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Cultura

“Reflorescer Mulher” tem nova apresentação no Teatro Gregório de Mattos

O espetáculo retorna TGM, no Centro, neste sábado (31), às 19h, com distribuição gratuita de senhas uma hora antes da sessão

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é a proposta do espetáculo “Reflorescer Mulher”, que retorna ao Teatro Gregório de Mattos (TGM), no Centro, neste sábado
Foto: Lucas Moura/Secom PMS

Denunciar a violência explícita contra a mulher, mas também ampliar o olhar do público para as situações cotidianas que, nem sempre, são entendidas como agressão, assédio ou abusos físico e psicológico. Esta é a proposta do espetáculo “Reflorescer Mulher”, que retorna ao Teatro Gregório de Mattos (TGM), no Centro, neste sábado (31), às 19h – e distribuição gratuita de senhas uma hora antes da sessão.

Fruto da parceria entre a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) e a Fundação Gregório de Mattos (FGM), a montagem foi criada pela atriz Alethea Novaes. A peça serve como um espaço para reflexão, denúncia e acolhimento em relação ao tema abordado.

“Eu tinha feito uma peça com texto de Lígia Fagundes Teles, que tratava do feminicídio. Na época, eu via a inquietação das pessoas com o tema, e a gente acompanha as notícias todos os dias. Então achei muito oportuno a gente, através do teatro, discutir, alertar, conscientizar, trazer uma certa orientação e a valorização da autoestima. É uma oportunidade de não só denunciar, mas procurar caminhos de combater”, enfatiza Alethea.

“Reflorescer Mulher” mostra as histórias de cinco mulheres que vivem ou viveram relacionamentos amorosos abusivos. Ajudando umas às outras, elas vão se descobrindo e se libertando dos fatores que as prendem aos companheiros. Situações de agressão, chantagem emocional, traição e vício motivam as protagonistas a tomarem decisões importantes para os próprios destinos.

Debate

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Após o espetáculo, o público é convidado a participar de um bate-papo sobre a temática abordada, com mediação da diretora de Política para Mulheres da SPMJ, Fernanda Cerqueira. Para ela, o teatro é um importante aliado no processo de educação, orientação e disseminação de temas como a violência contra a mulher. Ela destaca a importância de outros meios para o compartilhamento de informações com o público geral.

“É importante que as pessoas, por meio de diversos veículos, tenham informação e se sensibilizem, principalmente em relação a esta causa, porque a violência contra a mulher é um problema real da sociedade. A gente tem que usar todos os mecanismos necessários para a erradicação dessa forma de violência. Esse espetáculo é voltado ao público em geral, homens e mulheres, porque essa violência é relacional, principalmente a doméstica e a familiar”, explica.

A secretária Municipal de Política para Mulheres, Infância e Juventude, Fernanda Lordêlo, destaca a importância do trabalho integrado entre a SPMJ e a FGM, no sentido de facilitar o acesso do público ao assunto por meio da arte. “Precisamos tratar os temas mais sérios e mais sensíveis da nossa sociedade também através da arte. E a violência contra a mulher é algo que nos assusta e que nos acompanha dia após dia. Ter o retrato através da cultura mostra como as pessoas podem identificar situações e saber onde buscar ajuda”, afirma.

O presidente da FGM, Fernando Guerreiro, ressalta a função social do teatro ao tratar de temas como este. “É muito importante quando o teatro consegue estar relacionado a uma causa. É uma parceria entre a Secretaria de Políticas para Mulheres e a FGM para, através desse espetáculo, comunicar e levantar essas questões do feminicídio e da violência contra a mulher”, diz.

“Reflorescer Mulher” tem direção de Marcelo Flores, dramaturgia de Claudia Barral e argumento original e atuação de Alethea Novaes. No elenco, atrizes convidadas interpretam diferentes formas de violência familiar – física, psicológica, patrimonial, sexual e moral. O cenário, concebido pelo diretor Marcelo Flores, conta com elementos visuais criados pela artista Célia Peixoto.

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Cultura

Festival do Queijo Artesanal movimenta Salvador e valoriza tradição local

Evento reúne produtores de diversas regiões e fortalece a cadeia produtiva do queijo artesanal baiano

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O Mercado do Rio Vermelho, em Salvador, é palco da segunda edição do Festival do Queijo Artesanal da Bahia, que segue até este sábado (1º).
Foto: Wuiga Rubini/GOVBA

O Mercado do Rio Vermelho, em Salvador, é palco da segunda edição do Festival do Queijo Artesanal da Bahia, que segue até este sábado (1º). A iniciativa reúne dezenas de produtores de diferentes regiões do estado, com o objetivo de valorizar a tradição e a diversidade do queijo artesanal, além de impulsionar a economia local.

Na sexta-feira (31), o governador Jerônimo Rodrigues esteve presente e destacou a importância de reconhecer e apoiar a produção artesanal. “O queijo artesanal da Bahia é símbolo da força do nosso povo do campo. Cada produtor representa uma história e uma oportunidade de crescimento”, afirmou, ressaltando a conexão entre tradição e desenvolvimento econômico e social.

Produtores e visitantes celebram o festival como espaço de visibilidade e aprendizado. Silvana Silva, da Laticínios Afonso (Itanhém), destacou que o apoio técnico e a parceria com o governo têm fortalecido a produção local. Já a professora Maria do Carmo, visitante, elogiou a diversidade apresentada: “Cada queijo conta uma história, e o festival é uma oportunidade única de experimentar essa riqueza”.

A programação inclui 40 estandes com produtores como Abela Estância da Barra, Queijos da Drikah, Fazenda Bantu, Capril Flor D’Açúcena, Queijaria Nobre e Queijaria Maria Bonita. Além da feira, há palestras, oficinas, degustações, harmonizações e apresentações musicais. A novidade desta edição é o 1º Concurso do Queijo Artesanal da Bahia, que premiará os melhores queijos do estado, garantindo projeção nacional aos vencedores.

O secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, reforçou o impacto positivo do evento: “O festival é uma vitrine do trabalho de cada produtor, promovendo capacitação, visibilidade e novas oportunidades de mercado”.

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Cultura

Últimos dias para inscrição no Edital Carnaval do Pelô 2026 

Artistas e grupos culturais têm até 3 de novembro para garantir participação na programação oficial do Carnaval no Centro Histórico de Salvador

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O prazo para inscrição no Edital Carnaval do Pelô 2026 termina na próxima segunda-feira, 3 de novembro. Realizado pela Secretaria
Foto: Renato Santana

O prazo para inscrição no Edital Carnaval do Pelô 2026 termina na próxima segunda-feira, 3 de novembro. Realizado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), o edital selecionará 87 atrações culturais para compor a programação artística do Carnaval do Pelourinho, que acontece entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 2026. 

Os cachês variam entre R$ 15 mil e R$ 60 mil, conforme a modalidade escolhida. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente online, por meio de formulário disponível no site oficial da SecultBA. 

O Pelourinho, reconhecido como berço da cultura afro-baiana, é um dos espaços mais emblemáticos da folia soteropolitana. Em 2025, o circuito recebeu mais de 150 atrações culturais em seis dias de festa, com apresentações gratuitas nos largos do Pelourinho, Pedro Archanjo, Tereza Batista, Quincas Berro D’Água e Praça das Artes. Nomes como Mariene de Castro, Lazzo Matumbi, Gerônimo Santana, Nelson Rufino, Banda Mel e Márcia Freire marcaram presença na programação. 

O edital contempla 10 modalidades artísticas, distribuídas da seguinte forma: 

  • Projeto 03 Artistas (9 vagas, R$ 60 mil cada) 
  • Microtrio (6 vagas, R$ 50 mil) 
  • Nanotrio (4 vagas, R$ 40 mil) 
  • Show Musical em Palco (40 vagas, R$ 30 mil cada, com estilos como Afro, Reggae, Arrocha, Axé, Antigos Carnavais, Samba, Pagode/PagoTrap, Rap e Guitarra Baiana) 
  • Baile Infantil (8 vagas, R$ 30 mil) 
  • Orquestra (5 vagas, R$ 35 mil) 
  • Bandinha de Percussão (4 vagas, R$ 15 mil) 
  • Bandão (4 vagas, R$ 45 mil) 
  • Bandinha de Sopro e Percussão (2 vagas, R$ 25 mil) 
  • Performances (5 vagas, R$ 25 mil) 

A seleção será realizada em duas etapas: análise artística (portfólio, fotos, material audiovisual e croquis) e habilitação documental (documentos jurídicos, fiscais, sociais, trabalhistas e técnicos). 

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Cultura

Fachada do Santuário Senhor dos Passos recebe “soro” de resina

Governo da Bahia investe em técnica inovadora de restauração que devolve vitalidade ao patrimônio histórico

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uma resina acrílica diluída a 12%, que é lentamente “injetada” na estrutura da fachada. A imagem chama atenção de quem passa:
Foto: Ascom/Conder

Assim como um paciente em um leito de UTI, o Santuário Senhor dos Passos, em Feira de Santana, está recebendo um tratamento minucioso e vital. Nas paredes da igreja, dezenas de frascos de “soro” estão pendurados, liberando gota a gota uma resina acrílica diluída a 12%, que é lentamente “injetada” na estrutura da fachada. A imagem chama atenção de quem passa: tubos finos descendo pelas paredes e técnicos acompanhando o gotejamento constante, uma ação de engenharia que coloca inovação a serviço da preservação histórica. O cenário acima descreve a obra de recuperação e restauração da fachada do templo, realizada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder), com investimento de R$ 1,5 milhão.  

A analogia com o hospital não é por acaso, a igreja está se recuperando lentamente, como um paciente na UTI, como explica o restaurador e artista plástico Daniel Mota. “O método de gotejamento é a forma mais eficaz e segura de reconstituir a coesão do reboco original da igreja. Estamos aplicando uma solução técnica cuidadosa para recuperar as paredes sem alterar o caráter histórico do monumento”, explicou Daniel.  

Para identificar as áreas de maior fragilidade, a equipe realizou pontos de perfuração e sondagem em toda a fachada, criando um mapa de danos que orienta cada orifício de gotejamento. “Não temos definido o volume a ser injetado, o que determina isso e a capacidade de absorção. Cada trecho tem uma capacidade diferente, e esse controle é essencial para não sobrecarregar a estrutura”, explica o restaurador. Ele acrescenta ainda que a resina, ao penetrar na matriz original da parede, reintegra as partículas soltas e interrompe o processo de degradação, impedindo o avanço das infiltrações, uma das principais causas de ruína em edificações históricas.  

A engenheira Jamile Bastos, fiscal da obra pela Conder, destaca que a restauração do Santuário é também um trabalho de estabilização estrutural, além da recuperação estética. “A igreja começou a ser construída em 1921 e só foi concluída em 1979. Nesse longo período, materiais diferentes foram usados, cal e areia na base, e cimento na finalização, o que causou uma leve incompatibilidade entre as camadas e levou ao descolamento do reboco”, explica. 

Segundo Jamile, o processo de gotejamento consolida o material esfarelado entre as camadas estrutural e superficial, devolvendo estabilidade e evitando novos desplacamentos. “A resina percorre o mesmo caminho da água, mas em vez de causar dano, ela cura. É um tratamento que consolida sem substituir, preservando o que existe e mantendo viva a história”, afirma a engenheira. 

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Outro destaque da obra é o uso de fibra de carbono para a estabilização dos pináculos e demais elementos decorativos da coroa da igreja, uma tecnologia moderna aplicada com o objetivo de garantir segurança e durabilidade, sem comprometer o aspecto original da edificação. 

Tecnologia que pode inspirar outros restauros 

Para a engenheira da Conder, a experiência no Santuário abre caminho para o uso da técnica em outras edificações antigas da Bahia. “Muitos imóveis históricos sofrem com infiltração e perda da matriz original dos materiais. Essa técnica interrompe o processo de degeneração e pode ser aplicada em qualquer estrutura porosa que apresente perda de coesão. É uma forma de unir inovação e preservação cultural”, finaliza Jamile 

Um santuário que guarda história e fé 

Construída em estilo neogótico, a Igreja Senhor dos Passos foi a segunda igreja erguida em Feira de Santana, inaugurada em 1964, e elevada à condição de Santuário Arquidiocesano em maio de 2024. 

Com quase um século de história, o templo é um dos marcos da arquitetura religiosa do interior baiano e possui um revestimento raro, feito com fragmentos de vidro colorido, que vem sendo cuidadosamente restaurado. “É uma igreja muito querida pela população. Restaurar esse patrimônio é preservar um pedaço da identidade de Feira de Santana”, afirma Jamile. 

Sobre a obra 
  • Restauração da Fachada do Santuário Senhor dos Passos – Feira de Santana (BA) 
  • Investimento: R$ 1.532.634,53 
  • Execução: Conder  
  • Fonte do recurso: IPAC / Secult – Governo da Bahia 
  • Avanço físico: 46,31% 
  • Início: 8 de maio de 2025 
  • Previsão de conclusão: janeiro de 2026 

Serviços em execução: perfuração e gotejamento de resina acrílica a 12%; injeção de resina a 100% para consolidação do revestimento; lavagem e recuperação das fachadas; estabilização dos pináculos com fibra de carbono; recomposição dos elementos arquitetônicos e decorativos. 

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