Agronegócio
Seminário discute produção florestal integrada à agropecuária no Vale do Jiquiriçá
O evento reuniu produtores, representantes de instituições e agentes de fomento, prefeitos e demais autoridades da região
 
																								
												
												
											O estímulo à produção florestal, combinada com as demais produções agrícolas e pecuárias na Bahia, e os benefícios desta prática foram discutidos no Seminário de Produção Florestal no Vale do Jiquiriçá, realizado nesta sexta-feira (12), na Câmara de Vereadores de Maracás. O evento reuniu produtores, representantes de instituições e agentes de fomento, prefeitos e demais autoridades da região, e teve dentre os palestrantes o engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Paulo Ramos, e o diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Sérgio Luz.
Durante a apresentação, o agrônomo da Seagri, Paulo Ramos, destacou os principais pontos do Plano ABC+ Bahia e a aplicação em algumas cidades do estado, a exemplo da Unidade de Referência Tecnológica implantada em Teodoro Sampaio.
“A Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF) tem beneficiado os pequenos e médios produtores, pois combina atividades agrícola, pecuária e florestal na mesma área, com aumento da eficiência e resiliência dos sistemas produtivos a partir dessa gestão integrada. O Governo do Estado está empenhado na aplicação do Plano e à disposição dos produtores para ajudá-los a utilizar as tecnologias disponíveis para beneficiar a própria produção, mitigar as mudanças climáticas e preservar o meio ambiente”, afirmou Ramos.
Na programação foram destacados conceitos e práticas já em andamento, onde a produção florestal integrada à agricultura e pecuária auxiliam na captação de gás carbônico da atmosfera e na criação de um microclima, com redução da temperatura do local e criando mais umidade relativa do ar.
“Isso impacta positivamente na criação de animais, por exemplo, com o aumento da produção da vaca leiteira e o aumento da imunidade do rebanho, devido ao ambiente sombreado. Além, claro, do aumento da renda do produtor, pois a própria madeira produzida, quando retirada, é vendida e o mercado remunera bem o produto”, pontuou o diretor-geral da Adab, Paulo Sérgio Luz.
Promovido pela Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf), o seminário teve o intuito de apresentar as iniciativas e práticas adotadas pelo setor florestal aos produtores do Consórcio do Vale do Jiquiriçá para melhor aproveitar as potencialidades da região do semiárido baiano.
“Há uma cooperação entre os municípios nesse sentido e estamos buscando esse diálogo direto e coletivo com os produtores para o desenvolvimento da região. O que nós trazemos com a Seagri, através do Programa ABC, é uma renda adicional àquilo que o produtor já possui, seja café, pecuária, frutas e flores, e que ele possa promover a atividade de silvicultura, pensando no desenvolvimento sustentável da região”, explicou o diretor executivo da Abaf, Wilson Andrade, que também ressaltou o crescimento de 3,5%, ao ano, no consumo de madeira na Bahia.
O produtor rural Bruno Andrade, da Fazenda Vale Verde, em Maracás, afirmou que as orientações apresentadas no evento serviram como um norte para os pequenos produtores sobre o tema. “Tenho uma pequena propriedade onde a gente produz leite e derivados e, recentemente, iniciamos a produção de dois tipos de queijo. Então, a gente sente a necessidade de diversificar um pouco mais a cultura e acho que esse caminho, da integração, é o que a gente tem que seguir futuramente, aplicando práticas de melhor conservação do solo e enriquecimento ambiental e dos animais”, avaliou.
Desenvolvimento econômico no Vale do Jiquiriçá
A engenheira agrônoma, produtora rural de Maracás e uma das organizadoras do evento, Zenóbia Morbeck, acredita que a produção florestal associada com a lavoura e a pecuária é uma grande oportunidade para toda a região do Vale do Jiquiriçá, principalmente para o pequeno e médio produtor – de acordo com o último censo a cidade possui 75% de agricultura familiar.
“É um incremento de renda com várias possibilidades agronômicas, desde o plantio de florestas, de fruticultura, até a restauração do solo e a ocupação através do reflorestamento. Temos parceiros como o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste, que trazem o financiamento para a produção florestal. Então, que os produtores se animem e possam complementar a renda, e também trabalhar a realidade climática, a sustentabilidade e o bom gerenciamento do nosso município”, considerou.
Plano
Dentre as linhas de ação do Plano ABC+ Bahia estão as práticas para manejo de paisagens degradadas, com utilização de biomassa vegetal para promover a recuperação da capacidade produtiva; e o sistema de plantio direto de hortaliças, com utilização de tecnologia para manejo de solo e culturas utilizando mínimo revolvimento e cobertura permanente do solo, e de diversificação de plantas para rotação de cultivos.
Além disso, também envolve sistemas irrigados, com aumento da produção de forma sustentável; manejo de resíduo da produção animal; e estímulo da utilização de terminação intensiva entre produtores de bovinos de corte.
Agronegócio
Fenagro 2025 promete edição histórica com integração entre campo e cidade
Maior feira agropecuária do Norte e Nordeste será realizada de 29 de novembro a 7 de dezembro, em Salvador
 
														Com o tema “Campo e Cidade: juntos pelo futuro do agro”, a Fenagro 2025 será realizada entre os dias 29 de novembro e 7 de dezembro, no Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador, na Avenida Luís Viana Filho (Paralela). A expectativa é atrair mais de 150 mil visitantes e movimentar intensamente a economia e o turismo da capital baiana, consolidando-se como o maior evento do agronegócio do Norte e Nordeste.
Após a retomada em 2024, a feira chega ainda mais robusta e diversificada, com programação voltada para públicos de todas as idades, unindo campo e cidade em torno da valorização da agropecuária baiana e brasileira. “A Fenagro se consolida como um espaço completo: gera negócios, promove conhecimento, valoriza a cultura e fortalece o agro baiano como setor plural, moderno e essencial para o desenvolvimento do estado”, afirmou o secretário da Agricultura da Bahia, Pablo Barrozo.
O evento reunirá pequenos, médios e grandes produtores, oferecendo oportunidades de investimento, leilões, exposições de animais, competições, atrações infantis, gastronomia e turismo rural. Mais de 600 expositores de 12 estados já estão confirmados, reforçando o caráter nacional da feira.
A Fenagro 2025 também marcará o início do calendário de feiras agropecuárias de 2026 na Bahia e celebrará os 130 anos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), com homenagens a servidores e parceiros. No Pavilhão do Governo, mais de 40 órgãos estaduais e federais oferecerão serviços e capacitação.
A expectativa é de movimentar mais de R$ 120 milhões em negócios, incluindo vendas de máquinas, insumos e animais. Somente os leilões devem ultrapassar R$ 8 milhões, impulsionando o melhoramento genético e fortalecendo cadeias produtivas.
Além dos negócios, a Fenagro oferece experiências culturais e educativas, com apresentações musicais, culinária típica e produtos artesanais, aproximando o público urbano do universo rural e apresentando inovações para um agro sustentável.
Agronegócio
Bahia é destaque no controle e prevenção de pragas da fruticultura
O estado recebe, ao longo do ano, técnicos de diferentes estados e países para conhecerem o trabalho de monitoramento, prevenção e controle
 
														Referência nacional em sanidade vegetal, a Bahia recebe, ao longo do ano, técnicos de diferentes estados e países para conhecerem o trabalho de monitoramento, prevenção e controle de pragas. Na última semana, uma comitiva da Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo esteve na região do Vale do São Francisco para acompanhar de perto as ações de fiscalização desenvolvidas pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) para controle das moscas-das-frutas, além das estratégias utilizadas na identificação do cancro bacteriano da videira.
A comitiva visitou propriedades produtoras de manga e uva, e packing houses (casas de embalagem) exportadoras nos municípios de Juazeiro e Casa Nova. Além das atividades em campo, também foram realizadas reuniões e visitas técnicas às instituições parceiras Embrapa Semiárido, Moscamed e Valexport.
A equipe foi recepcionada por profissionais da Adab, que coordenam os Projetos Estaduais de Controle das Moscas-das-Frutas e Cancro Bacteriano da Videira, Weber Aguiar e Mércia Oliveira, respectivamente, e pelo técnico em fiscalização José Carlos Marques.
Na oportunidade, foram detalhados e discutidos os procedimentos adotados na fiscalização dos pomares que desejam exportar os frutos (manga, no caso), apresentados formulários, legislações e punições imputadas aos produtores que não atenderem as determinações da ação fiscalizatória. Os técnicos da agência paulista também puderam observar o tratamento hidrotérmico, onde os frutos ficam submetidos, etapa primordial na exportação para os Estados Unidos da América (EUA). Um trabalho que requer rígido controle por auditores Fiscais do Ministério da Agricultura (MAPA) e Inspetores do Departamento de Agricultura (USDA) americano.
Para o fiscal agropecuário da Adab, Weber Aguiar, a troca de experiências integra o esforço conjunto entre os estados para fortalecer a defesa vegetal e aprimorar as ações de controle de pragas. A iniciativa reforça o compromisso do órgão em manter a sanidade e a qualidade da fruticultura baiana, contribuindo para as exportações e a consolidação da Bahia como referência nacional em defesa vegetal.
“A experiência foi uma das mais enriquecedoras que já tive. Destaco a receptividade e a oportunidade de conhecer outras realidades de produção e o trabalho excepcional que a ADAB faz para viabilizar a exportação das frutas produzidas no Vale, representaram muito para nós da Defesa de São Paulo. Na visita, observamos o trabalho feito para exportação de manga, tanto a campo quanto nos packing houses, e a produção e exportação de uvas”, avaliou a engenheira agrônoma Camila Baptista do Amaral, também chefe do Departamento de Campinas, maior polo paulista de produção de frutas de caroço.
Agronegócio
ADAB intensifica fiscalização em parques de vaquejada
Estão sendo vistoriadas exposições, mostras, feiras, vaquejadas, além de leilões, rodeios e outras aglomerações de animais
 
														A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), órgão responsável pela vigilância e defesa sanitária animal, intensificou as ações de fiscalização no Território Semiárido Nordeste II para coibir a realização de eventos com aglomeração de animais sem a devida comunicação e autorização prévia do Serviço Oficial. Estão sendo vistoriadas exposições, mostras, feiras, vaquejadas, além de leilões, rodeios e outras aglomerações de animais.
A operação é com base na legislação federal e estadual, que estabelece as diretrizes e obrigações para a realização de eventos pecuários e o trânsito de animais. A não comunicação e a falta de cadastro prévio configuram infração grave, impedindo a análise de risco e a inspeção sanitária do local, expondo o rebanho baiano a riscos iminentes.
Segundo o diretor de Defesa Animal da Adab, Carlos Augusto Chaves, a atuação da ADAB é importante para a manutenção do status sanitário da Bahia como Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação. “A manutenção desse status é fundamental para a economia e o agronegócio baiano e depende diretamente do estrito cumprimento das normas sanitárias em todas as atividades que envolvam a concentração e o trânsito de animais”. Ele ainda ressalta que o descumprimento das normas relativas à aglomeração e trânsito de animais representa uma ameaça direta à saúde pública e à economia do Estado.
Importância
O Semiárido Nordeste II é uma área de intensa atividade pecuária. Em eventos com aglomerações de animais, a ADAB tem atuado na inspeção dos locais, conferência de documentação dos eventos (cadastro, responsável técnico, plano de biosseguridade) e dos animais (GTA, exames e vacinas exigidas).
Visando aprimorar o nível de conformidade e garantir a assistência técnica qualificada, o órgão vem promovendo treinamentos para médicos veterinários em todo o Estado. Segundo o fiscal estadual agropecuário, Marcos Prinz, no Território Semiárido Nordeste II foram capacitados 15 profissionais para atuarem na inspeção clínica com verificação da documentação sanitária exigida. Ele ainda orienta que os promotores e organizadores devem procurar o Escritório de Atendimento ao Criador (EAC) mais próximo para obter informações, realizar cadastros e solicitar a autorização necessária antes de planejar qualquer evento com aglomeração de animais.
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