, recuperação de áreas degradadas, agricultura familiar e agregação de valor por meio da verticalização do setor cacaueiro com a produção de chocolate de origem e Indicação Geográfica. Foi autor e organizador de publicações técnicas e científicas, incluindo o Guia de Manejo do Agroecossistema Cacau Cabruca e o Plano ABC+ Bahia. 

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Sua chegada à CEPLAC ocorre num momento decisivo: a instituição passa por debates sobre sua reestruturação e retomada do protagonismo nacional diante de novos desafios globais, como o European Union Deforestation-Free Regulation (EUDR), que impacta diretamente as exportações de cacau. 

A expectativa é que, sob sua gestão, a CEPLAC fortaleça a integração entre ciência, mercado e produtores – resgatando seu papel histórico como indutora do desenvolvimento da cacauicultura na Amazônia, na Mata Atlântica e mais recente no Cerrado. Líderes do setor já sinalizam apoio à nova direção, vislumbrando avanços em temas como rastreabilidade, bioeconomia, pesquisa aplicada, aumento da produtividade no cacau, transferência de tecnologia pela extensão, atenção à defesa agropecuária, mercado de carbono, sistema agroflorestal e valorização da Cabruca. 

Agricultura

Feira de Santana inaugura primeira horta hidropônica sustentável

Parceria do Governo da Bahia com a Solar Coca-Cola beneficia 40 famílias, promove soberania alimentar e inclusão social 

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entre a Solar Coca-Cola e o Governo da Bahia, foi inaugurada nesta segunda-feira (15), em Feira de Santana, a primeira horta hidropônica
Foto: Eduardo Andrade/Ascom SDE

Fruto de uma parceria entre a Solar Coca-Cola e o Governo da Bahia, foi inaugurada nesta segunda-feira (15), em Feira de Santana, a primeira horta hidropônica sustentável implantada por meio de um Termo de Cooperação Técnica entre o Estado e a empresa. A iniciativa, que adota tecnologia de cultivo com uso racional da água, vai garantir soberania alimentar para cerca de 200 pessoas, beneficiando diretamente 40 famílias, além de oferecer ações de educação alimentar, ambiental e capacitação. 

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida, destacou que a ação reforça o papel do Estado como indutor do desenvolvimento sustentável. “Essa parceria traduz a visão do Governo da Bahia de integrar desenvolvimento econômico, sustentabilidade e inclusão social. Estamos levando tecnologia, qualificação e oportunidade para quem mais precisa, criando caminhos reais para as comunidades. É um modelo eficiente, sustentável e que pode ser replicado em diversos territórios do nosso estado”, afirmou. 

Instalada na Associação RedeSol, no bairro Gabriela III, a horta ocupa uma área de 48 m² e é composta por estrutura modular com capacidade para mais de 700 células produtivas, construída com plástico prensado e garrafas PET recicladas, garantindo destinação adequada a resíduos que seriam descartados de forma irregular. O sistema utiliza casca de arroz carbonizada como substrato inerte, reduzindo a incidência de pragas e doenças, e nutrição balanceada com macro e micronutrientes, além de ferro, para otimizar a produtividade, que pode ser até 50% maior do que a das hortas convencionais. 

A Solar Coca-Cola, uma das maiores fabricantes do Sistema Coca-Cola no país, destaca que o projeto integra sua estratégia de responsabilidade social e sustentabilidade, com foco na educação ambiental e impacto positivo nas comunidades onde atua. Representando a empresa, Sandra Sena, supervisora de Sistema de Gestão Integrada (SGI), ressaltou: “Hoje afirmamos esse acordo técnico com a SDE e o Governo do Estado para inaugurar um projeto muito especial de horta hidropônica, realizado junto à associação da comunidade, priorizando o acesso a alimentos saudáveis produzidos localmente, de forma sustentável e com muito cuidado.” 

Já Saionara Carvalho, analista de SGI, reforçou a força da parceria: “Estamos reafirmando essa união entre o poder público, a iniciativa privada e a comunidade local em prol da sustentabilidade. É um projeto bonito, que já colhe frutos, e mostra como esse elo de três partes gera resultados concretos para o território.” 

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Para a comunidade, a chegada da horta é motivo de celebração. Adriano Rafael dos Santos, líder comunitário e presidente da associação, enfatizou os benefícios diretos: “É um projeto sustentável que ajuda na nutrição e na orientação alimentar. Em um momento difícil, ter acesso a hortaliças naturais, com menos agrotóxicos, é fundamental, especialmente para nossa população idosa. Recebemos essa horta com muita alegria e vamos cuidar dela com amor e carinho para toda a comunidade.” 

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Agricultura

Feira Baiana da Agricultura Familiar movimenta Salvador e valoriza produção do campo

Maior evento do setor no Brasil reuniu 700 expositores, 10 mil produtos e cerca de 80 mil visitantes em cinco dias

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Durante cinco dias, a 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária transformou o Parque Costa Azul, em Salvador,
Foto: Joá Souza/GOVBA

Durante cinco dias, a 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária transformou o Parque Costa Azul, em Salvador, no maior ponto de encontro entre quem produz no campo e quem consome na cidade. Considerada a maior feira de comercialização da agricultura familiar do Brasil, o evento começou na última quarta-feira (10) e encerrou neste domingo (14), com a visita do governador Jerônimo Rodrigues aos estandes e diálogo com expositores.

A expectativa é que cerca de 80 mil pessoas tenham visitado o espaço, reforçando a importância da agricultura familiar para a economia e para a mesa dos baianos. Ao todo, 700 expositores, representando mais de 650 empreendimentos dos 27 Territórios de Identidade da Bahia, ocuparam mais de 150 estandes, com exposição de 10 mil produtos.

Acompanhado da primeira-dama, Tatiana Velloso, e de secretários estaduais, Jerônimo destacou: “É uma agenda fundamental para gerar renda, manter a população produtiva no campo e fortalecer um mercado de alimentos de qualidade”.

Diversidade e cultura

O público encontrou alimentos, bebidas, artesanato, produtos agroecológicos e expressões culturais que conectam saberes tradicionais à capital. Destaque para as tendas Indígena e Quilombola, que evidenciam a força cultural e produtiva das comunidades tradicionais.

“Durante a feira é possível comprar e também fazer negócios. Reflexo de uma política pública que garante dignidade ao homem e à mulher do campo, gera renda e assegura alimentos saudáveis, em sintonia com a sustentabilidade”, afirmou Osni Cardoso, secretário de Desenvolvimento Rural.

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Novidades e programação

Entre as novidades, o espaço Caminho da Roça estreou com seis ambientes temáticos dedicados a cadeias produtivas estratégicas: mel, café, mandioca, cacau, queijo e caprinos/ovinos, além do espaço Flores da Bahia. A feira contou ainda com 26 restaurantes e uma programação diversificada, incluindo a 3ª Feira de Produtos Orgânicos e Agroecológicos Certificados, seminários, rodadas de negócios e lançamentos de projetos.

Com investimento de R$ 8 milhões, a Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária é realizada pelo Governo do Estado, por meio da SDR e CAR, em parceria com o MDA e Unicafes Bahia, com apoio da Apex Brasil, Bahia Sem Fome, FLEM e Conder.

Para Adolpho Loyola, secretário de Relações Institucionais, o evento evidencia o avanço da agricultura familiar baiana: “A feira mostra que o setor vai além da produção primária, com investimentos na industrialização e geração de riqueza, ampliando oportunidades e consolidando um modelo integrado”.

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Agricultura

Feira Baiana destaca protagonismo indígena e quilombola na economia solidária

Evento reforça políticas públicas, amplia diversidade territorial e dá visibilidade a histórias de transformação social

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A 16ª edição da Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária reafirmou o compromisso do Governo da Bahia com a
Fotos: Adriel Francisco

A 16ª edição da Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária reafirmou o compromisso do Governo da Bahia com a valorização das comunidades indígenas e quilombolas. Com mais estandes e maior diversidade territorial, o evento também destacou histórias de transformação social, especialmente protagonizadas por mulheres artesãs.

Tenda Quilombola

Claudineia Conceição dos Santos, da Comunidade Quilombola Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, celebra mais um ano de boas vendas. Integrante da Associação Raízes do Quilombo, formada por 34 artesãs e um artesão, ela explica: “Participamos desde o início, quando a feira era no Parque de Exposições. Hoje, nossos produtos usam piaçava, palha da costa, coco, osso, miçanga e chifre”.

O artesanato ganhou força em 2000, quando Mãe Bernadete articulou um curso de capacitação. “Ela trouxe esse conhecimento para garantir independência às mulheres. Hoje exportamos para França e Bogotá”, conta Claudineia. Entre os produtos estão mandalas, biojoias, bolsas e cerâmicas, com preços entre R$5 e R$450.

Nesta edição, foram 12 estandes quilombolas e 24 representantes de comunidades de sete municípios, abrangendo cinco Territórios de Identidade.

Tenda Indígena

Ana Melo, do povo Kaimbé, de Euclides da Cunha, participa pela primeira vez. “Trazer meu artesanato para ser reconhecido é muito bom. Quero participar sempre”, afirma. Suas peças incluem colares, pulseiras e cestas feitas com materiais do território, como palha da licurizeira e sementes de Lágrima de Nossa Senhora.

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Este ano, representantes indígenas vieram de 10 municípios, alcançando oito Territórios de Identidade, incluindo Semiárido Nordeste II, Recôncavo e Chapada Diamantina.

Valorização cultural e econômica

Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, a participação crescente dessas comunidades demonstra o avanço das políticas públicas. “Essas comunidades têm papel fundamental na economia da Bahia, e nossa missão é garantir oportunidades, apoio e visibilidade”, afirmou.

Realização

A feira é promovida pelo Governo do Estado, por meio da SDR e CAR, em parceria com o MDA e UNICAFES Bahia, com apoio da Apex Brasil, Bahia Turismo, Bahia Sem Fome, FLEM e Conder.

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